Salto para o Futuro debate os desafios do combate ao tabagismo
O Dia Mundial sem Tabaco, ação celebrada em 31 de maio, é o tema do Salto para o Futuro desta quarta, 30. No ar às 20h, pela TV Escola, o programa, apresentado por Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, traz uma proposta de reflexão, inclusive nas escolas, sobre as estratégias e desafios do combate ao consumo de cigarros. Um dos tópicos é a discussão das motivações que levam alguém a fumar.
A atração mostra um panorama sobre o tabagismo no país e debate as consequências das restrições impostas à indústria do tabaco nos últimos anos, como os impactos sobre o consumo de cigarros. O tema central é o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, sobre o qual falam as convidadas desta edição do programa – Andréa Reis Cardoso, da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que tem sedes em Brasília e no Rio de Janeiro; e Silvana Turci, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Elas discutem as estratégias que a indústria do tabaco vem adotando para manter e conquistar novos adeptos. Dados da Fiocruz apontam que, em todo o mundo, cerca de seis milhões de pessoas morrem todos os anos em consequência de doenças ligadas ao tabagismo. Desse total, cinco milhões de mortes são atribuídas ao uso do cigarro e mais de 600 mil são decorrentes do tabagismo passivo.
Impactos – No Brasil, estima-se que o tabagismo seja responsável por mais 156 mil mortes anuais. Isso equivale a 428 mortes por dia – 12,6% do total dos óbitos que ocorrem no país. Especialista do Inca, Andréa Cardoso afirma que os impactos do consumo de cigarros na saúde não estão relacionados apenas ao câncer de pulmão ou de boca. “Quem fuma tem 20% a mais de risco de ter doenças cardíacas, algumas delas incapacitantes, e essas consequências são construídas desde muito cedo, na adolescência, inclusive”, afirma.
Também são abordadas as estratégias da indústria do tabaco, como o uso de dispositivos eletrônicos. “Os estudos sobre os chamados cigarros eletrônicos estão começando agora e não é possível afirmar que, em longo prazo, [esses dispositivos] também não sejam maléficos à saúde”, pontua Silvana Turci.
Além de aumentar as ameaças à saúde dos fumantes e de quem está ao alcance da fumaça, o consumo de cigarros traz impactos para a economia do país. Segundo o estudo da Fiocruz, os gastos anuais relacionados à questão somam quase R$ 57 bilhões. Desse total, R$ 39,4 bilhões são referentes aos custos médicos e R$ 17,5 bilhões representam os custos gerados pela perda de produtividade. Somados, esses valores representam 1% do Produto Interno Bruto (PIB), indicador econômico que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa região específica (cidade, estado, país) durante determinado tempo.
Além da exibição em todas as quartas-feiras, às 20h, Salto para o Futuro tem episódios disponíveis no portal da TV Escola e no canal da emissora no Youtube.
Assessoria de Comunicação Social