Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Pablo de Siqueira Emerich tem 10 anos, mora em Brasília e desde pequeno adora ler. “Eu gosto de livros com muitos heróis, vilões e muita fantasia; acho que é mais emocionante”, conta. Além do gosto pelas aventuras, o estudante do sexto ano do ensino fundamental sabe que, ao ler, também aprende. “Eu escrevo melhor, leio melhor em voz alta, com uma dicção melhor, e também aprendo novas palavras”.

    O gosto pelo fantástico, conta Pablo, aprendeu com os pais, que compartilham com ele desde cedo suas histórias preferidas e atiçaram a curiosidade do garoto. O prazer da leitura também é dividido com os amigos, que conversam sobre o que leem e ampliam, assim, o alcance das histórias. O livro preferido de Pablo é o Hobbit, do escritor inglês J.R.R. Tolkien, e faz parte da saga O Senhor dos Anéis.

    O Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado nesta terça-feira, 18. Criada em 2002, a data é homenagem ao escritor Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882. A obra mais conhecida do autor é o Sítio do Picapau Amarelo, voltada ao público infanto-juvenil – a história se passa no sítio da Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, onde habitam criaturas como o Visconde Sabugosa e a Cuca.

    Programa – O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC, investiu no ano passado R$ 102 milhões na aquisição de 19.941.134 de livros de literatura por meio Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização na Idade Certa (PNLD/PNAIC). As obras serão distribuídas até o final deste ano a 95.133 mil escolas, para turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental da rede pública.

    Nesta edição, o programa oferta dois acervos com até 35 títulos para cada categoria - primeiro, segundo e terceiro anos -, em um total de 210 títulos. Ao todo, serão distribuídos 583.504 acervos que atenderão 7.491.173 de alunos. “Esse livros são importantes porque apoiam o professor no processo de alfabetização dos estudantes, proporcionando prática de leitura adequada à fixação do aprendizado nesta etapa de ensino”, explica a chefe da Divisão de Apoio aos Programas do Livro do FNDE, Camila de Oliveira.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia também

  • A professora Helena Pereira acredita que a leitura em Braille é como um “divisor de águas” na vida da criança cega, já que permite que ganhe mais autonomia (Foto: Rafael Carvalho/MEC)“Era uma vez uma bruxinha que tinha mais de mil anos de idade e gostava muito de brincar com as amigas fadas no pé da colina onde morava.” Quem conta essa história é Clara de Souza, de oito anos, numa referência a apenas um entre os vários livros infantis que existem na biblioteca de sua escola. Como toda criança que gosta de ler, Clara tem uma imaginação sem limites. Cega, a menina foi alfabetizada em Braille e é rápida com a ponta dos dedos. “A história da bruxinha eu li em dez minutos”, conta, orgulhosa.

    Clara estuda no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) de Brasília. Atualmente, a instituição tem cerca de 90 crianças matriculadas em atendimento curricular específico – atividade paralela às aulas nas escolas inclusivas de educação básica regular. A professora Helena Pereira explica que os livros infantis são aliados na estimulação da criança cega. “Por meio deles, a gente trabalha a gramática e metodologia das palavras e isso ocorre de uma forma muito lúdica”, observa. 

    Segundo a professora, a leitura em Braille é como um “divisor de águas” na vida da criança, já que ganha mais autonomia. “Tem liberdade para imaginar por meios próprios, entrando em contato mais direto com a narrativa”, destaca. Helena cita o caso de uma aluna que gostava dos livros de Monteiro Lobato, especialmente as histórias da série Sítio do Picapau Amarelo, e lamenta não ter na biblioteca toda a coleção do escritor brasileiro em Braille.

    Produção – No próximo dia 24, representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Diretoria de Políticas de Educação Especial do MEC e das editoras responsáveis pela confecção de livros didáticos estarão reunidos em Brasília, a fim de discutir a produção e novos formatos acessíveis à leitura para estudantes com deficiência visual – em Braille e publicação eletrônica no formato ePub.

    “Virá um engenheiro de software com bastante conhecimento em acessibilidade. Esperamos, com isso, ampliar a oferta de materiais, incluindo infantis”, adiantou Patrícia Raposo, diretora de Políticas Especiais da Secretaria de Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.

    O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, observa que as formas de leitura mudam de acordo com o tempo. Destaca, por exemplo, os novos leitores do século 21, que já utilizam, além dos livros, outras plataformas, a exemplo de tablets e aparelhos eletrônicos. “Cada vez mais, as fronteiras são superadas. Para falar com alguém que resida do outro lado do planeta, basta um clique”, aponta.

    O secretário destaca que a leitura segue como ferramenta importante de aprendizado, independente do meio, em livro tradicional ou em aparelhos eletrônicos. “É por isso que os especialistas ressaltam cada vez mais a importância da leitura de bons livros. Além do prazer da leitura, os livros contribuem para a formação de um forte caráter”, ressalta.

    Assessoria de Comunicação Social 

Fim do conteúdo da página