ProUni: estudantes apresentam sugestões
São Paulo - Leandro, José, Hussein, Filipe, Ronaldo e Artur foram os seis representantes dos estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni) em São Paulo que entregaram uma carta ao ministro da Educação, Fernando Haddad, neste sábado, 24 de novembro, no 1º Encontro dos Estudantes do ProUni de São Paulo. O documento contém sugestões de aperfeiçoamento do programa.
Antes, eles falaram para uma platéia de cerca de 400 colegas, reunidos em um ginásio. Todos destacaram o quanto o ProUni influiu na vida deles, ampliando o acesso à educação superior. Mas indicaram nove pontos que podem melhorar ainda mais o programa:
1) Mais informação.
2) Critérios mais claros para os casos de perda de bolsa, com o fim da exigência de comprovação anual de renda.
3) Direito à transferência de universidade.
4) Igualdade de direitos de concorrência em todos os programas da universidade.
5) Garantia de conclusão plena dos cursos.
6) Condições de permanência na universidade e de inserção no mercado de trabalho. Exemplo: estágio específico para alunos do ProUni.
7) Incentivo ao ingresso na pós-graduação. Exemplo: convênio em universidade pública.
8) Funcionamento pleno da Comissão Nacional do ProUni (Conap).
9) Formação de qualidade, rigor na fiscalização dos cursos oferecidos para bolsistas do ProUni.
Estudantes de pelo menos 10 instituições que têm bolsistas do ProUni no estado de São Paulo participaram do encontro, apoiado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), pela Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República, e com a presença do senador Eduardo Suplicy (PT/SP) e do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
No encerramento, o ministro da Educação, Fernando Haddad, lembrou do lançamento do ProUni, quando alguns setores da sociedade acreditavam que os bolsistas rebaixariam a qualidade do ensino superior. “O que se viu foi exatamente o contrário: em todos os exames e avaliações os bolsistas do ProUni têm desempenho superior aos não bolsistas”.
Haddad elogiou a objetividade da carta entregue pelos estudantes, definindo-a como uma das contribuições mais importantes que recebeu desde que está à frente do Ministério da Educação. O ministro ainda afirmou que esta geração entra para a história da educação superior do Brasil por ter derrubado um mito: mérito não tem a ver, necessariamente, com a situação sócio-econômica do estudante, concluiu Haddad.
Rodrigo Dindo