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  • O espaço é pequeno, mas a animação das crianças mostra que o projeto da professora Waléria deve germinar e crescer (Foto: Arquivo Escola Municipal Londres)A vontade de pôr os alunos em contato com a natureza para torná-los mais sensíveis e conscientes de que a vida depende do meio ambiente, e que o meio ambiente depende de cada um, levou a professora Waléria Monteiro a desenvolver projeto de horta na Escola Municipal Londres. Localizada no bairro de Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro, a escola atende estudantes dos três primeiros anos do ensino fundamental.

    A ideia da professora consistiu em aproveitar área disponível na lateral do prédio escolar como mais um espaço de aprendizado para as crianças e ali reproduzir os bons resultados verificados em instituição particular, na qual lecionara, ocasionados pelas atividades realizadas na horta. “Pude acompanhar várias vezes, com minhas turmas, o plantio, colheitas, receitas e experiências. Era gratificante para todos”, destaca.

    Obtida a aprovação do projeto pela direção da Escola Londres, a professora deu início às atividades da horta. “Nosso espaço é bem pequeno, mas a vontade é grande”, revela Waléria, responsável por uma turma de segundo ano. O projeto recebeu a adesão das professoras Cláudia Lessa e Jacqueline Barroso, de turmas de primeiro ano, e Ana Lúcia Nunes, de uma turma de terceiro ano.

    Após a limpeza e preparação do espaço destinado ao plantio, os estudantes passaram a visitar o local para fazer o reconhecimento — não costumavam circular por lá. “As crianças estão animadas e cheias de expectativas”, salienta Waléria. Segundo ela, todas vão participar das etapas do processo e cada turma ficará encarregada por um canteiro. “Aproveitamos a chuvinha que caiu por aqui e já plantamos as primeiras sementes.”

    Prioridade— De acordo com a professora, os estudantes, entusiasmados, querem plantar de tudo, mas terão prioridade legumes e vegetais mais simples, que tenham facilidade de germinação. O propósito é obter um resultado mais dinâmico, capaz de animar as outras professoras, a direção da escola e os pais dos alunos. “Começaremos com alface, cenoura, tomate e pimentão, mas pensamos num futuro de plantas medicinais e outras coisas”, diz.

    Waléria pretende relacionar os conhecimentos práticos obtidos com o trabalho na horta às atividades realizadas em sala de aula para que os alunos adquiram conhecimentos relacionados, por exemplo, aos diferentes tipos de solo e aos benefícios das vitaminas. Incentivar as crianças a consumir legumes e verduras e conscientizá-las da importância de saborear um alimento saudável e nutritivo são alguns dos objetivos do projeto.

    A professora espera que os alunos colham os alimentos e multipliquem o aprendizado do hábito da alimentação saudável. Pedagoga, com formação também em comunicação social, Waléria atua no magistério há 24 anos, 12 dos quais na rede municipal.

    Fátima Schenini
  • Crianças da escola Professora Joana Dark, de Cuiabá, passaram a ter melhor rendimento depois da implantação da horta (Foto: divulgação)Alface, beterraba, cebolinha, cenoura, coentro e rúcula são alguns dos vegetais que passaram a enriquecer o cardápio da merenda na Escola Municipal de Educação Básica Professora Joana Dark da Silva, em Cuiabá. O cultivo dos produtos, pelos próprios estudantes, contribui para uma alimentação saudável, ajuda a desenvolver valores relacionados a questões ambientais e produz outros benefícios.

    “O trabalho com a horta escolar tem colaborado para a melhoria da aprendizagem dos alunos, além de ser uma saída para manter as crianças por mais tempo afastadas das ruas, da internet, da televisão, dos jogos eletrônicos”, diz o diretor da escola, Watson Pereira Rezende.
    Há 13 anos no magistério e há oito meses no exercício da função de diretor, Watson, professor de educação física, criou o projeto Horta Sustentável e Gastronomia no ano passado, quando era o articulador do programa Mais Educação. No projeto, incluído entre os vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, categoria Educação Integral e Integrada, os estudantes trabalham na horta no turno oposto ao das aulas. “Há um fortalecimento nas ações pedagógicas, com melhoria na qualidade de ensino”, diz Watson.

    “É possível ter a horta escolar como elemento capaz de nortear o desenvolvimento de todo o projeto educativo, ao desenhar uma rede de saberes interdisciplinares que podem ser trabalhados a partir dela e gerar mudanças no hábito alimentar”, diz o professor. Watson sustenta que a horta contribui para conscientizar a todos sobre a importância de uma alimentação saudável. “Os produtos da horta eram bem aceitos, tanto pelos alunos quanto pelas merendeiras”, diz. “Tivemos uma diminuição significativa de salgados e doces no lanche que os estudantes traziam.”

