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  • O resultado nacional referente a 2009 do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) mostra evolução na qualidade da educação na primeira e na segunda etapas do ensino fundamental e no ensino médio. As metas de progressão foram superadas, de acordo com os indicadores divulgados nesta quinta-feira, 1º, pelo Ministério da Educação.

    Na primeira fase do ensino fundamental, o Ideb passou de 4,2 para 4,6. Assim, superou a meta prevista para 2009 e atingiu antecipadamente a de 2011. A análise do crescimento mostra que a melhora nas notas dos estudantes nas provas responde por 71,1% do acréscimo no índice. O percentual de 28,9% na evolução ocorreu em razão do crescimento das taxas de aprovação.

    Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb nacional evoluiu de 3,8 para 4 — superou a meta para 2009 e também ultrapassou a de 2011, de 3,9. O aumento nas notas que os estudantes obtiveram na Prova Brasil e no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) explica os 64% desse crescimento. Os outros 36% decorrem da melhora nas taxas de aprovação.

    No caso do ensino médio, o Ideb brasileiro avançou de 3,5 para 3,6 e também superou a meta nacional de 2009. O crescimento deve-se ao desempenho dos estudantes na Prova Brasil, que contribuiu com 57,9% do aumento do indicador.

    Metas — Criado em 2007, o Ideb sintetiza, em uma escala até dez, dois conceitos de igual importância para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação obtidos no censo escolar e de médias de desempenho nas avaliações do Saeb e na Prova Brasil.

    A série histórica de resultados do Ideb teve início em 2005, com o estabelecimento de metas bienais de qualidade a serem atingidas pelo país, por escolas, municípios e unidades da Federação. A cada instância, espera-se uma evolução que contribua, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional de 3,8, registrada em 2005, na primeira fase do ensino fundamental, para 6, em 2022, ano do bicentenário da Independência.

    Assessoria de Imprensa do Inep


    Confira os resultados do Ideb nacional de 2009
  • Para garantir a implantação do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, o Ministério da Educação realizou nesta terça-feira, 7, em Brasília, seminário com representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), organizações do terceiro setor, organizações não governamentais e institutos envolvidos no tema.

    O evento é uma preparação para uma reunião maior que será realizada com os secretários de educação de todo o país, prevista para acontecer ainda este mês. A intenção é aprimorar o debate, durante a implementação do programa em todo o país, e buscar soluções, de forma que o ensino médio em tempo integral chegue com qualidade aos estudantes.

    “Nosso compromisso em três anos de governo é mais que dobrar a oferta de educação em tempo integral. Temos 380 mil alunos no ensino médio e a gente quer atingir entre 900 mil e 1 milhão de estudantes nesse período”, explica o ministro da Educação, Mendonça Filho.

    Ele considera importante mobilizar os estados, pois são os entes federados que mais atuam na oferta do ensino médio. “Ter o estudante mais horas dentro da escola traz proteção e aprimoramento do seu conhecimento. Dentro da escola ele está livre da violência que, infelizmente, hoje atinge a maior parte das grandes e médias cidades do Brasil”, observa Mendonça.

    A previsão é de que 565 mil estudantes sejam beneficiados nos próximos três anos, em 529 escolas em todos os estados. A lista com as instituições aprovadas no programa foi divulgada no final do ano passado.

    “O MEC também irá aos estados para garantir que a política seja executada conforme o planejado”, disse o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva. “A diferença para o aluno é participar do projeto de uma escola que tem mais tempo de contato com ele, que o atenda de uma forma diferente, olhando para a história de vida dele e com qualidade na educação.”

    Conheça a lista de escolas aprovadas para a adoção do tempo integral

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Professora de língua portuguesa e literatura brasileira no Colégio Lauro Farani Pedreira de Freitas, no município baiano de Iaçu, Elisabeth Amorim incentiva o hábito da leitura e sempre busca novas ideias para estimular os alunos a apreciar a atividade. Assim, para combater a resistência dos estudantes em relação à leitura, ela resolveu promover oficinas, na sala de aula, para “desmontar” a literatura. “Isso significa dizer desconstruir o texto, mudando de uma série discursiva para outra”, explica Elisabeth.

    Segundo ela, os alunos passaram a transformar contos ou romances em charges, bilhetes, cartas, cartazes, cartuns, histórias em quadrinhos ou grafites em tamanho gigante. Os registros tiveram início em 2007. “Vejo tanta riqueza na produção desses estudantes que não consigo desistir de investir em uma educação de qualidade”, afirma.

    Depois da criação do projeto Arte no Muro, pela coordenadora pedagógica Simone Lima Aragão, em parceria com os professores de arte, para valorizar os talentos da escola e permitir a estudantes de todas as séries e turnos expressar os dons artísticos, Elisabeth resolveu contribuir com o subprojeto Literatura é Arte! Com a colega Tânia Menezes, que também leciona literatura, ela passou a levar os alunos ao muro da escola para a desmontagem da literatura. Obras como Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, além de livros de Monteiro Lobato, foram para o muro da escola, transformados em grafite.

    O trabalho era precedido pela leitura de romances e contos, discussões e desmontes literários na sala de aula. Os estudantes também passaram a produzir anúncios gigantes, relacionados às obras literárias, e a espalhá-los nas paredes da escola. Para Elisabeth, era uma forma de aumentar a procura pelos livros anunciados e conquistar leitores. “Sou tão apaixonada pela literatura produzida pelos estudantes que criei uma revista para socializar as produções, a Perfil, revista literária do Lauro Farani”, revela a professora.

    A revista, publicada de 2007 a 2011, voltada para a literatura desmontada, atende a todas as áreas e mudou o nome para Perfil: o Lauro em Foco. “Todos os resultados são significantes, pois a literatura desmontada dos estudantes do Colégio Lauro Farani ganhou a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) com a minha pesquisa de mestrado em crítica cultural”, diz a professora.

    Única escola de segundo grau na cidade, a instituição, sob a direção da professora Ivanilza Queiroz, atende a aproximadamente 1,3 mil alunos nas modalidades ensino médio regular, técnico em agropecuária e Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Com 97% dos inscritos aptos a realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que o resultado foi de grande êxito. “Diante do quadro das últimas semanas, o Enem foi um sucesso absoluto. Conseguimos fazer com que a maioria dos inscritos fizesse a prova. Cerca de 3% dos candidatos farão o exame em dezembro; foi a melhor solução que encontramos”, avaliou, numa referência aos locais onde não foram realizadas provas por causa de invasões. Ao todo, 5.848.619 de pessoas realizaram as provas.

