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  • Mercadante lembrou que 35% das crianças do Norte não estão sendo alfabetizadas e lançou o desafio de mudar esse quadro (Foto: Eduardo Cavalcante – ASSCOM/Seduc AM)Na manhã desta quarta-feira, 3, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reuniu, em Manaus, com os secretários de educação dos estados da região Norte e os presidentes das seções estaduais da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para lançar o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), com ações específicas para aquela região.

    Para o ministro, a alfabetização na idade certa é um grande desafio para todo o país e particularmente relevante para a região Norte. “Nós estamos fazendo um pacto específico para a região Norte. Seja na alfabetização, na leitura, na matemática e na redação, nossas crianças de até 8 anos na região Norte têm um grande desafio pela frente”, disse.

    Mercadante destacou a importância das secretarias no programa. “A participação das secretarias estaduais e municipais é importante para que possamos garantir que todas as crianças saibam ler e escrever. Toda escola começa por esse alicerce”, explicou o ministro.

    Para o secretário estadual de Educação do Amazonas, Rossieli Soares da Silva, o Pnaic Norte atuará em eixos específicos para o fortalecimento da educação na região. Entre os eixos estão a fortalecimento da gestão, estadual e municipal, do pacto; formação de professores, e valorização dos professores alfabetizadores. “No Norte do Brasil, 35% das crianças não estão sendo alfabetizadas. Esse olhar é para que a gente possa superar este desafio. Esta parceria vai mudar a cara da educação na região Norte”, afirmou.

    O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental.

    Para fomentar a alfabetização, o Ministério da Educação dá uma bolsa de estudos para professores alfabetizadores e professores formadores, além de cursos de educação inicial e continuada e material didático específico.

    Hospital – Ainda em Manaus, o ministro Aloizio Mercadante visitou as obras do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amazonas. “É um hospital de referência, uma escola de medicina de grande qualidade, com residência médica, de onde vão sair profissionais cada vez mais qualificados”, disse o ministro.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa seguirá para sanção presidencial, após aprovação, na terça-feira, 26, no plenário do Senado, do projeto de lei de conversão (PLV) 2/2013. O documento institui incentivos e apoio técnico e financeiro da União a estados e municípios, com o objetivo de promover a alfabetização de todas as crianças até os 8 anos. O PLV 2/2013 é oriundo da Medida Provisória (MP) 586/2012.

    O governo deverá investir inicialmente R$ 3 bilhões no programa, que envolverá cerca de 8 milhões de estudantes distribuídos em 400 mil turmas de 108 mil escolas da rede pública do país. O objetivo do programa é proporcionar proficiência em língua portuguesa e em matemática a todas as crianças, ao final do terceiro ano do ensino fundamental da educação básica pública.

    O pacto é um compromisso firmado entre o governo federal, estados e municípios. Até o momento, 5.392 municípios já aderiram, bem como todas as unidades da Federação. O programa será implementado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.

    O repasse financeiro da União visa apoiar a formação continuada dos professores alfabetizadores e orientadores de estudo, que receberão bolsa para participar do curso de formação. Também está prevista a destinação de recursos financeiros para premiar profissionais da educação e escolas que tenham alcançado bons resultados.  

    O pacto conta com a participação de 38 universidades públicas, envolvendo uma equipe de quase 600 professores formadores, responsáveis pela capacitação de 16.814 orientadores de estudo. Esses profissionais são das redes dos estados e municípios e capacitarão os professores alfabetizadores.

    Do total de orientadores de estudo, a maioria já participou da primeira ação de formação do curso ao longo do mês de março. Aproximadamente 2 mil orientadores de estudo de alguns estados, por questões logísticas e organização das universidades, vão se formar em abril.

    “As principais ações do Pacto Nacional estão acontecendo. As universidades estão mobilizadas, com profissionais com ampla experiência em formação. O sentido de tudo isso é que as crianças tenham profissionais mais habilitados para fazer essa alfabetização”, salientou o secretário de educação básica do MEC, Romeu Caputo.  

    O secretário destacou ainda que a fase atual é de monitoramento contínuo do programa, com ajuda dos municípios. “Os municípios têm que efetivar isso lá na ponta”, afirmou Caputo.

    Assessoria de Comunicação Social

    Visite a página do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

     

    Ouça o secretário Romeu Caputo sobre o Pacto


  • Secretários de educação dos estados do Nordeste se reuniram em Fortalieza para o lançamento do novo ciclo do Pnaic (Foto: Ariel Gomes/Governo do Ceará)Está na meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) a tarefa de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do ensino fundamental. Para alcançar o objetivo, o Ministério da Educação lançou, nesta segunda-feira, 14, um novo ciclo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), específico para Norte e Nordeste. O foco nessas regiões é baseado nos resultados da última Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA).

    O lançamento aconteceu durante encontro dos secretários da educação estaduais do Nordeste, realizado em Fortaleza, e que contou com a presença do ministro Aloizio Mercadante. O Ceará foi o estado nordestino mais bem avaliado na ANA 2014, apresentando os melhores índices de leitura, escrita e matemática. Lá também nasceu o projeto que inspirou a criação do Pnaic.

    “Nós montamos o Pnaic inspirados no Ceará, na experiência exitosa do Ceará, iniciada em 2007 com o Pnai (Programa de Alfabetização na Idade Certa, de iniciativa do governo estadual). Naquela ocasião, eu criei a Avaliação Nacional da Alfabetização, um exame universal pra gente saber de todas as crianças de todas as salas de aula. Se elas aprenderam a ler ou não, em que estágio estão, se elas estão escrevendo ou não e se elas dominam as primeiras contas”, explicou o ministro.

    O novo ciclo inicia em 2016 e tem três eixos de atuação, que visam reduzir os níveis de analfabetismo e baixo letramento das duas regiões. O primeiro eixo prevê o fortalecimento das estruturas de gestão em nível regional. Serão formadas equipes de coordenação e supervisão para visitar as escolas e acompanhar mais de perto as formações voltadas à alfabetização. Assim, as funções da coordenação local do Pnaic serão ampliadas, vinculando-se às redes de ensino, e as ações do programa serão monitoradas pelas administrações estadual e municipal, por meio do desempenho dos estudantes.

    A formação continuada de professores é o segundo eixo de atuação do novo ciclo do Pnaic. Os profissionais receberão materiais de apoio pedagógico, produzidos pelos estados das regiões Norte e Nordeste, em parceria com instituições de ensino superior. O MEC vai participar qualificando e dando apoio à impressão dos conteúdos.

