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  • O encontro em Brasília ajudará a consolidar um pacto nacional para melhorar a qualidade do ensino oferecido aos povos indígenas. (Foto: João Bittar)Começou nesta segunda-feira, 16, a 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), em Luziânia (GO). O evento reúne especialistas, educadores e comunidades indígenas de todo o país e se estenderá até o dia 20. Serão 600 delegados, que representarão 210 povos.


    De acordo com o coordenador-geral de educação indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação, Gersem Baniwa, o objetivo do encontro é avaliar a realidade da educação escolar indígena do país e consolidar um pacto nacional para melhorar a oferta e a qualidade do ensino aos povos indígenas. “O Estado precisa ouvir os povos para conhecer suas demandas e saber como eles pensam a educação”, disse Baniwa.


    A conferência será realizada pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).


    Antes da etapa nacional, foram realizadas 18 conferências regionais, das quais participaram 4,2 mil representantes indígenas. Os temas debatidos foram as diretrizes para a educação escolar indígena; territorialidade e autonomia dos povos indígenas; práticas pedagógicas; políticas, gestão e financiamento; participação e controle social.


    Além disso, houve encontros em 1.862 comunidades escolares, com a participação de 46,8 mil representantes, entre professores, alunos, pais e lideranças comunitárias. No Brasil, 2.480 escolas ofertam a educação escolar indígena.


    Em cada um desses encontros, foram elaboradas propostas para a superação dos desafios da educação indígena. Os participantes também apresentaram sugestões de melhoria da oferta de ensino, de acordo com a necessidade de cada território e etnia.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Representantes de 250 povos debatem rumos da educação em Luziânia

  • EDITAL DE CHAMADA PÚBLICA CNEEI Nº 3/2015 - A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI torna pública a seleção, nos termos deste Edital de Chamada Pública nº 3/2015 Cneei/MEC, de representantes de organizações indígenas no Estado Rio de Janeiro (um representante indígena titular e um suplente), no Estado de São Paulo (um representante indígena titular e um suplente) e na Região Sul (um representante indígena titular e um suplente) para compor a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (Cneei) – órgão colegiado, de caráter consultivo, instituído pela Portaria MEC nº 734, de 7 de junho de 2010, com a atribuição de assessorar o Ministério da Educação na formulação de políticas para a Educação Escolar Indígena.  

    - Resultado final do edital
    - Retificação do edital CNEEI nº 3/2015
    - Resultado preliminar

     

    EDITAL Nº 12, DE 03 DE JULHO DE 2009 - O Ministério da Educação (MEC) por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, convocam as Instituições Públicas de Ensino Superior e Entidades de Direito Privado sem Fins Lucrativos, com pesquisas e experiências comprovadas junto a povos indígenas brasileiros, para apresentarem propostas de projetos de material didático voltado à educação básica, em atendimento à Lei 11.645, de 10 de março de 2008.

    EDITAL DE CONVOCAÇÃO No 13, DE 2 DE JULHO DE 2009 - Por meio deste edital, o Ministério da Educação (MEC),por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (/FNDE/) convocam às organizações indígenas e indigenistas- que atuam na área da educação escolar indígena - para apresentarem projetos natureza inovadora, na área da educação básica intercultural indígena, voltados para a formação de docentes e/ou gestores.

  • Educação nas aldeias vai ter sistema e secretaria próprios. (Foto: Fabiana Carvalho)Luziânia (GO) — A criação de um sistema específico para a educação indígena, com uma secretaria própria no Ministério da Educação, foi a principal proposta aprovada no encerramento da 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), na noite de sexta-feira, dia 20. Também houve acordo sobre as ideias de organização de um fórum para estruturar o novo sistema e de implantação de um conselho nacional de educação escolar indígena, de cunho deliberativo. A função normativa da área, no entanto, continuaria a cargo do Conselho Nacional de Educação.


    A educação escolar indígena era atribuição da Fundação Nacional do Índio (Funai) até 1991, quando passou à competência do Ministério da Educação, em regime de colaboração com estados e municípios. “A criação de um sistema próprio tem o objetivo de atender melhor às especificidades da educação escolar indígena”, explica Pierlângela Cunha, representante da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (Cneei).


    Outro ponto importante definido pelos participantes da conferência foi o transporte escolar. Eles propuseram a criação de mecanismos para o atendimento ao calendário próprio das escolas indígenas e às peculiaridades territoriais, como regiões ribeirinhas e de difícil acesso.


    Quanto à questão da merenda escolar, foi aprovada a sugestão de flexibilizar as exigências legais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Assim, poderiam ser adquiridos gêneros produzidos nas próprias aldeias, de forma a respeitar os hábitos alimentares e a estimular a economia local.


    As proposições aprovadas obtiveram o consenso dos 650 delegados participantes da Coneei. Dentre eles, 450 indígenas, representantes de 230 povos. Durante a conferência, estiveram em discussão, desde o dia 16, os eixos temáticos educação escolar, territorialidade e autonomia dos povos indígenas; práticas pedagógicas, participação e controle social, diretrizes para a educação escolar indígena; políticas, gestão e financiamento da educação escolar indígena.