    Um ponto de orgulho para os realizadores do Enem foi a boa repercussão do tema da redação. Com a proposta de falar sobre “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, muitos estudantes relataram facilidade em tratar do assunto. “Havia alguns temas, como existem ainda em nosso banco de redação, e considero a indicação da equipe do Inep extremamente feliz", elogiou a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Maria Inês Fini.

    O Enem 2016 teve abstenção de 30% dos candidatos, repetindo a média dos últimos anos. Além disso, foram eliminados, nos dois dias de prova, 768 candidatos por descumprimento de regras do edital, por portarem objetos encontrados por detector de metal e por se recusarem a realizar a biometria. Foram cinco emergências médicas e 22 interrupções de prova por falhas na rede elétrica.

    Os estudantes que não puderam fazer o exame por causa das ocupações nas escolas farão provas em 3 e 4 de dezembro. Além disso, os estudantes privados de liberdade serão testados em 13 e 14 de dezembro. “Sobraram 78 toneladas de papel, de provas não usadas. Vamos mandar todo esse material para a reciclagem, para serem reutilizadas nos dois exames que ainda faremos em dezembro”, anunciou a presidente Maria Inês Fini.

    Os locais de prova para o Enem de 3 e 4 de dezembro devem ser anunciados entre 14 e 18 de novembro. O gabarito da prova realizada no fim de semana de 5 e 6 de novembro vai sair na próxima quarta-feira, 9, e o resultado final do Enem tem previsão de divulgação em 19 de janeiro de 2017.

    Para o ministro Mendonça Filho, "o Enem 2016 foi um sucesso"."No contexto geral, eu diria que foi um grande sucesso, venceu a sensatez, a capacidade de trabalho dos servidores públicos envolvidos - principalmente do Inep e do Mec como um todo - e venceram os estudantes brasileiros que dependem do Enem para acessar a universidade", avaliou o ministro.

    Inteligência – O Ministério da Educação, o INEP e a Polícia Federal trabalharam em conjunto para a prevenção e fiscalização de fraudes no Enem. Nesta edição, foram realizadas pelo menos 11 prisões. Em duas operações deflagradas neste final de semana, a Polícia Federal cumpriu mandatos de prisão, conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão em todo país.

    Segundo o chefe da divisão de polícia fazendária da Polícia Federal, Franco Perazzoni, a parceria com o Inep e com o MEC foi crucial nas operações. “O desafio de combater fraudes em um certame desta magnitude não é fácil. As operações se destacam no noticiário por ser um domingo, dia de prova, mas é um trabalho de meses. Graças à troca de informações com o Inep, pudemos garantir a lisura do certame e a segurança dos candidatos”, comemorou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estão abertas, até o dia 18, as inscrições para o Seminário Nacional de Políticas para o Ensino Médio. O encontro, que será realizado em Brasília, no período de 22 a 24, é dirigido a professores, estudantes e entidades. Nos três dias, estarão em debate assuntos como currículo, acesso, permanência e qualidade. A organização é do Ministério da Educação, em parceria com entidades da sociedade civil.

    O seminário terá plenária, mesas temáticas e apresentação de pesquisas. Temas como o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a ampliação da obrigatoriedade de escolaridade, de 15 para 17 anos, farão parte das discussões.

    As mesas vão abordar o tema Os Sujeitos do Ensino Médio e o Currículo do Ensino Médio, sob vários aspectos — educação de jovens e adultos; ensino médio noturno, regular, do campo e profissional; educação inclusiva; magistério; educação indígena; educação quilombola e populações tradicionais; gestão municipal e federal e educação étnico-racial.

    A ficha de inscrição e a relação dos temas das mesas estão na página eletrônica do Ministério da Educação.

    Ionice Lorenzoni
  • Estudantes residentes no Brasil interessados em obter a certificação do ensino fundamental ou ensino médio por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) já podem se preparar. As inscrições, que devem ser feitas no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estão abertas desta segunda-feira, 7, até as 23h59 (horário oficial de Brasília) de 18 de agosto. As provas serão aplicadas em 22 de outubro em todas as unidades da federação.

    Para fazer o Encceja é preciso ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame, no caso de quem busca a certificação do ensino fundamental. Interessados em obter a certificação de ensino médio devem ter, no mínimo, 18 anos completos. Para se inscrever, é preciso informar CPF, e-mail e celular válidos. Se o participante precisar de atendimento especializado e/ou específico, deve fazer a solicitação e, durante o período de inscrição, comprovar a necessidade.

    O candidato deve indicar, ainda, a(s) prova(s) com a(s) qual(is) deseja obter certificação, no ensino fundamental ou ensino médio. Isso ocorre porque algumas pessoas já têm uma declaração parcial de proficiência, não precisando repetir a prova da área. Também deve ser indicada em qual secretaria estadual de educação ou instituto federal de educação, ciência e tecnologia o participante deseja solicitar o certificado ou a declaração parcial de proficiência. Por fim, o estudante deve escolher a cidade onde realizará as provas.

    Atendimentos – O Encceja Nacional oferece atendimento especializado e específico, além de atendimento pelo nome social, para participante travesti ou transexual que quiser tratamento pela sua identidade de gênero. Os atendimentos especializados, específicos e os auxílios ou recursos de acessibilidade, devidamente listados no edital e na página do participante, devem ser solicitados durante a inscrição. Já o atendimento pelo nome social deverá ser solicitado após o período de inscrição, entre 21 e 25 de agosto.

    Exame – As provas do Encceja seguem requisitos básicos, estabelecidos pela legislação em vigor, e são estruturadas a partir da Matriz de Competências e Habilidades. São quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma proposta de redação. Os testes serão aplicados nos turnos matutino, entre as 8h e as 12h, e vespertino, entre as 14h30 e as 19h30. Em ambos os casos, será seguido o horário oficial de Brasília.

    Para o ensino fundamental, as provas objetivas avaliam as áreas de ciências naturais, história e geografia, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, matemática, educação física e redação. Já para o ensino médio, as áreas avaliadas são ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, linguagens e códigos e suas tecnologias e redação.

    PPL – Para adultos submetidos a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas que incluam privação de liberdade no Brasil (Encceja Nacional PPL), o Encceja terá edital, período de inscrição e data de aplicação específicos. O Inep divulgará esses dados em breve.

    Certificação – Para obter o certificado ou declaração de proficiência, o participante deve completar, no mínimo, de 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento. Nos casos de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes e educação física, no ensino fundamental; e de linguagens e códigos e suas tecnologias (ensino médio), para certificação ou declaração de proficiência, é preciso obter, também, a proficiência em redação, sendo necessário ter nota igual ou superior a cinco pontos.