    Preservação — Os canteiros da horta foram construídos com garrafas plásticas, a fim de promover, paralelamente, uma ação de preservação do meio ambiente. A escola também mantém um pomar, onde são cultivadas frutas como acerola, banana, coco, goiaba, jabuticaba, limão e manga. As folhas secas são transformadas em composto orgânico, usado na horta.

    Fátima Schenini

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  • A preocupação em reutilizar a água que pinga dos aparelhos de ar condicionado levou a professora de biologia Juliana Girardello Kern a criar o projeto Reúso da Água de Condicionadores de Ar para Irrigar Hortas Suspensas. Incluído entre os 39 vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Ensino Médio, o projeto foi desenvolvido este ano com 40 alunos de segundo ano do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas, Tocantins.

    A ideia surgiu em 2013, quando Juliana criou um protótipo do projeto. Este ano, ela resolveu retomar a ideia. Mostrou aos alunos o desperdício de água dos aparelhos de ar condicionado e explicou que aquela água poderia ser reutilizada. “Pensamos em uma horta, mas a horta comum seria apropriada para pessoas que moram em casas, não em apartamentos”, observa. “Chegamos então à conclusão de que deveríamos fazer uma horta suspensa.”

    Com a turma dividida em grupos, cada aluno escolheu uma residência para realizar o projeto. Essa medida, além do acompanhamento do desenvolvimento das plantas, possibilitou o envolvimento das famílias. “Os alunos e seus familiares tiveram a oportunidade de cuidar de uma planta e vê-la crescer e também desenvolveram técnicas e sensibilização em questões ambientais”, analisa Juliana.

    Outros benefícios trazidos pelo projeto, segundo a professora, foram o estreitamento dos laços familiares e a conscientização sobre o uso da água como o direito de todo cidadão, sem desperdício. Nas mini-hortas foi usado material reciclável, como caixotes de madeira, garrafas plásticas e garrafões de água de 20 litros.

    O projeto foi executado de abril a outubro, com a participação da professora de língua portuguesa Patrícia Pinheiro. “Com ela, vieram as orientações para a produção de um resumo do projeto de cada grupo e para o desenvolvimento do ‘diário de bordo’, para que todas as etapas pudessem ser descritas e analisadas”, diz Juliana. “O projeto me fez acreditar que posso fazer diferença, sim, em alguns lares”, afirma. “E este é meu maior prêmio: saber que a família do aluno participou do processo e se envolveu de fato.”

    Com licenciatura plena em biologia e especialização em ecoturismo, Juliana atua no magistério estadual há 12 anos. “Gosto de fazer coisas diferentes, inventar e recriar maneiras para estimular os alunos a estudar.”

    De acordo com a professora a distinção no 8º Prêmio Professores do Brasil resultou em satisfação profissional, paz interior, sentimento de dever cumprido. “Os alunos sentiram que é possível fazer diferença com muito pouco”, avalia.

    Fátima Schenini

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  • Conscientização sobre o meio ambiente, mudança de hábitos alimentares e aprendizagem interdisciplinar. Esses são os eixos principais do Projeto Educando com a Horta Escolar, que realiza seu 2º Encontro Nacional, de 22 a 24 de abril, no hotel Naoum, em Brasília. Durante o evento, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) vão mostrar como será a ampliação do projeto, que este ano passará a abranger 54 municípios das cinco regiões brasileiras – 17 cidades participaram do Horta Escolar de 2005 a 2008.

    A abertura do evento será na noite de quarta-feira, 22, com a apresentação do projeto – parte integrante do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) – e a assinatura dos termos de compromisso dos novos participantes. Na quinta-feira, 23, haverá uma série de palestras, abordando temas como o Pnae e as ações para promover a educação nutricional e a agricultura familiar. Também será feita uma avaliação da execução do Horta Escolar nas áreas de educação, nutrição e meio ambiente e a divulgação de experiências bem-sucedidas desenvolvidas nas cidades participantes do projeto de 2005 a 2008. Na sexta-feira, 24, a coordenação do projeto vai apresentar todo o planejamento para a capacitação dos técnicos responsáveis pela execução do Horta Escolar em cada localidade.

