Seminário discute adequação de currículo para cursos de saúde
O Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) selecionou 90 instituições de ensino superior para auxiliar na reorganização dos currículos dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem. No primeiro seminário do Pró-Saúde, iniciado nesta terça-feira, dia 7, especialistas e acadêmicos estarão reunidos para discutir formas de adequar a formação profissional às reais necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, a rede pública é onerada com pedidos de exame em exagero e sofre com a desinformação de médicos sobre doenças básicas, problemas que podem ser resolvidos com a adequação dos currículos. “Vamos formar médicos, odontólogos e enfermeiros adequados às necessidades de saúde da população”, afirma ele.
O secretário de educação superior do MEC, Nelson Maculan, lembrou que a formação de pessoal é a questão central para o bom atendimento do SUS. “A reorientação curricular vai melhorar o atendimento nos hospitais públicos e, em médio prazo, gerar uma economia de recursos”, disse. Atualmente, 144 milhões de brasileiros utilizam os serviços do SUS.
O Pró-Saúde foi lançado em novembro de 2005 e trabalha em três eixos de transformação: focalizar a promoção da saúde como forma de prevenção de doenças; utilizar outros ambientes de ensino, além dos tradicionais hospitais universitários, e estimular a participação dos estudantes em sala de aula como forma de aprimorar a aprendizagem profissional.
Para participar do programa, inscreveram-se 300 instituições. O orçamento do Pró-Saúde para 2006 é de R$ 36 milhões. Segundo Saraiva Felipe, a iniciativa dos ministérios da Educação e da Saúde foi citada no relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) como referência.
Repórter: Flavia Nery