    O Inep manterá os resultados individuais em sua base de dados, que serão enviados para a secretaria estadual de educação ou instituto federal de educação, ciência e tecnologia escolhido pelo participante na inscrição. São eles os responsáveis por definir os procedimentos complementares para certificação de conclusão do ensino fundamental e de ensino médio e para emissão da declaração parcial de proficiência.

    As cidades onde haverá aplicação do Encceja Nacional, bem como mais detalhes sobre as inscrições, podem ser vistos na página do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Foto: João BittarO Ministério da Educação abriu nesta quarta-feira, 9, prazo de 15 dias para que as secretarias de educação dos 26 estados da Federação e do Distrito Federal apresentem sugestões à minuta da portaria que cria o programa Ensino Médio Inovador. No mesmo período, as secretarias também devem se manifestar sobre o documento do ministério que orienta a criação do programa e a proposta de implantação.


    O prazo da consulta foi definido nesta quarta-feira, 9, durante encontro do ministro da Educação, Fernando Haddad, com os secretários de educação dos estados. A reunião ocorreu na Escola Sesc de Ensino Médio, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A portaria vai criar o programa e definir a forma de assistência financeira do MEC às redes estaduais e distrital de ensino médio.


    De acordo com a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, a proposta de modificação do currículo do ensino médio está em debate há seis meses. O objetivo do Ministério da Educação é que as redes estaduais de ensino apresentem propostas de diversificação do currículo que o tornem mais atraente aos jovens e adolescentes.


    Para contribuir com o debate, o MEC construiu um documento orientador das mudanças. Nele estão itens como a ampliação da carga horária de 2.400 horas para três mil horas, com aumento de 200 horas por ano até atingir a meta; oferecer ao estudante do ensino médio a possibilidade de escolher 20% da sua carga horária e grade curricular entre as atividades que a escola oferece; associar teoria e prática, com ênfase à prática em oficinas e laboratórios; valorizar a leitura em todas as áreas do conhecimento; garantir a formação cultural do aluno.


    O diretor de concepção e orientação curricular da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões, explica que a articulação do currículo do ensino médio com o novo Enem e a adoção do tempo integral dos professores são temas que também fazem parte do debate.


    2010 – A meta do Ministério da Educação é iniciar as experiências do ensino médio inovador em 2010. Para que isso aconteça, informa Carlos Artexes, os estados terão dois meses, a partir da publicação da portaria, para apresentar os planos de ações pedagógicas (PAP). O PAP deve ter quatro itens: análise da situação das escolas, plano de trabalho, plano pedagógico e programa orçamentário.


    Carlos Artexes diz que é no plano que a secretaria vai informar, por exemplo, o número de escolas e de estudantes que vão ingressar na experiência e as metas a serem alcançadas em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), evasão, aprovação e reprovação. Esses dados é que vão determinar o volume de recursos que o MEC repassará às redes estaduais.

    Ionice Lorenzoni

  • Uma das atividades da escola de Aracaju com os estudantes do ensino médio foi a visita a patrimônios culturais da cidade, como o Museu da Gente Sergipana (foto: destino-alternativo.blogspot.com)Excursões, projetos interdisciplinares e aulas atrativas, com uso de recursos tecnológicos, são algumas das ações promovidas pelo Colégio Estadual Barão de Mauá, em Aracaju, como parte do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). Segundo a diretora da instituição, Maria Cristina Santos, o programa tem resultado em inúmeros benefícios desde que entrou em funcionamento, em 2009.

    Interação entre os alunos, com a realização de trabalhos em equipe, aperfeiçoamento de habilidades e melhor desempenho nas avaliações qualitativas, além de mais tempo de permanência dos estudantes na escola são algumas das melhorias proporcionadas pelo programa, de acordo com Maria Cristina. Pedagoga, com mestrado em ciências da educação, ela atua no magistério há 29 anos.

    A escolha do tema e as estratégias a serem adotadas de maneira interdisciplinar são definidas pelos professores a partir do perfil da turma e das habilidades dos alunos. “Em reunião pedagógica, no início de cada ano letivo, os professores discutem as propostas de projetos e ações que pretendem desenvolver e convidam os colegas para participar de trabalhos em equipe”, explica a professora Martha Heloisa Souza Gomes Resende, responsável pelo ProEMI na escola.

    “Os estudantes aprendem e transmitem conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, diz Martha. “E mostram as habilidades nas atividades dos projetos, com muita desenvoltura e segurança.” Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em ciências biológicas e pós-graduação em gestão escolar.

    Debates — Professora de história e sociologia em turmas dos três anos do ensino médio, Maria Luciene Bomfim atua em parceria com professores de outras disciplinas. Em 2014, ela aproveitou a realização da Copa do Mundo no Brasil para criar o projeto Antes de Conhecer o Mundo, Vamos Conhecer nossa Cidade, que envolveu turmas do primeiro ano. O patrimônio cultural foi o principal conteúdo. Visitas aos museus da cidade e apresentação, a outras turmas, de trabalhos sobre monumentos históricos, por meio de dança, música e comidas típicas, foram algumas das atividades.

    Com as turmas de segundo ano, Maria Luciene estimulou os estudantes a fazer apresentações, em grupo, sobre fatos recentes — políticos, econômicos ou sociais — divulgados nos meios de comunicação. “As apresentações foram excelentes”, diz. “Os alunos expunham ideias de maneira informal e, quando era um tema desafiador, o trabalho instigava debates com os outros colegas.”

    Com as turmas de terceiro ano, em iniciativa que envolveu as disciplinas de português e geografia, foi reeditado projeto desenvolvido com sucesso em 2013, Totalitarismo ou Autoritarismo: Colapso da Democracia. O trabalho contou com diversas atividades relacionadas a velhos regimes da Itália (fascismo) e da Alemanha (nazismo) e, no Brasil, ao governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo [1937–1945]. Os alunos tiveram como tarefa produzir apresentação biográfica e musical de artistas da era de ouro do rádio no país.

    Outra atividade que Maria Luciene desenvolveu com alunos do segundo e do terceiro anos foi a apresentação de videoclipe da música Brasil, Mostra a tua Cara, do compositor Cazuza [1958-1990]. “Os alunos assistiram, cantaram e produziram textos e palavras-chave referentes à interpretação da música analisada”, ressalta a professora. “Nessa diversidade de atividades, é possível perceber o interesse, a integração, a criatividade, a valorização de talentos artísticos e a aquisição de conhecimentos que extrapola o saber da sala de aula, com uma participação maior dos alunos”, destaca Maria Luciene. Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em história e mestrado em educação.

