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  • A proposta de atendimento educacional especializado para os alunos com altas habilidades/superdotação tem fundamento nos princípios filosóficos que embasam a educação inclusiva e como objetivo formar professores e profissionais da educação para a identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação, oportunizando a construção do processo de aprendizagem e ampliando o atendimento, com vistas ao pleno desenvolvimento das potencialidades desses alunos.

    Para subsidiar as ações voltadas para essa área e contribuir para a implantação, a Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação – SEESP, convidou especialistas para elaborar esse conjunto de quatro volumes de livros didático-pedagógicos contendo  informações que auxiliam as práticas de atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação, orientações para o professor e à família. 

    A versão eletrônica desse documento está disponível para download em formato TXT e PDF.

    • Encorajando Potenciais - txt | pdf
    • Orientação a Professores - txt | pdf  
    • Atividades de Estimulação de Alunos - txt | pdf  
    • O Aluno e a Família - txt | pdf 
  • Começou nesta segunda-feira, 27, e continua até sexta-feira, 1º de dezembro, em Brasília, o Encontro Nacional de Formação Continuada para os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (NAHHS). A ação é promovida pela Diretoria de Políticas Públicas de Educação Especial do Ministério da Educação.

    O evento acontece no Planalto Bittar Hotel e Eventos, no Setor Hoteleiro Sul, das 8h às 18h.

    A programação inclui diversas atividades, como palestras com profissionais experientes sobre o panorama nacional do atendimento em Altas Habilidades (AH), diretrizes para os NAAHS: Cadastro Nacional de Altas Habilidades e perspectivas de enriquecimento curricular; além de oficinas, relatos de experiência e debates.

    Segundo a diretora de políticas de educação especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Patrícia Raposo, o propósito do encontro é atualizar os educadores que trabalham com altas habilidades para que sejam multiplicadores em seus municípios. "Identificar os alunos com altas habilidades é um grande desafio, porque muitas vezes eles não são identificados nas escolas. Eles precisam de atendimento adequando na área em que possuem altas habilidades para que avancem no processo de escolarização", explica.

    Confira a programação completa do evento

     

  • Para atender a todos os estudantes superdotados do país, o Ministério da Educação trabalha na criação de um cadastro nacional com as principais informações sobre eles. A intenção é criar políticas públicas que alcancem esse público e auxiliem no melhor desenvolvimento dessas habilidades especiais. Para falar mais sobre o tema, o programa Educação no Ar conversou com a pesquisadora Olzenir Ribeiro, do Instituto Expert Brasil. O programa, exibido pela TV MEC, vai ao ar nesta quinta, 4 de janeiro, às 9h30.  

    Mestra e doutora em educação e especialista em gestão de instituições educacionais pela Universidade Católica de Brasília, Olzenir atua na área de concentração de ensino e aprendizagem com estudos em desenvolvimento nas áreas da criatividade e de altas habilidades. Ela coordenou o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação no Distrito Federal (NAAHS) e atuou na consultoria aos estados para implantação do atendimento especializado de estudantes superdotados.

    Para ela, os desafios na educação dos estudantes com altas habilidades são inúmeros e se dividem, principalmente, entre a família e a escola. “O mais sério, instigante, provocante, e que vem causando maiores problemas na educação escolar, é a identificação pelo professor do perfil desse aluno, pela capacidade rápida de aprendizagem”, observa. Já na família, o que mais angustia os pais é a intensa curiosidade dos filhos superdotados e a não aceitação de rotinas. 

    Para a pesquisadora Olzenir Ribeiro, o professor deve permitir que o superdotado dirija o próprio aprendizado (Foto: Frame/MEC TV)

    Recentemente, Brasília sediou o Encontro Nacional de Formação Continuada para os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação, quando a criação do cadastro foi debatida. Para a pesquisadora, o cadastro terá como diferencial o levantamento de números para nortear as políticas públicas.

    Sobre as discussões em torno do uso do termo superdotação ou altas habilidades, Olzenir afirma que ficam concentradas no campo teórico, já que a superdotação indica que um contingente da população tem aprendizado acima da média. Ou seja, uma alta habilidade em alguma área.

    Estímulo – A pesquisadora defende ainda que para estimular o aprendizado desses estudantes “basta que o professor entenda que ele é diferenciado e permita que ele dirija o seu aprendizado.”

