Grevistas continuam divididos sobre proposta do MEC
O Ministério da Educação ratificou a proposta de aumento de R$ 500 milhões para os professores universitários em greve, mas as entidades que fazem parte da mesa de negociação continuam divergindo sobre o fim da paralisação e ainda não há acordo. A reunião aconteceu nesta quinta-feira, 10, na sede do MEC.
O Fórum Nacional dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) acolheu a proposta apresentada pelo MEC e destacou como positivo o percentual de 50% para titulação (professores com mestrado, doutorado e especialização), a criação da categoria de professor associado discriminada em quatro níveis (que dará continuidade e progressão na carreira dos professores) e o retorno do grupo de trabalho para reestruturação do plano de carreira unificada dos professores de 1º, 2º e 3º graus.
O Proifes questionou sobre a isonomia entre os professores da ativa e aposentados. Segundo o secretário executivo adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira, a isonomia para os aposentados teve uma evolução de 91 pontos para 115, do total de 140. Os pontos correspondem à Gratificação de Estímulo à Docência (GED), que atualmente beneficia apenas os professores da ativa. Os inativos exigem a equiparação dos 140 pontos.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) diz que a maioria da categoria rejeita a oferta e que o MEC apresentou uma postura rígida ao não acatar as exigências dos professores. A entidade vai realizar assembléias regionais para tratar da questão.
Repórter: Sandro Santos