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Jornal do Professor

Estudantes descobrem um novo mundo em maratona científica

  • Terça-feira, 23 de março de 2010, 15h16
  • Última atualização em Quinta-feira, 25 de março de 2010, 16h57
Alunos do colégio Marista São José observam experiência. Foto: arquivo da escola.Rio de Janeiro, 23/3/2010 – O universo científico pode não fazer parte do currículo escolar do ensino infantil, mas mesmo assim despertou o encanto e o fascínio dos alunos do colégio Marista São José, no Rio de Janeiro. Por meio do projeto Circuito Ciências, realizado no final de 2009, meninos e meninas do ensino infantil ao quinto ano puderam aprender como química, física e biologia fazem parte de suas vidas.

Com esse projeto, os alunos começaram a compreender o mundo e suas transformações por meio de experimentos científicos e tecnológicos. “Nessa fase inicial do aprendizado é importante criar uma dinâmica que desperte o desejo da pesquisa e a interação entre teoria e prática”, afirma a professora Tânia Cristina da Silva Dias. Para ela, que coordenou o projeto junto com a professora Marize Mendes da Silva, é fundamental despertar nas crianças o interesse pela ciência.

A escola promoveu experimentos científicos que levaram as crianças a aprender desde coisas simples do cotidiano, como o consumo de energia, até mais complexas, como o funcionamento do corpo humano. Para facilitar o aprendizado, os conteúdos foram divididos por faixa etária. Segundo Tânia Cristina, um dos experimentos que provocaram mais supresa foi um planetário móvel, em que os estudantes puderam descobrir planetas, meteoros e constelações.

Os alunos também puderam fazer observações em laboratórios de biologia e de química. Eles estudaram células humanas e vegetais, descobriram como funciona um vulcão, viram como produzir corrente elétrica a partir de um tomate e de um limão, e observaram ainda a purificação da água.

De acordo com as professoras, a criança tem uma percepção diferente e para ensinar ciências nas séries iniciais é preciso aprender a ver o mundo sob o olhar dela. “É necessário sentir com ela o encantamento e a surpresa de cada descoberta. A criança faz sua leitura do mundo por meio das construções diárias que realiza. Deixá-la de fora da aprendizagem de ciências é desvalorizá-la como sujeito social”, afirma Tânia Cristina.

A experiência do Circuito de Ciências mostrou às duas que, nas séries iniciais, é preciso estimular os alunos para que eles problematizem situações reais e busquem as respostas para suas indagações. “Dessa forma, o professor estará formando a criança investigativa, participante e agente de transformação da sociedade em que está inserida”, avalia.

Entretanto, a professora lembra que existem dificuldades para ensinar ciências nas séries iniciais, uma vez que os professores não têm uma formação específica. “É preciso possibilitar uma formação mais adequada, que leve em consideração uma didática mais dinâmica e interativa para as crianças dessa faixa etária”, diz.

A solução encontrada pelas professoras foi a de formar uma parceria com professores e coordenadores do ensino médio das áreas de química, física e biologia para auxiliar no desenvolvimento das atividades. “Ao final da maratona científica, os alunos levaram muitos aprendizados, pois o conhecimento assimilado por meio de atividades lúdicas e prazerosas é muito mais significativo”, garante Tânia Cristina.

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Rafania Almeida




Assunto(s): Jornal do Professor
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