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  • Número foi impulsionado pelo crescimento de matriculados em creches


    Mais brasileirinhos de 0 a 6 anos na escola. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas na educação infantil aumentou em 12,6%. No ano passado, eram 8.972.778 em creches e pré-escolas. Em 2015, foram registrados 7.972.230 alunos. Os dados são do Censo Escolar 2019, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

    O levantamento aponta que o crescimento foi impulsionado pelas matrículas em creches, com 167,8 mil registros a mais em 2019 do que em 2018, ou seja, uma variação de 4,7%. Em 2015, as matrículas em creches cresceram 23,2%.

    A rede municipal de ensino concentra a maior parte das matrículas da educação infantil: 71,4%. Em seguida, vem a rede privada com 27,9% do total. Das matrículas da rede privada, 29,4% pertencem a instituições particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas conveniadas com o poder público.

    Na análise da educação infantil por localidade, percebe-se que 10,5% das matrículas encontram-se na zona rural, e a quase totalidade (96,8%) das matrículas são atendidas por estabelecimentos da rede pública. O censo apurou que 13,2% das crianças que frequentam a pré-escola estão na zona rural e 6,7% estão matriculadas nas creches rurais.

    Censo Escolar – O Censo Escolar é uma pesquisa estatística que tem por objetivo oferecer um diagnóstico sobre a educação básica brasileira. Coordenado pelo Inep, é realizado em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

    A pesquisa é declaratória, de abrangência nacional e coleta informações de todas as escolas públicas e privadas, suas respectivas turmas, gestores, profissionais escolares e alunos de todas as etapas e modalidades de ensino: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos, e educação profissional.

    Todos os resultados do Censo Escolar 2019 estão disponíveis para consulta no portal do Inep, incluindo notas e sinopses estatísticas, resumo técnico, microdados e indicadores da educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • A educação infantil pública no Brasil cresceu nos últimos anos. O censo da educação básica de 2009 mostra que há 1,2 milhão de crianças matriculadas em creches. Em 2000, esse número era de 652 mil.

    Já na pré-escola, foram registradas 3,7 milhões de matrículas em instituições públicas no ano passado; há dez anos, eram 3,8 milhões. No entanto, essa diferença não representa queda no número de crianças matriculadas, já que boa parte dos alunos de seis anos, que antes cursavam a pré-escola com essa idade, agora estão no primeiro ano do ensino fundamental, devido à implantação do ensino de nove anos. Em 2009, havia 2,2 milhões de matrículas no primeiro ano do ensino fundamental.

    Com a expansão da oferta na educação infantil, a demanda por professores qualificados também aumenta. Na creche, por exemplo, a proporção deve ser de um educador para cada dez alunos, no máximo. Por isso, o Ministério da Educação tem intensificado as ações de formação de docentes para atuar nessa etapa da educação básica.

    Uma dessas ações é o Proinfantil, programa que tem o objetivo de formar – em nível médio magistério – professores em exercício na educação infantil pública que não tenham sequer o ensino médio. Já estão em formação 23 mil docentes.

    Com o ensino fundamental de nove anos, obrigatório a partir de 2010, as matrículas no primeiro ano também cresceram. Para melhorar a qualidade do ensino em leitura, escrita e matemática, o MEC oferece o Pró-Letramento, programa de formação continuada de professores das séries iniciais do ensino fundamental, em exercício na rede pública.

    Vale lembrar que, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), os educadores formados em nível médio na modalidade normal estão habilitados a lecionar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a LDB; caso seja aprovado e sancionado, determinará que os professores com formação em nível médio, que passem em concursos para atuar na rede pública de ensino, terão prazo de seis anos para concluir um curso de licenciatura.

    “É importante ressaltar que a educação infantil saiu da assistência social e foi para a área educacional há pouco tempo. Antes, não se exigia formação em magistério para atuar em creches, porque o profissional só tinha que cuidar das crianças; agora, tem que cuidar e educar”, explica a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

    Ainda assim, a quantidade de professores com formação inferior à exigida para lecionar caiu em dez anos. Em 1999, havia 130.949 docentes com nível fundamental. Em 2009, o número foi para 12.480. Já os formados em nível médio eram 1.022.257 em 1999. Dez anos depois, havia 624.320 professores atuando com esta formação. Destes, 385.663 estavam em creches, pré-escolas e nos anos iniciais do ensino fundamental; portanto, com formação adequada para essas etapas do ensino, de acordo com o artigo 62 da LDB.

    Graduação– O Ministério da Educação investe na qualificação dos docentes em nível superior por meio do Plano Nacional de Formação de Professores. A intenção é beneficiar 332 mil educadores em exercício na rede pública de ensino até 2011.

    Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia se voltam para a formação de docentes da educação básica. Cada um deve reservar 20% das vagas a cursos de licenciatura em matemática, física, química e biologia, para ajudar a suprir a demanda por professores dessas disciplinas.

    Mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também beneficiam os docentes. Poderão quitar o empréstimo do Fies com trabalho os estudantes dos cursos de licenciatura que optarem pela carreira de professor das redes públicas da educação básica com jornada de, no mínimo, 20 horas semanais. O abatimento mensal será de 1% da dívida.

    Outra facilidade para que os professores se graduem em nível superior vem do Programa Universidade para Todos (Prouni). Educadores da rede pública de educação básica que concorrem a uma bolsa em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Presidenta Dilma, o vice-presidente Michel Temer e ministros participam da abertura da 14ª dos prefeitos. (Foto: Secom)A presidenta da República, Dilma Rousseff, enviou ao Congresso Nacional, nesta terça-feira, 10, medida provisória que garante o custeio de novas creches para os municípios e Distrito Federal. A assinatura do documento foi feita durante a 14ª marcha dos prefeitos em defesa dos municípios, em Brasília.

    Pela medida provisória, o Ministério da Educação garante recursos aos municípios e ao Distrito Federal para a manutenção das creches construídas com recursos de programas do Governo Federal, desde o início das atividades do estabelecimento até o início do recebimento dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Esse período não pode ser superior a 18 meses.

    “Toda creche construída com recursos do PAC ou do Proinfância receberão recursos, não só para a construção, mas para o custeio do início de suas atividades”, explicou Dilma, referindo-se ao Programa de Aceleração do Crescimento e ao Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância).

