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Ações internacionais

Escolas brasileiras e argentinas promovem integração regional

  • Terça-feira, 12 de dezembro de 2006, 10h17
  • Última atualização em Quarta-feira, 23 de maio de 2007, 09h38

A integração regional buscada pelo Mercosul já é realidade em escolas do sul do País. Cerca de 2,5 mil crianças que vivem em cidades fronteiriças entre Brasil e Argentina estão aprendendo mais sobre o país vizinho com o projeto Escolas Bilíngües de Fronteira.

Criado em 2004, o projeto passa agora por uma avaliação dos resultados e das maiores dificuldades. Durante a 5ª Reunião Bilateral, que ocorre em Florianópolis até esta terça-feira, dia 12, também serão definidas as metas para o próximo ano. “Iniciamos um processo de conhecimento mútuo e respeito à diversidade”, disse o coordenador substituto do setor educacional da Assessoria Internacional do MEC, Bruno Sadeck.

Para a coordenadora-geral de políticas de formação da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Roberta de Oliveira, os maiores obstáculos já foram superados. “Inicialmente, os professores e os alunos estranharam o processo pedagógico. Muitos até saíam de sala porque não se entendiam, mas agora não conseguem mais se ver fora do projeto”, avaliou.

A partir de um modelo pedagógico comum, cinco escolas brasileiras e cinco argentinas promovem um intercâmbio entre professores do primeiro ciclo do ensino fundamental (da primeira à quarta série). Eles vão à escola vizinha para despertar o interesse dos alunos por sua cultura a partir de jogos e brincadeiras. As aulas são ministradas no idioma do professor, com teatro, cantigas de roda, desenhos, vídeos e instrumentos do dia-a-dia, como bola, bonecas e carrinhos. Tudo para colocar o aluno em contato com o conteúdo escolar adequado a sua faixa etária e, ao mesmo tempo, mostrar elementos básicos da cultura do outro país.

Segundo Roberta, os idiomas espanhol e português não são o foco principal das aulas, mas o conhecimento intercultural. “O aprendizado da língua ocorre naturalmente”, afirmou.

A coordenadora local do projeto em São Borja, Rio Grande do Sul, Deise de Farias, revela que, além dos alunos, os professores aprendem muito. “É uma troca. Professores e alunos desenvolvem formas de se comunicar que possibilitam essa integração cultural”, afirmou.

Três cidades gaúchas (Uruguaiana, São Borja e Itaqui), uma de Santa Catarina (Dionísio Cerqueira) e uma do Paraná (Foz do Iguaçu) fazem parte do projeto. Paraguai e Uruguai devem iniciar parceria com o Brasil em 2007. A ampliação do projeto será debatida em março do próximo ano, em Assunção.

Maria Clara Machado

*Republicada com alterações.

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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