    Leitura — As atividades desenvolvidas por Maria Aparecida de Lima Nunes, professora de língua portuguesa e de atividades integradoras, são relacionadas a leitura, interpretação de textos e redação. A cada semana, ela apresenta a alunos de turmas do segundo e do terceiro anos um texto motivador. “Discutimos sobre os pontos positivos e negativos apresentados e detectamos possíveis soluções”, diz.

    Na aula seguinte, ela apresenta questões para que os alunos desenvolvam habilidades interpretativas. Depois, propõe um tema correlacionado ao assunto discutido e determina aos alunos o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo. “Eles passaram a gostar da leitura, desenvolveram senso crítico, a capacidade interpretativa e de relacionar acontecimentos históricos ao conteúdo de português e às obras literárias”, diz Maria Aparecida. Com licenciatura plena em letras, ela está no magistério há 22 anos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

    Mais informações sobre o ProEMI na página do programa na internet

  • O Ministério da Educação (MEC) detalha neste momento a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A megaoperação, que envolve quase 400 mil pessoas, está a todo o vapor.

    Para subsidiar a imprensa com informações, a pasta convidou jornalistas para um café da manhã com o ministro Abraham Weintraub. Acompanhe:

  • Estados e municípios já podem realizar suas adesões ao Programa Escola do Adolescente (PEA), que oferecerá formação e apoio técnico a gestores e professores, de forma a tornar a escola um ambiente atrativo para os adolescentes aprenderem cada vez mais, participarem de ações de reorganização escolar, visando combater a repetência e o abandono. A adesão pode ser feita pela página do programa na internet.  

    A plataforma do PEA foi lançada pelo Ministério da Educação em 11 de dezembro e fornece diversas informações sobre o programa. A adesão já está aberta e deve ser feita pelos secretários de educação. Para as escolas, a adesão estará disponível a partir desta quinta-feira, 20. Todas as escolas que ofereçam turmas para os anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono anos) poderão fazer a adesão, sendo necessário apenas que os secretários de educação de sua rede tenham feito a inscrição previamente. A adesão ficará aberta até 21 de janeiro.

    A plataforma vai apoiar a gestão das secretarias e das escolas na elaboração e implementação de um plano de ação e na revisão curricular para uma escola mais conectada com o adolescente, de modo a ajudá-lo a se conectar com seu projeto de vida, seus interesses e até mesmo com suas vivências fora da escola. Por isso, o programa vai contar, por exemplo, com estratégias formativas sobre adolescência e mobilização do aprendizado, que chamem a atenção dos alunos de modo a engajá-los nos estudos e nos projetos da escola.

    “O programa pretende adotar mecanismos que combatam indicadores muito preocupantes, que são os de baixa aprendizagem, de reprovação e de abandono”, explica a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole. “A partir do momento em que se consegue ter uma escola que redesenha o currículo, que se reestrutura do ponto de vista pedagógico para olhar para esse público específico, a chance dele ser mais acolhido, de ter mais interesse e engajamento, é maior.”

    Inédito – Este é o primeiro projeto focado diretamente nos anos finais do ensino fundamental, etapa que tem o dobro de reprovação e abandono quando comparado aos anos iniciais. Há um grande desafio a ser superado nos anos finais do ensino fundamental e o Programa Escola do Adolescente tem o objetivo de ajudar a escola a superar esse atraso, conectando o desejo do adolescente com o que é ensinado em sala de aula.

    Atendimento – São 65 mil as escolas potenciais para atendimento pelo programa. Para dar suporte às redes, será formado um grupo de apoio com 53 coordenadores estaduais, dois por estado e um para o DF, os quais serão indicados logo após a adesão, sendo um selecionado pela seccional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e outro pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O grupo será responsável por auxiliar a implementação das formações e apoiar as ações do programa junto às redes escolares.

    Acesse a plataforma do programa Escola do Adolescente 

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser feito por pessoas que buscam o certificado de conclusão dessa etapa de ensino. Ou seja, quem não cursou ou não concluiu o ensino médio tem agora a chance de fazer a prova. Caso atinja a pontuação mínima exigida — 400 pontos em cada uma das quatro áreas de conhecimento e 500 na redação — terá direito ao certificado.

    As matrículas do Enem de 2010 foram abertas na segunda-feira, 21, e vão se estender até 9 de julho, pela internet. Ao fazer a inscrição, o candidato à certificação deve indicar o número do CPF e preencher o questionário socioeconômico. As provas serão aplicadas em 6 e 7 de novembro.

    Como estabelece o edital retificado, publicado no Diário Oficialda União na terça-feira, dia 22, o candidato à obtenção do certificado de conclusão não precisa ter frequentado a escola regular nem a educação de jovens e adultos. A condição para obter a certificação é ter 18 anos completos na data de realização da primeira prova.

    Cabe ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) receber as inscrições dos candidatos, aplicar e corrigir as provas. A emissão do certificado é de competência das secretarias estaduais de educação.

    Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia e os centros federais de educação tecnológica (Cefets) também podem fazer a certificação com base nos resultados do Enem. Assim, o candidato deve, no ato da inscrição, indicar a secretaria, instituto ou centro federal pelo qual pretende obter a certificação. Da ficha de inscrição consta a relação de instituições certificadoras que firmaram acordo de cooperação técnica com o Inep.

    Assessoria de Imprensa do Inep
  • Educação escolar indígena é tema de evento em Salvador

    Cerca de 200 pessoas, entre técnicos de secretarias estaduais e municipais de educação, do Ministério da Educação, das universidades, das organizações e representantes dos povos indígenas dos estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, participam a partir de hoje, 10 de março, até quinta-feira, 13, em Salvador, da Conferência Regional de Educação Escolar Indígena etapa Nordeste I. O evento, que será realizado no Hotel Sol da Bahia, é uma das etapas preparatórias para 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, que será realizada em setembro, em Brasília. Serão realizadas 18 conferências nas regiões, até agosto. A divisão das regiões obedece ao critério dos territórios etnoeducacionais - agrupamento das terras indígenas, respeitando a territorialidade dos povos e suas redes de relações interétnicas. Mais informações na página eletrônica da conferência nacional.