    Na ocasião, Dilma anunciou também a liberação de R$ 520 milhões para a compra de equipamentos e demais procedimentos necessários para dar seguimento a obras que estavam paralisadas em municípios de todo país. Outros R$ 230 milhões serão liberados, com o mesmo objetivo, no dia 6 de junho deste ano. “Esse dinheiro está disponível hoje na Caixa Econômica Federal para os prefeitos”, ressaltou.

    Ana Guimarães
  • Projeto baseado em O Mágico de Oz ajudou professoras de escola catarinense a trabalhar conteúdos com crianças de cinco e seis anos A inesquecível história da menina Dorothy, que vai parar na fantástica Oz, após a passagem de um tornado, foi o tema escolhido pela professora Patrícia Machado de Freitas, de Florianópolis, para o desenvolvimento de projeto com alunos da educação infantil. O Mágico de Oz: Descobrindo as Surpresas da Estrada de Tijolos Amarelos, colocou Patrícia entre os vencedores da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.

    Depois de assistir ao filme, de 1939, com a atriz norte-americana Judy Garland (1922-1969) no papel de Dorothy, Patrícia teve a idéia de aproveitar o tema com seus 25 alunos, de cinco e seis anos de idade, no Núcleo de Educação Infantil Maria Salomé dos Santos. As crianças assistiram ao filme e a um desenho animado em DVD e ouviram a história do livro, escrito em 1900 por L. Frank Baum.

    A construção da identidade individual e coletiva, por meio da escrita do nome, a exploração das características físicas das crianças e adultos, as diferentes moradias e tipos de construções existentes, os fenômenos da natureza — ciclones, furacões e tornados — e suas consequências para a população foram alguns dos conteúdos trabalhados durante o desenvolvimento do projeto. Além disso, houve o resgate de sentimentos e valores como amor, amizade, coragem e sabedoria, relacionados aos amigos da Dorothy — o espantalho (cérebro), o leão (coragem) e o homem de lata (coração).

    O projeto foi realizado durante todo o ano letivo. Algumas atividades, como a escolha do nome do espantalho, envolveram os 120 estudantes de toda a escola. Patrícia contou com a colaboração de Sílvia Montiel e Geórgia Flores. “As contribuições dessas duas parceiras vieram somar, multiplicar nossas ações no sentido de fazer uma prática pedagógica transformadora”, disse a professora. (Fátima Schenini)


    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Está aberto o processo de inscrição e seleção de obras de literatura para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) indígena. O edital do Ministério da Educação convoca editoras a inscrever obras que serão distribuídas a escolas indígenas públicas que oferecem educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental e magistério de nível médio. As inscrições vão até 19 de abril.

    O PNBE indígena vai selecionar acervos literários com até 25 títulos que serão distribuídos às escolas indígenas do país todo para uso no ano letivo de 2015. Podem participar do processo autores indígenas e não indígenas que tenham produção literária relacionada aos povos indígenas brasileiros. O edital orienta que as obras devem fomentar a ruptura de estereótipos sobre histórias, culturas e identidades, apresentar abordagem positiva da pluralidade cultural indígena e da afirmação de direitos culturais diferenciados desses povos.

    Na categoria educação infantil, as obras devem privilegiar textos em verso e prosa, ou que vinculem textos ou palavras-chave a imagens. Os materiais devem ser confeccionados em papel atóxico para o manuseio por crianças de quatro a cinco anos de idade, podendo ser apresentados em diferentes tamanhos. Os livros devem trazer o selo do Inmetro.

    As obras para os anos iniciais do ensino fundamental e para o magistério de nível médio devem ser de textos em verso e prosa, livros de imagens e de histórias em quadrinhos em língua portuguesa ou bilíngue – português e uma língua indígena.

    Cada editora pode inscrever até 15 obras no total, com limite máximo de oito obras por categoria. Todas as obras passarão por triagem, pré-avaliação e avaliação pedagógica. Instituições públicas de educação superior serão convocadas pelo Ministério da Educação para fazer a avaliação pedagógica. Os processos de inscrição, recebimento das obras e da documentação e a triagem serão conduzidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); a pré-análise, avaliação pedagógica e seleção dos livros serão de responsabilidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

    Ionice Lorenzoni

    Confira o Edital de Convocação nº 1/2014 do PNBE Indígena 2015


  • O estímulo a atividades de extensão acadêmica relacionadas à primeira infância é tema de um acordo de cooperação assinado nesta segunda-feira, 28, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, com a Associação Nacional das Universidades Brasileiras (Anup) e o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub). O objetivo é estimular estudos e pesquisas acerca do desenvolvimento infantil, além de propostas alternativas de caráter intersetorial, visando a inclusão do tema em projetos pedagógicos e atividades de extensão nas instituições parceiras.

    A iniciativa faz parte das ações do Criança Feliz, programa coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que também assinou o acordo. Mais de 130 instituições entraram como parceiras.   

    “O Ministério da Educação tem hoje um cuidado especial em relação à primeira infância, com o programa de creches e pré-escola. Essas ações precisarão estar articuladas com as ações desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social”, disse o ministro. Ainda de acordo com ele, um dos resultados dessa cooperação será o fortalecimento de políticas do MEC existentes na área. “As políticas sociais ligadas à primeira infância são fundamentais para a gente construir um outro horizonte em relação às crianças do Brasil”, acrescentou.

    Embaixadora do Criança Feliz, a primeira-dama Marcela Temer participou da assinatura do acordo, que ocorreu no Ministério do Desenvolvimento Social. Ela destacou a importância de impulsionar o programa e lembrou o simbolismo da data. “Por uma feliz coincidência, hoje celebramos o dia do voluntariado. Sou uma voluntária do programa Criança Feliz e acredito que o investimento em cada criança brasileira logo nos primeiros anos de vida pode trazer resultados surpreendentes”, falou.

    Para o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, os frutos desse trabalho serão vistos, principalmente, nos próximos anos dos ensinos fundamental e médio. “Uma criança que nasce de uma mulher pobre e uma criança que nasce de uma mulher de classe média vão chegar à escola já com um abismo entre elas. Então é muito importante intervir neste período, com ações de acompanhamento de orientação da família para fazer com que essa criança possa superar essa fase e chegar em condições de igualdade na escola”, disse Terra.

