Orquestra Sinfônica faz duas apresentações
Vinte e dois violinos, violoncelos e contrabaixos, fagotes, trompas, harpa, percussão e trompetes, tuba, oboés, flautas, violas, piano e saxofone. A Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) chega a Brasília, pela primeira vez, para se apresentar nas festividades do dia Sete de Setembro. No palco, cerca de 80 músicos serão regidos por Lígia Amadio, maestrina de trajetória mais importante nas Américas do Sul e Central.
A orquestra pertence ao Ministério da Educação e tem sede em Niterói (RJ). Para marcar o Dia da Independência, o repertório privilegiará a música brasileira como forma de aproximar a população da música erudita.
Lígia Amadio diz que a apresentação artística traz leveza em um evento cívico. “A expressão do sentimento por meio da música brasileira mexe com o orgulho patriótico.” A orquestra vai mostrar diversas facetas da música brasileira, para trazer ao público toda a riqueza da nossa música. A maestrina acredita que as duas apresentações, nos dias 7 e 9, vão contribuir para divulgar a música erudita e o trabalho da orquestra, uma vez que os concertos não chegam a uma parcela significativa da população. “Estou certa de que o concerto contribuirá para tornar nossa mais importante festividade cívica em pura expressão de patriotismo espontâneo e sincero, através da exaltação de nossa música.”
No primeiro dia, o solista da orquestra será o pianista carioca Arthur Moreira Lima, reconhecido internacionalmente, também, pelo trabalho de resgate e difusão das raízes culturais brasileiras. Moreira Lima começou a tocar piano aos seis anos. Aos nove, já tocava um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira, criada em 1940, também no Rio de Janeiro.
A OSN é a única orquestra sinfônica no Brasil mantida diretamente por uma instituição de ensino superior federal, a Universidade Federal Fluminense (UFF). Criada em 1961, por decreto do presidente Juscelino Kubitschek, a orquestra é regida pela maestrina Lígia Amadio desde 1996.
História — Criada em 12 de janeiro de 1961, a Orquestra Sinfônica Nacional integrou nos anos 60 o serviço de radiodifusão educativa do MEC. Com a extinção do serviço, a orquestra foi transferida para a Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê), onde ficou inativa. Em 1986, o então presidente da República, José Sarney, integrou a OSN à estrutura da Universidade Federal Fluminense. Hoje, a orquestra tem 60 músicos concursados que pertencem aos quadros do MEC.
Manoela Frade
Confira a programação da orquestra.
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