    Prazo para envio de sugestões para evento sobre Educação Superior

    Termina hoje, 10 de março, o prazo para que entidades de abrangência nacional, governamental e não-governamental, de natureza acadêmica ou associativa, relacionadas com a educação superior encaminhem contribuições ao documento referência que será discutido no Fórum Nacional de Educação Superior. O evento, que será realizado em Brasília, nos dias 13, 14 e 15 de abril, é promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em parceria com a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação. O fórum tem como objetivo mobilizar e buscar subsídios à participação da delegação brasileira na Conferência Mundial de Educação Superior, que será realizada em julho na França. A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação elaborou documento referência que se constitui em base inicial para as discussões. Mais informações na página eletrônica do Fórum.



    Encontro internacional sobre gênero em Santa Catarina

    A partir de hoje, 10 de março, estão abertas as inscrições para ouvinte no Colóquio Internacional Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul. O evento, que será realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entre os dias 4 e 7 de maio, tem como objetivo formar uma rede de pesquisadores a fim de se recuperar a história recente sobre gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul. O colóquio reunirá conferencistas do Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, México, Argentina e Bolívia. Mais informações no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar ativado para poder visualizar o endereço de email ou na página eletrônica do evento.



    Ministério da Justiça promove pesquisa sobre temas jurídicos

    Faculdades, universidades públicas e privadas, fundações mantenedoras de apoio e de amparo à pesquisa e entidades não-governamentais interessadas em participar do projeto Pensando o Direito têm até o dia 13 de março para encaminhar propostas. Promovido pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL), com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o projeto busca consolidar parcerias com universidades e centros de pesquisa. Os selecionados contarão com um financiamento de até R$ 80 mil. O texto completo da Convocação nº 01/2009 encontra-se na página eletrônica da SAL.



    Inscrições para residência em saúde da família e comunidade

    A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está com inscrições abertas até 26 de março para o processo seletivo para a residência multiprofissional em saúde da família e comunidade para 2009. São oferecidas 25 vagas: educação física (2), enfermagem (4), farmácia (2), fisioterapia (4), nutrição (4), odontologia (4), psicologia (3) e serviço social (2). Podem candidatar-se os alunos graduados que atendam aos pré-requisitos específicos do edital do concurso. A carga horária é de 60 horas semanais, sendo 48 horas distribuídas de segunda a sábado e plantões semanais de 12 horas, podendo ocorrer em qualquer dia da semana. Os aprovados receberão uma bolsa mensal no valor bruto de R$ 1.916,45 (mil, novecentos e dezesseis reais e quarenta e cinco centavos), pelo período de 24 meses, a partir do início das atividades do curso. Mais informações pelo telefone do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva/CCS/UFPB (83) 3216 -7249 , pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar ativado para poder visualizar o endereço de email ou na página eletrônica do Núcleo.



    Capes prorroga inscrições do Pró-Administração

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prorrogou até 31 de março o prazo para inscrições no Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Administração (Pró-Administração). O programa visa estimular a realização de projetos conjuntos de pesquisa e apoio à capacitação docente, utilizando-se de recursos humanos e de infra-estrutura disponíveis em diferentes instituições de ensino superior e outras instituições que se enquadrem nas regras do edital. O objetivo é possibilitar a produção de pesquisas científicas e tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados na área de administração e gestão. Os projetos devem ter duração máxima de quatro anos para o exercício orçamentário e cinco anos para a execução das atividades. Mais informações na página eletrônica da Capes.



    UFPA promove encontro de ensino de química

    A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, e a Associação Brasileira de Química – Seção Pará promovem, em Belém, no período de 22 a 24 de abril, o 11º Encontro Paraense de Ensino de Química. A programação do encontro prevê a realização de minicursos, oficinas, palestras, mesas-redondas, exposição de pôsteres, além de momentos culturais. Mais informações na página eletrônica do evento.



    Capes lança edital do Programa Dra. Ruth Cardoso

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está com inscrições abertas até 30 de abril para o Programa Dra. Ruth Cardoso, que oferece apoio à participação de professores e pesquisadores brasileiros das áreas de ciências humanas e sociais nas atividades da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, EUA. O programa é uma parceria da Capes com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade de Columbia (UC) e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright). Mais informações na página eletrônica do programa.



    CNPq divulga calendário de bolsas e auxílios para 2009

    O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga o calendário para 2009 de ações de fomento à pesquisa e de apoio à formação de recursos humanos. São 13 modalidades de bolsas e duas de auxílios com datas de inscrição e períodos de julgamentos distribuídos ao longo do ano. Já as bolsas de pós-doutorado no exterior, sanduíche no país e no exterior, estágio sênior e pesquisador visitante têm dois períodos para inscrição. O primeiro se encerra em 28 de maio e o último em 30 de setembro. Para demais bolsas e mais informações consultar calendário ou na página eletrônica do CNPq.



    Inscrições abertas para o prêmio Vivaleitura

    Professores, agentes de leitura e outros profissionais que desenvolvem atividades de leitura em escolas, bibliotecas e instituições podem apresentar trabalhos e concorrer ao Prêmio Vivaleitura 2009. As inscrições estão abertas até 24 julho. Na sua quarta edição, o Vivaleitura vai distribuir prêmios de R$ 90 mil, distribuídos entre três categorias. Iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Cultura, o prêmio tem a coordenação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e o patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha. Democratizar o acesso à leitura, fomentar a leitura e a formação cidadã, valorizar o livro e a leitura e apoiar a criação e a produção literárias são os objetivos do Vivaleitura. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas pela internet ou por carta registrada, com aviso de recebimento para o seguinte endereço: Caixa Postal 71037-7, CEP 03410-970 – São Paulo (SP). Informações também pelo telefone gratuito 0800-7700987 ou na página eletrônica do prêmio.

  • Os estudantes de Petrópolis fizeram pesquisas e entrevistas com especialistas, participaram de oficinas e criaram na escola um pequeno cinema de imagem tridimensional (foto: www.3dhub.com)Diante do interesse dos estudantes pelas imagens tridimensionais do filme Avatar, de James Cameron, o professor de matemática Guilherme Erwin Hartung, do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, em Petrópolis (RJ), elaborou o projeto O Fantástico Mundo 3D para explicar a tecnologia. Após pesquisas, entrevistas com especialistas e oficinas, os 20 alunos do ensino médio que participaram do projeto conseguiram criar um cineminha de imagem tridimensional (3D) na escola.

    “Desde 2009, o cinema 3D virou moda entre a garotada do ensino médio, e eles queriam muito entender essa tecnologia, ainda mais porque não há cinema 3D em Petrópolis”, conta Hartung. O primeiro passo foi colocar os alunos interessados no assunto em um ônibus até Duque de Caxias, a cidade mais próxima em que há cinema 3D.