    O programa Criança Feliz foi lançado pela Presidência em 2016, com o objetivo de promover ações nas áreas de saúde, educação, cultura e direitos humanos junto às crianças de casas beneficiadas pelo Bolsa Família. Durante visitas domiciliares, os pais são orientados sobre maneiras adequadas de estimular o desenvolvimento de seus filhos.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Uso de tecnologias educacionais deve reduzir a defasagem. Foto: Tereza Sobreira  Alunos do ensino fundamental de escolas públicas de 1.179 municípios, que estão em séries ou anos incompatíveis com a idade cronológica, terão de maio a setembro atendimento específico para superar a defasagem escolar. São 833.315 estudantes do primeiro ao quinto ano das cinco regiões do país.

    A correção de fluxo escolar, segundo o coordenador-geral de tecnologias educacionais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Raymundo Machado Ferreira Filho, será feita com o uso de tecnologias educacionais desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa). As tecnologias foram pré-qualificadas pelo MEC.

    Antes de iniciar as atividades com os alunos, os institutos e o Geempa fizeram um diagnóstico detalhado da realidade de cada escola e organizaram a capacitação dos professores. A formação dos educadores, segundo o coordenador, está em fase de conclusão.

    As atividades com os alunos será no período de maio e setembro, prazo em que os professores serão acompanhados pelas instituições executoras dos projetos. De outubro a dezembro, os institutos e o Geempa fazem a avaliação do processo de correção de fluxo escolar e a entrega dos relatórios ao Ministério da Educação.

    O investimento na aplicação de tecnologias na correção do fluxo escolar é uma resposta do MEC aos pedidos formulados pelos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. A prioridade no atendimento é das redes municipais com baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb), aferidos em 2005 e 2007.

    Escolas rurais – Avaliadores contratados pelo Ministério da Educação examinam nos dias 22 e 23 deste mês, em Porto Alegre, as 30 tecnologias educacionais inscritas para as séries iniciais do ensino fundamental da área rural. As tecnologias são para classes multisseriadas (alunos de várias séries na mesma sala de aula). Cada tecnologia é analisada por três avaliadores, de acordo com os critérios definidos no edital.

    Educação infantil – Entidades, instituições, institutos têm prazo até dia 30 deste mês para inscrever tecnologias para a educação infantil, que é o público de até cinco anos, da creche à pré-escola. As tecnologias devem ter como finalidade promover a qualidade da educação. O edital indica 13 áreas, entre elas, a formação continuada de professores, gestão de escolas, inclusão digital infantil. O Edital nº 2/2010 está disponível na página eletrônica da Secretaria de Educação Básica.

    O Guia de Tecnologias Educacionais, criado em 2007, tem hoje 133 tecnologias pré-qualificadas pelo Ministério da Educação. De 2007 a 2010, o MEC lançou cinco editais.

    Ionice Lorenzoni


  • Arte: Mário Afonso/MECCriado para despertar o interesse pela literatura entre os alunos da educação infantil e torná-los multiplicadores de leitura, o projeto Literatura nas Ruas conquistou uma dimensão maior do que a esperada. “O projeto consolidou a cumplicidade entre a família e a escola”, destaca seu autor, Diovane de César Resende Ribeiro, professor no Centro Municipal de Educação Infantil Maria Eduarda Farnezi Caetano, no município mineiro de Uberaba.

    Segundo Diovane, a ação surgiu de uma necessidade pessoal. Ele queria não só comprovar a importância das artes na educação infantil como também verificar quais instrumentos poderiam ser usados para estimular o gosto dos alunos pela área. Tão logo começou a trabalhar, em 2012, procurou sensibilizar os estudantes a conhecer e apreciar diferentes linguagens artísticas. “A literatura ganhou tamanho destaque que decidimos estruturar e desenvolver o projeto”, explica.

    O professor revela que os estudantes tiveram a oportunidade de assistir à apresentação de uma companhia de teatro integrada por adolescentes, a Cia. Rogê, com a adaptação do livro A Caixa Preta, do escritor Tiago de Melo Andrade, durante a realização da 3ª Festa Literária de Uberaba (FLU). Ao despertar o interesse das crianças, o professor selecionou algumas poesias para serem distribuídas aos moradores da comunidade em que a escola está situada. Percebeu então que era possível ir além e ampliar a distribuição a outros lugares.

    Por meio de parceria com a Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Professor Antônio Bernardes Neto, para a coleta e doação de obras literárias, o professor conseguiu vários exemplares de obras distintas. Depois de fazer a leitura dos livros arrecadados, as crianças tiveram como tarefa confeccionar marcadores de livros para distribuição, com a obra, na praça central de Uberaba. “À vontade com a situação, as crianças cumpriram com suas responsabilidades como se fosse algo natural e presente na rotina”, salienta Diovane.

    Poeta — O projeto foi encerrado com o sarau Contos e Poesias, uma Homenagem ao Poetinha, em comemoração ao centenário de nascimento do poeta, escritor e compositor Vinícius de Moraes [1913-1980]. A atividade levou a um grande envolvimento das famílias, dedicadas a ajudar seus filhos, em casa, nos ensaios das declamações.

    Paralelamente à realização dessas atividades, o professor percebeu que os estudantes queriam ler cada vez mais. “Alguns, assim que terminavam as atividades, logo escolhiam um ou mais livros do Cantinho de Leitura para preencher o tempo em que os demais colegas estavam concluindo as tarefas”, diz.

    Estudante de pedagogia, 22 anos, com formação em nível médio no curso normal, Diovane atua na área da educação desde os 15 anos — começou com trabalho voluntário na biblioteca da escola em que cursava o ensino fundamental. O projeto Literatura nas Ruas foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares. “Após esta experiência, saio com a força revigorada e mais crente de que tudo é possível. Basta acreditar”, afirma.

    Fátima Schenini

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  • A creche é prioridade no processo educacional. Essa ideia foi defendida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na cerimônia de lançamento do programa Creche para Todos, da prefeitura de São José dos Campos (SP). O programa amplia a oferta de vagas em creches e pré-escolas do município a partir da reestruturação da rede e parcerias com o Ministério da Educação.

