Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > Merenda: recurso direto para a escola
Início do conteúdo da página
PDE

Alunos paraenses ganham placa

  • Terça-feira, 03 de julho de 2007, 08h05
  • Última atualização em Quarta-feira, 25 de julho de 2007, 09h26

A escola Cândido Vilhena, de Vigia, Pará, é considerada a melhor da Região Norte em sua modalidade e a 13ª no ranking nacional. (Foto: João Bittar)Belém — Uma placa, logo na entrada, homenageia os alunos da Escola Municipal Professor Cândido Vilhena, em Vigia, Pará. Eles obtiveram boas notas na Prova Brasil de 2005, quando estavam na quarta série, e deram à instituição posição de destaque na Região Norte. A placa cita o nome de cada aluno. “Eles serão homenageados para o resto da vida”, emociona-se a diretora Maria de Nazaré Vilhena.

O bom desempenho dos alunos na avaliação realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) é atribuído à gestão participativa, que alia gestores e comunidade à escola, e à dedicação dos professores, todos concursados — a maioria, com curso superior. A avaliação terá a segunda edição este ano.

Na escola Cândido Vilhena, o atendimento aos alunos é individualizado. Com os estudantes que têm mais dificuldades no aprendizado, os professores fazem uma espécie de recuperação paralela ao longo do ano, com adaptação da  metodologia. A avaliação na escola também não é comum. Há provas, mas elas são aliadas ao conjunto de atividades desenvolvidas no bimestre para gerar as notas. O monitoramento por parte da direção é constante. Tanto que o planejamento não é feito por ano ou semestre, mas por bimestre, para que as correções de métodos de ensino possam ser pontuais e precisas.

Quando alguma criança falta à aula por dias seguidos, o próprio professor vai à casa dela para saber o motivo da falta e conversar com os pais. A professora Maria de Nazaré da Costa, que trabalha na escola há 10 anos, conta o caso de uma mãe que queria tirar o filho da escola porque ele era irrequieto e ela se sentia envergonhada e cansada com o trabalho que ele dava. Duas professoras foram até a casa do aluno para uma conversa com a mãe e convencê-la a manter o filho na escola.

Como estratégia de convencimento, levaram um grupo de crianças para fazer uma apresentação de dança na rua. “Tínhamos de mostrar àquela mãe que ela poderia contar conosco”, diz Maria de Nazaré.
Amigos — Segundo a coordenadora Maria do Socorro Fonseca, a escola sabe trabalhar bem com alunos de personalidade difícil. No ano passado, a direção resolveu implementar o Projeto Fazer Amigos, específico para uma turma de estudantes mais agressivos. O projeto consistia em cada um sortear o nome de um colega da turma para ser seu amigo especial até o fim do ano. O aluno tinha que cuidar bem de seu amigo — emprestar um lápis, se ele não o tivesse; visitá-lo, se estivesse doente; mandar recadinhos de amizade. “Isso retomou o clima de amor ao próximo. No fim do ano, comemoramos o sucesso do projeto com um grande bolo de chocolate”, orgulha-se Maria do Socorro.

A escola também trabalha em sala com brincadeiras e jogos didáticos. No turno oposto ao das aulas, são oferecidas aulas de música, inglês e informática para os alunos da terceira e da quarta séries, por meio de programa da secretaria municipal de Educação.

A merenda escolar também é fator de sucesso na escola. Além de uma refeição altamente nutritiva, os alunos ganham guloseimas, como sorvetes. “Por todos esses fatores, nem os alunos nem os pais gostam das férias. Eles não querem de ficar longe da escola”, comemora a coordenadora.

Letícia Tancredi

Confira outras notícias da Caravana da Educação

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página