    Na prática, eles participaram de oficinas para aprender a produzir fotos e imagens tridimensionais usando óculos com lentes nas cores cíano (azul puro) e vermelha. Também visitaram centros de pesquisa tecnológica e discutiram óptica e efeitos da luz e da polarização nos diferentes tipos de óculos para criar um cinema 3D de baixo custo — cerca de R$ 300. O dinheiro foi gasto na aquisição do tecido da tela, de dois filtros de polarização de luz e de 30 óculos. Dois projetores da escola foram adaptados para exibir as imagens.

    A participação dos alunos foi voluntária, sem valer nota, mas os ajudou a ganhar conhecimento em matérias curriculares do ensino médio, como biologia, física e matemática. “Sistema de visão humana binocular, que permite enxergar em profundidade, evolução darwiniana e ótica geométrica para calcular a distância necessária para qualidade da imagem em 3D”, exemplifica Hartung. Não só os alunos aprenderam. Também o professor, que buscou informações para as aulas práticas com docentes e pesquisadores universitários.

    As aulas do projeto ocorriam no turno oposto ao dos estudos (contraturno). “Seria impossível fazer um projeto com esse detalhamento durante as aulas normais, mas os alunos participaram devido à paixão pela tecnologia e aprenderam mais sobre as matérias curriculares”, afirma Hartung. “É importante nos dias de hoje, com essa mudança de paradigma, trazer a tecnologia para a escola e atrair os alunos para o conhecimento.”

    O professor conseguiu ainda o contato dos alunos, por videoconferência, com o brasileiro João Roberto de Oliveira Sita, que trabalha no estúdio Rodeo FX, do Canadá, e participou da produção de Avatar.

    Prêmio — Além de O Fantástico Mundo 3D, incluído entre os ganhadores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil, outros projetos educativos de Hartung já foram premiados. Um deles é o de jogos educacionais para alunos, que valeu uma visita à Universidade Politécnica de Madri. Ele mantém um blog com dicas e novidades sobre tecnologia aplicada à educação para alunos e professores. Também é colaborador da seção Sugestões de Aulas do Portal do Professor.


    Rovênia Amorim



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    O ministro Rossieli Soares, em visita à escola José Leão Nunes, conversou com professores e estudantes e defendeu a escola integral como o caminho para a educação (Foto: André Nery/MEC)

    O ministro da Educação, Rossieli Soares, reinaugurou em Cariacica, região metropolitana de Vitória, nesta terça-feira, 18, a Escola Estadual José Leão Nunes. A escola existe há 43 anos, mas foi toda reconstruída para oferecer ensino em tempo integral a partir de 2018. São 420 estudantes do sétimo ao nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. Todos em período integral. A meta para o próximo ano é ampliar para 520 alunos.

    “O Brasil está começando a fazer um movimento para alcançar os outros países”, declarou Rossieli. “Mais do que nunca precisamos percorrer esse caminho para melhorar a educação. O Brasil precisa se organizar para que as escolas se transformem em escolas de sete horas com o objetivo de formação integral do indivíduo. Este é o caminho para a educação no país.”

    O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, observou que “a educação é um grande gargalo no desenvolvimento do país e é preciso melhorar”. Mas acredita que as mudanças que vêm sendo implementadas trarão muitos resultados. “Temos muita esperança para a educação básica no país”, enfatizou.

    Mãe de Lucas, estudante da escola José Leão Nunes, de 16 anos e que tem autismo, Roseana Ferreira Santos, deu seu depoimento durante o evento. “Tive a felicidade de encontrar uma acolhida muito grande na escola. Assim como qualquer outro pai ou mãe, nossa preocupação era como ele seria tratado em período integral. E para surpresa minha e do pai, foi maravilhosa”, conta. “Ele cresceu muito nas aulas do contraturno, com esporte, e ele interage muito bem.”

    Já a estudante Hellen da Silva, do segundo ano, conta que viveu tanto a escola de tempo parcial como de tempo integral. “Eu fiz protesto contra a escola de tempo integral. Mas a Escola Viva mudou muito a minha vida. Antes eu não pensava muito no meu projeto de vida. Agora penso muito no meu futuro e como posso ser daqui pra frente”, contou, entre aplausos dos colegas.

    Em 2017, foram repassados R$ 35,7 milhões para o Espírito Santo por meio da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). Este ano, foram R$ 7 milhões para custeio e capital.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira, 6, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Embora a maioria dos estudantes avaliados tenha interesse nas disciplinas relacionadas à ciência (mais da metade relata ter interesse ou se divertir ao aprender sobre ciências), o desempenho foi bem abaixo da média da OCDE.

    O desempenho médio dos jovens estudantes brasileiros na avaliação de ciências foi de 401 pontos, valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países membros da OCDE (493). O desempenho médio dos jovens brasileiros da rede estadual foi de 394 pontos.

    “Como boa parte da pesquisa do Pisa é feita no ensino médio, é um número considerável de jovens que foram avaliados e que mostram um desempenho baixo”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Precisamos redirecionar esse caminho e focar nesses pontos.”

    Por ofertar prioritariamente o ensino fundamental, a rede municipal apresentou desempenho inferior ao das escolas de outras dependências administrativas (329 pontos). Alunos da rede federal de ensino obtiveram o melhor desempenho em ciências (517 pontos) e assim superaram a média nacional, mas não estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da rede particular (487).

    Por unidade da Federação, o Espírito Santo apresentou o melhor desempenho (435). Alagoas, o mais fraco (360). O desempenho médio dos meninos em ciências foi superior ao das meninas na maioria das unidades federadas.

    Independentemente da média de desempenho geral do país, as diferenças de dificuldade em relação aos três sistemas de conhecimento de conteúdo foram relativamente pequenas. Itens relacionados ao contexto pessoal foram considerados mais fáceis pelos estudantes brasileiros do que os de contexto local e global. Essa mesma tendência foi observada em diversos países e nas unidades federativas, embora as diferenças tenham apresentado grandes variações.

    Os estudantes brasileiros tiveram maior dificuldade nos itens de resposta aberta, seguidos pelos de múltipla escolha complexa e simples, tendência também observada em outros países analisados.

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    Assessoria de Comunicação Social 

  • Matemática e ciências da natureza foram as matérias do último dia do exame


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    O segundo e último dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 terminou às 18h30 deste domingo, 10 de novembro. Foram cinco horas de aplicação da parte de matemática e ciências da natureza do maior exame de acesso ao ensino superior do país.

    Foram dois dias de prova, cada uma com 90 questões de múltipla escolha. No primeiro, foram 45 sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 sobre ciências humanas e suas tecnologias, além da redação sobre democratização do acesso ao cinema no Brasil. No segundo dia, foram 45 sobre ciências da natureza e 45 sobre matemática.