    “A creche é evidentemente muito importante para as mães que trabalham, mas é ainda muito mais importante para o desenvolvimento intelectual da criança, que nessa fase recebe os estímulos decisivos para a vida educacional futura”, apontou o ministro.

    Serão dez unidades construídas na cidade, no programa de creches do governo federal. Foram apresentados os terrenos onde as obras serão realizadas. No total, quase cinco mil crianças serão beneficiadas. Cabe às prefeituras a contrapartida da entrega do terreno, com o planejamento em infraestrutura de água, energia, esgoto.

    O ministro salientou a importância da inovação no método de construção das novas unidades, que inicialmente eram licitadas pelas próprias prefeituras e chegavam a ser entregues pelas empresas em até dois anos. Com a mudança, o Ministério da Educação passou a definir critérios de excelência para os projetos, com o apoio do Inmetro na certificação de novos métodos de construção, e centralizou os pregões eletrônicos. “Nós conseguimos uma redução de preço em relação ao método anterior em torno de 20%, e o compromisso das empresas é entregar a creche pronta no máximo em até sete meses”, explicou.

    Desafio– Aumentar o número de crianças com acesso à educação infantil e à aprendizagem no processo de alfabetização são hoje ações no centro das políticas do MEC. O percentual de crianças de zero a três anos matriculadas vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, há muito que se percorrer. O problema é mais concentrado entre os 20% mais pobres, já que nesse estrato o percentual de crianças atendidas é 12,2%, em contraposição aos 36,3% de atendimento na parcela mais rica da população.

    Além do apoio à construção de novas creches, o governo aumentou em 67% o valor destinado à merenda nesse nível de ensino. Em complemento, entre as ações decisivas para enfrentar a questão está ainda o Pacto Nacional pela Alfabetização.

    “Estamos concedendo bolsas adicionais de R$ 200,00 aos professores alfabetizadores, assim como temos 15 mil monitores recebendo auxílio de R$ 750,00 para trabalhar prioritariamente na alfabetização. E vamos avaliar todas as crianças de sete e oito anos para  verificar se, de fato, elas estão aprendendo a ler e escrever”, finaliza o ministro.

    Maria Fernanda Conti

    Confira aqui a apresentação do ministro

  • O Ministério da Educação, em portaria publicada nesta sexta-feira, 26, definiu o valor de apoio à manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação infantil que ainda não constam no censo escolar. Assim, o valor anual por aluno a ser repassado em 2013 a municípios e ao Distrito Federal passa a ser de R$ 2.427,30 por aluno de creche pública em período integral; R$ 1.493,72 por aluno de creche pública em período parcial; R$ 2.427,30 por aluno de pré-escola pública em período integral e R$ 1.867,15 por aluno de pré-escola pública em período parcial.

    O lançamento, no ano passado, do programa Brasil Carinhoso, que integra o programa Brasil sem Miséria, ajudou a fortalecer ações para a educação infantil. Entre as medidas estabelecidas está a antecipação de repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para abertura de vagas em creches municipais.

    Os recursos a que se refere a portaria destinam-se à manutenção das novas creches e pré-escolas até que, legalmente, possam ser atendidas pelo Fundeb. Para uma creche ou pré-escola aberta este ano, por exemplo, o município e o DF receberão os valores indicados na portaria somente após a unidade constar no Censo Escolar de 2014, que trará os dados referentes a 2013. Portanto, municípios e DF terão condições de iniciar as atividades com recursos recebidos diretamente do governo federal para pagar salários e atender outras despesas até que passem a ser contemplados pelo Fundeb. Antes, tinham de usar recursos próprios para manutenção de novas turmas.

    No ano passado, os valores foram fixados em R$ 2.075,13 para o aluno de creche pública em período integral e de R$ 1.383,42 para o de período parcial; R$ 2.248,06 para o aluno de pré-escola pública em período integral e de R$ 1.729,28 para o de período parcial.

    A Portaria nº 352, de 25 de abril de 2013, foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 26, seção 1, página 11.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Tem início na segunda-feira, dia 25, o 1º Encontro Nacional do Proinfância, em Brasília. O objetivo do encontro, que vai se estender até sexta-feira, dia 29, é capacitar arquitetos e engenheiros para elaborar projetos de construção de creches do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).


    O prazo para entrega dos projetos de obras termina em 30 de junho. O encontro é uma forma de dar aos municípios envolvidos a oportunidade de apresentar corretamente a documentação e, assim, viabilizar os convênios. Têm prioridade os 1.827 municípios com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) abaixo de 4,2 pontos. Participarão do encontro outras 156 cidades com mais de 163 mil habitantes.


    Mais de 1,1 mil arquitetos e engenheiros serão treinados em duas turmas. Nos dias 25 e 26, serão orientadas as equipes dos municípios que apresentaram propostas de construção de creches com capacidade para até 240 crianças. Nos dias 28 e 29, será a vez das cidades que construirão creches para atender até 120 crianças.


    O Proinfância financia a construção de creches no Distrito Federal e nos municípios que aderiram ao Compromisso Todos pela Educação e elaboraram o plano de ações articuladas (PAR). Nos últimos dois anos, o programa financiou 1.024 creches e pré-escolas com 989 convênios. A meta para este ano é construir mais 500 unidades. Até 2010, os recursos devem ultrapassar R$ 1,8 bilhão. O orçamento deste ano é de R$ 441,47 milhões.

    Assessoria de Imprensa do FNDE

  • Em passeata organizada pelas professoras, crianças da escola capixaba chamaram a atenção da comunidade sobre necessidade de preservar o meio ambiente e ajudar na doação de livros (foto: arquivo do CEI Nilda Vanette)O Centro de Educação Infantil Nilda Vanette, no município capixaba de Serra, na região metropolitana de Vitória, empenha-se em proporcionar ensino de qualidade, que prepare os alunos para o ensino fundamental. Fundada há cinco anos, a instituição atende 380 crianças de 11 meses a cinco anos e 11 meses.

     

    “Trazer a família para a escola é nossa meta principal”, diz a diretora, Eliene Azevedo Braga. Eventos culturais, oficinas, seminários, apresentações culturais e passeatas, além de reuniões pedagógicas, são algumas das atividades promovidas pela escola, sempre com a participação dos pais. “A cada ano, sentimos necessidade de ampliar essa participação, fazendo agendamento de famílias para os eventos como garantia de participação de todos de forma tranquila e prazerosa”, revela.

