Promover o resgate da cultura amazonense e, ao mesmo tempo, estimular novas formas artísticas tem sido o trabalho do Centro de Artes Hahnemann Bacelar (Caua) há mais de duas décadas. Ligado diretamente à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o centro oferece a toda a comunidade cursos gratuitos de violão, flauta, piano, violino, técnica vocal e desenho, dentre outros.
Além do regaste da cultura popular local, as atividades do Caua incluem a socialização, a concentração e a coordenação motora dos alunos. Há dois anos em Manaus, a pernambucana Ana Tereza Albuquerque, 41 anos, seguiu a indicação de um professor do ensino regular e matriculou as duas filhas no centro. “Assim que cheguei a Manaus, fui procurar aulas de música para ampliar o convívio social das minhas filhas, mas achei tudo muito caro e, com duas filhas, o gasto é em dobro”, afirma a dona de casa. “No Caua, além da excelente interação dos alunos com os professores, tive minhas necessidades atendidas.”
Andreza, 11 anos, participa dos cursos de violino e pintura; Aline, 8, de coral e flauta. De mudança para Brasília, a família pretende continuar usando os serviços oferecidos gratuitamente pelas universidades federais. “Temos de valorizar esses serviços gratuitos, pois eles dão retorno”, diz Ana Tereza.
Para melhorar as aulas de orientação religiosa no Colégio Santa Dorotéia, em Manaus, Liliane de Araújo, 23, matriculou-se no curso de violão. “É um privilégio estudar no Caua. Agarrei essa oportunidade com todas as forças”, diz. “As aulas têm ajudado tanto na minha vida profissional quanto na pessoal.”
Hoje, ela faz parte da Orquestra de Violões de Mulheres, um projeto da Banda do Caua. Formada só por mulheres, a orquestra faz uma releitura das canções do maestro Adelson Santos e do cantor e compositor Chico da Silva, ambos amazonenses.
Reestruturação — O Caua vem ampliando a oferta de cursos gratuitos à sociedade para estimular o modo artístico de pensar e fazer. Em 2015, participaram das atividades cerca de mil pessoas. Para este ano, a expectativa é dobrar esse número.
À frente da instituição desde abril do ano passado, o professor Paulo Simonetti comemora a reestruturação das atividades. “Com os novos projetos, os formandos têm a real experiência na profissão que escolheram”, diz. “E a sociedade ganha mais opções de arte, cultura e lazer.”
Além dos tradicionais cursos livres, com duração de dois anos, foram criadas 30 oficinas e 14 projetos de extensão. Ofertadas a todas as idades e com um formato mais dinâmico, as oficinas, com duração de 20 horas de aula, oferecem técnicas de pintura, mosaico, escultura em argila e mímica em intervenção artística.
Os projetos são desenvolvidos por alunos dos cursos livres. Sob a supervisão dos coordenadores, são produzidos espetáculos, apresentações e exposições dentro e fora do campus universitário. Outras atividades gratuitas, como atendimento psicológico, jurídico e odontológico estão disponíveis. Mais informações na página da Universidade Federal do Amazonas na internet.
Assessoria de Comunicação Social
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