Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Em Marília, as aulas de mandarim são ministradas, em geral, por estudantes chineses, com bolsa de pós-graduação, que vêm ao Brasil para complementar os estudos e aproveitam a estadia para ensinar o idioma (foto: hojerio.com)Japonês, mandarim, francês, alemão, italiano, espanhol e inglês são alguns dos cursos oferecidos, gratuitamente, a estudantes paulistas, de acordo com a demanda de cada região. As aulas são ministradas em diversos municípios, nas mais de 200 unidades do Centro de Ensino de Línguas (CEL) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

    Em Marília, a cerca de 400 quilômetros da capital, os sete idiomas estão disponíveis em unidade criada há 26 anos. Localizada na Escola Estadual Monsenhor Bicudo, atende 460 alunos de escolas da rede pública de ensino, nos turnos matutino, vespertino e noturno. As matrículas podem ser feitas por estudantes a partir do sétimo ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos, exceto para os cursos de inglês e mandarim, disponíveis somente para alunos do ensino médio. Além de aprender uma nova língua, os estudantes têm a oportunidade, durante as aulas, de conhecer também os costumes de outros países.

    Segundo a coordenadora do CEL de Marília, Ângela Aparecida Batista, a proposta do projeto de criação do centro nasceu nos fins da década de 1980, “no ambiente de globalização que se intensificava, aproximando povos e culturas”. De uma forma mais específica, de acordo com Ângela, tinha-se em mente “a integração do Brasil com a comunidade latino-americana hispanofalante, objetivamente pensando em termos econômicos, através do Mercosul”.

    Outros idiomas foram acrescentados depois à grade curricular. “Isso ampliou a visão, antes restrita à América hispanofalante, para a da mundialização dos laços econômicos e culturais, chegando à configuração de hoje”, destaca.

    Japonês— Professor de língua japonesa desde 2004, André Pereira ressalta que seus alunos, em geral, são muito interessados. “Raramente se ausentam, com frequência trazem dúvidas e curiosidades para as aulas e cumprem com todo empenho as atividades realizadas”, afirma.

    Ele acredita que a atração dos jovens pela língua japonesa vem do interesse que têm por itens culturais como mangá (história em quadrinhos), animes (animações) e j-pop (música popular japonesa). Outro ponto lembrado por ele é a proximidade que a região de Marília tem com a colônia japonesa, bastante presente na comunidade. “Minhas aulas envolvem conversação, escrita e regras gramaticais”, diz o professor. “Só uso a escrita japonesa, e os alunos aprendem os três tipos: hiragana, katakana e kanjis (ideogramas).”

    Os livros didáticos são fornecidos pela Secretaria de Educação do estado. São seis obras, voltadas para escrita, leitura e compreensão do idioma. Elas abrangem desde o básico até os níveis mais avançados do idioma.

    Com graduação em geografia, que também leciona, Pereira revela que sua habilitação para o ensino de japonês deve-se ao fato de ter sido aprovado no teste Nouryoku shiken, de proficiência no idioma, regulamentado pela pasta de educação do Japão. Além disso, o professor tem grande conhecimento da vida e da cultura nipônicas, pois morou por 12 anos naquele país e lá estudou da sexta série do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio.

    Mandarim — As aulas de mandarim foram implantadas graças a uma parceria da Secretaria de Educação do estado com o Instituto Confúcio, que atua na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). “Os professores, normalmente, são alunos chineses, com bolsa de mestrado ou doutorado, que vêm ao Brasil para uma complementação de estudos e ministram aulas, também”, revela Ângela. “Nossa professora, Wang Yukun, está em Marília para complementar a bolsa de mestrado em educação pela Unesp.”

    Graduada em letras (português, inglês e espanhol), com mestrado em comunicação, Ângela tem experiência de 20 anos como professora de gramática, literatura e redação em instituições particulares de ensino e como professora efetiva de inglês da rede pública estadual.Há dois anos na coordenação do CEL de Marília, ela deu aulas de espanhol durante três anos.

    Parcerias — De acordo com Ângela, para a capacitação de professores e fornecimento de material pedagógico, a Secretaria de Educação paulista firma parcerias com instituições relacionadas aos idiomas oferecidos no CEL. A Embaixada da Espanha, o Consulado da França em São Paulo, a Associação de Professores de Francês do Estado de São Paulo (Afpesp), a Aliança Francesa, a Associação Cultura Inglesa, o Instituto Goethe e a Fundação Japão são algumas dessas instituições. “Por conta de parcerias, aqui em nosso centro já tivemos alunos que viajaram para Argentina, Inglaterra e Espanha”, diz.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e nas páginas do Centro de Estudos de Línguas e do Instituto Confúcio na internet

    Leia também:
    Yes, é possível aprender inglês nas escolas públicas do Brasil
    Experiência de professores no exterior enriquece as aulas

  • Estão abertas as inscrições para cursos de alemão, italiano e japonês, por meio do Idiomas sem Fronteiras. O Ministério da Educação publicou nesta terça-feira, 13, dois editais no Diário Oficial da União (DOU) referentes ao programa, que estimula o aprendizado de diferentes línguas como fomento ao intercâmbio internacional. O edital nº 84 trata sobre o ensino de alemão, que será a distância, com algumas aulas presenciais. Já as aulas de japonês e de italiano, previstas no edital nº 85, serão apenas presenciais.

