Língua portuguesa
Carolina Lopes, hoje com 13 anos, foi uma das ganhadoras da competição em 2008, ano de estreia da competição como política pública. A menina, à época, no sexto ano do ensino fundamental, teve o texto premiado no gênero poesia. A partir daí, começou a participar de outros concursos de redação.
A professora Adriana Onofre, que participou da competição com a aluna, acredita que a Olimpíada da Língua Portuguesa serve de estímulo para os estudantes da região. “A maioria leva uma vida muito difícil aqui na Amazônia. Alguns moram em comunidades ribeirinhas e até demoram para chegar à escola. A competição eleva a autoestima”, afirma.
Na visão de Adriana, a olimpíada também é uma experiência boa para os educadores, que atualizam os métodos de ensino. A professora usa, ainda hoje, a didática de composição de textos contida no material da olimpíada enviado a cada escola. Animada com o bom desempenho na primeira competição, Adriana se inscreveu para a olimpíada de 2010. “Já estou me preparando e meus alunos estão animados. Espero vencer novamente.”
Formação — A Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que ocorre a cada dois anos, está na segunda edição. O objetivo é contribuir para a formação de professores com vistas à melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
A primeira edição alcançou seis milhões de alunos. O concurso teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006. Atualmente, é realizado em parceria do Ministério da Educação com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Na edição de 2008, o número de professores inscritos chegou a 202.280. Eles representaram 55.570 escolas de 5.445 municípios. No Amazonas, o total de escolas que se inscreveram na competição foi de 631. Sete professores amazonenses, cada qual com um aluno, chegaram à semifinal.
Este ano, uma das novidades da olimpíada é a participação de alunos matriculados no nono ano (oitava série) do ensino fundamental e no primeiro ano do ensino médio de escolas públicas. Eles concorrerão com textos do gênero crônica.
As demais categorias permanecem como em 2008 — estudantes do quinto e sexto anos (quarta e quinta séries) participarão com textos do gênero poesia; do sétimo e oitavo anos (sexta e sétima séries), gênero memórias literárias. No ensino médio, os alunos do segundo e do terceiro anos devem concorrer com artigos de opinião.
O tema para as redações em todas as categorias é O Lugar Onde Vivo, destinado a valorizar a interação das crianças e jovens com o meio em que crescem. Ao desenvolver os textos, o aluno resgata histórias, aprofunda o conhecimento sobre a realidade e estreita vínculos com a comunidade.
Em 2010, uma coleção didática da olimpíada foi enviada a todas as escolas públicas do Brasil. O material é composto por cadernos de orientação ao professor (propõem uma sequência didática para o ensino da leitura e produção de textos), coletânea de textos e cd-rom multimídia para quatro diferentes gêneros textuais (poema, memórias, artigo de opinião e crônica).
Na olimpíada, alunos e professores participarão de etapas escolares, municipais, estaduais e regionais e da nacional. Serão selecionados 500 textos semifinalistas na etapa estadual, 152 na regional e 20 na nacional.
Tanto o estudante quanto o professor serão premiados. Os 500 escolhidos na fase estadual receberão medalhas e livros; os 152 finalistas, medalhas e aparelhos de som. Os 20 vencedores da etapa nacional ganharão medalhas, microcomputadores e impressoras.
Para que os professores se inscrevam, as secretarias estaduais e municipais precisam aderir ao concurso. As adesões e inscrições devem ser feitas via internet, até de junho, na página eletrônica do Cenpec.
Letícia Tancredi
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Competição atrai alunos e professores e pretende melhor ensino da escrita
Olimpíada da Língua Portuguesa incentiva leitura e escrita
Estudantes do Amazonas desenvolvem leitura e escrita com olimpíada
Carolina Lopes, hoje com 13 anos, foi uma das ganhadoras da competição em 2008, ano de estreia da competição como política pública. A menina, à época, no sexto ano do ensino fundamental, teve o texto premiado no gênero poesia. A partir daí, começou a participar de outros concursos de redação.
A professora Adriana Onofre, que participou da competição com a aluna, acredita que a Olimpíada da Língua Portuguesa serve de estímulo para os estudantes da região. “A maioria leva uma vida muito difícil aqui na Amazônia. Alguns moram em comunidades ribeirinhas e até demoram para chegar à escola. A competição eleva a autoestima”, afirma.
Na visão de Adriana, a olimpíada também é uma experiência boa para os educadores, que atualizam os métodos de ensino. A professora usa, ainda hoje, a didática de composição de textos contida no material da olimpíada enviado a cada escola. Animada com o bom desempenho na primeira competição, Adriana se inscreveu para a olimpíada de 2010. “Já estou me preparando e meus alunos estão animados. Espero vencer novamente.”
Formação — A Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que ocorre a cada dois anos, está na segunda edição. O objetivo é contribuir para a formação de professores com vistas à melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
A primeira edição alcançou seis milhões de alunos. O concurso teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006. Atualmente, é realizado em parceria do Ministério da Educação com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Na edição de 2008, o número de professores inscritos chegou a 202.280. Eles representaram 55.570 escolas de 5.445 municípios. No Amazonas, o total de escolas que se inscreveram na competição foi de 631. Sete professores amazonenses, cada qual com um aluno, chegaram à semifinal.
Este ano, uma das novidades da olimpíada é a participação de alunos matriculados no nono ano (oitava série) do ensino fundamental e no primeiro ano do ensino médio de escolas públicas. Eles concorrerão com textos do gênero crônica.
As demais categorias permanecem como em 2008 — estudantes do quinto e sexto anos (quarta e quinta séries) participarão com textos do gênero poesia; do sétimo e oitavo anos (sexta e sétima séries), gênero memórias literárias. No ensino médio, os alunos do segundo e do terceiro anos devem concorrer com artigos de opinião.
O tema para as redações em todas as categorias é O Lugar Onde Vivo, destinado a valorizar a interação das crianças e jovens com o meio em que crescem. Ao desenvolver os textos, o aluno resgata histórias, aprofunda o conhecimento sobre a realidade e estreita vínculos com a comunidade.
Em 2010, uma coleção didática da olimpíada foi enviada a todas as escolas públicas do Brasil. O material é composto por cadernos de orientação ao professor (propõem uma sequência didática para o ensino da leitura e produção de textos), coletânea de textos e cd-rom multimídia para quatro diferentes gêneros textuais (poema, memórias, artigo de opinião e crônica).
Na olimpíada, alunos e professores participarão de etapas escolares, municipais, estaduais e regionais e da nacional. Serão selecionados 500 textos semifinalistas na etapa estadual, 152 na regional e 20 na nacional.
Tanto o estudante quanto o professor serão premiados. Os 500 escolhidos na fase estadual receberão medalhas e livros; os 152 finalistas, medalhas e aparelhos de som. Os 20 vencedores da etapa nacional ganharão medalhas, microcomputadores e impressoras.
Para que os professores se inscrevam, as secretarias estaduais e municipais precisam aderir ao concurso. As adesões e inscrições devem ser feitas via internet, até de junho, na página eletrônica do Cenpec.
Letícia Tancredi
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