Marcha abre Fórum Social Mundial
Belém (PA) – A chuva forte, típica da tarde quente de Belém, refrescou os participantes do 9° Fórum Social Mundial. Reunidos para a marcha de abertura do encontro, representantes da sociedade civil, de governos, de organizações não-governamentais, sindicatos, movimentos sociais e religiosos e estudantes não desanimaram frente ao aguaceiro. A marcha, de aproximadamente cinco quilômetros, marca a volta do fórum ao Brasil. A última edição foi no Quênia, em 2007.
Para o filipino Rony Saliga, a chuva é bom sinal. Ele voou três dias até chegar ao Brasil e está animado para discutir o desenvolvimento social de diferentes grupos étnicos. Em seu país, segundo ele, há 18 grupos majoritários, que corresponderiam aos indígenas brasileiros. “Todos nós, de grupos étnicos do Brasil ou das Filipinas, somos afetados por problemas semelhantes, como a crise econômica”, afirma.
Junto com Rony, veio sua amiga Janel Pesons. Ela diz que quer encontrar outras pessoas interessadas em discutir os direitos humanos. “As condições sociais das Filipinas não são muito boas. Acho que aqui posso conhecer novas estratégias para fazer valer os direitos humanos”, ressalta.
Em meio à multidão de sombrinhas e bandeiras, outra interessada em discutir os problemas dos grupos étnicos é a boliviana Viviana Lima, da etnia quechua. “Vim aqui para lutar pelos direitos dos povos indígenas.” Segundo Viviana, vieram para o fórum três mil representantes de etnias indígenas da Bolívia, Guatemala, Honduras, Chile, Peru e Equador.
A marcha na capital paraense segue da Estação das Docas até o bairro de São Braz. O Fórum Social Mundial reúne pessoas interessadas em discutir estratégias para uma sociedade mais justa para todos. O encontro termina no domingo, dia 1º.
Maria Clara Machado
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