    Serão ofertadas até 19 vagas por instituição nos cursos de alemão, e até 20 nos de japonês e de italiano. Segundo a coordenadora do programa, Denise Abreu e Lima, os cursos, em formato piloto, ocorrem em parcerias realizadas entre o MEC, o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad, na sigla em alemão), a embaixada italiana e a Fundação Japão.

    “Faremos um levantamento das demandas desses idiomas nas universidades envolvidas, da receptividade da comunidade acadêmica e avaliaremos a estrutura do programa em resposta a este piloto para planejarmos as próximas ações”, explica Denise.

    O curso de alemão terá a iniciativa piloto em dez universidades públicas: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de São Paulo (USP).

    Para se inscrever no processo seletivo do IsF-Alemão, é preciso ser aluno de graduação, mestrado ou doutorado em alguma das universidades indicadas, além de ter concluído até 90% do total de créditos do curso. Podem participar também técnicos e docentes ativos das mesmas instituições participantes, vinculados ao MEC e que estejam com inscrição ativa no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) há mais de seis meses. Técnicos e docentes da Unesp também poderão se inscrever, desde que estejam na instituição há mais de seis meses.

    As aulas de italiano, presenciais, serão ofertadas na UFC, UFPR, UFSM, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). O ensino de japonês, também presencial, ocorrerá em cinco federais: UFPR, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de Brasília (UnB).

    Os critérios para se inscrever nesses processos são os mesmos que os do IsF-Alemão, com a ressalva de que um estudante só poderá participar do IsF-Italiano ou IsF-Japonês, não sendo permitida a participação em dois cursos ao mesmo tempo.

    As inscrições são gratuitas e se encerram às 12h do próximo dia 19. O processo de inscrição deve ser realizado pelo Sistema IsF Aluno. Cabe exclusivamente ao candidato conferir o resultado da seleção, que será divulgado a partir das 12h do dia 23 de setembro no mesmo sistema.

    Acesse os editais nº 84 e nº 85 no Diário Oficial da União.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) vai abrir inscrições para cursos gratuitos de alemão (on-line) e de japonês (presencial), conforme editais publicados nesta terça-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU). As inscrições devem ser feitas pela internet, na página eletrônica do IsF, entre as 12h da próxima quinta-feira, 27, e as 12h do dia 8 de maio. Podem concorrer estudantes de graduação e pós-graduação stricto sensu, professores e técnicos das universidades participantes.

    “Os cursos são oferecidos em continuidade a ações iniciadas no ano passado, em parceria com a Fundação DAAD [Deutscher Akademischer Austauschdienst, organização alemã de intercâmbio] e a Fundação Japão [vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Japão], ambas responsáveis pela execução”, disse a presidente do núcleo gestor do IsF, Denise Abreu e Lima.

    As aulas terão foco no desenvolvimento de habilidades linguísticas com fins acadêmicos e na preparação para os exames de proficiência nas línguas alemã e japonesa. A quantidade de vagas ofertadas varia de acordo com a universidade, bem como os locais e horários dos encontros presenciais.

    De acordo com Denise, a expectativa é de que a procura pelos cursos seja alta, dada a concorrência nas edições anteriores, que levou a filas de espera. A presidente do núcleo gestor explica que as aulas são oferecidas apenas em universidades com a infraestrutura necessária e que ofertam o curso de letras-japonês ou letras-alemão. “Neste momento, estamos priorizando as universidades que já têm a infraestrutura, mas a ideia é estruturar o programa para ampliá-lo no futuro”, afirmou.

    O curso de alemão tem carga horária total de 32h. Serão ofertados os níveis A1.1 e A1.2 do Quadro Europeu Comum de Referência em 12 instituições: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal Fluminense (UFF).

    Para o curso de japonês, será ofertado o nível A1, também com carga horária total de 32h, em cinco instituições: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    O resultado da seleção será divulgado no dia 11 de maio e as aulas terão início em 15 de maio.

    Os editais de ambos processos seletivos podem ser conferidos na edição desta terça-feira, 25, do Diário Oficial da União.

    Mais informações sobre o programa Idiomas sem Fronteiras podem ser acessadas na página eletrônica do programa.

    Assessoria de Comunicação Social 

Fim do conteúdo da página