Trabalho voluntário
Com tais objetivos, o Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo, incluiu o trabalho voluntário no currículo. No início da década de 1990, a escola implantou o Projeto Considere, de ações de comprometimento com cidadania e direitos humanos voltadas para estudantes, família e comunidade. Depois, decidiu tornar os alunos protagonistas das iniciativas. Para isso, foi criado o Núcleo de Educação e Direitos Humanos (EDH), que insere o voluntariado no currículo como atividade eletiva. As atividades têm caráter multidisciplinar — alunos e professores desenvolvem consciência solidária. “Temos a convicção de que cidadania e direitos humanos não devem ser encarados como disciplina ou conteúdo escolar, mas como práticas cotidianas de todas as disciplinas”, afirma a diretora da escola, Eliana Baptista Pereira Aun.
A instituição tem 1.280 alunos no ensino infantil, fundamental e médio. Participam das atividades voluntárias 264 estudantes, do oitavo ano do ensino fundamental ao terceiro do ensino médio. A diretora explica que a consciência voluntária é trabalhada desde o ensino infantil. Estudantes do primeiro ao sétimo ano participam de ações na escola, como produção de material de limpeza e de cobertores, entre outros itens, que são doados a instituições. “É um trabalho conjunto. O aluno que desenvolve esse tipo de ação desenvolve o senso crítico-construtivo”, destaca Eliana.
Transformação — Para um dos coordenadores do programa, professor Marcelo Cintra de Souza, o voluntariado na escola possibilita tanto a alunos quanto a professores entrar em contato com outras realidades sociais e tomar consciência de que têm um papel na transformação da sociedade. De acordo com Marcelo, a dinâmica do aprendizado passa a ter novo sentido. “Várias disciplinas ganham a possibilidade de ampliação do conhecimento ao oferecer ao estudante uma situação concreta”, diz. Como exemplo, cita projeto na área de química, de fabricação de material de limpeza: “No laboratório da escola, os alunos aprendem mais sobre as reações químicas. Depois da fabricação, esses produtos são levados para instituições”.
Há outros projetos, como o de prevenção do câncer de mama, além de oficinas de artes para crianças e idosos. “Todos partem da ideia de que aquilo que o aluno aprende é o que ele tem a oferecer à comunidade, e isso com o envolvimento de professores das mais diversas áreas”, ressalta Souza.
Os estudantes participantes ganham certificado de voluntariado. Não há pressão ou obrigatoriedade para o cumprimento das atividades. “Eles aprendem o significado e a essência da palavra e doam o que julgam necessário. E não é pouco”, afirma o professor. De acordo com Marcelo, os alunos descobrem a importância do voluntariado na vida de quem precisa e em suas próprias vidas. “É uma atividade importante para a carreira futura. Eles descobrem a profissão que querem exercer e ganham credibilidade no mercado de trabalho. Acaba sendo um ciclo virtuoso.”
Rafania Almeida
Saiba mais no Jornal do Professor
Escola paulista desenvolve projeto que atrai estudantes
Com tais objetivos, o Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo, incluiu o trabalho voluntário no currículo. No início da década de 1990, a escola implantou o Projeto Considere, de ações de comprometimento com cidadania e direitos humanos voltadas para estudantes, família e comunidade. Depois, decidiu tornar os alunos protagonistas das iniciativas. Para isso, foi criado o Núcleo de Educação e Direitos Humanos (EDH), que insere o voluntariado no currículo como atividade eletiva. As atividades têm caráter multidisciplinar — alunos e professores desenvolvem consciência solidária. “Temos a convicção de que cidadania e direitos humanos não devem ser encarados como disciplina ou conteúdo escolar, mas como práticas cotidianas de todas as disciplinas”, afirma a diretora da escola, Eliana Baptista Pereira Aun.
A instituição tem 1.280 alunos no ensino infantil, fundamental e médio. Participam das atividades voluntárias 264 estudantes, do oitavo ano do ensino fundamental ao terceiro do ensino médio. A diretora explica que a consciência voluntária é trabalhada desde o ensino infantil. Estudantes do primeiro ao sétimo ano participam de ações na escola, como produção de material de limpeza e de cobertores, entre outros itens, que são doados a instituições. “É um trabalho conjunto. O aluno que desenvolve esse tipo de ação desenvolve o senso crítico-construtivo”, destaca Eliana.
Transformação — Para um dos coordenadores do programa, professor Marcelo Cintra de Souza, o voluntariado na escola possibilita tanto a alunos quanto a professores entrar em contato com outras realidades sociais e tomar consciência de que têm um papel na transformação da sociedade. De acordo com Marcelo, a dinâmica do aprendizado passa a ter novo sentido. “Várias disciplinas ganham a possibilidade de ampliação do conhecimento ao oferecer ao estudante uma situação concreta”, diz. Como exemplo, cita projeto na área de química, de fabricação de material de limpeza: “No laboratório da escola, os alunos aprendem mais sobre as reações químicas. Depois da fabricação, esses produtos são levados para instituições”.
Há outros projetos, como o de prevenção do câncer de mama, além de oficinas de artes para crianças e idosos. “Todos partem da ideia de que aquilo que o aluno aprende é o que ele tem a oferecer à comunidade, e isso com o envolvimento de professores das mais diversas áreas”, ressalta Souza.
Os estudantes participantes ganham certificado de voluntariado. Não há pressão ou obrigatoriedade para o cumprimento das atividades. “Eles aprendem o significado e a essência da palavra e doam o que julgam necessário. E não é pouco”, afirma o professor. De acordo com Marcelo, os alunos descobrem a importância do voluntariado na vida de quem precisa e em suas próprias vidas. “É uma atividade importante para a carreira futura. Eles descobrem a profissão que querem exercer e ganham credibilidade no mercado de trabalho. Acaba sendo um ciclo virtuoso.”
Rafania Almeida
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