    Juntando os dois dias, foram dez horas e meia de prova. Para o estudante Lucas Abud, 18 anos, o conteúdo estava de acordo com o que estudou, o problema foi a maratona. “O Enem é um teste físico. A exaustão foi meu principal problema. O conteúdo em si não estava tão difícil”, disse ao sair do Centro Educacional Sigma, um dos locais de prova de Brasília.

    Para Mateus dos Anjos, 17 anos, o problema é a expectativa. “A prova não estava muito difícil, o problema é a pressão que o ambiente coloca em cima da gente”, afirmou ao sair da prova, também no Sigma.

    O balanço com as principais informações do dia será divulgado logo mais, às 19h, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. Ambos concedem entrevista à imprensa na sede do Inep, em Brasília.

  • De acordo com a professora Fátima Spillari, os estudantes têm interesse no idioma espanhol pela possibilidade de fazer amizades, conhecer pessoas e trocar ideias pela internet (foto: arquivo da professora)A produção de histórias em quadrinhos, com desenhos e textos em espanhol, pelos alunos, é uma das atividades desenvolvidas pela professora Fátima Regina Spillari. Ela leciona na Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Kluwe, no município gaúcho de Bagé, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com o Uruguai. “Os alunos têm interesse nas aulas de espanhol, pela possibilidade de fazer amizades, conhecer pessoas e trocar ideias pela internet”, diz. De acordo com a professora, os estudantes viajam com frequência ao Uruguai. Muitos deles têm familiares do outro lado da fronteira.

    Segundo Fátima Regina, os estudantes têm curiosidade pelo significado e pela pronúncia de determinadas palavras, como millones (milhões) e mientras (enquanto). Para a ampliação do vocabulário dos alunos em espanhol, ela promove trabalhos em grupo sobre temas como família, alimentos, vestuário, casa e cores. Após pesquisas sobre os temas, os estudantes fazem apresentações para os colegas, com cartazes, vídeos e maquetes. “Sempre faço esse trabalho na primeira série do ensino médio; a maioria dos alunos gosta”, revela. Com graduação em letras, Fátima Regina tem pós-graduação em inclusão da língua espanhola.

    Professora na mesma escola, Maria Enilda Gularte Nunes Martinez adota livros, filmes, vídeos, músicas e poesias, entre outras opções, nas aulas de espanhol. Também promove saídas pedagógicas, com visitas dos alunos ao vizinho país. “O espanhol é a língua mais difundida no mundo, depois do inglês, e uma das mais promissoras no mercado de trabalho”, diz. “Então, aprender o idioma é uma necessidade imperiosa no mundo atual.”

    Para Maria Enilda, muitas perspectivas surgem a partir do poderio do idioma no mundo. Ela constata, no entanto, que no Brasil a influência da cultura espanhola ainda é pequena, apesar da proximidade e das fronteiras com países de língua hispânica. Formada em letras, Maria Enilda tem especialização em supervisão e orientação escolar.

    A escola Carlos Kluwe, com 1,3 mil alunos, oferece aulas de espanhol desde 1998. Inicialmente, no centro de línguas da própria unidade de ensino, como opcionais. Integrante do currículo obrigatório, o espanhol é ministrado, este ano, nos dois primeiros anos do ensino médio.

    “Boa parte da população de Bagé entende e fala o espanhol. Nossa cidade fica a 60 quilômetros da fronteira”, destaca o professor Cezar de Quadros Palomeque, diretor da escola. “A importância de oferecer aulas de espanhol está em incentivar a aprendizagem dos jovens.”

    Professor de estudos sociais, com pós-graduação em sociologia, Palomeque está no magistério há 35 anos. Atuou como professor de história e geografia durante seis anos.

    Fátima Schenini

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  • Avaliação

    alunosO conjunto de referências que faz da avaliação um procedimento necessário para definir prioridades e garantir a qualidade do ensino, leva a União a elaborar um sistema de avaliação capaz de diagnosticar e indicar necessidades de controle e correções de rumos na política educacional coordenada pelo MEC, em colaboração com os Estados e Municípios.

    Essas questões nos indicam que o desafio não está somente em desenvolver metodologias de avaliação para a educação básica e para o ensino médio em particular, mas como se podem tornar coerentes objetivos e metodologias. Afinal de contas, a avaliação do desempenho do aluno contribui para a política educacional constituindo-se em um componente da avaliação dos sistemas de ensino.

     

    A avaliação de desempenho dos alunos do ensino médio é uma das estratégias para a avaliação dos sistemas, com o objetivo de definir prioridades por parte da União e dos Estados, que possam ser necessárias para a definição ou redirecionamento dos rumos da política educacional.

     

    Particularmente em relação às incumbências da União, a avaliação indica as necessidades de apoio técnico e financeiro aos entes federativos. Para isto, alguns pressupostos são imperativos, tais como uma avaliação que permita correção de rumos e se realize ao longo do processo formativo e não somente ao final. Sendo assim, defendemos que exames de ensino médio se realizem a cada série, de modo que tanto os sistemas de ensino quanto os alunos possam perceber o desenvolvimento da aprendizagem e tomar providências necessárias para a recuperação, quando for o caso.

     

    Como parte de uma avaliação sistêmica, segundo parâmetros a serem definidos, os resultados desses exames devem permitir fazer projeções sobre a qualidade do ensino, a serem verificadas mediante análise dos fatores que, segundo estudos, são determinantes para a melhoria da aprendizagem. Dentre esses se incluem, por exemplo:

     

    Condições de infra-estrutura e de equipamentos de apoio didático (laboratórios, bibliotecas, etc.);

     

    Condições do ambiente escolar em termos físicos (localização, sonoridade, iluminação, ventilação) e sócio-políticos (gestão democrática, valorização dos trabalhadores, auto-estima dos alunos, envolvimento da comunidade, etc.);

     

    Adoção de livros didáticos e possibilidade de acesso a eles e a outras fontes impressas de conhecimento, pelos alunos;

     

    Características da organização curricular e do trabalho pedagógico;  valorização dos professores, considerando a qualidade da formação inicial, as oportunidades de formação continuada, o estímulo à participação no projeto pedagógico da escola, os princípios norteadores da carreira e as condições de trabalho;

     

    Características sócio-econômicas e culturais dos alunos.