    Na próxima semana, terá início a sistematização das propostas apresentadas para a redação do documento final. A Coneei foi realizada pelo Ministério da Educação, em parceria com a Funai, o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).

    Juliana Meneses


    Republicado com correção de informações

  • Feliz Natal (MT) — Conciliar o conhecimento moderno e o tradicional é um dos maiores desafios na educação dos povos do parque indígena do Xingu, em Mato Grosso. A questão foi abordada por lideranças políticas, professores, pais e alunos na Conferência Regional de Educação Escolar Indígena, que vai até quinta-feira, 11, na comunidade moigu, do povo icpengue, no médio Xingu.


    A realidade das escolas foi outro tema discutido. Na Escola Indígena Estadual Central Kamadu, do povo iudjá, no baixo Xingu, os alunos estudam apenas até o quarto ano. Os jovens, portanto, precisam deixar a aldeia para continuar o aprendizado. “Alguns como eu estudam na cidade, mas ficam sem acompanhamento das famílias e passam muitas dificuldades”, disse o estudante Maiawako Juruna.


    Para o diretor da Escola Indígena Estadual Central Ikpeng, no médio Xingu, Pomekenpo Kleimer, a dificuldade é de atendimento mais próximo e sistemático às comunidades. “Não há combustível para ir até as comunidades e fazemos as reuniões pelo rádio”, contou. A escola atende 420 alunos na sede e em cinco salas anexas. As aulas combinam os ensinamentos curriculares aos tradicionais. Já foram produzidas quatro cartilhas e um livro de alfabetização. “Ensinamos a nossa cultura com a participação dos velhos sabedores. Temos quatro reuniões ao ano com toda a comunidade para discutir e avaliar o trabalho”, disse Kleimer. “Os pais também ajudam no trabalho de campo.”


    O fortalecimento da cultura é uma das preocupações expostas no encontro. “A conferência é importante porque podemos ouvir a preocupação dos caciques com a cultura. Como a escola pode trabalhar isso?”, indagou Karin Yudja, também diretor de escola no baixo Xingu. Ele sugere como proposta para o documento final um item que contemple o papel da escola na manutenção da cultura e no incentivo às práticas culturais.


    Em Mato Grosso funcionam cerca de 200 escolas indígenas — 60 delas, estaduais. No Xingu, são sete estaduais e nove municipais.

    Assessoria de Imprensa da Coneei


  • O encantamento com a natureza e a vontade de adquirir mais conhecimento fizeram com que Nívia Apoema Tupinambá entrasse no curso de biologia no Instituto Federal de Brasília (IFB). A estudante indígena enfrentou dificuldades para alcançar esse objetivo – desde percorrer quilômetros em um veículo pau de arara todos os dias para chegar à escola até o nivelamento de seu aprendizado com os colegas não indígenas. Por esses motivos, a estudante considera que tem muito a comemorar neste 19 de abril, quando é celebrado o Dia do Índio.

    “Eu ainda penso em fazer um mestrado na UnB [Universidade de Brasília]; gostaria muito e vou me esforçar bastante para isso. Se conseguir, com certeza, vai ser na área de educação indígena, que gosto muito. Quando acabar essa fase acadêmica, quero voltar para minha aldeia para dar minha contribuição a eles”, planeja Nívia.

     

    A estudante nasceu na aldeia Tupinambá de Olivença, na Comunidade de Santaninha, que fica a cerca de dez quilômetros de Ilhéus, no sul da Bahia. Apesar de todas as dificuldades e também do preconceito que viveu, embutido em frases como “o seu cabelo nem é tão liso” ou “sua pele não é vermelha”, como ela mesma conta, Nívia afirma que com esforço “não é impossível conseguir.”

     

    O Ministério da Educação investe na educação escolar específica para os povos indígenas. São programas e ações que visam garantir o acesso aos conhecimentos universais e também aos conhecimentos particulares relacionados às culturas e línguas indígenas. Segundo dados do censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 896 mil indígenas, distribuídos em 305 etnias, e 274 línguas indígenas faladas. O Censo da Educação Superior de 2015, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que mais de 32 mil estão matriculados na educação superior em todo o país.

    Diretrizes – Todas as ações e políticas do MEC são norteadas pelo Decreto nº 6.861, de 2009, que trata sobre a educação escolar indígena e define sua organização em territórios etnoeducacionais. Entre as principais definições do documento estão a garantia da participação dos indígenas na organização escolar; as normas próprias e diretrizes curriculares específicas, voltadas ao ensino intercultural e bilíngue ou multilíngue; a produção de material didático e paradidático específico para as escolas indígenas; e o respeito à alimentação, levando em consideração os hábitos alimentares das comunidades.

    O documento estabelece que a organização territorial da educação escolar indígena deve ser promovida a partir da definição de territórios etnoeducacionais. Cada território compreende, independentemente da divisão político-administrativa do país, as terras indígenas, mesmo que descontínuas, ocupadas por povos que mantêm relações intersocietárias caracterizadas por raízes sociais e históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas, valores e práticas culturais compartilhados.

