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  • Escola pública em área rural: Ministério da Educação reúne secretários municipais de educação para apresentar programas e ações (foto: Washington Alves/MEC – 12/7/10) A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação promove nesta quarta-feira, 24, e na quinta-feira, 25, encontro com 80 secretários municipais de Educação de diferentes pontos do Brasil nos quais haja escolas no campo. Parte desses gestores representa 63 municípios com pelo menos 100 escolas no campo.

    O objetivo do encontro é apresentar ações e programas do MEC voltados para as escolas do campo. “Queremos formar um grupo de trabalho com esses gestores que administram redes com essas características”, salientou a secretária da Secadi, Macaé Evaristo. “Entendemos que elas têm especificidades e, por isso, precisamos trabalhar de forma mais próxima.”

    Segundo Macaé, muitos gestores estão assumindo as secretarias municipais de educação este ano. Portanto, é necessário estreitar o diálogo. “O MEC atua na educação básica dentro de um pacto federativo. É muito importante que os sistemas de ensino tenham total compreensão dos mecanismos que o MEC utiliza para apoio ao sistema de ensino”, pontuou. “Muitas vezes, esses são os municípios que têm mais dificuldade no acesso a políticas públicas.”

    O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), lançado em 2011, tem modificado a realidade das regiões rurais, O país tem hoje 73.483 instituições de ensino municipais e estaduais no campo, das quais 1.856 quilombolas, 2.823 indígenas. As demais 68.804 são escolas rurais ou unidades em assentamentos.

    Integral— Entre as iniciativas a serem apresentadas aos secretários nos dois dias de encontro estão a formação de professores no campo, a distribuição de computadores e a ampliação do número de escolas em tempo integral. O programa Mais Educação atingiu a meta de 10 mil escolas no campo. A educação em tempo integral contempla mais de 32 mil instituições de ensino da rede pública. A adesão das escolas pré-selecionadas pelo programa deve ser feita até 30 de abril pelo Sistema de Monitoramento Execução e Controle do MEC (Simec).

    O Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010.

    Para professores interessados em cursos de licenciatura, o Pronacampo lançará edital em breve. Estão previstas 43 turmas em 31 universidades federais. A meta é formar mais 4.865 professores no campo.

    Paula Filizola

  • A partir de 2013, os estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental de escolas públicas da área rural, seriadas e multisseriadas, receberão livros didáticos específicos. As obras serão selecionadas dentro do Programa Nacional do Livro Didático do Campo (PNLD Campo) e vão substituir os cadernos de ensino e aprendizagem e outros materiais impressos usados hoje nas salas de aula.

    De acordo com a Resolução nº 40/2011, cabe ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) elaborar os editais de convocação, avaliação e seleção dos livros.

    As obras do PNLD Campo compreendem a alfabetização matemática, letramento e alfabetização, língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia, integradas em coleções multisseriadas ou seriadas, disciplinares, interdisciplinares ou por área do conhecimento.

    Os livros serão dos estudantes e professores, sem necessidade de devolução ao final do ano letivo. A distribuição integral das obras será feita a cada três anos e nos anos seguintes o FNDE fará reposição para atender as novas matrículas. Os dicionários e obras complementares para as escolas rurais continuarão sendo fornecidos pelo PNLD, como ocorre atualmente.

    A quantidade de livros a serem enviados para as escolas rurais depende do número de matrículas registradas no censo escolar, que é realizado a cada ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Conforme o calendário que acompanha a resolução, em 2013 o PNLD Campo fará distribuição integral dos livros didáticos; em 2014 e 2015, fará complementação para cobertura das matrículas adicionais.

    Ionice Lorenzoni




    Confira a Resolução nº 40/2011 sobre o PNLD Campo.
  • O Dia do Professor foi comemorado com uma programação que incluiu palestras e instalação de grupos de trabalho (Foto: João Neto/MEC)Comemorado em 15 de outubro, o Dia do Professor foi celebrado pelo Ministério da Educação nesta terça-feira, 13, com uma série de atividades organizadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). A programação incluiu palestra sobre os desafios da valorização dos educadores e a instalação de grupos de trabalho para educação no campo.

    Durante a comemoração, o secretário da Secadi, Paulo Gabriel Nacif, destacou a missão dos educadores e educadoras do Brasil para a qualificação das atividades em sala de aula. “Os professores carregam toda a esperança e carregam, seguramente, esse desafio de transformar, em conjunto com diretores, com técnicos, com alunos e com estudantes, essa sala de aula.”

    Para Nacif, a transformação deve se estender também à escola, não apenas por meio da educação integral em relação ao tempo, mas “integral do ponto de vista de sua integração com a cidade, construindo cidades educadoras”.

    Campo– Formados por três grupos de trabalho, os estudos sobre o ensino no meio rural instalados durante a comemoração fornecerão ao MEC propostas para o fortalecimento das licenciaturas da educação no campo, dos centros familiares de educação por alternância e das escolas fora dos centros urbanos. Os grupos foram instituídos entre os meses de setembro e outubro por meio de portarias publicadas no Diário Oficial da União.

    Um dos focos dos estudos será o fechamento das escolas no meio rural. “Sabemos que o fechamento das escolas do campo é um dos maiores absurdos da nossa contemporaneidade e nós precisamos combater isso de forma efetiva”, disse Nacif. O secretário também destacou a necessidade de se construir critérios técnicos para assegurar a distribuição territorial e espacial das escolas do campo em harmonia com as necessidades da população.

    A comemoração do Dia do Professor contou, ainda, com a palestra Ações e Desafios para a Valorização de Professores e Professoras, ministrada pela secretária de Estado da Educação de Minas Gerais, professora Macaé Evaristo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, nesta terça-feira, 25, projeto de lei que dificulta o fechamento de escolas de educação no campo, indígenas e quilombolas. De autoria do Poder Executivo, o projeto de lei 98/2013 já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora será votado pelo plenário do Senado, com pedido de urgência. Esse projeto de lei altera o artigo 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996).