     

    Pedagoga, pós-graduada em planejamento, há 30 anos no magistério, Eliene atribui a necessidade de agendamento à grande participação das famílias. Só assim todos podem prestigiar os trabalhos desenvolvidos pelas crianças e seus professores.

     

    Integrante do grupo de vencedores da quinta edição do prêmio Professores do Brasil, em 2011, com o projeto Pequenos Artistas, a professora Geanne Duarte Pollini desenvolve, desde abril, o projeto Embarcando nas Aventuras do Pequeno Príncipe. Um dos benefícios do projeto será a criação, na escola, da biblioteca Pequeno Príncipe, em homenagem ao personagem criado pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, na famosa obra de mesmo nome, lançada em 1943.

     

    Além de alunos na faixa etária de quatro anos, estudantes com idade de três anos, de outras duas turmas, participam do projeto. Geanne e as demais professoras envolvidas no trabalho procuram atrair a ajuda das famílias e da comunidade em geral para a criação e funcionamento da biblioteca. Nesse sentido, já promoveram uma passeata das crianças.


    O projeto conta com atividades variadas, que incluem a receita de uma tradicional sobremesa francesa, o pavê, e a confecção de aviões com garrafas plásticas. A atividade, que antecede a visita dos estudantes ao aeroclube do município vizinho de Vila Velha para conhecer um avião, por dentro e por fora, é justificada pelo fato de Exupéry ter sido aviador. “O projeto desenvolve ações em sala de aula e em locais que têm a ver com o livro”, explica Geanne. Pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia, ela está no magistério há 12 anos.


    Fátima Schenini

     

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  • A capacidade de brincar é uma questão muito específica da educação infantil e deve ser valorizada como forma de aprendizagem (foto: José Bittar/MEC – 30/6/10)A maior participação da educação infantil nas etapas posteriores da educação básica tem sido uma demanda crescente da sociedade. Há uma tendência, principalmente nos últimos anos, de a educação infantil antecipar os aprendizados do ensino fundamental. No entanto, os efeitos desse estímulo precoce, para alguns, têm levado pais e professores a repensar esse posicionamento.

    O tema tem sido amplamente debatido desde setembro de 2015, quando se iniciou a construção da Base Nacional Comum Curricular. Nesse período de discussões foram apontados questionamentos sobre o papel da educação infantil em relação ao ensino fundamental e médio. A segunda versão do documento reforçou a articulação entre as duas etapas em relação ao letramento e à alfabetização das crianças.

    Para Maria Carmem Barbosa, assessora da coordenação da Base na área da educação infantil e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), é papel da família e da escola acompanhar e ajudar no desenvolvimento das crianças, sempre respeitado o tempo de cada um. “A capacidade de brincar é uma questão muito específica dessa faixa etária e é fundamental valorizarmos isso como forma de aprendizagem”, diz. “Relacionar a brincadeira com a leitura, a escrita e a matemática já quer dizer que ali tem diversos conhecimentos.”

    Outra demanda incorporada pelo documento é a necessidade de uma progressão no desenvolvimento das crianças. Além de um conjunto de objetivos de aprendizagem estabelecido para cada faixa etária, a Base organizou a educação infantil em três subgrupos — os bebês, as crianças bem pequenas e as crianças pequenas. “Procuramos explicitar algumas coisas relativas aos conhecimentos escolares, tudo com noções bem abertas e introdutórias”, afirma a professora. “É um conhecimento que vai ser sistematizado pelo ensino fundamental.”

    Nesse sentido, o Ministério da Educação tem investido em políticas públicas, as quais, de acordo com a coordenadora da elaboração do documento, Hilda Micarello, ganharam mais ênfase na segunda versão. “Apresentamos uma nova proposta, bem diferente da primeira, mas não tenho dúvida de que ela será objeto de críticas, como seria qualquer proposta; só que agora não serão as mesmas questões”, afirma.

    A segunda versão da Base Nacional Comum Curricular foi entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE), para avaliação. A expectativa, agora, segundo Hilda, é que o texto seja amplamente debatido pelos representantes de estados e municípios. “Gostaríamos que as pessoas pudessem ler e se manifestar para que possamos ter aquilo que é o mais parecido com a demanda social”, diz.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo de garantir o direito fundamental de aprender a ler e escrever. O documento que vai nortear a educação básica em todo o país foi entregue pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 6, em Brasília.

    "A gente está gerando mais equidade, mais oportunidades às crianças mais pobres do Brasil. A classe média, por exemplo, consegue ter a criança alfabetizada numa idade anterior à média das escolas públicas”, ressaltou o ministro. “À medida que geramos essas diretrizes pela fixação desse comando na BNCC, estamos assegurando o mesmo direito a todas as crianças. A boa alfabetização é a chave do sucesso para toda a vida educacional de crianças e jovens."

    A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro, reforça que a Base não define novos conteúdos e, sim, as habilidades a serem desenvolvidas no processo de aprendizagem. “Pela BNCC, espera-se que o aluno aprenda nesses dois anos iniciais com quantas e quais letras se escreve uma palavra”, afirmou.

    Atualmente, as crianças devem ser alfabetizadas até o terceiro ano do ensino fundamental. “Esse é o processo mais complexo: efetivamente passar a compreender que a escrita representa a fala”, explica a professora Zuleika de Felice Murrie, redatora de linguagens da BNCC. Segundo ela, a conclusão da alfabetização apenas no terceiro ano não tem dado certo e muitos estudantes chegam ao quarto ano sem o conhecimento necessário para seguir os estudos.

    Habilidades – Por apresentar de maneira objetiva as habilidades que devem ser desenvolvidas no primeiro e no segundo ano, a BNCC dá condições para que os professores avaliem o nível de desenvolvimento dos alunos e definam estratégias adequadas de ensino.

    Conforme o texto apresentado ao CNE, o aprendizado da escrita requer habilidades cognitivas e motoras, o que necessita prática, independente do meio utilizado – lápis, borracha e papel ou teclado do computador. Pelo documento, é considerado fundamental que o aluno faça diferenciação entre a escrita e outras formas gráficas de expressão, assim como é necessário o entendimento de que o princípio que regula a escrita é a correspondência entre letra e som.