    Também serão apresentados ao Ministério planos de formação de professores, desenvolvidos para cada estado pelas instituições de ensino superior, em conjunto com as secretarias de educação e seccionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os planos devem considerar diretrizes pedagógicas vinculadas às políticas de formação das redes de ensino.
    O terceiro eixo quer promover a valorização e o reconhecimento de escolas e profissionais mais empenhados com a evolução da alfabetização. Ao mesmo tempo, estabelece um apoio a unidades de ensino com maior dificuldade na superação do analfabetismo e do baixo letramento de seus alunos.

    “Nós estamos aqui porque é nossa obrigação dar o melhor para educar as crianças desse país a ler, a escrever, a saber as primeiras contas e nós não podemos descansar enquanto isso não acontecer como direito sagrado de todas as crianças do Brasil”, afirmou o ministro.

    Assessoria de Comunicação Social

    No Nordeste, o ministro Aloizio Mercadante inaugurou campus universitário e participou do lançamento do novo ciclo do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa.

     

  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, compromisso formal assumido pelos governos federal e do Distrito Federal, estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental, é prioridade para o Ministério da Educação este ano. “É um grande desafio”, disse o ministro Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira, 10, em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

    O pacto foi firmado por todas as unidades da Federação e por 5.393 municípios. Serão atendidos mais de 7 milhões de estudantes de 400 mil turmas das três primeiras séries do ensino fundamental, em 108 mil escolas.

     

    Mais de 14 mil, de 16.814 orientadores de estudo, atuarão como formadores locais. Eles foram capacitados em cursos de 38 universidades públicas. O restante será formado ainda este mês.

     

    O orçamento de R$ 3,3 bilhões do programa prevê a distribuição de livros didáticos e bolsas para professores alfabetizadores, orientadores de estudo e coordenadores. O pacto prevê avaliações anuais e premiações para escolas e professores que obtiverem bons resultados.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Confira a apresentação do ministro Aloizio Mercadante na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados


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  • O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores de classes de alfabetização em escolas públicas. A 360 mil alfabetizadores em todo o país serão concedidas bolsas para cursos de formação. Além disso, o governo oferecerá prêmios em dinheiro a professores e escolas que obtiverem os melhores resultados.

    Os recursos se estenderão à compra de livros didáticos e de literatura e à avaliação do aprendizado das crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental.

    Essas iniciativas fazem parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), tema do programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira, 12, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Nosso objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país, sem exceção, sejam alfabetizadas até os oito anos de idade”, disse a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples e, também, somar e subtrair e ter noções de multiplicar e dividir.”

    Segundo a presidenta, 15% das crianças com oito anos de idade não conseguem interpretar um texto ou fazer as contas básicas. “Por causa dessa dificuldade, elas não conseguem aprender as outras matérias ensinadas nos anos seguintes, e muitas são reprovadas; algumas até abandonam a escola”, afirmou.

    O pacto pela alfabetização na idade certa foi lançado pela presidenta na quinta-feira, 8, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

    Dilma ressaltou ainda que o aprendizado será avaliado. “Todos os anos, as crianças do segundo e terceiro anos do ensino fundamental vão fazer uma prova, que vai verificar se elas realmente estão aprendendo”, afirmou. “Se a prova mostrar que alguma criança está ficando para trás, ainda haverá tempo de ajudar essa criança a aprender na idade certa.”

    O objetivo de todo o esforço do governo federal com o pacto, segundo a presidenta, é atrair para a alfabetização os melhores professores das escolas públicas. “Vamos premiar os melhores resultados”, salientou. “Já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação, pois achamos que o Brasil deve reconhecer e valorizar as melhores práticas educacionais, os melhores professores e as escolas mais bem-sucedidas.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o programa Café com a Presidenta

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  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar cerca de 8 milhões de crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental (foto: arquivo MEC – 13/3/07)Começa na próxima segunda-feira, 6, o 2º Seminário de Integração de Saberes em Linguagem e Matemática no Estado do Pará. Durante dois dias, professores universitários, orientadores de estudo e professores alfabetizadores de 122 municípios paraenses e de outros estados da região Norte vão se reunir em Belém para discutir os desafios e realizações do Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O encontro ocorrerá no Centro de Convenções Benedito Nunes, no Campus Universitário do Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA).

    Divulgar as experiências e produções em alfabetização e letramento desenvolvidas nas salas de aula nos municípios integrantes do Pnaic no Pará é um dos principais objetivos do seminário. Ele visa, ainda, a dar visibilidade ao trabalho de formação continuada dos orientadores de estudos e professores alfabetizadores do programa e às experiências pedagógicas desenvolvidas em salas de alfabetização. Na ocasião, também serão apresentadas experiências de outros estados da região.

    “Um dos aspectos mais importantes do encontro é a socialização das experiências em sala de aula a partir do processo de formação continuada dos professores”, diz Mirna Araújo, coordenadora de formação continuada de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação e responsável pelo Pnaic. “Desse modo, o professor pode se apropriar de mais estratégicas metodológicas para aplicá-las aos alunos no processo de alfabetização e letramento.”

    Estratégia — O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar, em português e em matemática, cerca de 8 milhões de alunos, nos três primeiros anos do ensino fundamental, distribuídos em 400 mil turmas de 108 mil escolas da rede pública de educação básica. Implica uma articulação inédita com todos os secretários estaduais e municipais de educação, com o objetivo de ofertar cursos de formação continuada a professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de orientadores de estudo capacitados em 36 universidades públicas.

    Desde que foi implantado, em 2013, o Pnaic já formou mais de 15 mil orientadores de estudos e 313 mil professores alfabetizadores, espalhados por 5.497 municípios.

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a programação do seminário


  • Catherine Snow é referência em alfabetização e pesquisa o assunto há três décadas

    Luciano Marques, do Portal MEC

    Um dos maiores problemas da educação brasileira é o alto índice de analfabetismo. A norte-americana Catherine Snow, uma das maiores referências em alfabetização nos Estados Unidos, participou da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou como pesquisas e dados ajudaram os Estados Unidos a melhorar sua educação.

    Psicóloga educacional e linguista, Snow é professora de pós-graduação da Harvard Graduate School of Education, uma das principais universidades do mundo. Nos últimos 30 anos, ela se concentrou na alfabetização da primeira infância, investigando fatores linguísticos e sociais que contribuem ou prejudicam a alfabetização.

