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Artes cênicas

Projeto de teatro em escola goiana estimula vocações

  • Terça-feira, 25 de janeiro de 2011, 11h12
  • Última atualização em Terça-feira, 25 de janeiro de 2011, 12h54
Apresentação teatral de estudantes da escola de Inhumas: encenações a partir de textos coletivos vinculados à realidade (foto: arquivo da escola)O Colégio Estadual Manoel Vilaverde, no município goiano de Inhumas, desenvolve desde 2007 um bem-sucedido projeto de teatro. Com a participação de alunos de diversas turmas de ensino médio, o projeto interdisciplinar Interfaces; O Teatro Está em Nós cresceu, ultrapassou os muros da escola e desperta vocações.

De acordo com o professor José Carlos Henrique, um dos responsáveis pelo projeto, alguns estudantes continuam envolvidos com o teatro após a conclusão do ensino médio. Há os que optaram por fazer curso superior na área teatral e os que continuam trabalhando com teatro, embora busquem outra formação universitária.

Surgido inicialmente como experimentação da linguagem teatral e suas possibilidades no contexto educacional, o projeto Interfaces também buscava experiência interdisciplinar. “Sempre nos norteou a perspectiva de um trabalho costurado com outras disciplinas, o que amplia as possibilidades de aprendizagem e outras vivências”, explica José Carlos, formado em história e em artes cênicas e com mestrado em história.

Segundo o professor, a ideia inicial das encenações partiu de uma parceria entre as disciplinas arte, história e química, na abertura de uma feira de ciências na qual se fez um retrospecto das principais descobertas científicas do homem ao longo da história. Com o passar do tempo, foram surgindo caminhos para as encenações a partir de textos coletivos vinculados à realidade. “Pensava-se em um problema social e, em seguida, em sua possível solução”, lembrou José Carlos. “Isso gerou troca de informações e, claro, nos possibilitou ir além no trabalho, à medida que as discussões avançaram.”

Em 2009, foi preparada uma apresentação sobre os problemas ocasionados pelo uso de drogas. A idéia central era relembrar os 40 anos do Festival de Woodstock, nos Estados Unidos. “Após lançarmos a idéia da peça, colocamos literalmente a mão na massa, com todo o processo de preparação do espetáculo”, disse o professor. “Os alunos fizeram pesquisas de figurino, assistiram ao filme Hair (EUA, 1979), de Milos Forman, sobre o período do movimento hippie, ouviram músicas da época e preparam a trilha sonora”, explicou. “Ao mesmo tempo, pesquisaram sobre os efeitos de determinadas drogas no organismo.”

A encenação, com cerca de uma hora, contou com 40 estudantes, 22 deles integrantes do projeto — os demais mostraram interesse em participar e foram incluídos. “A apresentação superou as expectativas quanto à receptividade e alcance”, disse o professor.

Em 2010, o colégio implantou disciplinas optativas. O Interfaces foi inserido na disciplina de artes cênicas, oferecida nos turnos matutino e vespertino. O trabalho foi centrado, primeiramente, em jogos de socialização e sensibilização e, posteriormente, na criação de encenações pelos alunos. Reunidos em grupos, eles tinham como tarefa elaborar esquetes sobre os temas enfocados, tais como família e geriatria, e elaborar diálogos por meio de improvisação.

Segundo José Carlos, os alunos relataram, este ano, que as aulas de teatro proporcionaram mais concentração nos estudos, além de facilitar a socialização dos mais tímidos, até mesmo no caso de apresentação de trabalhos em outras disciplinas.

Fátima Schenini

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Assunto(s): Inhumas , teatro , Interfaces
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