    O Censo Escolar de 2016 registrou quase 16 mil estudantes com superdotação em todo o país.   

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • No Naah-s do Espírito Santo são atendidos 130 alunos, que contam com oficinas de artes e robótica educacional (foto: infonaahs.blogspot.com)Com experiência de quase 40 anos no magistério, a pedagoga Maria da Penha Benevides França Silva continua a fazer o trabalho de atender, orientar e encaminhar familiares de crianças e jovens superdotados, bem como professores e membros da comunidade em geral. Apaixonada pela temática, Penha trabalha no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades–Superdotação (Naah-s) do Espírito Santo, em Vitória.

    “Adoro participar do cotidiano dos trabalhos desenvolvidos em prol desses alunos”, ressalta. Ela trabalha na área desde 1991, quando foi convidada a participar de grupo empenhado na criação da seccional capixaba da Associação Brasileira para Superdotados, atual Associação Brasileira para Altas Habilidades–Superdotação (Abahsd). “Após a criação, comecei a me envolver e a me apaixonar pela temática, e foi realizado o curso Ferramentas para Pensar”, revela Penha. A partir daí, formou-se um grupo de estudos, que começou a ser procurado por famílias em busca de orientação. Em 1995, surgiu o Projeto de Atendimento ao Aluno Talentoso (Paat), que se expandiu para cidades do interior.

    Penha trabalha no Naah-s desde a implantação, em novembro de 2005. “Minha maior satisfação é perceber que o Naah-s está propiciando aos alunos atendimento na área de seu interesse”, salienta a pedagoga, que tem especialização em educação especial. Para ela, é importante, também transmitir aos professores, durante palestras ou cursos de formação, o compromisso e a alegria de trabalhar com esses estudantes.

    O sentimento é compartilhado por Carly Cruz. Pedagoga, com mestrado e doutorado em educação e especialização em educação especial, Carly está no magistério há 33 anos. Ela revela que o interesse pela área foi despertado ao atender, entre 1996 e 1998, um estudante que tinha, como indicação preliminar, deficiência intelectual. “O aluno me surpreendia, a cada atendimento, com suas colocações, pela capacidade abstrata e por ter começado a ler aos dois anos e meio”, recorda. “Para entender quem era de fato esse aluno, comecei a estudar sobre as altas habilidades–superdotação.”

    Em funcionamento na Escola Estadual Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, em Vitória, o Naah-s conta com três pedagogos especialistas na área e dois professores, que desenvolvem oficinas de artes e robótica educacional. Atualmente, são atendidos 130 alunos. A média de atendimento em todo o estado é de 668 alunos, distribuídos em 13 municípios e em 44 escolas estaduais.

    O núcleo mantém parceria com órgãos e instituições como a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a Universidade de Vila Velha (UVV).

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor , na página da Abahsd na internet e no blogue do Naah-s do Espírito Santo

  • No Distrito Federal, os estudantes passam por período de observação, no qual desenvolvem atividades exploratórias de conhecimento, de instrumentalização e de projetos para resolução de problemas vinculados à área de interesse (foto: arquivo da professora Leila Branco)A professora Leila Branco atua há dez anos no atendimento educacional especializado a alunos com altas habilidades–superdotação. O desenvolvimento da autoestima dos estudantes é, para ela, o resultado mais importante. “O aluno com altas habilidades é invisível ou rotulado no contexto escolar, muitas vezes incompreendido”, destaca. “Ele fica feliz ao participar do atendimento e ao encontrar outros alunos que tenham paixão por aprender assuntos incomuns ou motivação intrínseca para realizar projetos.”

    Há 23 anos no magistério público do Distrito Federal, Leila trabalhou como professora de história e de sociologia no ensino médio em escolas das regiões administrativas de Ceilândia, Guará e Taguatinga. Foi também coordenadora pedagógica do ensino médio e do ensino especial.

    A Secretaria de Educação do Distrito Federal oferece, desde 1975, um serviço educacional a alunos com superdotação. Leila aprovou a metodologia adotada e viu ali a oportunidade desafiadora de trabalhar com alunos de alto potencial. “Fiquei curiosa e fascinada pelo referencial teórico, do educador norte-americano Joseph Renzulli”, recorda.

