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  • Um grupo de estudantes do ensino técnico integrado ao médio e o objetivo de ajudar a vida das pessoas. Foi assim que alunas do Instituto Federal de Santa Catarina decidiram criar um aplicativo para um tema sensível que chamou a atenção: o suicídio, que tem um índice preocupante na região.

    O aplicativo de prevenção ao suicídio recebeu o nome de “Safe Tears”, que em português, significa "lágrimas seguras". Cada usuário do aplicativo recebe um tipo de pontuação de acordo com informações pessoais. A plataforma envia mensagens motivacionais e, dependendo do caso, alerta para a necessidade de se procurar ajuda médica.

    Ana Júlia Giacomeli é uma das jovens de Xanxerê, no Oeste Catarinense, que participou da criação do app. Segundo ela, motivação veio durante a aula do professor de informática, Alex Weber, que passou para a turma um documentário sobre uma competição internacional de tecnologia só para meninas.

    “Nós fizemos um plano de negócios para a competição e colocamos todos os dados, índices de suicídio e acontecimentos. Na nossa região, se não me engano, é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, afirmou a estudante.

    Para tirar o projeto do papel e transformar o aplicativo em realidade, as estudantes precisaram elaborar um planejamento. E perceberam que o índice de suicídio na região é preocupante.  O professor de informática, Alex Weber, explica que as alunas contaram com o apoio de uma equipe interdisciplinar.

    Tanto esforço e dedicação foram reconhecidos. E “Safe Tears” foi um dos finalistas da “Technovation Challenge”, competição que ocorreu em agosto na Califórnia, Estados Unidos. O aplicativo para combate ao suicídio não ganhou o prêmio. Mas, trouxe conquistas bem mais valiosas.

    Saiba mais – O aplicativo para ajudar no combate ao suicídio é o tema da edição desta sexta-feira, 6 de setembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Atualmente considerado um problema de saúde pública mundial, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Preocupados com essa realidade, 28 hospitais universitários filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, oferecem tratamento psicossocial com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, dentre outros.

    O tema suicídio tomou os noticiários nas últimas semanas, quando o desafio popularizado nas redes sociais pelo nome de Baleia Azul reacendeu uma antiga discussão: doenças psicossociais que podem levar as pessoas a tirar a própria vida. O assunto ganhou repercussão nacional depois que uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo, e de terem sido registradas outras ocorrências de tentativas de suicídio.

    O jogo da Baleia Azul surgiu nas redes sociais russas e consiste em listar uma série de 50 desafios, que incluem automutilação, culminando com o suicídio do participante. Apesar do teor criminoso do jogo, adolescentes com transtornos de personalidade podem se tornar alvo fácil.

    JS, morador de Natal, é usuário desse serviço. Vítima de um acidente de trânsito há mais de dez anos, que desencadeou uma série de problemas, ele foi diagnosticado com depressão. Semanalmente, JS tem acompanhamento de profissionais do Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN). Na unidade filiada à Ebserh, ele participa de atividades como terapia, reunião com grupo de apoio, oficinas, além de acompanhamento médico.

    Outra unidade da Rede Ebserh que oferece atendimento psicossocial é o Hospital Universitário da Universidade de Juiz de Fora (HU-UFJF). Lá, o serviço de psiquiatria e o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) atendem pacientes teoricamente mais suscetíveis a buscar o suicídio, como os casos de depressão, transtornos de personalidade, dependentes químicos e esquizofrênicos.

    O psiquiatra Alexandre Rezende Pinto explica que as famílias devem se atentar ao chamado comportamento suicida. Começando com o desejo de morrer, passando por acreditar ser essa a melhor decisão, o planejamento, até, por fim, a atitude. “Pessoas caladas, que evitam o contato social e com mudanças importantes de comportamento devem ser observadas”, afirma o médico do HU-UFJF.

    Apoio – No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com comportamento suicida 24 horas por dia pelo telefone 141, além de e-mail, chat e Skype. A associação, que fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio, registrou o dobro de pedidos de ajuda desde a estreia de 13 Reasons Why, série lançada no fim de março que aborda o suicídio de uma adolescente. Produzida pela cantora Selena Gomez, a série é inspirada no livro homônimo de Jay Asher e narra as razões que levaram uma estudante a tirar a própria vida.