    Pelo projeto de lei, para fechar escola da educação básica pública, que atenda estudantes residentes no campo, indígenas e quilombolas, o prefeito ou secretário de educação precisa ouvir o conselho municipal de educação, que é o órgão normativo, que tem na sua composição representantes dos gestores e de toda a comunidade escolar.

    Parecer da relatora do projeto de lei na Comissão de Educação, a senadora Ana Rita, diz que “pais e alunos não podem ficar desprotegidos dos humores de gestores públicos que podem simplesmente optar pela descontinuidade da oferta do ensino”. Além de transtornos, diz a senadora, essa população passa a precisar de serviços de transporte escolar para ter assegurado seu direito de estudar.

    Ao receber, em Brasília, um manifesto de estudantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) solicitando educação, transporte escolar e alimentação saudável, em 12 de fevereiro, o ministro da Educação, Henrique Paim, falou às crianças sobre a proposta do governo federal que tramita no Congresso. “Queremos colocar como condição para fechar uma escola consulta à comunidade”, explicou. “A comunidade precisa ser ouvida, é preciso ouvir os conselhos estaduais e municipais de educação”, completou.

    Números – Dados do censo escolar da educação básica dos últimos dez anos mostram decréscimo do número de escolas e de matrículas na área rural e crescimento na área urbana. O censo escolar de 2003 registrou 103.328 escolas rurais e 7,9 milhões de matrículas; em 2013, foram 70.816 escolas rurais e 5,9 milhões de matrículas, redução de 32.512 escolas e de 2 milhões de matrículas.

    Ionice Lorenzoni

    Confira na tabela os dados do censo escolar da educação básica de 2003, 2007, 2012 e 2013

  • O programa Projovem Campo – Saberes da Terra abre este ano 24 mil vagas para agricultores de 18 a 24 anos, alfabetizados, mas com o ensino fundamental incompleto. O curso de dois anos, que é específico para agricultores dessa faixa de idade, une teoria e prática em agricultura familiar e ao final confere certificado do ensino fundamental.

    As vagas serão oferecidas em municípios de 20 estados que aderiram ao programa do Ministério da Educação, informa Armênio Schmidt, diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC. As unidades da Federação que não manifestaram interesse na oferta do curso são Alagoas, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Acre, Amapá e Roraima.

    Na avaliação de Armênio Schmidt, o Projovem Campo – Saberes da Terra é hoje um programa consolidado que atende as necessidades de qualificação da população rural. “A formação permite ao agricultor crescer como cidadão e profissional”, diz.

    Criado em 2005, o programa certificou 5 mil agricultores em experiência piloto realizada em nove estados. Como o modelo foi aprovado por universidades, secretarias de educação e movimentos sociais do campo, em 2008 e 2009 foram abertas novas turmas, ampliando de 5 mil para 48 mil vagas e de nove para 19 estados.

    O modelo do Projovem Campo– Saberes da Terra compreende 2.400 horas ministradas em dois anos, sendo parte na sala de aula e parte na propriedade do jovem. O currículo aborda cinco temas: sistema de produção e processo de trabalho agrícola; desenvolvimento sustentável e solidário; economia solidária; cidadania, organização social e política pública; agricultura familiar, etnia, cultura e identidade. Além dos conteúdos profissionais, os alunos estudam linguagens, ciências exatas, formação humana e profissional.

    Maior de 29 anos – Para atender a procura por formação de agricultores de 15 a 17 anos e aqueles acima dos 29 anos, o Ministério da Educação trabalha sobre uma proposta de curso a ser oferecido em 2011. Segundo Armênio Schmidt, o desenho do programa, que será denominado Saberes da Terra, terá os mesmos conteúdos, metodologias e materiais didáticos do Projovem Campo, apenas os alunos não receberão a bolsa mensal de R$ 100 paga pelo MEC aos agricultores do Projovem Campo.

    Terão preferência no novo programa os agricultores do Brasil Alfabetizado. O objetivo da iniciativa, segundo o coordenador de diversidade da Secad, é garantir a eles a continuidade dos estudos. Hoje o Brasil Alfabetizado registra 106 mil turmas de alfabetização no campo.

    Ionice Lorenzoni
  • Presidente Lula assina decreto que organiza a educação no campo e regulamenta o Pronera. (Foto: Fabiana Carvalho)O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou nesta quinta-feira, 4, decreto que regulamenta políticas públicas voltadas para a educação no campo. “Este decreto sinaliza a organização não apenas de políticas publicas federais para a educação no campo, mas vai acabar organizando também o trabalho feito em estados e municípios”, declarou o ministro da Educação, Fernando Haddad. O decreto regulamenta também o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

    O ministro Fernando Haddad reiterou em seu discurso que todas as políticas públicas, ações e programas do Ministério da Educação dialogam de alguma forma com a realidade do campo. “Políticas institucionalizadas dão mais vida aos movimentos sociais, facilitam a luta por avanços e dão à sociedade a condição de perseguir políticas mais ambiciosas”, afirmou.

    O ministro lembrou que a Constituição Federal de 1988 previa, em um ato transitório, a obrigatoriedade da oferta de ensino publico no interior, mas foi revogada desapercebidamente em 1996. Para corrigir isso, quando começou o processo de expansão da educação superior, uma grande preocupação foi levar a universidade para o interior. No governo Lula foram construídos 126 novos campi, todos no interior. Ele lembrou também que grande parte dos 214 campi de institutos federais também ficam em cidades interioranas.