    Aprendizado – Voltado para alunos do ensino fundamental da rede pública, o projeto consiste no plantio de hortas nas escolas e no aprendizado que pode ser desenvolvido em torno dessa atividade. No início da implantação, a montagem dos canteiros já traz novos conhecimentos para os estudantes. Como tais locais são normalmente cercados de garrafas PET ou pneus, os alunos aprendem sobre decomposição de materiais e adquirem conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente. Também podem fazer cálculos de área e volume dos canteiros, aprendendo a matemática na prática e de forma lúdica, além de exercitar disciplinas como ciências, português e educação artística, tudo voltado para a horta que eles mesmos ajudaram a plantar.

    Outra modificação importante diz respeito à alimentação. O aprendizado sobre nutrição traz mudanças nos hábitos alimentares dos alunos. E isso acaba por influenciar as famílias dessas crianças, que levam esse aprendizado para dentro de casa.

    Confira a programação do encontro

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • A horta da escola rural do DF, bem cuidada, serve de aprendizado para as aulas regulares e atividades do período integral, além de complementar a merenda (foto: Isabelle Araújo/MEC)A jornada diária das 46 crianças começa cedo, às 7h30, com o café da manhã na escola. De segunda a sexta-feira, elas têm uma rotina escolar puxada de oito horas e meia de atividades, mas não reclamam e querem mais. Situada numa comunidade rural cercada pelo verde das lavouras, a cerca de 60 quilômetros de Brasília, a Escola-Classe Cariru adota desde 2009 a educação em tempo integral.

    Apesar das plantações ao redor, a diretora Edilene Ferreira de Oliveira explica que as mudanças no aprendizado das crianças e as notas melhores nas provas começaram com o reforço nutricional. “Nossos alunos são filhos de boias-frias e de caseiros que trabalham para os donos das terras e não têm tanta fartura de alimentos em casa”, conta. “Eles gostam da comida da escola e se alimentam bem.”

    Além do café da manhã e do almoço, todos lancham antes de voltar para casa. O alunado é formado por crianças da própria comunidade do Cariru e por outras que moram mais distante, no lugarejo chamado Café sem Troco, a 11 quilômetros da escola. No total, a unidade de ensino tem, matriculados, 128 alunos, da pré-escola ao quinto ano. Como não há espaço para oferecer a jornada ampliada a todos, tiveram prioridade na seleção as turmas da pré-escola, primeiro e quinto anos. “Uns porque estão começando a rotina de estudos e precisam mais de acompanhamento e adaptação”, explica a diretora. “As crianças do quinto ano porque vão deixar a escola; o integral é uma oportunidade de seguirem mais preparados para a próxima fase educacional.”

    Às 14h de uma quarta-feira, a turminha dos menores escovava os dentes e se preparava para visitar a horta e o pomar, atrás da escola, enquanto os maiores, na quadra de esportes, alongavam os músculos antes de começar a correr entre cones enfileirados. “Há um ano, eu faço essa corrida. É divertido, bom para a saúde, e estou correndo cada vez mais rápido”, explica Tiago Souza, aluno do quinto ano, na timidez de seus 12 anos.

    Horta — Na horta escolar, o trabalhador rural aposentado Jovelino Oliveira, 61 anos, cuida das plantas e presta atenção nas explicações dos professores. “Eu já sei que tomate não é verdura”, conta e ri, antes de voltar a revolver a terra. Quando a criançada sai de férias, ele garante a vida nos canteiros de cenoura, abóbora, batata-doce, chuchu, repolho, quiabo e hortaliças variadas. Tudo cultivado sem agrotóxico. “Já comi banana daqui”, diz uma menininha de cinco anos, antes de se afastar com a turma. Além das verduras, Jovelino plantou um pomar, e as primeiras frutas já se exibem.

    A horta, bem cuidada pelo antigo vaqueiro, serve de aprendizado para as aulas regulares e atividades do período integral, além de complementar a merenda. O professor Maicon Derlan, coordenador da educação integral da escola, explica que dois projetos pedagógicos sobre alimentação saudável a partir da horta foram premiados, em 2014, na feira de ciências realizada pela Secretaria de Educação, responsável pela Escola-Classe do Cariru. “As crianças fizeram um bolo de alface para a feira de ciências e ofereciam pedaços aos visitantes que ouviam as explicações”, diz o professor.

    A partir da horta, os alunos aprenderam também sobre sustentabilidade ambiental. A água da chuva que escorre do telhado da escola foi canalizada e armazenada em uma caixa d’água para ser usada na época de seca. Assim, a horta não sofre com a estiagem.

    A escola-classe Cariru oferece jornada ampliada a estudantes de turmas da pré-escola, do primeiro e do quinto anos do ensino fundamental (foto: Isabelle Araújo/MEC)Além da horta e do atletismo, os alunos têm atividades de acompanhamento escolar em matemática e português e contam com ajuda para fazer as tarefas de casa e atividades de lazer, com aulas de musicalização e tênis de mesa.