    No Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte, Leila atua na sala de recursos para altas habilidades, que atende estudantes da própria escola e de outras instituições. O trabalho é realizado uma vez por semana, com oito alunos por turno, no período contrário ao das aulas normais. “Tive alunos que escreveram livros de ficção, de até 350 páginas, e de poesia. Outros criaram jogos. Um deles descobriu novo padrão matemático”, revela a professora. “Meu trabalho é de tutoria, e busco suporte e parceria com a Universidade de Brasília (UnB) ou de especialistas quando o trabalho supera as expectativas ou requer um conhecimento de que não disponho.”

    Observação— Segundo Leila, os alunos podem ser indicados por professores, pela família ou procurar, eles mesmos, o atendimento, caso se identifiquem com o perfil de altas habilidades. Em todos os casos, devem passar por um período de observação, no qual vão desenvolver atividades exploratórias de conhecimento, de instrumentalização e de projetos para resolução de problemas vinculados a áreas de interesse, tais como astronomia, botânica, literatura e sustentabilidade.

    De acordo com dados do primeiro semestre deste ano, mais de 1,5 mil estudantes foram atendidos por professores do Núcleo de Altas Habilidades–Superdotação (Naah-s), que atuam em 19 unidades escolares. O atendimento é feito nas diversas coordenações regionais de ensino. “No Distrito Federal, contamos com a participação importantíssima da Associação de Pais, Professores e Amigos dos Alunos com Altas Habilidades–Superdotação (Apahs-DF)”, salienta a representante do Naah-s na Secretaria de Educação, Viviane Calce de Moraes. “Acredito no trabalho de parceria com a Apahs para fortalecer do atendimento e ampliar as conquistas.”

    Viviane explica que o núcleo do Distrito Federal atende 70% dos estudantes da rede pública e 30% da rede particular, da educação infantil até a idade máxima de 18 anos. O atendimento é feito de acordo com a habilidade ou área de interesse do aluno, mas certos temas têm mais destaque em alguns locais. “É o caso de Sobradinho, com a robótica; Planaltina, com as artes cênicas; Gama, com a área acadêmica, e Plano Piloto, com as artes visuais, entre outros”, explica Viviane. Há 16 anos no magistério, ela tem graduação em pedagogia e especialização em psicopedagogia.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Espaço oferece atendimento diferenciado no contraturno

    Crianças que criam aplicativo de celular para ajudar no combate à dengue. Outras desenvolvem ferramentas para auxiliar pessoas com deficiência. O Centro de Atenção Integral a Criança (CAIC) de São Sebastião, a 30 quilômetros do centro de Brasília, tem um espaço conhecido como sala de recurso, para receber estudantes com altas habilidades e superdotação.

    O local recebe estudantes que se destacam em áreas do conteúdo curricular ou pelo seu potencial artístico. Maquetes, robôs, pinturas e pôsteres científicos compõem a sala. Pelo menos uma vez por semana, no contraturno escolar, os alunos participam de atividades.

    “É uma habilidade acima da média. O aluno se destaca em alguma área do conteúdo formal, trabalho na escola, em alguma outra área do conhecimento humano. Alguns, às vezes, em conteúdos que não são trabalhados na escola”, explicou a professora Andrea da Rocha, responsável pelo espaço.

    Um exemplo de trabalho desenvolvido pelos estudantes é uma bicicleta feita com canos de PVC. Foram dois meses de trabalho da turma. “Nós usamos algumas ferramentas: serramos pra fazer as medidas, usamos o paquímetro, usamos régua, serrote, várias coisas”, relatou Gustavo, de 10 anos, um dos envolvidos no projeto.

    O trabalho envolveu desde os alunos mais novos até os adolescentes. Desenvolveram trabalho em equipe e conceitos de Matemática. Desse invento, veio a ideia: empregar a técnica usada na construção da bicicleta para fazer algo ainda mais útil à sociedade: uma cadeira de rodas elétrica. O projeto ainda está em andamento.

    A rede pública de ensino do Distrito Federal atende 1.745 alunos com altas habilidades ou superdotados. São 61 professores especializados no assunto. Em média, cada estudante permanece nas turmas de três a cinco anos. No local, podem desenvolver suas habilidades e se aprofundar nas áreas de que mais gostam.