    O decreto atribui ao governo federal a responsabilidade de criar e implementar mecanismos que assegurem a manutenção e o desenvolvimento da educação na área rural. Propõe o enfrentamento de quatro problemas: redução do analfabetismo de jovens e adultos; fomento da educação básica na modalidade jovens e adultos integrando qualificação social e profissional; garantia de fornecimento de energia elétrica, água potável e saneamento básico para as escolas; promoção da inclusão digital com acesso a computadores, conexão à internet e às demais tecnologias digitais.

    A formação de professores que lecionam nas escolas rurais também está definida no decreto, assim como a adequação do calendário escolar às particularidades das atividades regionais e dos ciclos produtivos; o reconhecimento da relevância da escola multisseriada; e a pedagogia da alternância (combina atividades intensivas na sala de aula com práticas na propriedade).

    Assessoria de Comunicação Social

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    Decreto organiza políticas públicas educacionais no campo
  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assina nesta quinta-feira, 4, decreto que trata da política de educação no campo e regulamenta o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Segundo o decreto, a educação no campo compreende da creche à graduação e a oferta é de responsabilidade compartilhada da União, estados e municípios.

    A população que reside no campo, objeto do decreto, compreende agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores rurais assalariados, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, caboclos. A esses cidadãos, a escola deve atender respeitando uma série de princípios, entre os quais se destaca o respeito à diversidade, nos aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, raça e etnia.

    O decreto atribui ao governo federal a responsabilidade de criar e implementar mecanismos que assegurem a manutenção e o desenvolvimento da educação na área rural, afim de superar a defasagem histórica de acesso, e propõe o enfrentamento de quatro problemas: redução do analfabetismo de jovens e adultos; fomento da educação básica na modalidade jovens e adultos integrando qualificação social e profissional; garantia de fornecimento de energia elétrica, água potável e saneamento básico para as escolas; promoção da inclusão digital com acesso a computadores, conexão à internet e às demais tecnologias digitais.

    A formação de professores que lecionam nas escolas rurais também está definida no decreto. Ela deve atender, conforme o artigo quinto, os princípios e objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, estabelecidos no Decreto nº 6.755, de janeiro de 2009.

    Calendário escolar de acordo com as particularidades das atividades regionais e dos ciclos produtivos; o reconhecimento da relevância da escola multisseriada, que se caracteriza por turmas de alunos de diferentes idades e graus de conhecimento na mesma sala e com um único professor; e a pedagogia da alternância (combina atividades intensivas na sala de aula com práticas na propriedade) estão contemplados no decreto.

    Para receber assistência técnica e as transferências voluntárias de recursos do governo federal, o decreto orienta estados e municípios a incluir a educação no campo nos seus planos estaduais e municipais de educação. Os planos de que trata o decreto devem ser construídos a partir do Plano Nacional de Educação (PNE), que o governo federal vai encaminhar ao Congresso Nacional. O PNE vai trazer as metas educacionais a serem alcançadas pelo Brasil no período de 2011 a 2020.

    Pronera– A regulamentação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que é executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), define objetivos, beneficiários e atribui a gestão ao Incra.

    O público do programa compreende jovens e adultos das famílias atendidas pelos projetos de assentamento do Incra, professores e educadores que atuam no programa, famílias cadastradas e alunos dos cursos de especialização do Incra. Na atividade de gestão, caberá ao instituto coordenar e gerenciar os projetos, produzir manuais técnicos para as atividades, além de coordenar a comissão pedagógica nacional.

    Políticas em desenvolvimento – O Ministério da Educação desenvolve uma série de ações educacionais dirigidas à população que reside no campo. São elas:

    Escola Ativa – Esse programa concede bolsas de estudo e de pesquisa para educadores de instituições públicas de ensino superior, supervisores das secretarias estaduais de educação e a professores. Esses bolsistas trabalham na qualificação dos professores que lecionam em escolas multisseriadas. De acordo com o Censo Escolar 2009, das 83 mil escolas rurais que o país tem, 39 mil trabalham com classes multisseriadas. Estudam em classes multisseriadas 1,3 milhão de estudantes do ensino fundamental.

    Projovem Campo– É um programa do governo federal destinado a agricultores com idade entre 18 e 29 anos, alfabetizados, mas que não tenham concluído o ensino fundamental. Com dois anos de formação em regime de alternância, os jovens obtêm o certificado de conclusão do ensino fundamental com qualificação em agricultura familiar. Atualmente, 21 estados da Federação recebem recursos do governo federal para fazer a qualificação. Dos 65,2 mil agricultores alvo do programa, 31 mil estão fazendo a formação.

    Procampo– O Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação no Campo oferece graduação a professores das escolas rurais que lecionam nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Atualmente, 31 instituições públicas de ensino superior oferecem a licenciatura em educação no campo. Segundo o Censo Escolar 2009, trabalham em escolas rurais 338 mil educadores. Destes, 138 mil têm nível superior. O desafio da União, estados e municípios é oferecer graduação a 196 mil professores que lecionam no campo apenas com formação de nível médio.

    Construção de escolas – O Programa de Construção de Escolas no Campo desenvolvido pelo governo federal oferece a estados e municípios projetos arquitetônicos de escolas com tamanhos de uma a seis salas de aula. As escolas rurais multisseriadas também estão incluídas no Programa Dinheiro Direto na Escola (Pdde-campo) que repassa R$ 12 mil, em dinheiro, para ações prioritárias de infraestrutura e aquisição de materiais. Esse recurso é para escolas com até 49 alunos, que são a maioria.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ProJovem Campo destina-se a agricultores alfabetizados que ainda nao puderam completar o ensino fundamental (Foto: Divulgação)Os 26 estados e o Distrito Federal já podem enviar, ao Ministério da Educação, projetos político-pedagógicos com metas de qualificação profissional de jovens agricultores (de 18 a 29 anos). O prazo vai até 30 de setembro. Para todo o país, o programa Projovem Campo Saberes da Terra oferece, este ano, 24 mil vagas.