    De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos de idade, com mais de 800 mil casos por ano em todo o mundo. Geralmente, essas pessoas chegaram a procurar ajuda e não tiveram o tratamento da melhor forma. “Existe um mito ao achar que quando falam, não vão fazer. É muito importante valorizar as tentativas de suicídio”, conclui Rezende.   

    Veja a lista completa, por região, dos hospitais da Rede Ebserh que oferecem atendimento psicossocial:

    Região Norte

    1. Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam)
    2. Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza da Universidade Federal do Pará (HUBFS-UFPA)
    3. Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA)

    Região Nordeste

    4. Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA)
    5. Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia (MCO-UFBA)
    6. Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC)
    7. Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB)
    8. Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf)
    9. Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE)
    10. Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN)
    11. Hospital Universitário Ana Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huab-UFRN)
    12. Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN)
    13. Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS)

    Região Centro-Oeste

    14. Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB-UnB)
    15. Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG)
    16. Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS)
    17. Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD)

    Região Sudeste

    18. Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes)
    19. Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG)
    20. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM)
    21. Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF)
    22. Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF)
    23. Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio)
    24. Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar)

    Região Sul

    25. Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
    26. Maternidade Victor Ferreira do Amaral da Universidade Federal do Paraná (MVFA-UFPR)
    27. Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel)
    28. Hospital Universitário de Santa Maria da Universidade Federal de Santa Maria (Husm-UFSM)

     

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh 

  • Na última semana, as manchetes do Brasil e do mundo divulgaram as mortes da estilista Kate Spade e do chef Anthony Bourdain por suicídio. Logo em seguida, um estudo lançado pelo governo dos Estados Unidos revelou que a taxa de mortes desse tipo no país aumentou 30% em mais da metade dos estados. Nesta quarta,13, às 20h, Salto para o Futuro debate esse tema, abordando a importância de levar a discussão e a prevenção aos meios escolares. O programa é produzido pela TV Escola, emissora vinculada ao Ministério da Educação.

    Durante muito tempo, havia um receio de que a divulgação de casos de suicídio pudesse incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Era praticamente um consenso na imprensa.  Hoje, organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), trabalham em outra frente e garantem que é preciso falar muito sobre o assunto.

    Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro conduzem o debate com a participação de Dayse Miranda, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP), da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), e Fabiana Albino, coordenadora de pós-graduação do Instituto G.A.T.E (Gestão, Assessoria e Treinamento em Educação). Afinal, é possível prever a situação limite do suicídio? Como ficar atento aos sinais dados por adolescentes e jovens quando eles estão sofrendo?

    Acompanhamento – Para Dayse Miranda, as características individuais de cada jovem se revelam também na sinalização do sofrimento. “Os jovens são diferentes, têm trajetórias e crenças diversas”, diz. “Logo, os motivos que os levam a adoecer são diferentes. O resultado é que é o mesmo. ” Já Fabiana Albino lembra da relevância do acompanhamento médico aos primeiros sinais depressivos. “A adolescência é um momento de mudanças física e química”, atenta. “A dificuldade de lidar com a vida e seus problemas, muito além do amadurecimento, é também uma questão de desequilíbrio neuroquímico”.

    Segundo a OMS, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre adolescentes e jovens em todo o mundo. Os resultados do mapa da violência no Brasil, elaborado a partir de dados do Ministério da Saúde, mostraram que no período de 2002 a 2014 o índice de suicídio cresceu 10% entre jovens de 15 a 29 anos. E mais: entre os anos de 1980 e 2014, esse aumento foi de 27,2%. São números assustadores, mas ainda aquém de traduzir a dimensão da dor que esses jovens vivenciaram, bem como o sofrimento das famílias e dos amigos que perderam alguém nessa condição.

    Salto para o Futuro debate sobre a importância de pais e educadores ficarem alertas sobre os sinais que muitos jovens apresentam antes de atentarem contra a própria vida. Além de ser exibido todas as quartas-feiras, às 20h, o programa também pode ser assistido em tempo real no portal da TV Escola e no canal da emissora no YouTube, bem como pelo aplicativo.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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