    “As crianças devem ler, escrever e entender. As três habilidades cruciais que os bons leitores têm são: o entendimento do princípio alfabético, a conscientização de que é preciso compreender (o significado) e interpretar o que se está lendo e adquirir fluência suficiente na leitura”, aponta Snow.

    A especialista deu exemplos de como estudos e evidências podem melhorar a educação de um país e apontou momentos-chave nos Estados Unidos, como o “A Nation At Risk” (Uma Nação em Risco), de 1983, um relatório da National Commision on Excellence in Education (Comissão Nacional de Excelência em Educação) que alertava para a precária qualidade da educação no país. O documento informava que, à época, 23 milhões de americanos adultos eram analfabetos funcionais.

    Snow também falou sobre o programa federal “No Children Left Behind” (Nenhuma criança deixada para trás), lançado em 2001 pelo então presidente George W. Bush, como resposta às graves observações feitas pelo relatório.

    Segundo ela, para que as crianças possam se alfabetizar, é preciso focar não só apenas no código, mas também no conteúdo. “É um desafio. É sempre o código versus a linguagem. Os pequenos precisam entender, interpretar aquilo que estão lendo. Precisamos ensinar letras, ensinar que palavras são compostas por sons representados por letras, mas não podemos parar aí e esquecer o conteúdo”, destaca a norte-americana.

    Catherine Snow também ajuda a desenvolver melhorias na alfabetização norte-americana. “Temos muito trabalho ainda. Nós já tivemos aqui a mesma discussão que está acontecendo agora no Brasil. É preciso incentivar nas crianças o gosto pela leitura, mas não apenas isso. É necessário fazer com que elas tenham uma perfeita compreensão naquilo que estão lendo e também dar maior suporte e especialização aos professores”, concluiu.

    A Conabe segue até sexta-feira, 25 de outubro, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, em Brasília.

  • O Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) foi criado pela Resolução nº 18, de 24 de abril de 2007, para distribuição, a título de doação, de obras didáticas às entidades parceiras, com vistas à alfabetização e à escolarização de pessoas com idade de 15 anos ou mais. Entidades parceiras são os estados, Distrito Federal, municípios, que estabelecem parceria com o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), na execução das ações do Programa Brasil Alfabetizado.

    Os objetivos do programa são os de dar cumprimento ao Plano Nacional de Educação – que determina a erradicação do analfabetismo e o progressivo atendimento a jovens e adultos no primeiro segmento de educação de jovens e adultos até 2011 – e promover ações de inclusão social, ampliando as oportunidades educacionais para jovens e adultos com 15 anos ou mais que não tiveram acesso ou permanência na educação básica; estabelecer um programa nacional de fornecimento de livro didático adequado ao público da alfabetização de jovens e adultos como um recurso básico, no processo de ensino e aprendizagem.

    Para ter direito ao PNLA, as entidades parceiras devem obedecer ao cadastramento dos alfabetizandos, das turmas e, se houver, dos coordenadores de turmas do programa, informados por meio eletrônico na página https://portal.mec.gov.br/secad/.

    Em 2008, o orçamento do programa foi de R$ 11,8 milhões, apenas com a compra dos livros.

    Acesse aqui o Instrumento de Adesão do PNLA 2010

    Acesse aqui o termo de Adesão PNLA 2009

    Orientações PNLA

    Termo de Acordo PNLA

    Resolução 2009 PNLA

    Saiba como participar do PNLA
  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o órgão encarregado da execução do Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), em mútua colaboração com a Secad/MEC e as entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado.

     


    Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação compete:
    a) elaborar, em conjunto com a Secad/MEC, o edital de convocação do programa;
    b) viabilizar o cadastramento de titulares de direito autoral, a pré-inscrição, a inscrição e a triagem das obras didáticas;
    c) providenciar o catálogo/guia de obras e a escolha pela internet;
    d) processar os dados das escolhas das obras didáticas;
    e) contratar os titulares ou detentores de direitos autorais dos títulos escolhidos pelas escolas para produção e expedição de livros;
    f) acompanhar e monitorar a produção e a expedição dos livros, bem como a execução do PNLA junto às entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado;
    g) propor, implantar e implementar ações que possam contribuir para a melhoria da execução do programa.

     


    À Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade compete:
    a) elaborar, em conjunto com o FNDE, o edital de convocação do programa;
    b) promover a avaliação pedagógica dos livros didáticos inscritos para o programa;
    c) fornecer ao FNDE os dados cadastrais das entidades parceiras, necessários à operacionalização do programa, por meio eletrônico e em formato adequado;
    d) monitorar o processo de escolha das obras do programa.

     


    Às entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado compete:
    a) registrar e manter atualizados todos os dados necessários à operacionalização do PNLA no Sistema do Brasil Alfabetizado;
    b) dar condições para que todos os coordenadores de turma cadastrados no SBA, em consenso com os alfabetizadores, escolham os livros;
    c) monitorar o processo de escolha dos livros, garantindo o cumprimento do prazo definido para escolha; e
    d) distribuir os livros aos alfabetizandos e alfabetizadores.

     


    Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort)
    O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) coloca à disposição das escolas e secretarias estaduais e municipais de educação um sistema desenvolvido para auxiliar as redes públicas da educação básica a remanejar os livros didáticos distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM).

     

    Acessando o Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort) no sítio eletrônico do FNDE, as escolas das redes públicas podem verificar a disponibilidade de livros nas unidades educacionais mais próximas e registrar possíveis sobras em sua instituição.

     

    Anualmente, o FNDE adquire, com base na prévia do censo escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), os livros didáticos que serão utilizados pelos alunos das escolas públicas no ano seguinte. Apesar da projeção estatística feita pelo Inep, pode haver diferença entre o alunado estimado e as matrículas efetivamente realizadas, ocasionando falta ou sobra localizada de obras.

     

    A solução para este problema está no Siscort, que informa o número de títulos enviados para cada escola, permitindo que a instituição, após informar o seu alunado real, saiba automaticamente se e onde há excesso ou escassez de livros, por disciplina e por série.
    Conservação de livros - Embora o Siscort seja um instrumento valioso para auxiliar as escolas e as secretarias de educação a encontrar obras para remanejamento, ele não resolve o problema de falta de livros por má conservação ou pela não devolução das obras pelos estudantes, no final do ano. Os livros do PNLD devem ser utilizados pelos alunos por três anos consecutivos. A falta de conservação e a não devolução das obras levam o FNDE a adquirir, a cada ano, mais 13% do total inicial de livros, para repor os que não foram devolvidos ou que estejam sem condição de uso.

