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  • A instalação de um cabo submarino híbrido, de energia e telecomunicações, entre o continente e o arquipélago de Fernando de Noronha, foi tema de um seminário realizado nesta sexta-feira, 4, em Recife. O ministro da Educação, Mendonça Filho, fez a abertura do evento na parte da tarde.

    “Vamos aportar recursos do Ministério da Educação”, prometeu o ministro. “Este evento ainda discute o tamanho desses investimentos, como cabo e rede de fibra ótica”, explicou, destacando a importância do projeto para o desenvolvimento do arquipélago.

    “É algo relevante que temos que celebrar como um avanço extraordinário, no sentido de mais educação, inovação, ciência e tecnologia na ilha”, afirmou.

    O objetivo do projeto é acelerar a integração digital em Noronha. O workshop, realizado no centro de formação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), teve como intenção discutir a proposta e levantar informações, para posterior definição de calendário e custos. “Hoje temos o intuito de proporcionar algo difícil de acreditar há alguns anos, que é levar energia do continente, e no mesmo cabo, conexão com internet, a Fernando de Noronha”, observou o ministro.

    Além do MEC, devem entrar como parceiros no âmbito federal os ministérios da Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Defesa.

    Pertencente a Pernambuco, o arquipélago de Fernando de Noronha está a 540 quilômetros do Recife, e possui um sistema de energia movido a diesel, sendo o transporte regular de combustíveis feito em navio ou avião. Já a ampliação da matriz fotovoltaica torna-se limitada pelo pequeno território disponível.

    O sistema de comunicação, em contrapartida, é provido por satélites com velocidade de até 10 Mb/s, fazendo com que as conexões possuam baixa velocidade e atinjam poucos pontos da ilha principal. A estimativa atual é de que o custo mensal médio em consumo de combustível seja de R$ 1,93 milhões, alcançando cerca 5,10 milhões de litros por ano. Já o custo mensal de conectividade é R$ 5 mil, na velocidade de 1 Mb/s, para uma instituição ou cidadão ilhéu.

    Ainda durante o seminário, Mendonça Filho destacou os benefícios que essa conectividade poderá trazer para a educação e desenvolvimento de pesquisas na ilha. “O acesso à internet facilita fortemente a dinâmica da pesquisa e ao mesmo tempo permite acesso adequado à educação e saúde. Para a educação é um passo importante, porque a educação pressupõe infraestrutura para ter acesso ao conhecimento, e cada vez mais estamos em outro patamar.” Entre os desdobramentos dessa iniciativa está o estabelecimento de um núcleo do Instituto Federal de Pernambuco em Noronha, permitindo a educação continuada da sociedade local e suporte às atividades de educação, pesquisa e inovação no arquipélago.  

    Fernando de Noronha tem uma população fixa de aproximadamente 3 mil habitantes e um fluxo turístico de quase 100 visitantes ao ano, além de importante função ecológica e na articulação com pesquisas hemisféricas e globais. Para o comandante militar do Nordeste, General Arthur Costa Moura, o projeto é importante na medida em que reforça a posição estratégica da ilha. “A energia e a conectividade na ilha de Fernando de Noronha é fundamental. Noronha tem uma posição estratégica, que deve ser reforçada, e essa iniciativa, que reduzirá o impacto ambiental e trará qualidade de vida para a população, é importante”, declarou. 

    O evento contou com a presença de lideranças políticas, representantes da secretaria de Educação do estado, representantes da ilha e de empresas de tecnologia, que poderão se tornar parceiras na execução do projeto.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, lançaram nesta quinta-feira, 23, em cerimônia no Palácio do Planalto, a Política de Inovação Educação Conectada, programa que prevê a maior ação de conectividade na rede de ensino brasileira das últimas duas décadas. A nova política, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem o objetivo de universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, a formação de professores para práticas pedagógicas mediadas pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em sala. 

    “Vamos trazer de vez o mundo digital para as nossas escolas. Não se trata apenas de entregar equipamentos e de promover acesso à educação. Mas, trata-se, mais do que tudo, de preparar nossos jovens para interagir com uma realidade que se renova a cada dia”, frisou o presidente Michel Temer.

    Mendonça Filho destacou que esta é mais uma importante contribuição na direção da modernização da educação. “Para termos qualidade, precisamos ter uma base comum bem definida, professores bem formados, preparados e valorizados, e tecnologia que proporcione aquilo que o mundo desenvolvido já alcançou. É justamente o intento desse projeto: queremos que a infraestrutura avance, garantindo conectividade com a internet que vem de fora e com a distribuição dos sinais dentro da escola”, enfatizou.

    Na fase de indução da ação, até o final de 2018, o MEC deve investir R$ 271 milhões. Desse montante, R$ 255,5 milhões serão para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de banda larga, serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um satélite que vai levar internet de no mínimo 10 Mb a escolas da zona rural, locais em que a estrutura terrestre não é viável ou é dispendiosa. O satélite de monitoramento, orçado em R$ 120 milhões, a serem pagos com recursos do MEC, será contratado em parceria com o MCTIC.

    Para o ministro Mendonça Filho, a ação representa uma modernização da educação (Foto: André Nery/MEC)

    Os outros R$ 15,5 milhões da fase de indução irão financiar a formação de articuladores locais, construção de plataforma para cursos on-line e produção de conteúdos específicos. A intenção é que, até o final do próximo ano, 22,4 mil escolas, urbanas e rurais, recebam conexão de alta velocidade. O processo será concluído em todas as demais escolas públicas até 2024.

