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  • Os dados do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ajudaram a fundamentar o Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano do Brasil 2017, lançado nesta segunda-feira, 25. Intitulado Movimento é vida: atividades físicas e esportivas para todas as pessoas, o documento é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (Pnud).

    Durante a solenidade de lançamento, no Museu Nacional Honestino Guimaraes, em Brasília, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, destacou a importância do relatório, por promover reflexão sobre a prática de atividade física dentro das escolas. Ela lembrou, ainda, que o tema está inserido na Base Nacional Comum Curricular. "A Base prioriza o compromisso com uma formação integral, que considera as dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica”, destacou.

     Todos os anos, por meio do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Inep coleta dados sobre as instalações físicas das escolas brasileiras, qualificando o ambiente de aprendizagem dos estudantes.

    Relatório – A publicação é resultado da investigação do Pnud sobre o potencial das atividades físicas e esportivas de enriquecer a vida das pessoas, ampliar a liberdade de escolha e promover o desenvolvimento humano. O estudo contém informações sobre o perfil da prática esportiva no Brasil, com dados sobre regularidade da prática, motivações, principais modalidades e desigualdades no acesso. Também dá recomendações sobre como tornar as escolas brasileiras mais ativas, promover a saúde por meio do movimento, estruturar o Sistema Nacional do Esporte e trabalhar com a temática para o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

    Desde o primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano no mundo, em 1990, foram lançados mais de 700 relatórios com temas fundamentais. A nível global, os documentos ficaram conhecidos por embasarem anualmente o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e também por terem influenciado diretamente no modo como se pensa o desenvolvimento e a construção de políticas públicas. O relatório de 2017 é o primeiro no mundo a tratar de esportes e atividades físicas, e o quarto do gênero produzido nacionalmente.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     

  • Os ministros da Educação e do Desenvolvimento Social, Aloizio Mercadante e Tereza Campello, discutem os dados do Pnud (Foto: João Neto/MEC)Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, comentaram nesta quinta-feira, 14, o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo eles, do ponto de vista qualitativo o documento é elogioso aos avanços brasileiros; no entanto, serão necessários ajustes nos indicadores de educação.

    Os ministros entendem que os dados utilizados no cálculo do Pnud estão defasados para o Brasil e diferenciados entre os países. Em educação, os dados são de 2005 e oriundos de fontes não reconhecidas pelas agências estatísticas nacionais.

    Segundo Mercadante, foram identificadas inconsistências importantes nos indicadores. “Nós queremos transparência para debater isso. Nós não estamos aqui discutindo a metodologia, ainda que ela seja discutível, mas estamos usando a metodologia do IDH e mostrando que os dados são desatualizados”, salientou o ministro.

    A ministra Tereza Campello ressaltou que os dados são injustos e não refletem a realidade do país. “O Brasil continua com os dados paralisados, no mesmo lugar do ano passado.”

    No que se refere a média de anos de escolaridade, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2011 indicam 7,4 anos para a população de 25 anos ou mais, enquanto o Pnud informa um valor de 7,2 anos.

    Quanto aos anos de escolaridade esperados, o Pnud apresenta um valor de 14,2, que se mantém constante desde 2000. De acordo com o governo federal, caso as estatísticas censitárias, públicas e confiáveis de instituições oficiais fossem consideradas, este valor saltaria para 14,9 em 2000 e 16,7 em 2010.

    De acordo com os ministros, o relatório do Pnud não incluiu nos cálculos 4,6 milhões de crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como nas classes de alfabetização. O relatório também não considera a jornada escolar atual de nove anos, ao invés da de oito.

    “Isso dá uma distorção brutal. A situação do Brasil é uma situação de estagnação, quando houve uma inquestionável evolução. Se fizéssemos só esta correção, nós subiríamos 20 posições no IDH”, ressaltou Mercadante. Já a ministra do MDS destacou que os ajustes do governo federal eram objetivos. “Não é uma discussão hipotética. Pegamos a metodologia e incluímos 4,6 milhões de crianças matriculadas, no lugar das 26 mil que eles tinham considerado”.

    O governo federal deve enviar técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para o escritório do Pnud e buscar atualização dos dados.

    Paula Filizola

    Ouça o ministro Aloizio Mercadante

    Confira a apresentação usada pelo ministro
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