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Marcha Zumbi + 10 reúne mais de cinco mil pessoas em Brasília

  • Quinta-feira, 24 de novembro de 2005, 08h46
  • Última atualização em Quinta-feira, 31 de maio de 2007, 05h13

Cerca de cinco mil pessoas participaram nesta terça-feira, 22, da Marcha Zumbi + 10. Os organizadores realizaram um ato cosmopolita pelo Eixo Monumental da cidade - saindo da Catedral de Brasília em direção ao Congresso Nacional -, que uniu negros, brancos, índios, judeus e palestinos nas mesmas reivindicações: igualdade racial, não ao racismo, à violência e à injustiça. Mais educação e inclusão social de fato.

Ao som dos tambores e atabaques dos grupos Filhos de Gandhi, do Pelourinho (BA); Malê Debalê, de Abaeté e Itapuã (BA); Congado de Airões, do distrito de Paula Cândido (MG); quilombolas e outros, a manifestação integrou desde a vovó Ivana da Silva, 80 anos, do Rio Grande do Sul, à menina quilombola, Holdry Thais Epifânia de Oliveira, de oito anos, do quilombo Carrapato (MG). Ambas com a mesma reivindicação: acesso à educação para os negros.

A Marcha Zumbi + 10 foi organizada por centrais sindicais e entidades não-governamentais de todo o Brasil, e contou com a participação de representantes dos estados de Tocantins, Acre, Amazonas, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Distrito Federal e outros. Presentes também representantes das universidades federais de Uberlândia (UFU/MG) e Rural de Pernambuco (UFRPE), e a secretária de Educação de Salvador, Olívia Santana.

Desde o início do mandato, em 2003, o governo federal instituiu uma política de ações afirmativas com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas. O Ministério da Educação desenvolve, promove e implementa mais de 30 programas nesta área, dentre os quais o Universidade para Todos (ProUni) - que concede bolsas de estudo a alunos de baixa renda, tem recorte racial e possibilitou o aumento de 5% de negros no ensino superior. Em números reais, o acréscimo corresponde a cerca de 50 mil alunos afrodescendentes. Também é do MEC um projeto de cotas nas universidades públicas que tramita no Congresso Nacional.

Cotas - Uma pesquisa de opinião pública nacional feita pelo Instituto CNT/Sensus, em 2004, revelou que 61,1% dos brasileiros são a favor das cotas. Uma política que já é realidade em vários setores públicos. Exemplo disso são as prefeituras de Piracicaba, Limeira e Jundiaí - interior de São Paulo -, que adotaram o sistema para o ingresso ao serviço público local. No âmbito federal, os ministérios do Desenvolvimento Agrário, de Relações Exteriores e o Supremo Tribunal tiveram a mesma iniciativa.

As universidades que já aderiram ao sistema de cotas são: estaduais do Amazonas (UEA); Bahia (Uneb); Londrina (UEL); Mato Grosso do Sul (Uems); Minas Gerais (Uemg); Rio de Janeiro (Uerj); Norte Fluminense (Uenf) e Rio Grande do Sul (UERGS). E as federais de Alagoas (Ufal); Bahia (UFBA); Brasília (UnB); Paraná (UFPR); São Paulo (Unifesp) e Vale do São Francisco (Univasf).

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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