Mais antiga instituição de cinema do Brasil e responsável pela preservação do maior acervo audiovisual da América Latina, a Cinemateca Brasileira ganha espaço na TV Escola, que estreia, nesta segunda-feira, 26, às 20h, a série semanal Sessão Cinemateca. Com dez episódios de dois minutos de duração, o programa foi criado para divulgar o acervo a as atividades desenvolvidas pela instituição, que fica em São Paulo.
O episódio de estreia tem como destaque o filme O cangaceiro, clássico de Lima Barreto exibido em mais de 80 países e ganhador de dois prêmios no Festival de Cannes. Considerado o primeiro filme feito no Brasil sobre o cangaço, o longa, lançado em 1953, foi integralmente restaurado pela Cinemateca Brasileira.
No ar em 3 de dezembro, também às 20h, o segundo episódio de Sessão Cinemateca traz imagens de Beto Rockefeller, comédia de 1970 dirigida Olivier Perroy. A obra foi baseada na novela homônima que, exibida pela TV Tupi entre 1968 e 1969, inovou a teledramaturgia nacional com seus diálogos informais e atuações mais realistas – características que viriam a influenciar as gerações posteriores, ajudando a criar um jeito mais brasileiro de fazer novelas.
O direito de nascer, novela com texto adaptado do cubano Félix Caignet e gravada nos anos de 1964 e 1965, é o foco do terceiro episódio de Sessão Cinemateca, que a TV Escola exibirá em 10 de dezembro. A trama, que teve grande audiência na televisão, contava a história do jovem branco que, após ser rejeitado pelos pais, seria criado como filho pela empregada negra.
No quarto episódio da série, a ser exibido em 17 de dezembro, o tema é a comédia Osso, amor e papagaios, de 1957. Baseado no conto A Nova Califórnia, de Lima Barreto, esse filme, dirigido por Carlos Alberto de Souza Barros, ganhou cinco prêmios Saci.
Acervo – A Cinemateca Brasileira tem mais de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. Boa parte dessa imensa vitrine do cinema brasileiro está disponível para acesso e visualização no site da Cinemateca. É a partir desse vasto material que Sessão Cinemateca elabora seus episódios.
Em cada episódio, a série apresenta comentários sobre as imagens do acervo e uma conversa direta com trechos das obras originais. O tom da narração acompanha o do filme exibido: bem-humorado, em caso de entretenimento e reportagens mais leves; ou sério, quando abordar assuntos mais duros (racismo, Muro de Berlim). As frases são curtas, para gerar impacto. Sempre que a obra permitir, o episódio traz momentos de “sobe som” e usa o áudio do próprio filme. Como o objetivo principal é entreter e gerar curiosidade, dados informativos surgem apenas no final do episódio.
Assessoria de Comunicação Social