    “Nesses dois primeiros anos, a ideia é que se faça a consolidação [do conhecimento], porque hoje tem a pré-escola obrigatória e essas questões da escrita já começam a ser desenvolvidas na educação infantil. A criança já virá com uma bagagem maior do que vem hoje para o ensino fundamental”, observa Zuleika.

    Competências - A BNCC estabelece conteúdos essenciais e competências que as crianças e adolescentes deverão desenvolver na educação básica. O documento atual trata exclusivamente da educação infantil e do ensino fundamental. As mudanças nas matrizes de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passam a valer a partir de 2019. Com a entrega da versão final, o CNE deve debater e elaborar parecer e projeto de resolução sobre a Base, que só entrará em vigor depois que a manifestação do conselho for homologada pelo Ministério da Educação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O caso da estudante S., matriculada no maternal da escola municipal de educação infantil Irmã Consolata, de Erechim (RS), valeu à instituição o primeiro lugar no Prêmio Experiências Inclusivas – A Escola Aprendendo com as Diferenças, categoria Escolas Públicas. Matriculada em 2012, com diagnóstico de paralisia cerebral, a garota, nascida em 2009, apresentou melhoras em todos os sentidos a partir da interação com os colegas.

    Prematura e filha de pais dependentes químicos, S. foi adotada por uma nova família quando tinha um ano e um mês. Ao ingressar na escola, apresentava uma série de dificuldades: não firmava a cabeça, temia a aproximação das pessoas, assustava-se com movimentos bruscos, não se comunicava e mal se locomovia.

    A professora Andrea Paula Ceron aponta a socialização da menina como o principal avanço. “A partir dessa melhora, conquistamos a confiança, o carinho”, diz. “Houve evolução na linguagem oral, na postura em pé, na atenção e concentração, hábitos de higiene e autonomia.”

    A professora salienta que a melhora da estudante foi resultado de um trabalho dos professores, da equipe de apoio ao processo de aprendizagem, dos profissionais do atendimento educacional especializado, da direção, funcionários e comunidade de pais. “A filosofia da unidade é educar com liberdade para brincar, imaginar, sonhar e viver, valorizando e respeitando as diferenças”, explica Andrea. De acordo com a professora, a escola vem cumprindo a missão de ampliar e aperfeiçoar cada vez mais essa prática. “A criança desenvolve as habilidades e competências vivenciando-as na alegria, na magia, no encontro da infância”, pontua.

    A escola municipal de educação infantil Irmã Consolata tem por objetivo fazer com que os estudantes aprofundem seus conhecimentos em várias áreas, tendo ao mesmo tempo um crescimento cognitivo, socioafetivo e psicomotor. A escola respeita e valoriza as habilidades, competências, faixa etária e as diferenças dos alunos.

    Secretaria– Esse trabalho é reflexo, em parte, do atendimento especializado a crianças com deficiência desenvolvido pela Secretaria de Educação de Erechim. No prêmio, o município recebeu o segundo lugar na categoria Secretarias.

    De acordo com o secretário de Educação de Erechim, Alderi Antonio Oldra, são ofertadas todas as condições possíveis e necessárias para que os estudantes sejam atendidos, nas escolas, por profissionais preparados, com formação permanente. “Implantamos o trabalho de bidocência, ou seja, a presença de dois profissionais na mesma turma quando há estudante com deficiência sem autonomia de vida”, explica.

    Há também em sala de aula a presença de tradutor-intérprete da língua brasileira de sinais (libras) para crianças surdas. Além disso, é oferecida educação bilíngue, quando os pais a requisitam. A secretaria também oferece fonoaudiólogo, além de transporte escolar específico e adaptado, da porta da casa do estudante até a porta da escola.

    Segundo o secretário, o trabalho de atendimento educacional especializado ocorre em todas as escolas do sistema municipal de educação, em salas de recursos multifuncionais, em que é desenvolvido um trabalho pedagógico norteado pela política nacional de educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. “Erechim respeita as diferenças e inclui todas as pessoas com deficiência nas classes normais das escolas municipais”, salienta. “Os desafios aumentam e vamos trabalhar fortemente para dar atendimento de qualidade a todos, sem preconceito algum.”

    Ana Júlia Silva de Souza
  • Brasil e França trocam experiências sobre políticas públicas para crianças até seis anos nesta terça-feira, 15, e na quarta, 16, em Brasília. Especialistas em educação, cultura e assistência social debatem o assunto no seminário Cultura e Primeira Infância, um dos eventos alusivos ao ano da França no Brasil, e apresentam exemplos dos dois países.


    Na abertura do encontro, a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, ressaltou a necessidade de atender todas as crianças por meio de políticas públicas consistentes e articuladas. “No Brasil, apenas 17% dos meninos e meninas até três anos têm acesso à creche. É preciso garantir o direito à educação, mas também à saúde, assistência e cultura dessas crianças”, disse.


    O embaixador da França no Brasil, Antoine Pouillieute, explicou que o país europeu tem um sistema de proteção à criança e de educação que também envolve os pais. “As políticas familiares francesas evoluíram muito nos últimos 60 anos. Consideramos a família o coração das políticas públicas.”


    Na tarde desta terça-feira, serão debatidas a cultura e a educação para a primeira infância, em uma mesa-redonda com a participação de Maria do Pilar e de professores e pedagogos brasileiros e franceses. No fim da tarde, será discutida a diversidade cultural, com a presença do secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro. Na quarta-feira, os assuntos a serem tratados no encontro envolvem artes, literatura e mídia.

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    Ministério defende ampliação do direito a educação infantil

    Letícia Tancredi

  • Os resultados do primeiro ciclo de monitoramento das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE) para o biênio 2014-2016 mostraram que a universalização da pré-escola, que deveria ocorrer até o início deste ano, não foi concluída. O acesso total de crianças entre 4 e 5 anos ao ensino infantil estava previsto na Meta 1 do plano. O relatório com os primeiros resultados foi apresentado nesta terça-feira, 8, pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    “A universalização da pré-escola deveria ter acontecido até janeiro de 2016, mas isso não foi cumprido. Ainda faltam 600 mil vagas para garantir o acesso das crianças à pré-escola”, lamentou a secretária executiva do MEC, Maria Helena de Castro. “Esta era uma meta prevista desde 2009, pela Emenda Constitucional 59. A pré-escola é essencial para melhorar o desenvolvimento emocional, comunicativo e social das crianças”.