     

    Além de adquirir e distribuir gratuitamente livros didáticos em quantidade suficiente para atender todos os alunos da rede pública do ensino fundamental, o PNLD ainda compra 3% de reserva técnica, para garantir o atendimento a escolas e alunos novos.
    Gerenciamento
    O gerenciamento logístico é um dos procedimentos mais importantes no processo de distribuição dos livros e acervos. O início do processo se dá com a avaliação física e de conteúdo das obras apresentadas pelos autores e editoras, passa pela elaboração e distribuição do Guia do Livro Didático e pela escolha dos professores, continua com a negociação com as editoras, até chegar ao acondicionamento dos livros em suportes de madeira (paletes) nos postos avançados dos correios instalados dentro das editoras. Isso permite transportar os livros para longas distâncias com segurança, embalados por uma camada plástica resistente.

     

    No PNLD, o FNDE e as secretarias estaduais de educação assinam um termo de compromisso para o acompanhamento e monitoramento da entrega dos livros. De acordo com esse termo, as secretarias estaduais podem intervir no processo para remanejar os livros de uma escola para outra, caso seja necessário.

     

    Distribuição - O prazo para entrega dos livros aos destinatários é de 30 dias a partir da data da postagem.

     

    Toda a entrega é feita pelos correios, na modalidade AR (Aviso de Recebimento). De acordo com a estratégia de distribuição, os correios entregam os livros didáticos diretamente às escolas públicas urbanas.

     

    Já os acervos destinados às escolas rurais são entregues nas secretarias municipais de educação ou nas prefeituras que, por sua vez, devem entregá-los aos estabelecimentos de ensino antes do início do ano letivo. Paralelo ao trabalho de distribuição, o FNDE/MEC envia uma carta, de cor azul, com orientações para o recebimento e conferência das encomendas.

     

    No caso de falta ou sobra de livros, as escolas podem recorrer ao Siscort ou às secretarias estaduais ou municipais de educação, para verificar a disponibilidade dos acervos nas escolas mais próximas.
    Mais informações em www.fnde.gov.br ou pelo telefone 0800-616161.

  • Para superar dificuldades de aprendizagem, alunos da escola de Cubatão aprendem a se expressar por meio da escrita e da leitura de poemas (foto: arquivo da professora Milene Pinheiro)A poesia foi o recurso adotado pela professora paulista Milene Pinheiro para enfrentar desafios de aprendizagem não superados pelos alunos da Unidade Municipal de Ensino João Ramalho, em Cubatão, São Paulo. Para ajudar os estudantes do quarto ano do ensino fundamental que faziam recuperação paralela, em razão de dificuldades relacionadas ao processo inicial de alfabetização, Milene optou pelo limerique, estilo de poesia difundida no Brasil pela escritora russa Tatiana Belinky [1919-2013].

    Com o projeto Oficina de Limeriques, desenvolvido de março a junho de 2012, a professora reforçou o trabalho com os alunos da turma de recuperação e também da turma regular do segundo ano do ensino fundamental. Nesse período, os estudantes aprenderam a escrever poemas com cinco versos, com a mesma rima na primeira, segunda e quinta linhas e outra na terceira e na quarta.

    As dificuldades na escrita não impediram os alunos de produzir os próprios poemas. “Eles foram aprendendo esse estilo de escrever, engraçado, rimado e, ao mesmo tempo, desafiador, por exigir controle das palavras de cada verso, com contagem de sílabas poéticas”, diz a professora. Como incentivo, ela inscreveu os alunos das duas turmas em um concurso regional de poesias. A escola concorreu com 12 alunos, oito deles da turma de recuperação paralela. “Embora nenhum deles tenha vencido, esse tipo de reconhecimento foi muito importante para a autoestima de todos”, diz Milene.

    O projeto foi concluído com a realização de um sarau na escola. O evento teve leitura de poemas autorais e de escritores como o inglês Edward Lear [1812-1888] e a paulista Viviane Veiga Távora, idealizadora do Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques.

    Com o sucesso do projeto, Milene continuou a desenvolvê-lo. Este ano, com alunos do segundo ano. “Eles puderam se expressar através da escrita e leitura de poemas, além de observar algumas normas e fazer uso delas, como a identificação e seleção de rimas, perfeitas e imperfeitas.”

    Pedagoga com pós-graduação em alfabetização e letramento, há 11 anos no magistério, Milene também é, em Cubatão, professora na Unidade Municipal de Ensino Estado do Espírito Santo.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da professora Milene Pinheiro

  • O presidente Jair Messias Bolsonaro assinou, no dia 11 de abril, o decreto nº 9.765, que instituiu a Política Nacional de Alfabetização (PNA), meta do Ministério da Educação para os 100 primeiros dias do governo. O lançamento da PNA representa um marco para a educação brasileira.

    Depois de dezesseis anos da publicação do relatório final “Alfabetização Infantil: os novos caminhos”, elaborado a pedido da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, o Brasil dá o primeiro passo para ingressar no rol de países que buscam fundamentar em evidências científicas suas políticas públicas para a alfabetização. 

    A PNA tem como um dos seus princípios a ênfase no ensino dos seis componentes essenciais para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção escrita.

    “Além disso, entre suas diretrizes, a PNA ressalta a participação das famílias no processo de alfabetização, a importância do desenvolvimento da linguagem oral e de habilidades fundamentais para a alfabetização na educação infantil, o estímulo aos hábitos de leitura e escrita e o suporte às particularidades da alfabetização nas diferentes modalidades especializadas de educação”, afirmou o secretário da Sealf, Carlos Nadalim.

    Por meio da PNA serão implementados programas e ações para a promoção da alfabetização com base em evidências das ciências cognitivas, aos quais os entes federativos poderão aderir voluntariamente. A finalidade é melhorar a qualidade da alfabetização no território brasileiro e combater o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional.

    Está previsto para os próximos dias o lançamento de um caderno da PNA, no qual serão apresentadas suas diretrizes, princípios, objetivos, entre outros pontos que constam no decreto presidencial. “A Secretaria de Alfabetização (Sealf) considera que a publicação da PNA constitui um grande avanço para a educação no país e oferecerá fundamentos sólidos para a elaboração de programas e ações eficazes voltados à alfabetização”, disse Carlos Nadalim.

    Acesse o decreto da PNA

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O prazo final para a adesão de estados, municípios e Distrito Federal ao ciclo 2016 do programa Brasil Alfabetizado se encerrará em 20 de fevereiro. Nesta edição, 250 mil novas vagas serão ofertadas para alfabetização de jovens e adultos acima de 15 anos, cerca de 50% a mais que em 2015.

