ProUni é disputado por mais de 200 mil candidatos
O Programa Universidade para Todos (ProUni), do Ministério da Educação, beneficiará 43.614 estudantes carentes com bolsas integrais e parciais para o ensino superior no segundo semestre letivo de 2006. No total, o ProUni ofereceu 47.059 bolsas para este segundo semestre, disputadas por 200.969 inscritos. As 3.445 bolsas remanescentes serão preenchidas posteriormente.
O resultado da seleção já está disponível no sítio do ProUni e pelo telefone 0800-616161. Para saber se foi contemplado, o candidato inscrito no Programa deve ter em mãos seu número de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O candidato contemplado com bolsa do ProUni deverá procurar a instituição para onde foi pré-selecionado, no período de 26 de junho a 14 de julho, para confirmar seus dados socioeconômicos, informados na ficha de inscrição. Em 24 de julho, o MEC divulgará o resultado da reclassificação, no sítio do ProUni e pelo telefone 0800-616161, com uma lista adicional de candidatos contemplados.
Negros – Destinam-se a estudantes negros 22.010 bolsas, totalizando mais da metade das bolsas concedidas. Dentre os candidatos autodeclarados indígenas, 43 foram pré-selecionados.
Das 43.614 bolsas concedidas pelo ProUni neste processo seletivo, 8.724 destinam-se a instituições de São Paulo, estado mais populoso e com maior número de instituições de ensino superior. Em segundo lugar, vem o estado de Minas Gerais com 6.844 bolsas; seguido do Rio de Janeiro, 5.191; Rio Grande do Sul, 3.865; e da Bahia, 3.137 bolsas. O número de bolsas em cada unidade da federação depende do número de instituições participantes e é regulamentado pela Lei 11.096.
“O ProUni oferece bolsas para todos os cursos e turnos das instituições que participam do programa”, observa o diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, Celso Carneiro Ribeiro. Segundo ele, dos 21 primeiros estudantes pré-selecionados para bolsas do ProUni neste novo processo seletivo, 16 foram contemplados para cursos de medicina, dois para biomedicina, um para letras, um para engenharia de produção e um para tecnologia em gestão ambiental urbana. A seu ver, “o ProUni está contemplando bons alunos que farão cursos nobres, disputados e de difícil acesso, principalmente na área de saúde”.
Dos 200.969 inscritos no Programa para o segundo semestre deste ano, 51.313 são do estado de São Paulo; 32.302 de Minas Gerais; e 22.818 da Bahia. Os candidatos ao ProUni disputaram um total de 47.059 bolsas, oferecidas por 791 instituições. Foram oferecidas 35.162 bolsas integrais e 11.897 parciais (50% da mensalidade). São Paulo, capital, é o município onde as instituições ofereceram o maior número de bolsas, 3.833; seguido de Curitiba, com 3.765; Belo Horizonte, 2.965; Rio de Janeiro, 2.776; e Brasília, 1.861. Os dados relativos à oferta de bolsas do ProUni estão no sítio do programa.
Estudantes de todo o País têm a chance de entrar no ProUni e estudar na sua região de origem, pois o Programa está presente em todos os estados da Federação. Desde Butiá (RS), com oito bolsas, até Astorga (PR), oito bolsas; Mariana (MG), quatro bolsas; Piriri (PI), 12 bolsas, e Cruzeiro do Sul (AC), oito bolsas, por exemplo.
Maior programa - Criado pelo Governo Federal em 2004, e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o ProUni possibilita o acesso de milhares de jovens de famílias de baixa renda à educação superior. O programa concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao Programa.
Em 2005, o ProUni ofereceu 112.275 bolsas e em 2006, 138.668, o que significa um aumento de 24% no número de bolsas. É o maior programa de bolsas de estudos da história da educação brasileira.
Critérios - Concorrem às vagas do ProUni alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas, os que estudaram em escolas particulares com bolsa integral e os professores da rede pública de ensino básico em efetivo exercício. Todos devem, ainda, ter feito o ENEM em 2005 e ter obtido nota mínima de 45 pontos, na média entre as provas de conhecimentos gerais e de redação deste exame.
São também requisitos obrigatórios ter renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 525,00), para concorrer a uma bolsa integral, e de até três salários mínimos por pessoa da família (R$ 1.050,00), para concorrer a uma bolsa parcial de 50% da mensalidade. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)