    A Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) nº 45, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 17, estabelece que a transferência de recursos da União para apoio ao programa em todas as unidades federativas será de R$ 2,4 mil por jovem matriculado. A primeira parcela, de 30% desse valor, será depositada logo após a aprovação do projeto; a segunda, de 70%, seis meses depois. Uma vez aprovado o projeto, a transferência é automática, sem necessidade de assinatura de convênio ou acordo.


    As secretarias de educação devem observar, na elaboração dos projetos, a obrigatoriedade de destinar no mínimo 42% das vagas a agricultores residentes nos Territórios da Cidadania. Atualmente, 19 estados contam com esses territórios. Caberá também às secretarias indicar os professores e coordenadores de turmas. Eles serão qualificados por uma rede de universidades públicas selecionadas pelo MEC.


    O Projovem Campo Saberes da Terra destina-se a agricultores alfabetizados, mas sem o ensino fundamental completo. O curso, que certifica o jovem, tem duração de dois anos e combina atividades pedagógicas e formação profissional em agricultura familiar. São 2,4 mil horas de estudos — 1,8 mil horas de atividades em sala de aula (tempo-escola) e 600 horas de pesquisa e experimentação na propriedade do aluno (tempo-comunidade).


    As turmas devem ter entre 25 e 35 alunos. As aulas serão ministradas por três educadores, um de cada área do conhecimento do ensino fundamental, e um educador da área de ciências agrárias.


    Parceria — O ProJovem Campo é uma iniciativa do governo federal desenvolvida em parceria com as secretarias estaduais de educação e com uma rede de instituições públicas. A formação de jovens agricultores com pouca escolaridade reúne os ministérios da Educação, do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho e Emprego, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria-Geral da Presidência da República.


    A resolução, o texto-base do programa e os formulários para inscrição estão disponíveis na página eletrônica da Secad. Os projetos devem ser enviados, pelos Correios, para a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Coordenação-Geral de Educação do Campo, Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 200. CEP 70047-900, Brasília, DF.

    Ionice Lorenzoni

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    Jovens agricultores terão formação equivalente ao ensino fundamental

  • O ministro interino Henrique Paim (à direita) explica as mudanças que a MP trará à educação no campo (Foto: Fabiana Carvalho) Audiência pública promovida pela Comissão Mista do Congresso Nacional para discutir a Medida Provisória nº 562/2012, que prevê o repasse de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) a instituições comunitárias que atuam na educação rural, recebeu nesta terça-feira, 10, o ministro da Educação em exercício, José Henrique Paim. Ele debateu as mudanças que o dispositivo traz para o ensino no campo.

    De acordo com Paim, o Brasil melhorou os índices educacionais, mas no campo ainda há muito a ser feito. As ações previstas pela MP começam pela implantação do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo).

    Com a medida, o apoio técnico e financeiro oferecido pela União às redes públicas de educação rural no Distrito Federal, estados e municípios se dará mediante a realização de um Plano de Ações Articuladas (PAR), feito em um ambiente virtual no Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec). O dispositivo elimina a necessidade de acordos, convênios ou contratos para o repasse dos recursos.

    “A partir do PAR conseguimos atingir mais efetivamente os municípios com menor desempenho educacional”, explicou Paim. “Ao longo desse período conseguimos chegar aonde o Ministério da Educação nunca havia chegado, em termos de apoio técnico e financeiro”, disse Paim.

    Além do PAR, a medida provisória também garante o repasse, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de recursos para estabelecimentos públicos de ensino de jovens e adultos, para os alunos que não tenham sido contados no Censo Escolar.

    Será concedida, no campo, assistência financeira aos estabelecimentos de ensino beneficiários e aos polos presenciais da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O valor será definido com base no número de alunos matriculados na educação básica e na UAB.

    Diego Rocha
  • A escola gaúcha destaca-se pelo processo de construção, resgate e valorização da identidade cultural da comunidade (foto: informaticamontenegro.blogspot.com)Prestes a completar 30 anos de magistério, a professora Ruti Kniest defendia, no início da carreira, que as escolas rurais, multisseriadas, sem infraestrutura física e humana, deveriam ser fechadas, com a transferência dos estudantes para escolas maiores, próximas à cidade. Após três décadas e diferentes experiências profissionais, a professora pensa de forma diferente. “Ao contrário, considero necessário que os órgãos públicos fortaleçam as escolas e as comunidades com uma política séria de recursos físicos e humanos”, enfatiza.

    Desde 2013, Ruti leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental Etelvino de Araújo Cruz, na área rural, a 30 quilômetros da sede do município gaúcho de Montenegro. A opção da professora pela escola deve-se ao destaque obtido pela unidade de ensino no processo de construção, resgate e valorização da identidade cultural da comunidade na qual está inserida.

    A instituição tem 280 alunos, matriculados em turmas que vão da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental. Eles são atendidos por 25 professores e quatro funcionários. “Meus colegas e eu temos formação superior; quase todos são especialistas em alguma área educacional”, diz. “Alguns têm mestrado em educação.” De acordo com a professora, é uma realidade diferente daquela vivenciada no início da carreira.

    Com graduação em pedagogia, pós–graduação em gestão educacional (supervisão e orientação) e vários cursos na área de alfabetização, Ruti trabalha com turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental. Para ela, a tarefa da professora que atua com alunos dessas turmas é aproximar o conhecimento escolar das vivências do mundo infantil. “É estimular a criatividade, a curiosidade, a alegria de conhecer coisas novas, mas também a possibilidade de valorizar os conhecimentos e as vivências da comunidade”, diz. Ela enfatiza a necessidade de estimular as crianças a conhecer e apreciar suas raízes. Quando forem adultas, elas poderão olhar com orgulho para sua origem e sua história. “A cor e o sabor das aulas dependem da nossa curiosidade em buscar”, afirma. “Em olhar para o mundo que está a nossa volta, em nunca deixar de ter curiosidade e buscar conhecimento.”

