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  • Entre as atividades do contraturno, a música aparece em primeiro lugar. (João Bittar)Cerca de 5 mil escolas públicas do ensino fundamental, que integram o programa Mais Educação, começaram a receber esta semana recursos do governo federal para as atividades extraclasse. No Mais Educação, os estudantes têm atividades culturais, esportivas e de lazer, além de reforço escolar, no contraturno das aulas.

    Este ano, o Ministério da Educação vai repassar R$ 130 milhões para o conjunto das escolas. Cada escola recebe entre R$ 30 mil e R$ 100 mil para aplicar nos próximos seis meses. O volume de recursos é definido com base no número de estudantes que participam do programa.

    A diretora de educação integral, direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jaqueline Moll, explica que os recursos são depositados, em cota única, diretamente na conta de cada escola. O dinheiro se destina ao pagamento dos monitores das atividades no contraturno e para aquisição de materiais. Cada escola tem direito a usar até R$ 500,00 por mês, para custeio.

    A música e os esportes estão entre as atividades preferidas dos estudantes do Mais Educação em 2009. Em levantamento realizado pela Secad entre dez tipos de propostas, a secretaria constatou que a maioria assinalou essas duas opções. A terceira mais procurada é a criação e manutenção de hortas escolares.

    Leandro Fialho, coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, informa que as escolas têm liberdade para escolher as atividades do contraturno, mas é obrigatório oferecer acompanhamento pedagógico.

    Além do ensino fundamental, este ano o Mais Educação abriu espaço para ingresso de 159 escolas públicas do ensino médio de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo Fialho, aos estudantes do ensino médio serão oferecidas atividades diferenciadas daquelas das escolas de ensino fundamental. Entre elas está o acesso a laboratórios de ciências e de informática.

    Expansão– Em 2010, a meta do Ministério da Educação é expandir os recursos, o número de escolas e de estudantes no Mais Educação. A previsão é de atender 10 mil escolas públicas nas 27 unidades da Federação com um orçamento que deve alcançar R$ 420 milhões. Além das capitais e regiões metropolitanas, o programa deve chegar às 159 cidades com mais de 163 mil habitantes. Na seleção, terão prioridade os estabelecimentos que tenham feito o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola), que é um planejamento estratégico desenvolvido pela escola para melhorar o ensino e a aprendizagem.

    O Mais Educação começou em 2008 em 1.380 escolas do ensino fundamental, que receberam, no conjunto, R$ 45 milhões. Em 2009, o programa tem 5 mil escolas do ensino fundamental e 159 do ensino médio, e os recursos sobem para R$ 130 milhões.

    Onde estão – Os estudantes do ensino fundamental atendidos pelo Mais Educação residem em cidades com mais de 100 mil habitantes ou naquelas que se enquadram numa das seguintes situações: cidades com mais de 50 mil habitantes situadas no entorno das regiões metropolitanas; municípios atendidos pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, e escolas que, em 2007, registraram Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) de até 3,5 pontos. O Ideb mede a qualidade da educação e trabalha com uma escala que vai de zero a dez pontos. No caso do ensino médio, o MEC selecionou para o projeto piloto estados que apresentam dificuldades nesse nível de ensino.

    Ionice Lorenzoni
  • Diretores de 5.244 escolas públicas do ensino fundamental, de 129 municípios, têm prazo de 20 dias para apresentar o plano de trabalho do Mais Educação a ser executado neste ano. As escolas que participam do Mais Educação recebem apoio técnico e financeiro do ministério para desenvolver atividades culturais e esportivas no contraturno das aulas. Em 2009, a transferência de recursos prevista é de R$ 70 milhões.


    Neste salão, estudantes do ensino fundamental da rede municipal de Santos (SP) aprendem as técnicas do caratê. (Foto: Júlio César Paes)As escolas já foram pré-selecionadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), mas precisam preencher o plano de trabalho. Segundo Leandro Fialho, coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, o plano é que dará a dimensão do que a escola fará e quantos alunos vão participar.


    Um programa auto-explicativo desenvolvido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) oferece o roteiro a ser preenchido pela direção da escola. Ali estão relacionados, entre outros itens, cerca de 80 atividades extraclasses, das quais a escola vai escolher dez; traz um espaço para o cadastro de todos os alunos e para informar quantos serão atendidos no contraturno. Uma escola com mil alunos, por exemplo, deve prever o atendimento de, no mínimo, 100.


    Fialho explica que será com base nesse conjunto de informações da escola que o ministério vai calcular o número de monitores necessários para as oficinas (o monitor recebe um auxílio mensal de R$ 300) e o repasse de recursos anual por escola, que será em cota única. O dinheiro sai do cofre do governo federal diretamente para a caixa de cada escola.


    Uma das atividades do contraturno na rede municipal de Santos (SP) é o espaço da história. Um voluntário da comunidade tem encontro semanal com alunos. (Foto: Júlio César Paes)Abrangência – Em 2009, o Mais Educação atenderá estudantes de 129 municípios situados em todas as unidades da Federação. Esses alunos vivem num conjunto de cidades com mais de 100 mil habitantes e naquelas que se enquadram numa destas situações: cidades com mais de 50 mil habitantes situadas no entorno das áreas metropolitanas; municípios atendidos pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça; e escolas que, em 2007, registraram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de até 3,5 pontos. O Ideb mede a qualidade da educação pública e trabalha com uma escala que vai de zero a dez pontos.


    Para o coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, a oferta de atividades de cultura, esportes, lazer, línguas estrangeiras, reforço escolar no contraturno é muitas vezes a única oportunidade que tem o estudante da periferia e de áreas de risco social de ter uma formação completa e cidadã. O programa complementa a educação formal, explica.


    O Mais Educação integra as ações do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A adesão, a execução das atividades e a prestação de contas dos recursos recebidos pela escola estão descritos na Resolução nº 4/2009, de 17 de março.


    Além de ampliar o número de municípios e de escolas do ensino fundamental que participam do Mais Educação (em 2008 foram 54 municípios e 1.409 escolas), o programa abre espaço em 2009 para o ingresso de escolas do ensino médio público de dez estados. Foram pré-selecionadas 150 escolas, mas sua participação ainda depende de adesão, diz Leandro Fialho.

    Ionice Lorenzoni

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