    De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira, é importante que os estados e municípios não percam o prazo para fazer adesão ao novo ciclo do programa. “A alfabetização é uma porta de acesso à cidadania e permite que jovens e adultos participem de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e possam, também, despertar o interesse pela elevação da escolaridade”, disse.

    O MEC destinará, em 2017, R$ 132 milhões para custear despesas com material didático e pedagógico, formação dos alfabetizadores, alimentação e transporte dos alfabetizandos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) mostram que, atualmente, mais de 12 milhões de pessoas com mais de 15 anos não são alfabetizadas. Esse número representa 8% da população nessa faixa etária.

    “O Programa Brasil Alfabetizado representa o esforço do MEC no sentido de impulsionar a oferta de alfabetização e educação de jovens e adultos em todo o território nacional, como responsabilidade solidária entre governo federal, estados e municípios”, afirma Ivana de Siqueira.

    Alfabetização – Criado em 2003, o Brasil Alfabetizado oferece apoio técnico e financeiro, em caráter suplementar, aos entes federativos, para a implementação de projetos que visem a superação do analfabetismo e a elevação de escolaridade da população acima de 15 anos. O programa é desenvolvido em todo o território nacional, com atendimento prioritário a municípios que apresentam alta taxa de analfabetismo.

    O ciclo de 2015, desenvolvido ao longo de 2016, foi executado por 191 entes federados e atendeu a 168 mil alfabetizandos, em 17.445 turmas. Nesse mesmo ano, o programa contou com 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação prorrogou até 6 de março as inscrições do programa Brasil Alfabetizado, inicialmente previstas para terminar nesta segunda-feira, 20. De acordo com a titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira, a prorrogação do prazo permite aos gestores municipais ampliar as condições para a adesão.

    A secretária salienta que boa parte desses gestores está tomando conhecimento somente agora dos programas do governo federal. “Isso, em função da mudança de dirigentes em aproximadamente 80% das prefeituras com o pleito eleitoral de 2016”, afirmou.

    Está prevista a oferta de 250 mil oportunidades educacionais a jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação básica ou nela não puderam permanecer. O Ministério da Educação vai repassar R$ 132 milhões em recursos para despesas com material didático e pedagógico, formação de profissionais, alimentação e transporte dos estudantes.

    No processo de adesão, pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., estados, Distrito Federal e municípios devem apresentar os projetos, com informações sobre quantidade de alunos e alfabetizadores, e explicar como se dará a formação, de que maneira estarão organizadas as turmas e como pretendem usar os recursos. Os modelos da documentação podem ser solicitados pelo mesmo endereço eletrônico.

    Após a liberação do acesso ao Sistema Brasil Alfabetizado, a entidade executora terá prazo até 20 de março próprio para o envio do Plano Plurianual de Alfabetização (PPAlfa).

    O programa Brasil Alfabetizado, criado em 2003, tem como prioridade os municípios com taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Eles passam a receber apoio técnico e financeiro do MEC para a continuidade de estudos das pessoas atendidas. Qualquer cidadão com nível médio completo pode se tornar alfabetizador, desde que cadastrado em prefeitura ou em secretaria estadual de Educação para receber a formação adequada. Têm preferência, porém, professores da rede pública de ensino, que recebem bolsa para desenvolver o trabalho, no contraturno de atividades regulares.

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  • Fortaleza– O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o governador do Ceará, Cid Gomes, fizeram nesta segunda-feira, 21, a entrega do prêmio Escola Nota 10, criado pelo estado para contemplar as 150 unidades públicas com melhores resultados de alfabetização.

    O critério para a premiação é o Índice de Desempenho Escolar – Alfabetização (IDE-Alfa). São considerados os melhores resultados do quinto ano. As escolas premiadas receberam troféu e prêmios em dinheiro – R$ 2.000 por aluno avaliado, pagos em duas parcelas. A primeira, de 75%, é imediata. A segunda é paga após um ano para as escolas que desenvolverem ações de cooperação técnico-pedagógica com uma das 150 escolas com menores resultados.

    Para o ministro Aloizio Mercadante, a experiência do estado do Ceará serve de inspiração para o país. Ele adiantou que em breve será lançado pelo governo federal um programa nacional de alfabetização na idade certa. “O programa apoiará as iniciativas que já existem em alguns estados e terá outras ações com o objetivo de alfabetizar todas as crianças até os oito anos”, disse.  

    O governador Cid disse que o prêmio é uma ação universalizada que revela o desempenho de 8 mil estudantes e 184 municípios do estado cearense. Em 2007, somente 40% dos estudantes aprendiam a ler e escrever até o final do segundo ano da educação fundamental. Atualmente o índice de alfabetização entre os alunos da rede pública chega a 81,5%. “O diferencial é a motivação de professores, gestores, governantes, além de melhoria no material pedagógico e fiscalização”, afirmou.

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  • Estilizada, a professora Ana Luiza narra histórias e contos a crianças do primeiro ano e as ajuda a entender e interpretar textos para fortalecer o gosto pela literatura (foto: João Neto/MEC)“Adivinha quem eu sou? Posso contar uma história? Quem quer ouvir?”

     

    Falando assim e vestida de Dona Baratinha, chega a professora Ana Luiza de Sousa Santos para a aula do conto, dada todas as sextas-feiras à turma do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Pastor Otaídes Alves dos Santos, em Formosa, Goiás. O conto da sexta-feira, 11 de outubro, foi Lilás, uma Menina Diferente, de Mary E. Whitcomb. A obra faz parte da biblioteca da sala de alfabetização do primeiro ano.

     

    A professora se apresenta, e as 23 crianças pulam e correm para o fundo da sala, tiram os chinelinhos, sandálias e tênis e sentam-se em um estrado emborrachado, vermelho. Elas dão respostas às perguntas de Dona Baratinha, mas ficam quietas quando ela afirma: “Todos somos diferentes e também iguais”.

     

    A personagem continua: “Diferentes na altura, na cor da pele, no tipo de cabelo, na forma dos dentes, do dedão do pé, do nariz. Mas no que somos iguais eles não sabem”.

     

    É o livro da menina Lilás, que responde: “Todos temos um coração”.

     

    “Não tinha lembrado”, responde uma criança. E o aplauso é geral.

     

    O conto encanta a turma, e o diálogo sobre as diferenças segue com listas de frutas, biscoitos, cenouras, bolos, salgados, doces. É com essa energia que a jovem professora segue com a turma. Além do conto, todos os dias há leitura de histórias.