    De acordo com a diretora de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-raciais do MEC, Rita Potiaguara, “a política dos territórios, do ponto de vista de sua concepção e implementação, é um avanço, A estudante indígena Nívia Apoema Tupinambá, do curso de biologia no Instituto Federal de Brasília (IFB), quer fazer mestrado na área de educação indígena e dar contribuição à sua comunidade (Frame: TV MEC)porque coloca estados, municípios e populações indígenas para pensarem juntos as ações voltadas à educação escolar para esse público.” A diretora também ressalta a importância da 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), que será realizada em Brasília em dezembro deste ano.

    “Evidentemente, dentro de uma política em que os povos indígenas ficaram sem atendimento adequado por parte do Estado brasileiro, a gente enfrenta algumas dificuldades, por exemplo, a infraestrutura física de muitas escolas indígenas. O censo educacional do Inep aponta que um terço dessas escolas, cerca de 900, não possui sede própria”, observa Rita. No ano passado, mais de 233 mil estudantes estavam matriculados em escolas indígenas. Do total, 1.448 cursavam a educação profissional.

    Rita conta que o MEC está desenvolvendo projeto piloto para a construção de 50 escolas no território etnoeducacional do Rio Negro, no estado do Amazonas. “O projeto está sendo concebido juntamente com os povos indígenas da região e a execução das obras começarão ainda neste ano”, afirma.

    Programas – Em 2005, foi criado o Programa de Apoio à Formação Superior e às Licenciaturas Interculturais (Prolind), com o objetivo de apoiar a oferta de cursos de formação inicial de professores indígenas em instituições públicas de educação superior. Atualmente, 17 instituições ofertam os cursos. O programa é a primeira iniciativa de inclusão coletiva de indígenas na educação superior.

    Já o programa Bolsa Permanência, lançado em 2013, é uma concessão de auxílio financeiro a estudantes indígenas, quilombolas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de educação superior. A ação contribui com as ações de permanência desses estudantes ao definir um valor diferenciado equivalente a, pelo menos, o dobro do valor concedido aos demais estudantes. Em 2016, foram contemplados 5.835 estudantes indígenas. 

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Para lançar a 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (2ª Coneei), o Ministério da Educação realiza, nesta terça-feira, 13, e quarta, 14, um seminário que reúne 150 pessoas, entre autoridades e representantes de secretarias municipais e estaduais de educação, organizações indígenas e indigenistas, Fundação Nacional do Índio (Funai), conselhos de educação e de universidades, que serão capacitadas para organizar as diversas etapas do encontro.

    Durante a abertura dos trabalhos, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira, fez um apanhado das conquistas recentes dos povos indígenas. “Desde a Constituição de 1988, tivemos muitos direitos garantidos, mas sabemos que direitos na legislação não necessariamente garantem que as políticas sejam realizadas nos níveis locais”, pontuou.

    A secretária Ivana ainda destacou programas recentes que representaram avanços na área, como o Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind). “Ainda temos muitos desafios, principalmente sobre a construção de escolas indígenas. Outra dificuldade é a extensão da educação nos anos finais do ensino fundamental e principalmente no ensino médio. Precisamos de professores nessas áreas, precisamos de concurso público”, defendeu.

    A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é um espaço de discussão e proposição de políticas públicas para que a educação escolar indígena seja de qualidade, específica e diferenciada. A segunda edição terá como tema: O Sistema Nacional de Educação e a Educação Escolar Indígena: regime de colaboração, participação e autonomia dos povos indígenas.

    O evento é realizado em parceria entre Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (Cneei), Funai, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e organizações indígenas e indigenistas que atuam diretamente na oferta da educação escolar indígena.

    Cronograma – A 2ª Coneei será realizada em três etapas. As conferências nas comunidades educativas acontecerão até dezembro deste ano e as conferências regionais, de dezembro de 2016 a agosto de 2017. A etapa nacional acontecerá em novembro de 2017.  

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), lança, nesta sexta-feira, 31, o programa Observatório da Educação Escolar Indígena, com o objetivo de avançar na formação dos profissionais da educação básica intercultural indígena.

    O novo observatório vai fomentar o desenvolvimento de estudos e pesquisas em educação voltadas à formação de professores e gestores educacionais para os Territórios Etnoeducacionais. Para isso, deve ser utilizada a infra-estrutura disponível das instituições de educação superior e das bases de dados existentes no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), como o Censo da Educação Superior ou o Cadastro Nacional de Docentes.

    Poderão apresentar projetos de estudos e pesquisas em educação escolar indígena instituições de ensino superior que tenham cursos e programas de graduação e pós-graduação stricto sensu regularmente autorizados ou reconhecidos pela Capes. O edital do Observatório da Educação Indígena será publicado na próxima segunda-feira. O novo programa, assim como o Observatório da Educação, é uma parceria da Capes com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e com o (Inep).

    Assessoria de Comunicação da Capes
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