Empresas estatais e MEC preparam programa Interface
Até o final deste ano, nove empresas estatais de grande porte estarão investindo recursos nas universidades públicas federais para promover a produção científica e tecnológica, o desenvolvimento regional e suprir as necessidades de pesquisa e prestação de serviços das estatais. A convergência de objetivos será feita por meio do programa Interface, lançado no início da semana na segunda reunião do Fórum das Estatais pela Educação.
Para elaborar o projeto de investimentos na educação superior, o fórum criou um grupo de trabalho que terá a participação do MEC, das nove empresas - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, Eletrosul, Finep, Infraero, Petrobrás, Serpro e Nuclep - e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O Interface será estruturado sobre três eixos: infra-estrutura de pesquisa e apoio a programas de pós-graduação; intervenções estruturais para maior eficiência e acesso; e infra-estrutura para a educação a distância com incorporação de demanda de formação continuada dos quadros das estatais.
Com o ingresso desse grupo de empresas, o ministro da Educação, Tarso Genro, espera, nos próximos dois anos, o ingresso de R$ 50 milhões em recursos novos que vão apoiar também outros três macroprogramas do MEC: Brasil Alfabetizado, Escola de Fábrica e Escola Aberta. Já assinaram acordos de cooperação técnica com o ministério 12 empresas estatais, que se comprometeram a investir R$ 5 milhões em 2005 e 2006.
Objetivos - As metas do governo federal a partir dessa iniciativa são aumentar os recursos acadêmicos disponíveis nas instituições federais de ensino superior (Ifes) para projetos de desenvolvimento regional e nacional; promover a atuação da universidade pública na área de tecnologia e em campos de pesquisa transformadores; desenvolver tecnologias sociais, buscando a inovação na área de políticas públicas necessárias à democratização da sociedade; e canalizar investimentos para projetos de interface entre estatais e Ifes considerados estratégicos para o país.
Repórter: Ionice Lorenzoni