    Saiba mais – A história dos alunos com altas habilidades atendidas no CAIC de São Sebastião é o tema da edição desta sexta-feira, 8 de novembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Identificado como portador de altas habilidades quando estava no terceiro ano do ensino médio, Marco Melo atua hoje como monitor de alunos na área de artes plásticas (foto: naahsacre.blogspot.com)Mais de 300 alunos foram atendidos pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades–Superdotação (Naah-s) do Acre desde o início efetivo das atividades, em 2007. As atividades, no período do contraturno, são desenvolvidas nas salas de recursos multifuncionais das próprias escolas em que os estudantes estão matriculados. Os encontros, quinzenais, ocorrem por período de seis meses a um ano, mas podem ser estendidos.

    “Buscamos atender ao máximo as necessidades dos alunos que frequentam as salas de recursos, visando a um maior desenvolvimento de suas habilidades”, diz a coordenadora-geral do Naah-s, Brenda Nádyla Souza. Segundo ela, umas das preocupações do núcleo é a inserção dos estudantes identificados como talentosos em atividades como cursos e estágios. Nesse sentido, são mantidas parcerias com universidades, institutos federais de educação, ciência e tecnologia, instituições do Sistema S e escolas de música e de idiomas.

    Brenda explica que o mapeamento das instituições que podem prestar auxílio no desenvolvimento das habilidades demonstradas por esses alunos é feito por profissionais do Naah-s. Munidos de registros que mostram os talentos de cada estudante, os profissionais visitam as instituições para tentar obter a inserção dos alunos em alguma atividade.

    De acordo com Brenda, o Naah-s promove cursos, oficinas e palestras para que os professores, tanto da rede regular de ensino quanto das salas de recursos multifuncionais, possam reconhecer a presença de altas habilidades–superdotação nos alunos. O Naah-s também procura conscientizar os pais durante visitas domiciliares feitas no decorrer do ano.

    Incentivo— Outra iniciativa do Naah-s do Acre é a realização de projetos em diferentes escolas para incentivar os alunos a frequentar as salas de recursos multifuncionais. “Já tivemos projetos com artes e com jogos, como o xadrez; projetos literários, com publicação de livros, e até de confecção de roupas”, salienta a coordenadora. Um exemplo é o trabalho Desenhando o Futuro, desenvolvido pelo professor Marco Melo, este ano, para alunos com altas habilidades na área de artes de várias escolas.

    Os estudantes participaram de oficinas com a técnica lápis sobre papel, durante seis meses, e apresentaram as obras em exposição realizada na Escola de Ensino Médio Lourival Pinho, em 18 de novembro último.

    Artes— Identificado como portador de altas habilidades quando estava no terceiro ano do ensino médio da Escola Lourival Sombra Pereira Lima, em 2007, Marco Melo foi convidado a atuar como monitor dos estudantes atendidos na área de artes plásticas — ao completar 18 anos, ultrapassara a idade máxima permitida para continuar a receber atendimento no núcleo.

    O trabalho, em princípio informal, tornou-se oficial no ano seguinte, quando então Melo criou seu primeiro projeto, na área da pintura, o Jovens Talentos no Mundo das Artes. Reformulado em 2009, o trabalho passou a se chamar Jovens Talentos no Mundo das Artes na Escola.

    Graduado em letras, Melo também atua como professor de língua inglesa em um centro de idiomas.

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do Naah-s do Acre

  • Estudos internacionais demonstram que o porcentual de crianças superdotadas ou com altas habilidades varia de 10% a 15%. No Brasil, as estatísticas apontam um número menor, devido às dificuldades de identificação que ocorrem nas escolas. Em 2008, foram identificados, até o mês de outubro, 2.100 alunos com altas habilidades. “Aqui a superdotação é encarada como um mito. As pessoas pensam em supergênios ou heróis quando, na verdade, é um fato comum e corriqueiro”, explica Marta Clarete Dutra, coordenadora de articulação de políticas de inclusão junto aos sistemas de ensino do Ministério da Educação.

    Atualmente, o ministério trabalha para facilitar a identificação dos alunos com altas habilidades e, então, desenvolver melhor seus talentos. O desafio é desmitificar a figura do superdotado e identificar a superdotação como característica presente em muitos alunos. “É comum que haja estudantes com altas habilidades em determinada área de conhecimento e déficit em outra”, reitera Marta Dutra. Todos os estados brasileiros possuem um Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) que atuam com alunos matriculados na rede regular de ensino que tenham indicativo de altas habilidades ou superdotação.