    Ruti mostra satisfação ao trabalhar com duas colegas que foram suas alunas. “São meninas do interior, que levaram os sonhos adiante, buscaram aperfeiçoamento profissional em especializações e mestrado”, diz. “Hoje, voltam para a sua localidade para continuar o ciclo de construir caminhos para aqueles que vêm. Neste sentido é que tenho esperança no futuro.”

    As crianças da área rural, hoje, segundo a professora, têm mais possibilidades de avançar e escolher o local de atuação, na cidade ou no campo, com respeito à própria história de vida. “É esse movimento que faz as gerações evoluírem.”

    Fátima Schenini

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  • Alunos das séries iniciais do ensino fundamental de escolas rurais vão receber, em 2013, livros didáticos diferenciados para melhor atender a realidade das salas de aula no campo. As editoras interessadas podem se cadastrar e pré-inscrever suas coleções até o dia 30 de março, de acordo com os termos do edital publicado na página do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na internet.

    Serão 12,4 milhões de livros didáticos para 3 milhões de alunos, em 73 mil escolas rurais. A compra e a distribuição das obras estão orçadas em R$ 87 milhões. Os livros, em edições multisseriadas, seriadas ou multidisciplinares, poderão ser escolhidos pelos professores de acordo com a realidade da escola.

    Serão aceitas para participar do processo de avaliação coleções didáticas consumíveis (que não precisam ser devolvidos no final do ano letivo) de alfabetização matemática, letramento e alfabetização (primeiro ao terceiro ano), língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia (quarto e quinto anos).

    O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) específico para o campo, que atenderá pela primeira vez às escolas rurais, será um dos temas do 13º Encontro Técnico dos Programas do Livro Didático, de 13a 16 de março, em Curitiba.

    “Os livros do PNLD Campo têm configuração diferenciada e podem ser multisseriados, multidisciplinados e divididos por áreas de ensino”, explica Sonia Schwartz, coordenadora-geral dos Programas do Livro Didático do FNDE. “Às vezes na mesma sala há alunos de idades diferentes, de séries diferentes, e esse novo modelo de livro pode atender melhor a realidade da escola rural.” A escolha dos livros pelos professores será feita no segundo semestre deste ano.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça Sonia Schwartz, coordenadora-geral dos Programas do Livro Didático do FNDE, sobre o PNLD Campo
  • Secretários estaduais e municipais de educação, que tenham em suas redes escolas multisseriadas no campo ou quilombolas, já podem aderir ao Escola da Terra, programa do Ministério da Educação que oferece formação continuada a professores que lecionam nessas unidades. A adesão foi aberta nesta terça-feira, 20, e se estende até 19de setembro.

     

    Para aderir, o gestor precisa entrar na página eletrônica do Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) e informar seu CPF e senha. Dentro do Simec, acessa o Plano de Ações Articuladas (PAR) e o programa Escola da Terra. De acordo com Antônio Lídio Zambom, coordenador geral de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), nesta etapa do processo, o gestor informa apenas o número de escolas multisseriadas e quilombolas de sua rede e o número de professores.

     

    Dados do Censo Escolar informados pela Secadi indicam que o país tem hoje 865 escolas quilombolas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental e 53.713 escolas com classes multisseriadas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Em 2013, o programa Escola da Terra atenderá 7,5 mil professores. As escolas selecionadas para esta edição, explica Antônio Lídio, deverão informar, posteriormente, o nome dos educadores e CPF.


    O programa – O Escola da Terra compreende quatro ações: formação continuada e acompanhada de professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas, além dos assessores pedagógicos que terão a função de tutores; oferta de materiais didáticos e pedagógicos; monitoramento e avaliação; gestão, controle e mobilização social.

     

    Educadores e tutores terão curso de aperfeiçoamento com carga horária mínima de 180 horas. A formação terá dois períodos – a frequência no curso denominada tempo-universidade e outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade) que será acompanhada por tutores. A qualificação dos docentes será de responsabilidade das instituições públicas de ensino superior que aderirem ao programa.

     

    A produção e oferta dos materiais didáticos e pedagógicos são de responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). São jogos, mapas, recursos para alfabetização, letramento e matemática. Já o coordenador estadual e o tutor que acompanham e orientam os educadores durante sua formação serão remunerados com bolsas a serem pagas pelo FNDE.


    Piloto – Em 2013, sete universidades federais foram selecionadas para participar de um projeto piloto do Escola da Terra em quatro das cinco regiões do país. O piloto terá 7.500 vagas distribuídas entre as universidades federais do Amazonas (UFAM) com 1.500 vagas, da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Minas Gerais (UFMG) e do Maranhão (UFMA), com mil vagas cada. Em todos os estados, os cursos estão previstos para 2014.

     

    Ionice Lorenzoni

     

    Conheça a Escola da Terra

     

    Acesse o Simec

  • Com a Escola da Terra, professores de escolas quilombolas passarão a receber formação continuada e recursos didático-pedagógicos para melhor desempenhar a atividade profissional (foto: Geyson Magno/MEC – 2/6/11)Professores de todo o país que lecionam em escolas no campo e quilombolas receberão, a partir deste ano, formação continuada e recursos didáticos e pedagógicos para desenvolver as atividades docentes. As ações para esses educadores estão descritas na Portaria nº 579, de 3 de julho de 2013, do Ministério da Educação, que cria a Escola da Terra.

