O Dia Nacional da Alimentação nas Escolas é comemorado em 21 de outubro. A data foi escolhida para ressaltar a importância das ações voltadas para a educação alimentar e nutricional dos estudantes de todas as etapas educação básica. E é com esse objetivo que o Governo Federal investe no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que tem como objetivo garantir o consumo de alimentos saudáveis no ambiente escolar, de modo a criar bons hábitos nos estudantes para toda a vida.
Criado há 60 anos, o programa atende os alunos de toda a educação básica matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias conveniadas com o poder público. O cardápio que é servido nas escolas deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos alimentares locais e culturais.
Para Karine Santos, coordenadora-geral do Pnae, é essencial que o programa se preocupe com a introdução de hábitos alimentares mais saudáveis desde os primeiros anos de vida. Do total de estudantes atendidos pelo programa, 3 milhões têm entre 0 a 3 anos.
“A formação de hábitos alimentares mais saudáveis vai ter consequências em toda a vida do indivíduo. Esse trabalho deve ser feito em parceria com professores, diretores de escola, e os pais e a comunidade escolar devem participar”, completa.
A pequena Luiza de Araújo, de cinco anos, estuda no Jardim de Infância Dois, do Cruzeiro, em Brasília, e já incorporou os bons hábitos. “O que eu mais gosto de comer na escola é galinhada. Em casa eu gosto de arroz e feijão pra crescer forte e com saúde”, conta a garotinha.
Cuidados – A nutricionista Kellen Pedrollo, diretora do Programa de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do Distrito Federal, também defende a formação da consciência crítica do que será ingerido pela criança ao longo da vida o quanto antes. Por isso, uma equipe técnica composta por nutricionistas da Secretaria de Educação é responsável pela elaboração dos cardápios da alimentação escolar.
“Nós verificamos o tempo de preparo desse alimento, o tempo do cozimento do produto e a aceitação por parte do aluno. Todas essas variáveis são levadas em consideração para inserir um cardápio, uma preparação ou mesmo um produto novo na alimentação das nossas crianças”, detalha.

Investimento – O Governo Federal tem investido cada vez mais para garantir uma boa alimentação nas escolas. Depois de sete anos sem aumento, em 2017, o orçamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) teve reajuste.
Para este ano, serão R$ 4,15 bilhões, dos quais mais de R$ 3 bilhões já foram repassados. Para os alunos dos ensinos fundamental e médio regular, o aumento ficou em 20%. Já para as demais modalidades, como escolas de tempo integral e pré-escola, por exemplo, o aumento médio é de 7%. O programa atende todos os alunos da educação básica. São mais de 50 milhões de refeições servidas por dia para 42 milhões de estudantes.
Os repasses são feitos em 10 parcelas mensais, entre fevereiro e novembro, para a cobertura de 200 dias letivos, de acordo com o número de matriculados em cada rede de ensino. Do valor total, no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. A prioridade é para os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. A medida estimula, ainda, o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades.
Assessoria de Comunicação Social