     

    Ainda este ano, Ana Luiza vai estrear outra forma de fortalecer o gosto pela literatura. Ela está costurando uma sacolinha de tecido para cada criança. Na sacolinha, uma vez por semana, irá um livro para que a mãe ou o pai leia para o filho. De volta à sala de aula, Ana Luiza sorteará uma criança para contar a história lida em casa.

     

    A professora explica que o projeto vai ajudar a envolver os pais com a leitura e fará a criança prestar atenção na história, além de incentivar o cuidado com o livro, que deve ir e voltar na sacolinha. “Entendo que isso também é educar”, diz Ana Luiza, que tem uma agenda cheia. Ela dá aulas também a uma turma de terceiro ano na mesma escola, faz o curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e ainda cursa a faculdade de pedagogia. O planejamento e a importância do plano de aula são os temas que a professora destaca como importantes na formação continuada. Embora trabalhe com alfabetização há cinco anos, Ana Luiza diz que está começando e que ninguém sabe tudo. Na faculdade, a educadora faz o sexto semestre de pedagogia.


    Escola — A Escola Pastor Otaídes Alves dos Santos fica no bairro Setor Sul de Formosa. Nela estão matriculados 300 estudantes, da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental, dos quais 250 são beneficiários do programa Bolsa-Família. Nas três séries da alfabetização estão matriculadas 155 crianças. A ocupação dos pais se concentra em atividades como pedreiro, diarista, doméstica, agricultor e boia-fria.

     

    O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola, nos anos iniciais do ensino fundamental, foi de 3,7 pontos na avaliação de 2009 e alcançou 4,9 em 2011, numa escala até seis pontos.


    Professora de duas turmas de alfabetização em escola pública da cidade goiana de Formosa, Ana Luíza encontra tempo para fazer o curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e ainda cursa faculdade de pedagogia (foto: João Neto/MEC)Rede — A rede municipal de Formosa reúne 45 escolas com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. Nos três anos da alfabetização (primeiro ao terceiro) trabalham 144 professores — 133 efetivos e 11 contratados. Os efetivos, que fazem formação pelo pacto, recebem bolsa de R$ 200 por mês. Os contratados assistem às aulas como ouvintes.

     

    De acordo com a coordenadora das atividades do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa na rede pública de Formosa, Janildes Marques de Farias, a secretaria de Educação designou oito professores experientes em alfabetização para orientar os estudos dos cursistas. A Universidade Federal de Goiás (UFG) prepara os formadores, coordena e supervisiona as atividades. Janildes relata que faltam professores nos anos iniciais porque muitos profissionais da rede municipal fazem concursos em outras cidades, especialmente em Brasília, onde os salários são mais altos. Para suprir essa carência, ela diz que município promoverá novo concurso em 2014.

     

    Formosa está a 282 quilômetros de Goiânia e a 75 quilômetros de Brasília. Muitos moradores da cidade goiana trabalham na capital federal e lá buscam, principalmente, serviços de saúde.


    Ionice Lorenzoni

     

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  • Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Alfabetização, a professora Rafaela Marchetti, que leciona a crianças de 6 anos de idade na rede pública de ensino de São Carlos (SP), destaca essa fase em que a criança, até os 8 anos de idade, constrói, com a ajuda dos professores, a autonomia em leitura, escrita e em conhecimentos básicos que envolvam números e pequenas operações matemáticas.

    De acordo com Rafaela, o contato com as primeiras letras pode começar com uma boa história, e isso desde os primeiros meses de vida. “Mesmo que a criança não saiba ler, é possível conversar com ela sobre uma história”, afirma. “Quem foi o personagem principal e o que aconteceu na história com determinado personagem.”

    Nessa etapa da educação, o enfoque é a apresentação do aluno ao mundo letrado. É a última etapa antes da alfabetização propriamente dita. A professora revela que costuma explorar linguagens diferentes em uma roda de conversa com seus pequenos alunos. “Por exemplo, trabalhar uma receita culinária, o que tem nesse gênero, quais as suas características”, destaca. “Mesmo ela não sabendo ainda ler, ela conhece esse tipo de portador textual.”

    Na educação infantil, de acordo com Rafaela, o professor orienta o aluno, quando ele aprende a escrever o nome, sobre a questão da identidade: qual a primeira letra do próprio nome e qual a primeira letra do nome do colega.

    Rafaela aposta também nos meios digitais para aprimorar esse processo de aprendizagem. “Na nossa escola, temos os netbooks, fornecidos pela prefeitura, que contêm jogos interativos para trabalharmos com as crianças”, afirma. “Meus alunos sabem usá-los bem. Esse tipo de ferramenta vem em auxílio do professor.”

    Rafaela afirma que o município tem investido na qualificação do professor para que estes estejam capacitados a adotar nas aulas as tecnologias a serviço da educação. “Aqui em São Carlos houve uma formação para os professores sobre o uso da lousa digital, existente em algumas escolas”, diz. “Ela ajuda a criar joguinhos interativos no computador, de acordo com o projeto em que estivermos trabalhando. As crianças amam quando trabalhamos com o netbook.”

    Para a professora, alfabetização representa um momento mágico na vida de uma pessoa. “A alfabetização permite à criança a inserção, de certa maneira, nesse mundo letrado em que vivemos”, afirma. “Ela pode pegar um livro e ler ou, se sair com a mãe ou com o pai, consegue ler uma placa, identificar um ônibus. Para a criança, pelo menos para os meus alunos, é uma magia aprender a ler.”

    O Brasil tem hoje mais de 7,9 milhões de estudantes matriculados na educação infantil. A maior parte das crianças em creche e pré-escola está vinculada à rede municipal de ensino, que atende a mais 5,5 milhões de alunos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professora da rede pública de educação básica no Distrito Federal, Viviane Alves experimenta em sala de aula uma nova forma de alfabetização com crianças do primeiro ano do ensino fundamental. “Começamos a perceber que muitas não sabiam ler nem conheciam as letras”, observa. “Juntos, estamos construindo esse trabalho, que a cada ano vai se transformando, dependendo das necessidades que vão surgindo no dia a dia.”

    Ao interagir com músicas infantis e histórias do folclore brasileiro, as crianças aprendem os nomes e sons das letras e associam o ato de aprender com brincadeiras. “Não descobrimos a roda, não criamos nada novo: apenas tentamos fazer com que as crianças sintam prazer em aprender a ler”, diz Viviane.