     

    Os recursos para a formação dos professores provirão do MEC, mas a execução das atividades caberá a estados, Distrito Federal, municípios e instituições públicas de educação superior. Para que os docentes tenham acesso aos cursos, os gestores das secretarias de Educação, além das instituições públicas, devem aderir à Escola da Terra.

     

    A quantidade de recursos a serem investidos pelo governo federal nas ações vai depender das adesões. A liberação das verbas, segundo a portaria, será feita sem necessidade de convênio, acordo ou contrato.

     

    A Escola da Terra compreende quatro ações:

     

    • Formação continuada e acompanhada de professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas, além dos assessores pedagógicos, que terão a função de tutores

    • Oferta de material didático e pedagógico

    • Monitoramento e avaliação

    • Gestão, controle e mobilização social

     

    Todos os educadores e tutores passarão por curso de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 horas. A formação compreende um período de frequência no curso, denominado tempo-universidade, e outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade), acompanhado por tutores. A qualificação dos docentes será de responsabilidade das instituições públicas de educação superior que aderirem à Escola da Terra.

     

    A produção e a oferta do material didático e pedagógico — jogos, mapas, recursos para alfabetização, letramento e matemática — ficarão a cargo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que também garantirá a remuneração, por meio de bolsas, do coordenador estadual e do tutor responsáveis pelo acompanhamento e orientação dos educadores durante a formação.


    Piloto — Em 2013, sete universidades federais foram selecionadas para participar de projeto-piloto da Escola da Terra, em quatro das cinco regiões do país. De acordo com Antônio Lídio Zambom, coordenador-geral de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, o projeto distribuirá 7,5 mil vagas. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) terá 1,5 mil. As da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Minas Gerais (UFMG) e do Maranhão (UFMA), mil vagas cada uma.

     

    Para que a formação tenha início, segundo Antônio Lídio, é fundamental que as secretarias de Educação providenciem a adesão.  Os recursos para o projeto-piloto constam do orçamento deste ano. Para todas as unidades federativas, os cursos estão previstos para 2014. Dados da Secadi indicam que há cerca de 50 mil escolas multisseriadas e quilombolas distribuídas em todo o território nacional. O número de professores que precisam de formação será informado ao MEC pelos gestores das escolas nos estados, municípios e Distrito federal. A Escola da Terra é uma das ações do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) do MEC.

     

    A regulamentação, a ser publicada, da Portaria nº 579/2013 tratará dos prazos de adesão, valor das bolsas e transferência de recursos. A Portaria do MEC nº 579/2013 foi publicada no Diário Oficial da União do dia 3 último, seção 1, páginas 11 e 12.


    Ionice Lorenzoni

  • Escolas públicas de educação básica das áreas rurais podem pedir recursos ao Ministério da Educação para manutenção de instalações, pagamento de mão de obra e aquisição de mobiliário escolar. Os recursos para custeio e capital vão de R$ 11,6 mil a R$ 15 mil, de acordo com o número de estudantes matriculados e registrados no Censo Escolar do ano anterior ao pedido, segundo a Resolução nº 32 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada na segunda-feira, 5.

     

    A destinação de recursos financeiros caberá ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com depósito em conta bancária específica aberta pelo FNDE. Escolas que tenham de quatro a 50 estudantes receberão R$ 11,6 mil; de 51 a 150, R$ 13 mil; acima de 150, R$ 15 mil. Do total recebido, a escola deve destinar 70% a custeio e 30% a capital.

     

    No item custeio, as escolas podem usar os recursos para obras de reparos em paredes internas e externas, instalação ou reparo de redes hidráulica e elétrica, conserto de janelas e telhados, instalação de pias e vasos sanitários, reforma de mobiliário, pagamento de mão de obra, aquisição de material de construção e perfuração de poços artesianos, entre outros serviços. Dos 70% do custeio, a escola pode destinar até 50% a contratos de serviços de pedreiro, eletricista e marceneiro.

     

    Na parte de capital, que corresponde a 30% dos recursos, as escolas podem comprar equipamentos para cozinha, como fogão a gás, botijões e geladeira; bomba elétrica para poços artesianos ou cisternas; mobiliário escolar — carteiras e mesas para alunos e professores, armários e estantes.


    Orientações — Para facilitar o trabalho dos diretores das escolas do campo, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, que atende as escolas rurais, divulga um guia de orientações operacionais sobre o PDDE Escola no Campo. No guia, a secretaria faz às escolas recomendações relativas ao uso correto das verbas e à observação da porcentagem para custeio e capital e chama a atenção para a prestação de contas.

     

    Na apresentação do documento, a Secadi considera que as escolas do campo, de maneira geral, funcionam em prédios pequenos e muitas vezes em condições inadequadas de ventilação, iluminação, cobertura e piso. O mobiliário escolar, segundo o guia, muitas vezes é inapropriado para uso de estudantes e educadores. Conforme o documento, o objetivo do PDDE Escola Campo é, portanto, promover a adequação desses espaços e contribuir para a segurança e a saúde de crianças e adolescentes e servir de estímulo à permanência na escola.

     

    A destinação de recursos para o PDDE Escola Campo está disposta na Resolução do FNDE nº 32/2013, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 5, seção 1, páginas 29 e 30.


    Ionice Lorenzoni

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) promove nesta quarta e quinta-feira, 24 e 25, em Brasília, reunião técnica com os gestores municipais de educação para tratar do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo). O evento reúne gestores e secretários de educação de vários pontos do Brasil com escolas no campo.

    O objetivo do encontro é apresentar ações e programas do MEC voltados para as escolas do campo e estimular e fomentar a formação de um espaço para o diálogo entre os gestores que administram redes com essas características. No Brasil, 63 municípios têm mais de cem escolas do campo; destes, apenas Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, não está nas regiões Norte e Nordeste.

