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Enem

Redação sobre intolerância religiosa fecha segundo dia do exame

  • Domingo, 06 de novembro de 2016, 18h56
  • Última atualização em Domingo, 06 de novembro de 2016, 19h57

O candidato Felipe Nogueira Anchieta elogiou o tema da redação do Enem deste ano (foto: Isabelle Araújo ACS/MEC)Estudantes de todo o país realizaram neste domingo, 6, o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. Devido à redação, o exame teve uma hora a mais de duração que o dia anterior. Os candidatos tiveram que elaborar um texto argumentativo de, no máximo, 30 linhas, sobre os “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. O tema foi comemorado pelo estudante Felipe Nogueira Anchieta. “É um tema atual, que consegui desenvolver bem usando o que aprendi na escola e o que eu sei sobre religião”, celebrou.

O candidato também elogiou a estrutura da prova. “Os textos motivacionais estavam bem explicativos. Deu para tirar uma boa base de lá”, afirmou o aluno do último ano do ensino médio do Centro Educacional do Lago, escola da rede pública de ensino de Brasília. Concluindo a sua primeira participação no Enem, o estudante de 18 anos pretende utilizar a nota do exame para ingressar no curso de Arquitetura ou Educação Física da Universidade de Brasília (UnB).

O coordenador de redação do Centro Educacional Sigma, em Brasília, também aprovou o tema apresentado. Para Eli Carlos Guimarães, a proposta levanta a discussão sobre um preconceito que existe, mas que não é colocado. “Há um preconceito em discutir este preconceito”, observou. “A contribuição do Enem com essa temática é extremamente importante. O exame é uma avaliação nacional, que é muito observada, criticada. Ao trazer aos jovens uma discussão como essa, ele vai suscitar um debate público informal imensamente importante para a educação brasileira”.

A prova discursiva é determinante para a classificação dos candidatos, pois tem caráter eliminatório para quem tira zero. A redação vale até mil pontos e corresponde à metade da nota geral do exame. Ela apresenta diferenças em relação àquelas aplicadas em outros vestibulares. Além de avaliar o aluno que termina o ensino médio, a redação permite a aferição do participante do exame como um sujeito crítico diante da realidade. Na unidade textual, também há a necessidade de relacionar, organizar e interpretar informações, fatos e opiniões, respeitando os direitos humanos.

De acordo com o manual de redação do Enem, os candidatos que não atenderem a proposta solicitada ou desenvolverem outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo receberão nota zero. Textos ofensivos ou desconectados do tema também serão anulados. O mesmo vale para redações entregues em branco ou com até sete linhas, independente do conteúdo apresentado na folha de rascunho; para textos que contenham impropérios ou desenhos; ou, ainda, para dissertações que transpareçam desrespeito aos direitos humanos. Cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões será desconsiderada para efeito de correção e não entrará na contagem do mínimo de linhas.

Correção — No processo de correção das provas de redação, os participantes são avaliados em cinco competências, que valem, cada uma, até 200 pontos: domínio da norma-padrão da língua escrita; compreensão da proposta; capacidade de organizar e relacionar informações; construção da argumentação; e elaboração de proposta de intervenção ao problema exposto.

As redações do Enem são avaliadas por dois corretores, de forma individual. Cada um deles atribui nota entre zero e 200 pontos a cada uma das competências. Caso haja diferença superior a 100 pontos entre as notas totais dos dois corretores ou de mais de 80 pontos em qualquer uma das cinco competências, a redação segue para um terceiro avaliador. Na hipótese de a discrepância continuar depois da terceira avaliação, a redação será corrigida por uma banca com três professores, que será responsável pela nota final.

Assessoria de Comunicação Social
 

Assunto(s): Enem , ensino médio , redação
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