    Atualização – O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, lembra que o último grande plano de conectividade ofertado para o Brasil, o Proinfo, é de 1997. “Apesar de ainda estar em vigor, o Proinfo precisa de atualização”, ressalta. “Ele era muito focado em equipamentos e não cuidava de outras dimensões. Depois, surgiram políticas fragmentadas, ora pensando em conexão, ora em recursos. Pela primeira vez, estamos falando de todas as dimensões em conjunto e isso é muito importante para que a tecnologia possa realmente auxiliar a educação. A tecnologia tem que ter um fim pedagógico”, completa.

    A Política de Inovação Educação Conectada é resultado de uma articulação horizontal e colaborativa, que envolveu o MCTIC, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Comitê Gestor da Internet (CGI). O BNDES irá apoiar o financiamento da política e o CGI atuará no monitoramento da velocidade da internet a ser ofertada às escolas.

    Essa política reúne um conjunto de diretrizes nacionais que visa garantir a todos os estados e municípios, por meio da tecnologia, a implementação de ações inovadoras em sala de aula. Ela se articula com políticas públicas já existentes ou em fase de implementação, como o Plano Nacional de Educação (PNE), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do ensino médio, ofertando recursos de alta qualidade e novas opções de aprendizado e ensino a estudantes e professores, independentemente da região onde residam.

    Também dentro da Política de Inovação Educação Conectada, está previsto um plano de formação continuada para professores e gestores com cursos específicos sobre práticas pedagógicas mediadas por tecnologia, cultura digital e outros recursos educacionais, como robótica. Paralelamente, serão preparados articuladores locais. Entre 2017 e 2018, o MEC vai oferecer bolsas de três meses para 6,2 mil articuladores que irão atuar, localmente, no processo de construção e implementação das ações na rede.

    Compartilhamento – Outro eixo importante é a Plataforma Integrada de Recursos Educacionais Digitais, cujo portal foi desenvolvido com base no conceito de rede social e busca estimular a criação e compartilhamento de recursos digitais entre alunos e professores. Esta plataforma integrará os diversos materiais digitais educacionais já desenvolvidos pelo próprio MEC e por institutos e fundações parceiras, como Lemman, Roberto Marinho, Crescer, Inspirare, Telefônica, Natura e Educadigital, além da Associação Nacional das Fábricas de Instrumentos Musicais e Áudio (Anafima) e da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

    A adesão, já a partir desta quinta-feira, se dará pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Por meio do Simec, as secretarias de educação estaduais e municipais indicarão, a partir de critérios, as escolas que desejam compartilhar a nova política e que, posteriormente, deverão apresentar um plano de inovação e tecnologia na educação, conforme cronograma a ser lançado. O MEC vai auxiliar na formulação deste plano ao longo do próximo ano.

    Acesse a plataforma.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoveu nesta sexta-feira, 27, o seminário Inovação, Tecnologia e Conectividade nas Escolas. O evento, que ocorreu no auditório da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), foi uma ação conjunta do MEC com a Casa Civil da Presidência da República e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

    O objetivo do seminário, segundo o titular da SEB, Rossieli Soares da Silva, foi diagnosticar a situação e as necessidades atuais de estados e municípios em relação ao uso da tecnologia na educação. Disseminar boas práticas e experiências das redes de ensino também foi um dos propósitos do encontro, que teve apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    “O Brasil precisa discutir a questão da conectividade, inovação e tecnologia nas escolas e encontrar caminhos viáveis para aproximar a educação pública brasileira das necessidades do século 21”, destacou Rossieli, durante palestra de abertura. O secretário ressaltou, ainda, que a tecnologia é capaz de transformar o ensino e que o uso de recursos tecnológicos pode impactar de maneira positiva os índices de aprendizagem, frequência, permanência e distorção idade-série.

    “A equidade no acesso ao conhecimento, a qualificação para o mercado de trabalho, a inclusão de estudantes com deficiência e a digitalização da gestão escolar são pontos importantes”, frisou Rossieli. “Além disso, a aproximação do Brasil a parâmetros internacionais de infraestrutura escolar, a potencial redução de custos com gastos públicos e a flexibilização das ofertas de disciplinas a distância são alguns dos principais benefícios que podemos apontar”.

    O seminário foi divido em grupos de trabalho denominados pedagógico, conectividade, infraestrutura e governança, voltados a aprofundar o debate. As discussões levaram em conta a experiência de estados e municípios e os programas recentes do governo federal sobre o tema.

    Entre as autoridades presentes ao evento estavam a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Natália Marcassa; a presidente em exercício do Consed, Maria Cecília Amêndola da Motta; e o presidente da Undime Região Norte, Edelson Penaforth, além de institutos e organizações que têm programas na área.

    Números – Segundo diagnóstico de 2015 do programa Banda Larga nas Escolas, do MEC, 57% das escolas públicas em todo o Brasil estão conectadas à internet, porém, com velocidades insuficientes para uso pedagógico. “Neste cenário, ao menos 20 estados contratam [serviços de] banda larga por conta própria, porém, com uma média de velocidade baixa”, informou Rossieli.

    De acordo com o titular da SEB, 53% das escolas que oferecem ensino fundamental e médio têm laboratório de informática e 88% delas têm ao menos um computador. “Os dados não consideram condições de uso e defasagem tecnológica dos equipamentos e este é um dos pontos que precisamos monitorar”, disse. Conforme números apresentados pelo secretário, 79% das crianças e adolescentes entre nove e 17 anos acessam a internet e, destes, 85% utilizam o celular para isso.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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