    A professora fala sobre o método no programa Educação no Ar, da TV MEC, transmitido pela TV NBR. Veiculado nesta quinta-feira, 17, às 9h10 e às 16h10, o programa tem reprises até domingo. Na sexta-feira, 18, às 8h e às 19h; no sábado, 19, às 20h; no domingo, 20, às 13h30.

    A cada ano, os índices de alfabetização têm melhorado na Escola-Classe da 308 Sul, em Brasília, onde o projeto é realizado. Em 2015, a instituição ficou em terceiro lugar no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “Isso é fruto de uma alfabetização bem feita. As crianças têm fluência no escrever, na leitura, e a gente consegue atingir cerca de 90% dos alunos”, garante a professora.

    O projeto, que teve início com atividades voltadas para alunos especiais, foi ampliando e abrange os estudantes, com a prática; os professores, com a formação, e as famílias, no envolvimento das atividades do dia a dia. A formação dos professores segue a neuropedagogia, com prioridade na consciência fonológica e no construtivismo.

    Além disso, outros projetos estão associados. No primeiro bimestre, por exemplo, houve atividades que destacaram os contos de fadas. No caso da Bela Adormecida, foram trabalhados temas sobre a letra “m”, de maçã, com os valores nutricionais da fruta. “Vamos envolvendo a construção da consciência fonológica no mundo da criança”, afirma Viviane.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Trabalho interdisciplinar destinado a evitar o desperdício de água e de alimentos proporcionou a duas professoras de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, a inclusão entre os vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil. Rosângela Torres Giampietro e Maria Amélia Lucena desenvolveram com duas turmas de primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Anacleto Campanella o projeto 2013 – Ano Internacional para a Cooperação pela Água: Consumismo = Desperdício; Por que Desperdiçar se Podemos Economizar?

    O trabalho, premiado na categoria Temas Específicos, subcategoria Alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi feito ao longo de cinco meses para mostrar aos estudantes a importância da preservação da água e de seus ciclos para o equilíbrio e o futuro da Terra. E também de fazê-los entender que a redução do desperdício de alimentos contribui com o meio ambiente. “Um estudo do Reino Unido mostra que o desperdício de comida implica o gasto de um volume de água duas vezes maior que o usado para o consumo das famílias”, explica Rosângela.

    As duas professoras trabalharam com a ideia de redução no consumo de alimentos e de reaproveitamento integral de folhas, talos e cascas, que geralmente vão para o lixo. Nas aulas, as crianças aprenderam receitas de alimentos com cascas e folhas. Foram também orientadas sobre a conservação do meio ambiente e dos alimentos. “Todas as atividades estiveram direcionadas para a alfabetização”, diz Rosângela. Os alunos usaram os conhecimentos adquiridos para montar um mural de curiosidades e elaborar um caderno de receitas, apresentados em mostra cultural, no encerramento do projeto. De acordo com a professora, o trabalho foi bem recebido pelos alunos, que passaram a verificar o lixo de casa diariamente.

    Conscientização — Segundo Rosângela, as mães entenderam e passaram a reduzir a quantidade de dejetos orgânicos. “O envolvimento foi total, de pais e alunos. E o mais importante foi notar a conscientização de todos, tanto nas avaliações escritas quanto nos relatos pessoais.”

    Rosângela espera que a iniciativa sirva de estímulo para que outros professores participem das próximas edições do prêmio. “Eles devem acreditar em seus projetos e em seu potencial”, afirma. Com graduação em letras e em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia, Rosângela atua no magistério há quatro anos, sempre com turmas de alfabetização. “Alfabetizar é um trabalho de doação”, resume.

    Para a professora, alfabetizar significa não só ensinar a ler e a escrever, mas oferecer liberdade. “O indivíduo que lê e escreve está conectado às pessoas e ao mundo”, diz. “É o que eu procuro ensinar todos os dias.”

    Fátima Schenini

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  • A professora Inês Gomes, que há oito anos leciona a alunos do primeiro ano, adota softwares educativos e textos on-line nas aulas e está otimista com o curso de formação: “É sempre bom aprender um pouco mais para ensinar melhor” (foto: arquivo da professora)Métodos didáticos modernos propõem que a alfabetização vá além dos processos tradicionais baseados na codificação e decodificação de letras, em fonemas, sílabas, palavras e textos. A alfabetização deve ser pautada pela leitura de textos próximos da realidade cultural da criança.

    “É preciso alfabetizar com o uso real da linguagem que está próxima à vida concreta do aluno”, observa Marcelo Fabiano Rodrigues Pereira, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Responsável pela formação de 25 professores do último ano do ciclo de alfabetização, ele participa do curso de formação continuada para a implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, oferecido pela Universidade de Brasília (UnB).

    O objetivo do pacto, firmado por todas as unidades da Federação e por 5.393 municípios, é assegurar que todas as crianças brasileiras tenham proficiência em língua portuguesa e em matemática até os 8 anos de idade.

    Em todo o Brasil, 38 universidades públicas, parceiras no pacto, vão oferecer cursos de formação a 16.814 docentes orientadores, que atuarão com os professores em classes de alfabetização. A UnB pretende formar 4 mil professores das redes públicas de ensino do Distrito Federal e do Tocantins.

    O pacto, segundo Pereira, evidencia os direitos de aprendizagem para as crianças de 6 a 8 anos. “Antes, essas metas não estavam claras. O pacto amarra isso, deixa esses direitos de aprendizagem muito bem estabelecidos”, afirma. “Houve uma uniformização das metas do ciclo. Agora, um aluno de outra escola ou de outra cidade deve chegar com a mesma carga de conhecimento.”

    Desafio— A alfabetização é um desafio para os professores de turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental e uma das prioridades da atual política educacional no Brasil. Em média, 15,2% dos alunos até oito anos de idade não estão alfabetizados. Essa taxa é ainda mais elevada em estados como Alagoas (35%) e Maranhão (34%).

    O pacto será implementado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O repasse financeiro da União visa a apoiar a formação continuada dos professores alfabetizadores e orientadores de estudo, que receberão bolsas para participar do curso. Estão previstos também recursos financeiros para o reconhecimento dos resultados alcançados pelas escolas e pelos profissionais da educação no desenvolvimento das ações do pacto.

    “A nossa lógica pedagógica incorporava o fracasso escolar. Professores chegavam a colocar em seus planos a meta de aprovação de 80% dos alunos”, comenta a professora Leila Chalub Martins, coordenadora do pacto na UnB. “O compromisso do professor deve ser com a aprovação de 100%.”

    Para Leila, é fundamental que haja espaço de discussão com esse professor. “Ele não pode se sentir só na sala de aula. Seu trabalho precisa ser acompanhado, aprimorado.”