    A ampliação do acesso à educação infantil para as crianças de até 3 anos de idade, outra meta do PNE, também está longe de atingir o resultado esperado. Até 2024 deverá ser garantido que, no mínimo, 50% dessas crianças sejam atendidas em creches. “Houve um crescimento razoável no atendimento, mas ainda distante de alcançar a meta”, ressaltou Maria Helena. Em 2015, mais de mil obras de construção de creches foram paralisadas por falta de recursos.  “Agora, o governo federal está retomando a construção de 615 dessas creches”, concluiu a secretária executiva.

    O relatório, apresentado no Conselho Nacional da Educação (CNE), revelou tendências e desafios para as políticas públicas educacionais até 2024, principalmente em relação à qualidade, condições de oferta e universalização da educação básica. Ele atualiza os indicadores selecionados e anteriormente divulgados no documento PNE – Linha de Base, em 2015, incorporando modificações e aprimoramentos nos indicadores apontados por pesquisadores do MEC e de instituições que compõem o Fórum Nacional de Educação (FNE) ligados ao monitoramento.

    A produção de estudos e informações que subsidiem o acompanhamento do plano é de responsabilidade do Inep. "Com essa publicação, entregamos à sociedade brasileira uma análise atualizada sobre a evolução do cumprimento das metas nacionais e permite dimensionar os desafios que se impõem para o alcance dos objetivos traçados", defende a presidente do órgão, Maria Inês Fini.

    A secretária executiva do MEC, Maria Helena de Castro; o presidente do CNE, Eduardo Deschamps e a presidente do Inep, Maria Inês Fini, durante a apresentação dos resultados do monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE).A atualização da publicação, a cada dois anos, permitirá, em conjunto com outros indicadores e estudos divulgados pelo instituto, o acompanhamento sistemático do PNE. "O relatório nos auxiliará a compreender se o direito à educação de qualidade para todos está sendo efetivamente usufruído e se oportunidades educacionais têm se distribuído de forma mais equitativa no interior da sociedade brasileira", garantiu.

    O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, afirmou que, a partir da entrega do relatório, o Conselho vai convidar os demais membros das instituições que monitoram o PNE e sua execução para avaliar e propor ações que viabilizem o atendimento às metas. “A questão das vagas para pré-escola, por exemplo, deixa clara a necessidade de se criar um sistema nacional de educação e um regime de colaboração adequado para que governo federal, estados e municípios consigam concretizar as ações previstas no PNE. Esse era um caso simples de realização de obras”, disse.

    Fontes – As informações foram extraídas do Censo da Educação Básica, de 2015; Censo da Educação Superior, de 2014; Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2013; Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2014; Censo Demográfico, de 2010; Pesquisa de Informações Básicas Estaduais – Estadic/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2014; Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Munic/IBGE, de 2014. As informações sobre pós-graduação vêm da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de 2014.

    PNE – O PNE reúne um conjunto de aspirações e finalidades para a educação brasileira, expressas em 10 diretrizes, 20 metas e em um conjunto de 254. Enquanto as diretrizes congregam macro-objetivos voltados à melhoria da educação brasileira, as metas delimitam patamares educacionais concretos que devem ser alcançados no país. Já as estratégias constituem os meios para o planejamento das políticas públicas, que visam, a princípio, o alcance definitivo das metas e, como resultado final do Plano, a consolidação das diretrizes.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A brincadeira envolve todas as idades e o brinquedo sofre transformações – da mesma forma que o bebê brinca com o chocalho, o adulto ‘brinca’ com o celular. O importante é a qualidade do brincar, ou seja, o quanto ele favorece a construção da autonomia do sujeito que brinca. A opinião é do doutor em educação Marcos Pires Leodoro, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).


    Marcos Leodoro é um dos responsáveis pelo Laboratório Pedagógico de Formação de Professores do Departamento de Metodologia do Ensino do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar. Com apoio do CNPq, ele organiza oficinas de divulgação da ciência, matemática e tecnologia para crianças de 3 a 6 anos e para professores de escolas municipais de educação infantil do município paulista de São Carlos.  Também é responsável pela montagem de um acervo de brinquedos e atividades de educação científica, na Unidade de Atendimento à Criança da UFSCar.


    O professor diz que sempre utilizou os brinquedos em suas aulas, tanto no ensino básico quanto na universidade. No início, conta, os estudantes de licenciatura em física eram meio reticentes à proposta de realizar atividades visando explorar conceitos físicos presentes no design e funcionamento de brinquedos. Mas, depois, revela, diversos alunos assumiram a proposta e a aplicaram em suas próprias aulas.


    A proposta de utilização do brinquedo na educação científica das crianças visa a criação de uma ambiência lúdica. “Por meio da brincadeira que o brinquedo enseja, mas que só é efetivada pela ação e pelo gesto da criança, a realidade, posta em suspensão, porém jamais ignorada, pode ser representada e, desse modo, problematizada”, justifica.


    Em sua opinião, o brinquedo não é e não deve ser objeto de alienação. Segundo ele, a maioria dos objetos, em todas as faixas etárias, pode ser apropriada enquanto instrumento pedagógico da educação científica. Isso ocorre não por acaso, mas em virtude do forte caráter científico e tecnológico da produção material contemporânea, acredita.


    “Potencializando a curiosidade e a criatividade das crianças, propomos a elas a reelaboração dos brinquedos e a construção da brincadeira a partir da interação com os objetos industrializados e outros que criam por meio do aproveitamento de materiais de baixo custo”, diz. Ele destaca que as ações das crianças sobre esses objetos devem envolver, entre outras atividades, a construção e desconstrução física, a manipulação livre e a bricolagem. “Temos tido um retorno muito positivo das crianças, no sentido de verificar o quanto estão atentas à realidade em que vivem e como podem criar, transformar e ressignificar os objetos e brinquedos”, assegura.


