Biblioteca para os povos da floresta
Rio Branco — Um espaço de valorização do índio, do seringalista, do ribeirinho e do meio ambiente. Com essa proposta nasceu a Biblioteca da Floresta Marina Silva, em Rio Branco (AC), que abriu as portas ao público nesta terça-feira, 9, com a visita do ministro da Educação, Fernando Haddad, da secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, do governador do Acre, Binho Marques, e do senador Tião Viana (PT-AC). A comitiva do MEC está no estado para o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação.
A primeira biblioteca brasileira totalmente especializada em assuntos ambientais da Amazônia e do Acre conta a história dos povos da floresta — ribeirinhos, seringalistas e índios — com o intuito de valorizar a formação da identidade do povo da região e despertar uma atitude responsável frente ao meio ambiente, além de disponibilizar amplo acervo a pesquisadores e estudiosos.
O espaço terá exposições permanentes e temporárias e conta com audioteca, videoteca e salas de leitura e de pesquisa com computadores ligados à internet. As exposições permanentes privilegiam a história dos povos da floresta, suas culturas e conhecimentos.
Na visita à biblioteca, a comitiva do ministério inaugurou a primeira exposição temporária, Nossa Terra, que aborda a formação do sistema solar, do planeta Terra e dos grandes lagos amazônicos. Haddad e os dirigentes do MEC e do estado descobriram que seres gigantes, hoje comparáveis a elefantes ou rinocerontes, habitaram a região.
No espaço permanente, os visitantes conheceram um pouco sobre as 14 etnias indígenas que vivem no estado e sobre a vida e luta de Chico Mendes, seringalista assassinado por defender questões ambientais. Uma sala climatizada, que reproduz o clima e a fauna da floresta amazônica, também fez parte do passeio. A visitação à biblioteca é gratuita, basta ser agendada com antecedência.
Maria Clara Machado