    De acordo com a secretária da Secadi, Macaé Evaristo, o Ministério da Educação deve garantir que o direito à educação seja universal, no meio urbano e no campo. “Precisamos garantir o direito à educação aos estudantes do campo, pensando na formação de professores, no diálogo com os saberes do campo, dos indígenas e dos quilombolas e na riqueza do saber dos mais velhos”, disse. A secretária defendeu a parceria do ministério com os atores que trabalham com essa modalidade educacional. “É impossível para o MEC pensar sozinho nas melhores soluções para educação no campo”, concluiu.

    Para o secretário de Educação Básica do MEC, Romeu Caputo, a educação no campo foi deixada por muito tempo em segundo plano e o Pronacampo cumpre o papel de garantir o direito de todos os brasileiros à educação. “O MEC entende que o campo e a cidade não são tão dicotômicos e a educação, para todos, deve ser universal e de qualidade”, afirmou.

    O Pronacampo foi lançado em 2011 e tem modificado a realidade das regiões rurais. Hoje, o Brasil tem 73.483 instituições de ensino municipais e estaduais no campo, das quais 1.856 quilombolas e 2.823 indígenas. As demais 68.804 são escolas rurais ou unidades em assentamentos para reforma agrária.

    Educação indígena – O desafio da educação indígena brasileira é um dos temas em discussão entre os participantes da reunião. Trazendo na cabeça penas coloridas e colares pendendo ao redor do pescoço, o indígena José Carlos Batista representa a comunidade indígena Tupinambá Olivença, do sul da Bahia. Ele está em Brasília há pouco mais de um mês como consultor no Ministério da Educação para colaborar com a nova divisão territorial educacional para as nações indígenas.

    Até então, ele era professor na Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença, que fica numa aldeia indígena em área rural a 20 km de Ilhéus. José Carlos é um entusiasta dessa política que divide o Brasil em territórios etnoeducacionais. Segundo ele, essa nova divisão territorial facilitará ações de educação escolar específicas para os diferentes povos.

    Na escola Olivença, por exemplo, a língua, a cultura, o sagrado e o artesanato do povo tupinambá são integrados ao currículo convencional. “Os tupinambás têm o português como língua materna porque o tupi não é falado mais. Desde 2000, há um trabalho de revitalização da língua tupi, que é uma disciplina na nossa escola”, explica.

    Assessoria de Comunicação Social


    Ouça a secretária Macaé Evaristo, na reunião técnica do Pronacampo


  • As 3,6 mil escolas situadas no campo que solicitaram recursos federais para investir no abastecimento de água e saneamento sanitário vão receber de R$ 25 mil a R$ 32 mil para custeio e capital. O valor do repasse é determinado de acordo com o número de estudantes registrados no Censo Escolar. A adesão ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Água e Saneamento deve ser feita até 13de setembro, pela internet.

    De acordo com o coordenador-geral de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Antônio Lídio Zambon, as 3,6 mil escolas foram selecionadas pela secretaria a partir de três critérios: registro no Censo Escolar da inexistência de abastecimento de água ou esgoto ou de ambos; ter unidade executora própria (UEx); estar em dia com a prestação de contas de recursos recebidos do PDDE até 30 de junho de 2013.

    Escolas com até 50 alunos matriculados receberão R$ 25 mil; de 51 a 150 alunos, R$ 28 mil; acima de 150, R$ 32 mil.

    Conforme a Resolução nº 33 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada no Diário Oficialda União desta segunda-feira, 12, os recursos podem ser usados pelas escolas na aquisição de equipamentos, instalações hidráulicas e contratação de mão de obra para a construção de poços, cisternas, e fossas sépticas. Para auxiliar os dirigentes no preenchimento correto dos dados e na aplicação de recursos públicos, o FNDE elaborou um manual de orientações operacionais.

    A relação das escolas aptas a receber os recursos está na página do PDE Interativo na internet. A Resolução do FNDE nº 33, de 9 de agosto de 2013, foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 12, seção 1, página 12.


    Ionice Lorenzoni
  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação promove a partir desta quarta-feira, 25, até sexta, 27, a 2ª Reunião Técnica com Gestores Municipais de Educação (Pronacampo).

    O encontro reunirá gestores dos 80 municípios com maior número de escolas do campo e com representantes dos 16 estados a que pertencem esses municípios. Durante o evento serão discutidos assuntos referentes a escolas do campo, escolas multisseriadas e educação integral. O objetivo é debater esses temas para contribuir para a melhoria da educação pública.

    Os interessados poderão acompanhar em tempo real no portal do MEC tudo o que será debatido.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação realizou nos dias 25, 26 e 27 de setembro, a 2ª reunião técnica com Gestores Municipais de Educação – Pronacampo, em Brasília. Foram convidados para esse encontro representantes dos 80 municípios com maior número de escolas do campo.

     

    No encontro foram discutidas as questões pedagógicas relacionadas à educação no campo; a escola do campo como uma das estratégias para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes; a gestão das escolas do campo; a aprendizagem nas escolas com classes multisseriadas, assim como os desafios e perspectivas para a educação integral no campo.

     

    Os municípios que participaram do encontro pertencem a diferentes estados do Brasil e constituem um grupo de referência. Também participaram gestores ou representantes dos 16 estados a que pertencem os 80 municípios, além de membros da Comissão Nacional de Educação do Campo (Conec), formada por representantes de instituições ligadas à educação, como União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e movimentos sociais do campo.

     

    De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Macaé Evaristo, o grupo de municípios que participou da reunião representa 13% das matrículas de educação no campo. “Este grupo aprofunda o debate do Pronacampo e apresenta o que realmente tem surtido efeito na realidade das escolas do campo”, disse. Macaé defendeu um debate que aponte as mudanças necessárias para garantir a viabilidade da existência dessas pequenas escolas. “A intenção deste grupo é articular entre os municípios para desenvolver o financiamento da educação no campo e a formação de professores, e é um espaço de negociação”, afirmou.