    Comunidades pobres – Na visão de Marcos Leodoro, mesmo os professores de comunidades pobres dispõem de inúmeros recursos para a educação científica dos estudantes, desde que tenham motivação, uma formação razoável na disciplina em que lecionam, e espírito criativo. “Quando vejo caixas de papelão, garrafas PET e outros objetos jogados pelas ruas, penso em várias apropriações lúdicas e didáticas que poderiam ser realizadas com esses materiais”, ressalta o professor.

    Fátima Schenini


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  • Sanar dúvidas para acelerar a celebração de convênios e a liberação de recursos para a construção de creches. Esse é o principal objetivo do 1º Encontro Nacional do Proinfância, que começou nesta segunda-feira, 25, na Academia de Tênis de Brasília. Cerca de mil engenheiros e arquitetos de todo o país receberão, até a próxima sexta-feira, 29, orientação sobre a documentação necessária para habilitar os projetos.


    Programa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Proinfância foi criado em 2007 para financiar a construção de creches no Distrito Federal e nos municípios que aderiram ao Compromisso Todos pela Educação e elaboraram o Plano de Ações Articuladas (PAR). Nos últimos dois anos, o programa repassou recursos para a edificação de 1.024 creches e pré-escolas, por meio de 989 convênios.


    Muitas vezes, porém, problemas na documentação podem atrasar bastante o processo. Foi o que aconteceu com o município de Eldorado (MS). A proposta foi enviada ao FNDE em 2007, mas desajustes na documentação do terreno emperraram a formalização do convênio. “Acho que esse tipo de evento de capacitação vai agilizar o processo, pois detalha todas as exigências para celebrar o convênio”, afirma Danilo Fornazari, diretor de projetos de Eldorado, município com 12 mil habitantes.


    Segundo o coordenador-geral de análise de projetos do FNDE, Tiago Radunz, grande parte dos erros detectados refere-se à falta de comprovação de domínio sobre a área onde será construída a creche e à inadequação dos terrenos ou dos projetos de implantação. “Com a redução dos erros na apresentação da documentação, o FNDE espera acelerar a celebração de convênios e a liberação de recursos.”


    Palestras – Neste primeiro dia do encontro, o FNDE promoveu palestras sobre o domínio dos terrenos e a documentação necessária para formalizar os convênios, além de oferecer atendimento individual aos participantes em seis salas. Nesta terça-feira, 26, o evento aborda o monitoramento e acompanhamento das obras, dá orientações sobre os planos de trabalho e ainda promove oficinas para a elaboração de projetos.


    O encontro é voltado para os 1.827 municípios prioritários do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e para as grandes cidades (156 municípios com mais de 163 mil habitantes).

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

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    O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou nesta segunda-feira, 27, do lançamento do programa Nossa Creche, da prefeitura de São Paulo. O programa prevê a criação de 96 mil novas vagas na rede pública municipal de ensino para crianças de zero a três anos até 2020. A princípio, a meta é atender até março de 2018 todas as 65,5 mil crianças que ainda não foram matriculadas.

    “Um programa que tem como objetivo central o atendimento das crianças é transformador. Principalmente na primeira infância, as crianças têm aquele curto período de sua existência como um período que vai determinar sua perspectiva de futuro. Os traumas da infância ou os estímulos positivos são carregados em toda a sua vida”, observou Mendonça Filho.

    De acordo com a prefeitura de São Paulo, durante a primeira etapa do programa, está prevista a abertura de aproximadamente 410 novos Centros de Educação Infantil (CEIs), com atendimento médio de 160 crianças em cada um. O custo mensal estimado varia entre R$ 93 mil e R$ 104 mil. A diferença entre os valores deve-se à variação das despesas com aluguel.

    Os recursos virão, prioritariamente, de captação com a iniciativa privada e com a sociedade civil por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumcad), a partir de renúncia fiscal. Pessoas físicas e jurídicas poderão fazer doações e terem abatimentos no imposto de renda.

    “Um programa que tem como objetivo central o atendimento das crianças é transformador”, afirmou o ministro Mendonça Filho, durante solenidade de lançamento do Nossa Creche, da prefeitura de São Paulo (Foto: Rafael Carvalho/MEC)O prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu a integração para a melhoria da gestão da educação brasileira. “Uma ação integrada: município, estado e governo federal, como nós tínhamos anunciado desde o início. Ação integrada em todas as áreas, principalmente, no campo da educação. Isso tem proporcionado economia de recursos, melhoria de gestão, eficiência no trato da educação pública, inclusive, dos professores e gestores e obviamente das crianças e adolescentes da rede pública de ensino no estado e no município. Um exemplo positivo de parceria integrada”, destacou.

    Obras – Também estão previstos 40 novos CEIs no plano de obras da Secretaria Municipal de Educação, com custo total de R$ 123 milhões.  A previsão é fazer parcerias com o setor privado também para a cessão de prédios adaptados para a instalação dos centros de ensino. Até o momento, são 25 áreas em análise.

    “Nosso desejo é ampliar o acesso às crianças de zero a três anos com qualidade, defendendo as que mais precisam: as mais vulneráveis, as mais pobres ou aquelas com algum tipo de deficiência, que vão receber estímulos desde cedo, o que é muito importante”, afirma o secretário de educação da capital paulista, Alexandre Schneider. “O Brasil tem uma lei que nos leva a alcançar 50% das crianças em idade de creche até 2024. Estamos acelerando, como quer o prefeito, e queremos 60% até 2020.”

    De acordo com dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a cidade de São Paulo tem uma população de 659 mil crianças entre zero e três anos. Desse total, cerca de 44% estavam matriculadas em estabelecimento de educação infantil, público ou privado, naquele ano. A rede municipal registrava 284.179 crianças dessa faixa etária matriculadas no fim de 2016.

    “Não há nada mais importante do que a educação. Não estamos fazendo algo, muito menos o prefeito, para o curto prazo. Nós estamos criando bases importantes para o país que necessita, claramente, tentar ser rico antes de ser velho. É importante que a gente trabalhe para que, quando sejamos velhos, possamos ser, pelo menos, um pouquinho mais educados e, quem sabe, um pouquinho ricos”, disse o presidente do Banco Santander, Sergio Rial.

    Presente ao evento, a cantora Fafá de Belém se comprometeu a doar 1% dos impostos de seus espetáculos para o programa.

    Assessoria de Comunicação Social

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