    A ação dos NAAHS é estruturada em três vias: atendimento ao professor, ao aluno e à família. Ao professor, são dadas orientações tanto para a identificação dos estudantes quanto para melhor inserção deles em sala de aula. Já à família, são dadas instruções para que não haja a construção de expectativas que, a longo prazo, comprometem o desenvolvimento emocional das crianças. “As famílias acabam por pressionar os estudantes com suas próprias expectativas e os núcleos ajudam-nos a lidar com isso”, ressalta Marta Dutra.

    A temática das altas habilidades é o foco de um evento internacional que começa nesta terça-feira, 28, às 18h, no campus Paraíso da Universidade Paulista (Unip). O objetivo do evento, que vai até amanhã, 29, é levantar o debate entre professores das redes pública e privada.

    Ana Guimarães

  • A oportunidade de aprender, todos os dias, é a maior motivação da pedagoga Sandra Duarte Hottersbach em seu trabalho no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades–Superdotação (Naah-s) de Santa Catarina, em São José, município da região metropolitana de Florianópolis. “Aqui, um dia nunca é igual ao outro; sempre tem um aprendizado novo, um desafio, uma conquista”, afirma. “Isso é o que me motiva a vir todos os dias trabalhar.”

    Entre as diversas atividades oferecidas pelo núcleo catarinense a alunos com altas habilidades está a oficina de múltiplas linguagens artísticas (foto: naahssc.blogspot.com.br/)Com especialização em psicopedagogia institucional e clínica, Sandra atua na área de educação especial há 16 anos. Desde 2011, atua no Naah-s. Em seu trabalho, ela orienta professores, alunos e famílias, visita escolas e faz palestras com esclarecimentos sobre o processo de identificação de alunos com indicadores de altas habilidades–superdotação.

    Para a professora Ananda Ludwig Burin, responsável pela oficina de lógica e matemática, a principal motivação é o desafio diário de trabalhar com superdotados. A maior satisfação é verificar o desenvolvimento das habilidades dos alunos. Com graduação em matemática e especialização em educação especial, ela ingressou no magistério em 2008. Desde 2012, trabalha no Naah-s.

    Encarregada da oficina de robótica educacional, Sirlei Ignácio diz que o trabalho com estudantes superdotados, que realiza desde 2010, é “apaixonante”. Segunda ela, os alunos são interessados, pesquisam e participam de debates. Com graduação em pedagogia e em educação especial, ela trabalha na área há mais de 20 anos.

    Dividir o que sabe com os alunos é o que motiva a professora de língua portuguesa Mara da Rosa Siqueira, responsável pela oficina de leitura e produção textual. A motivação é maior quando observa modificações nos alunos, seja no âmbito intelectual, relativamente à aquisição de conhecimentos da língua portuguesa, seja no comportamental, ao reparar evolução na conduta e nas relações interpessoais e sociais.

    Há nove anos no magistério, Mara trabalha no Naah-s desde 2012, após aprovação em concurso público. Ela tem graduação em letras e especialização em mídias na educação. É aluna do Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

    A oficina de lógica e matemática permite acompanhar o desenvolvimento das habilidades dos alunos (foto: naahssc.blogspot.com.br/)Oficinas— Mais de 500 estudantes foram atendidos pelo Naah-s catarinense desde o início do funcionamento, em 2006. “Nosso número de alunos varia de 40 a 70, com média de 55 atendidos regularmente”, diz a coordenadora do núcleo, Andréia Alves Panchiniak. O atendimento ocorre de manhã e à tarde, no período do contraturno das aulas.

    O Naah-s também oferece a oficina de múltiplas linguagens artísticas e a oficina exploratória, criada para desenvolver o potencial dos alunos das séries iniciais que ainda não têm definida uma área de destaque ou de interesse.

    Psicóloga da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) desde 2004 e pedagoga com pós-graduação na área da infância, Andréia defende a realização de campanhas de sensibilização e incentivo à estruturação de serviços para que efetivamente os alunos superdotados tenham assegurados seus direitos em todas as regiões do país.

    Mais informações na página da FCEE na internet e no blogue do Naah-s de Santa Catarina.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

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