    Música — O professor Marcos Arcanjo, do quinto ano, cantor e compositor, complementa o projeto de canto coral das aulas regulares com iniciação musical. “As atividades de musicalização ajudam na concentração e instigam a inteligência emocional”, afirma. “A minha ideia é que os alunos saibam, a partir de uma partitura, cantar o som da nota, ou seja, aprendam a solfejar e, depois, a cantar no som da melodia.”

    Após seis anos de experiência com a jornada ampliada, a diretora Edilene de Oliveira, que acompanhou toda a transformação na escola, desde o início, não tem dúvidas dos ganhos para o ensino e a aprendizagem. “Esse tempo a mais significou notas melhores e melhor domínio da leitura e diminuição da reprovação, além de a escola ter passado a fazer parte das coisas que a criança gosta”, constata.

    Rovênia Amorim

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  • As crianças da escola de Santa Maria (DF) vivenciam o processo de cultivo, desde o plantio até o consumo (Foto: Arquivo da escola) Na cidade de Santa Maria, a 26 quilômetros de Brasília, no Distrito Federal, a professora Tânia Maria da Silva Nogueira desenvolve, há quatro anos, o projeto Semeando e Crescendo Juntos. Com essa atividade, que realiza com alunos da educação infantil do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), a professora quer que os alunos vivenciem todo o processo de cultivo em uma horta, desde o preparo da terra até o consumo das hortaliças.

    Segundo Tânia Maria, os alunos demonstram muito interesse pelas atividades na horta. Ela acredita que o período dedicado a esse trabalho é uma hora de influência mútua do grupo, em que todos se ajudam e atuam juntos. “Como são alunos da educação infantil, há necessidade de um acompanhamento que intercale monitoramento intensivo com liberdade”, ressalta.

    A intenção é que os alunos se sintam autônomos e possam construir conceitos e elaborar interações que levem a uma aprendizagem significativa. Conceitos como dentro-fora, grande-pequeno, cheio-vazio, bem como diferentes texturas e cores, são alguns dos conhecimentos trabalhados em sala de aula e vivenciados na horta.

    Tânia Maria explica que só depois de trabalhar o tema alimentação saudável na sala de aula é que começa a delinear, com os estudantes, quais produtos serão plantados. Como algumas hortaliças dependem da estação do ano e possuem épocas próprias para semeadura, geralmente começam pelo plantio de couve, cebolinha, coentro, pimentão e tomate.

    Na época da colheita, os alunos levam uma parte do produto para casa e o restante é utilizado para o enriquecimento da merenda da escola. “É extremamente gratificante perceber a felicidade no rosto do aluno, quando a mãe vem buscá-lo e ele a recebe com um produto que foi cultivado por ele e sua turma”, destaca a professora.

    Para Tânia Maria, o trabalho conjunto tem sido fundamental para o sucesso do projeto, desenvolvido também pelas professoras Evelin dos Santos, Ivanilde de Magalhães, Joelma de Oliveira, Maria Cela de Brito, Maria do Rosário Mendes e Roseane Cavalcante. O apoio de professores, gestores, pais de alunos, vigilantes, da porteira e do responsável pela merenda escolar se manifesta de diversas maneiras, que incluem desde a aquisição de sementes e adubo orgânico até a rega da horta nos finais de semana e feriados. “Juntos, formamos uma equipe. Isso é o essencial”, avalia.

    Experiência– A conhecida experiência realizada nas escolas, em que um grão de feijão é colocado em um algodão molhado para que a criança possa acompanhar sua germinação, foi feita de forma diferente pela professora Tânia Maria, nas aulas de ciências. Os feijões foram plantados num cantinho da horta e os alunos puderam observar não apenas o processo de germinação como ainda o crescimento da planta, o amadurecimento da vagem e a mudança nas cores até que possa ser consumido. Nas aulas de português, a professora trabalhou a história João e o pé de feijão, conto de fadas de origem inglesa, com direito à dramatização.

    Tânia Maria, que atua como coordenadora do projeto Educação Integral, voltado ao atendimento de alunos em atividades diversificadas, acredita que no contraturno da aula a criança tende a levar para fora da escola aquilo que aprende. Por essa razão, preocupa-se em proporcionar aos alunos, desde cedo, a vivência de experiências que provavelmente carregarão pela vida toda.

    Pedagoga com habilitação nas séries iniciais, orientação educacional e supervisão escolar, ela é pós-graduada em educação especial e inclusiva. Cursa, atualmente, pós-graduação em coordenação pedagógica na Universidade de Brasília.

    Fátima Schenini

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