     

    A primeira reunião técnica ocorreu em abril de 2013, em Brasília, e abordou a disseminação das políticas em implementação do para os gestores municipais. Por solicitação dos gestores presentes houve a manutenção do espaço de diálogo que contribua para o fortalecimento das políticas públicas do âmbito da educação do campo.

     

    Segundo Macaé, muitas das escolas do campo são o único equipamento público disponível na comunidade. “A forma do estado brasileiro de chegar a essas comunidades é por meio da escola e o que nós queremos trabalhar como a estrutura de uma escola do campo, que já existe, pode convergir para garantir o direito aos outros serviços públicos”, concluiu a secretária.

     

    Assessoria de Comunicação Social

  • O governo federal pretende aperfeiçoar a oferta de educação profissional e tecnológica a jovens e adultos do campo. As discussões são conduzidas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, com base no Plano Nacional de Educação (PNE). Entre as estratégias adotadas está a criação de uma agenda para ouvir as demandas de movimentos sociais e sindicais do campo e a criação de uma comissão nacional de educação profissional e tecnológica do campo.

    Em outubro do ano passado, em Brasília, foi realizado o 1º Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Campo. Foram debatidos temas como os desafios dessa área na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, estratégia de atuação da Setec e do Ministério do Desenvolvimento Agrário junto à rede federal e orientações às instituições para a realização dos encontros estaduais.

    Seminários regionais ocorrem ao longo deste ano, conduzidos por instituições que integram a rede federal. Neles, discute-se, entre outros assuntos, a própria atuação dessas instituições frente às demandas dos movimentos sociais. Um exemplo é a realização do Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica do Campo, nos dias 23 e 24 próximos, em Inconfidentes, Minas Gerais. O evento será realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas), em parceria com os demais institutos federais do estado — de Minas Gerais (IFMG), do Norte de Minas Gerais (IFNMG), do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) e do Triângulo Mineiro (IFTM).

    “Desde que o MEC recebeu a pauta de reivindicações dos movimentos, a Setec tem articulado o diálogo entre esses movimentos e as instituições de educação profissional e tecnológica para construir soluções em resposta às demandas do campo”, diz a diretora de políticas de educação profissional e tecnológica da Setec, Nilva Schroeder. “Esse diálogo é indispensável para qualificar o atendimento às populações do campo, sobretudo no que se refere aos projetos pedagógicos dos cursos.”

    Comissão — A comissão nacional terá a responsabilidade de acompanhar as ações e propor referenciais e diretrizes para a educação profissional e tecnológica do campo no âmbito de atuação da rede federal, além de acompanhar a oferta da bolsa-formação no Pronatec Campo e propor melhorias ao processo.

    A comissão será formada por representantes do MEC e de outros ministérios, como os do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente, da Pesca e Aquicultura e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; de órgãos representativos, como o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), e de representações sociais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) e Movimento dos Pequenos Agricultores, entre outros.

    O Pronatec Campo tem o objetivo de promover espaços de qualificação profissional para diversos públicos da agricultura familiar, integrado às demais políticas de desenvolvimento rural sustentável e solidário. São ofertados cursos de formação inicial e continuada (FIC) e cursos técnicos.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • Será lançado, na manhã desta terça-feira, 20, no Palácio do Planalto, o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), que vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios para implementação da política de educação do campo. A cerimônia de apresentação do programa contará com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

    O programa atenderá escolas rurais e quilombolas. No campo, 23,18% da população com mais de 15 anos é analfabeta e 50,95% não concluiu o ensino fundamental. O Pronacampo baseará suas ações em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica. Uma das ações previstas é a educação contextualizada, que promova a interação entre o conhecimento científico e os saberes das comunidades.

    Mais de 3 milhões de estudantes receberão material didático relacionado à realidade do campo, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD Campo). O Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE) atenderá professores e estudantes, ao oferecer obras de referência sobre as especificidades do campo e das comunidades remanescentes de quilombos.

    O programa Mais Educação, de apoio à educação integral, oferecerá atividades de acompanhamento pedagógico, práticas vinculadas a agroecologia, iniciação científica, direitos humanos, cultura e arte popular, esporte, lazer, memória e história das comunidades tradicionais. A meta é atender 10 mil escolas com educação integral até 2014.

    Professores – A formação de professores também receberá atenção especial, com oferta de aperfeiçoamento para professores do campo e de escolas quilombolas. Além disso, o Pronacampo apoiará a oferta de formação inicial, continuada e pós-graduação para professores, gestores e coordenadores pedagógicos que atuam na educação básica do campo.

    Para reforçar a formação de professores, serão oferecidos cursos de licenciatura em educação do campo pelas instituições públicas de ensino superior. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) expandirá 200 polos para atender os professores do campo e serão destinados recursos de apoio à manutenção dos polos por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola.

    Adultos– Para desenvolver a educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica, o governo federal pretende expandir a oferta de cursos voltados ao desenvolvimento do campo nos institutos federais. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Campo apoiará a inclusão social dos jovens e trabalhadores do campo. Para isso, serão dedicadas 120 mil bolsas de estudo do Pronatec Campo.

    O quarto eixo do Pronacampo trata da infraestrutura física e tecnológica das escolas. Até 2014, o programa apoiará a construção de 3 mil escolas, obras de infraestrutura e a aquisição de 8 mil ônibus escolares.

    Além da estrutura física, o Pronacampo promoverá a educação digital e o uso pedagógico da informática nas escolas do campo e quilombolas. Também está prevista a instalação de recursos digitais em 20 mil escolas até 2014.

    Assessoria de Comunicação Social
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