Ministro defende metas de qualidade
“O Brasil precisa se habituar a cumprir metas de qualidade na educação”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista à Rádio Jovem Pan, de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 5. “Os países que venceram o desafio fixaram metas de qualidade. Ou seja, saber se a criança está na escola aprendendo”, comentou, em alusão aos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgados na terça-feira, 4.
O ministro acredita que para vencer esse desafio é preciso comprometer a universidade pública com a escola pública e fazer a maioria dos licenciados nas universidades atuar nas escolas. Para isso, disse ser necessário aumentar as vagas de ingresso nos cursos de física, química, biologia e matemática, áreas com mais carência de professores na educação básica.
O salário dos professores também foi tema da entrevista. Haddad lembrou que o piso é de um salário mínimo para um professor que trabalha 40 horas por semana. “Hoje, estamos praticamente triplicando o valor”, destacou — será elevado de R$ 380 para R$ 950 no caso de professores sem diploma de curso superior. “Para professores com nível superior, o piso tem de ser estabelecido num patamar maior.”
Haddad explicou que o Ministério da Educação aguarda a aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Só depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá sancionar a lei que estabelece o novo piso, a qual entraria em vigor, se aprovada este ano, em 1º de janeiro de 2008.
Haddad falou ainda sobre os dados estaduais do Pisa relativos a repetência e evasão escolar. “É preciso acompanhar as crianças individualmente. As escolas que dão certo verificam se o aluno está aprendendo”, salientou.
Ouça a entrevista do ministro Fernando Haddad:
Assessoria de Comunicação Social