     



    [Contexto do Ensino Médio] [Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio] [Prêmio Ciências] [Ética e Cidadania] [Livro Didático] [Formação Continuada] [Coleção Explorando o Ensino] [Fenaceb - Apoio às Feiras de Ciências] [Publicações do Ensino Médio] [Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - 2006/2007]

  • Ao abrir reunião técnica sobre os programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador, nesta terça-feira, 13, em Brasília, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, disse que a educação integral caminhou centenas de quilômetros desde 2007, quando foi instituída, mas que há muito espaço para crescer. Hoje, segundo a secretária, a educação integral é oferecida em cerca de 15 mil escolas do ensino fundamental, que atendem 3,2 milhões de estudantes.

    Maria do Pilar ressalta que a expansão dessa modalidade de ensino, com qualidade, precisa envolver estados, prefeituras, secretarias de educação, ministérios, universidades e a sociedade. Ela salientou que o investimento do MEC na educação integral alcançou R$ 1 bilhão este ano e que os recursos devem ser ampliados em 2012.

    Uma reunião de trabalho trouxe a Brasília cerca de 350 coordenadores estaduais e regionais dos programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. Durante três dias, diretores, técnicos do MEC e coordenadores vão discutir os desafios da educação integral, a expansão em escolas na área urbana, o ingresso de escolas do campo no programa e o currículo, além da apresentação de experiências desenvolvidas em vários estados.

    Expansão da educação integral [2011-2012]

    Unidades

    2011

    2012

    Escolas urbanas

    14.900

    25.000

    Estudantes

    3.200.000

    4.500.000

    Municípios

    1.500

    3.500

    Escolas no campo

    (previsão) 5.000


    De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB), Jaqueline Moll, entre as questões importantes do debate estão como preparar crianças e jovens para viver como cidadãos plenos de direitos, não apenas para o mercado de trabalho, a competitividade e o uso de novas tecnologias. “Nosso desafio não é simples”, disse ela aos coordenadores.

    Jaqueline também destacou a importância da integração das políticas públicas na melhoria da educação. Para ela, a educação integral precisa estar em conexão com programas como Escola Aberta, Saúde na Escola, e Bolsa-Família. “Nossa pauta diz que os agentes desses programas e dos territórios devem conversar cada vez mais para a ampliação do programa ser alcançada com qualidade”, afirmou. Jaqueline lembrou ainda que a presidenta da República, Dilma Rousseff, pretende levar a educação integral a 60 mil escolas públicas, urbanas e rurais, até 2014.

    Grupos de trabalho também reúnem coordenadores do programa Ensino Médio Inovador para discutir currículo escolar, educação integral e expansão. No próximo ano, segundo Jaqueline Moll, o ensino médio inovador deve chegar a 2 mil escolas das 27 unidades da Federação.

    Proposto pelo Ministério da Educação em 2009, o ensino médio inovador é um projeto de apoio técnico e financeiro oferecido a estados dispostos a melhorar a qualidade do ensino de nível médio. Entre as inovações estão o aumento da carga horária, nos três anos do ensino médio, das 2,4 mil horas atuais para 3 mil; a leitura como elemento central e básico de todas as disciplinas; o estudo da teoria aplicada à prática; o fomento das atividades culturais e professores com dedicação exclusiva.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Ensino Médio Inovador

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  • Operação para realização do exame começa na sala segura, que guarda as provas, até a aplicação do exame

    A cada ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avança no uso de tecnologia para que todas as etapas do exame sejam realizadas com a máxima segurança e sigilo. A implantação de novos processos e ferramentas tecnológicas também veio para facilitar a integração entre todos os parceiros institucionais da maior prova do ensino médio.

    As ações de segurança são necessárias desde a elaboração de questões da prova na “sala segura”, um ambiente com rígido controle de acesso, até a aplicação do exame, que acontece em mais de 10 mil locais de exame para 5,1 milhões de pessoas inscritas.

    Toda essa operação para realização do Enem é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

    Para a edição deste ano, por exemplo, o Inep estabeleceu no edital do Enem que, se o celular emitir algum som durante a realização das provas, mesmo que esteja dentro da embalagem lacrada, o participante será eliminado.

    A medida foi uma sugestão da Polícia Federal, uma das instituições parceiras no planejamento e operação do Enem. O diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi, lembra que “além de desligar o aparelho, o inscrito deve desativar todos os alarmes ligados”.

    As inovações complementam outros procedimentos adotados ao longo dos anos. Em 2017, as provas e os cartões de resposta passaram a ser personalizados com informações de cada candidato. Além disso, nos locais de aplicação, equipamentos de detecção de ondas magnéticas vêm sendo usados com o objetivo de captar emissões de frequência de aparelhos eletrônicos.

    Mussi lembra ainda que desde 2016, a digital de todos os participantes é colhida nos dois dias de aplicação de provas. “Essa é uma das principais medidas de segurança para evitar fraudes”, afirmou o diretor.

    Longo caminho – A preparação do Enem começa muito antes de o participante chegar na sala de aplicação. São impressas 10,3 milhões de provas nominais, enviadas em 54 mil malotes, que seguem para as 11.227 coordenações em todo o território nacional. Só o transporte mobiliza 31 mil pessoas.

    A primeira remessa de provas deixa a gráfica um mês antes do exame. A distribuição com antecedência garante que os malotes cheguem com segurança aos locais de mais difícil acesso.

    Com o objetivo de auxiliar os parceiros institucionais na gestão dos recursos empregados nas atividades de segurança da aplicação dos exames, o Inep desenvolveu o Sistema Integrado de Gestão de Ativos de Segurança (Sigas). O aplicativo de celular integra os envolvidos na logística de distribuição e segurança na realização do Enem. O instituto prepara ainda manuais para a operação e capacitação presencial de operadores da ferramenta.

    Logística – Além dos representantes do Inep, estão envolvidos na logística:

    • Oficiais das polícias militares, responsáveis pelos Centros Integrados de Comando e Controle estaduais;
    • Representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas;
    • Polícia Federal;
    • Polícia Rodoviária Federal;
    • Coordenadores estaduais dos Correios;
    • Coordenadores estaduais do consórcio aplicador, composto pela Fundação Cesgranrio e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e;
    • Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro.

    “Nos últimos 10 anos, o Inep avançou em muitos quesitos. Todas essas entidades envolvidas, cada uma especializada em uma área, seja na distribuição, impressão ou logística, trouxeram mais segurança tanto para o participante quanto para o Inep”, completou o diretor do Inep.

    Enem 2019 – O Inep recomenda que o participante imprima o Cartão de Confirmação da Inscrição e a Declaração de Comparecimento (caso precise de comprovante) e leve os dois para a sala do exame. Os portões do local de prova abrirão ao meio-dia (12h), pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h. Para realizar o exame, é necessário levar caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, a única permitida.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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