    Internet— Em Colmeia, Tocantins, a 230 quilômetros de Palmas, Inês de Fátima Teixeira Gomes tem oito anos de experiência com alunos do primeiro ano. Ela está otimista com o curso de formação. “É sempre bom aprender um pouco mais para ensinar melhor”, diz a professora. Ela leciona no Colégio Estadual Ari Ribeiro Valadão Filho.

    Este ano, Inês resolveu inovar na alfabetização dos 15 alunos de 6 anos de idade. Duas vezes por semana, ela os leva ao laboratório de informática para aulas em que são adotados softwares educativos e textos on-line. “Eles estão encantados, e o processo de alfabetização ficou mais atraente para as crianças, que são carentes e têm poucos livros em casa”, conta Inês.  

    Paola Soares Aragão, do Centro de Formação de Professores da UnB, acredita que os cursos abrem a oportunidade de uma releitura sobre a alfabetização brasileira. “Comprometer a universidade com esse papel é lembrar que ela também tem essa responsabilidade”, destaca.

    Como os cursos do pacto são contínuos, ao longo de dois anos, as universidades e as redes estaduais e municipais de ensino acabam integrando-se num processo articulado e interdependente. “A universidade fica obrigada a monitorar, a acompanhar esse processo de alfabetização, e as redes são obrigadas a executá-lo”, afirma Paola. “São os momentos para troca de experiência, de interação.”

    A professora Cláudia do Vale é responsável por um grupo de 28 alfabetizadores que estão em sala de aula de escolas públicas do Paranoá, uma das regiões administrativas do Distrito Federal. “A grande dificuldade é o letramento dos alunos, a produção de textos, a leitura e a interpretação”, explica. “O aluno precisa saber o que está lendo e saber discutir, mas o professor enfrenta muitas dificuldades.”

    Entre as dificuldades, ela cita a superlotação das salas de aula e a falta de comprometimento da família com o processo de aprendizagem. “O pacto traz a possibilidade de unir teoria e prática”, afirma. “Os professores estão esperançosos porque têm consciência de que não estão mais sós.”

    Rovênia Amorim

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  • A importância do Pnaic no Pará levou à transformação de antiga escola municipal de Cametá em centro de formação continuada para os professores da rede pública (foto: divulgação)Belém, 7/4/2015 — O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) garantiu benefícios que vão além da alfabetização e do letramento dos alunos até os oito anos de idade. Esta é a conclusão de secretários municipais de educação que estiveram reunidos na segunda-feira, 6, e nesta terça, 7, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, para participar do 2º Seminário de Integração de Saberes em Linguagem e Matemática. Durante dois dias, os 750 participantes do encontro discutiram as ações do programa em 2014 e os desafios para 2015.

    “O pacto mudou tanto a nossa mentalidade que chegamos a transformar uma antiga escola municipal em um centro de formação continuada para todos os professores da rede pública”, conta Gilmar Pereira da Silva, secretário de educação de Cametá, município do nordeste paraense, a 200 quilômetros de Belém. Com população estimada em 129 mil habitantes e economia baseada na pesca e na agricultura familiar, Cametá tem 37 mil alunos no ensino fundamental, dez mil deles em turmas do primeiro ao terceiro ano.

    Com uma rede pulverizada, já que 80% das 240 escolas ficam em ilhas ou ao longo das estradas, o município tem 500 barcos no transporte escolar para garantir o acesso à educação. “Apesar dessas distâncias, todos os professores têm uma mesma preocupação: o acesso a uma formação continuada, a fim de melhorar o próprio desempenho para que os estudantes saiam da escola sabendo ler e escrever corretamente”, diz Silva. “O sucesso da formação dos professores alfabetizadores é tal que os docentes dos outros anos nos pressionaram para também receber formação continuada; daí termos criado a escola de formação de professores, que vai atender a todos.”

    Compromisso — Também em Senador José Porfírio, a 1,5 mil quilômetros de Belém — exige viagem de 12 quilômetros por rio e outros 48 em estrada para chegar a Altamira, no oeste paraense —, o Pnaic alterou o comportamento dos professores. Assim como Cametá, as bases da economia são a pesca e a agricultura familiar. O município tem cerca de 14 mil habitantes e 4.522 alunos no ensino fundamental, dos quais 1.235 em turmas do primeiro ao terceiro ano.

    Segundo a secretária municipal de educação, Márcia Cabral de Vasconcelos, antes da formação oferecida pelo pacto, os professores não se preocupavam em fazer avaliação mensal ou elaborar fichas de acompanhamento dos alunos. “Agora, eles estão realmente comprometidos com a missão de ensinar a criança a ser alfabetizada em português e em matemática”, afirma. “E estão com o foco na aprendizagem, ou seja, que ela passe de ano tendo adquirido as habilidades próprias à idade, e não mais que ela passe de ano por passar.”

    Já em Ipixuna do Pará, distante 230 quilômetros de Belém, o Pnaic provocou “uma verdadeira revolução, visível, principalmente, nas escolas do campo”, segundo o professor de matemática Marcos Antonio Reis Oliveira, secretário municipal de educação. O município tem aproximadamente 56 mil habitantes, que vivem da agricultura familiar em domínios e assentamentos ao largo da bacia do Rio Capim, no nordeste do estado. Dos 13,5 mil estudantes matriculados na rede municipal de educação, 1.253 estão nos três primeiros anos.

    Com um índice de 49% de analfabetos no município, Ipixuna do Pará tem no pacto não apenas um programa, mas a solução para o sistema educacional, já que sua metodologia foi adaptada a todo o ensino fundamental e à educação de jovens e adultos. A estratégia foi tão bem-sucedida que, em 2014, numa turma de 25 alunos de primeiro ano, 18 já estavam alfabetizados no fim do ano letivo.

    “O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa mexeu na realidade dos alunos e dos professores”, afirma o secretário. “Ele ensinou os docentes a trabalhar com atividades diferenciadas, a ter uma nova maneira de ensinar, e os alunos passaram a ter aulas agradáveis e estimulantes, o que diminuiu os índices de evasão.”

    Segundo Oliveira, uma professora orgulha-se em dizer que se transformou em uma profissional completamente diferente depois da formação do programa. “Ela chegou a sair da escola com os alunos para fazer compras no supermercado e, de volta, continuou a aula de matemática na cozinha, fazendo a receita de um bolo com eles, ao mesmo tempo em que ensinava fração e outras operações.”

    Assessoria de Comunicação Social

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