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  • No intuito de inserir social e economicamente imigrantes, refugiados e portadores de visto humanitário, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) está com inscrições abertas, até 21 de julho, para a terceira turma do curso de português para estrangeiros. O curso é gratuito, aí incluído o fornecimento do material didático. São 60 vagas, distribuídas em quatro níveis de proficiência e não é necessário conhecimento prévio do português.

    “O objetivo é preparar essas pessoas para o mercado de trabalho, porque uma das maiores dificuldades que elas enfrentam é não dominar a língua portuguesa”, resume o secretário de Relações Internacionais do Cefet-MG, Jerônimo Coura Sobrinho. As aulas serão ministradas de 5 de agosto a 2 de dezembro, sempre aos sábados, das 13h30 às 17h45, no campus I do Cefet-MG (Avenida Amazonas, 5253, Nova Suíça, Belo Horizonte).

    Criado em 2016 por meio de um projeto de extensão da secretaria de Relações Internacionais da Cefet, o curso tem a previsão de formar 120 alunos até o fim do ano. O foco são os refugiados em situação de vulnerabilidade social. “Hoje a maioria dos estudantes é de haitianos, sírios e africanos”, informa Jerônimo. “Curiosamente, temos alguns alunos da América Latina e europeus que fazem trabalho social no Brasil, mas não dominam a língua e foram abrigados neste curso justamente por fazerem esse tipo de trabalho.”

    Aprendizagem – Organizadas em módulos de compreensão oral e escrita, produção textual e cultura e sociedade, as aulas são ministradas por bolsistas do curso de letras e alunos de pós-graduação de estudos de linguagens. Esses profissionais são acompanhados por orientadores do Grupo de Pesquisa em Linguagens e Tecnologia (Infortec), além de professores do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia do Cefet e convidados – todos voluntários. “Eles estão inseridos em um grupo de pesquisa que investiga as questões relacionadas à inserção do estrangeiro no contexto brasileiro”, explica Jerônimo.

    Além da inserção no mercado, o curso tem como proposta preparar os estrangeiros para que eles se qualifiquem profissionalmente, retornando às salas de aula. Para tanto, a Secretaria de Relações Internacionais do Cefet desenvolve o projeto de abrir vagas especiais para imigrantes e refugiados nas turmas regulares. “Um dos pré-requisitos para eles ingressarem nessas turmas é o domínio da língua portuguesa”, acrescenta o coordenador. “Nossa ideia é que façam cursos técnicos pós-médio ou graduação ou pós-graduação, a depender do nível em que se encontram. Estamos cuidando para regulamentar estas vagas”, acrescentou o coordenador. Concluído o curso, os participantes recebem certificado que poderá ser acrescido ao currículo.

    O passo a passo para os interessados em se inscrever pode ser encontrado na página do Cefet.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A Rede Ebserh, que atua na gestão de hospitais universitários federais brasileiros, apresentou nesta segunda-feira, 3, o balanço preliminar da ação Ebserh Solidária. Aproximadamente 40 profissionais de saúde dos hospitais universitários vinculados à empresa pública atenderam voluntariamente milhares de imigrantes venezuelanos que estão nos abrigos em Boavista (RR) e Pacaraima (RR). A semana de atividades, com início em 27 de agosto e término em 1º de setembro, contou com mais de 4.600 atendimentos de clínica médica, pediatria, ginecologia, enfermagem, oftalmologia, odontologia, infectologia e exames rápidos de HIV, sífilis e Hepatite B.

    Segundo o presidente da Rede Ebserh, Kleber Morais, a ação promoveu benefícios aos voluntários, aos imigrantes e, principalmente, ao povo brasileiro. “Essa semana de trabalho voluntário foi um diferencial para aquelas pessoas que estavam no abrigo, sem atenção médica. O balanço da ação é bem positivo. Fizemos mais de 4.600 procedimentos em um abrigo com pouco mais de cinco mil pessoas”, ressaltou Kleber Morais, salientando a importância do ato humanitário que favoreceu os dois países. “Esses imigrantes estão em nosso país e, se nós não cuidarmos deles, a população brasileira será afetada em demasia. Ou seja, estamos cuidando dos imigrantes e também do pessoal do nosso país”, completou.

    Ação Ebserh Solidária realizou mais de 4.600 atendimentos voluntários a imigrantes venezuelanos que estão nos abrigos em Boavista (RR) e Pacaraima (RR) (Foto: Divulgação/Ebserh)

    A semana de atendimento também foi providencial para levantar quais as principais patologias apresentadas por populações nesta situação. Os dados serão compartilhados com instituições públicas que têm envolvimento direto com o acolhimento de refugiados. Os casos mais comuns no abrigo de Roraima foram de escabiose – popularmente conhecida como sarna –, diarreia, pneumonia, varicela e a necessidade de orientações sobre a importância do uso de contraceptivos.

    Realidade – Lídia Mayrink, médica pediatra e professora da Universidade Federal de Uberlândia, foi uma das voluntárias, e considerou a experiência interessante e gratificante. “Na nossa cabeça, já imaginávamos o que íamos encontrar, mas a realidade foi um pouco mais difícil. Há muitas crianças nos abrigos”, disse ela. A médica ainda destacou problemas básicos encontrados nas crianças atendidas. “Cáries, problemas de pele, algumas infecções respiratórias, coisas simples de serem trabalhadas, principalmente porque estão relacionados à questão da aglomeração”, aponta. “Agora, além da questão do abrigo, da segurança, da alimentação e do atendimento médico, é preciso atentar para a falta da parte mais humanitária. As ONGs poderiam estar mais perto e providenciar a essas crianças atividades, escola e recreação”, concluiu.

    A iniciativa – A ação Ebserh Solidária foi criada para oferecer atendimentos de saúde voltados à população com dificuldade de acesso a esses serviços. Essa edição da iniciativa foi idealizada diante do número crescente da entrada de imigrantes venezuelanos no país, a fim de apoiar as atividades que visam minimizar o impacto gerado nos serviços públicos do estado de Roraima.

    Assessoria de Comunicação Social

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