Nicarágua quer programas de educação do Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, discutiu com o vice-ministro da Integração da Nicarágua, Orlando Solórzano, nesta terça-feira, 13, no MEC, os principais pontos de um programa de trabalho sobre educação que será assinado na quarta-feira, 14, durante a visita que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, faz ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A formação de professores será um dos pontos de destaque da agenda dos dois países. De acordo com Orlando Solórzano, mais da metade dos professores nicaragüenses são leigos. Por isso a importância de buscar no Brasil programas que permitam a qualificação dos professores no exercício do magistério.
Constam do documento a cooperação do Brasil na formação profissional, alimentação escolar, pesquisa e avaliação da qualidade do ensino em todos os níveis. Na agenda comum, os países querem trocar materiais didáticos nas línguas portuguesa e espanhola e promover o intercâmbio de estudantes.
Cooperação — Haddad disse que o Brasil está ansioso para estreitar laços de cooperação com a Nicarágua e que coloca à disposição do país e da América Latina toda a tecnologia educacional. “Temos interesse em socializar nossas tecnologias até para testá-las em outros países e aperfeiçoá-las para benefício dos povos do continente”, explicou.
A partir da assinatura do programa de trabalho, a Nicarágua vai buscar recursos junto às agências de desenvolvimento no continente e na Europa para ampliar cada ponto da agenda com o Brasil. Maior país da América Central em extensão territorial, a Nicarágua tem 5,5 milhões de habitantes. O presidente Daniel Ortega foi eleito em 2006 para um mandato de cinco anos.
Ionice Lorenzoni