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  • Decidido a dinamizar as aulas de produção de texto no Centro de Ensino Fundamental Juscelino Kubistchek (CEF JK), em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, o professor Marcelo da Silva Lisbôa resolveu criar um jornal escolar. O projeto foi idealizado em 2013, especificamente para a turma C do quinto ano do ensino fundamental, com participações esporádicas de alunos de outras turmas.

    Os estudantes ficaram empolgados com o informativo Tá ligado? “Era a motivação que faltava para fazê-los ler e produzir textos”, diz Marcelo, que leciona desde 2002. Graduado em pedagogia, o professor tem pós-graduação em ensino especial e em orientação educacional.

    A partir da terceira edição do jornal, que é bimestral, o projeto passou a contar com a participação do professor Francilon Dias da Silva, do quarto ano do ensino fundamental. Com licenciatura em pedagogia e curso técnico de designer gráfico, Francilon ficou encarregado da diagramação e do auxílio aos demais professores. Marcelo ficou na redação geral do informativo.

    Em 2014, devido aos bons resultados, o projeto passou a integrar a proposta pedagógica da instituição como projeto de leitura para todas as turmas de quarto e quinto anos. O jornal passou a se chamar A Voz do JK, e todos os professores e alunos das turmas envolvidas participaram da produção, redação e utilização do informativo em sala de aula como ferramenta pedagógica interdisciplinar.

    “Os alunos sempre participam ativamente de todas as edições e se envolvem em todas as etapas, seja criando textos, propondo pautas ou dobrando e distribuindo os jornais”, explica Marcelo.

    Após participarem de curso sobre uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) na escola, oferecido pelo Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado), do Ministério da Educação, em parceria com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape), os dois professores resolveram fazer uma edição especial do jornal, com o tema Educando com Tecnologias. “Convidamos professores que atuam com uso da didática multimídia a nos trazer testemunhos e apresentar ações”, revela Francilon, que atua no magistério há cinco anos. “Os alunos gostaram, pois intensificamos o trabalho com esses recursos em sala de aula”, afirma. “Essa didática mostrou-se superatrativa e compensadora nos resultados finais após avaliações.”

    Fátima Schenini

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  • A produção de um jornal foi importante aliado para elevar a autoestima e provocar mudanças positivas no comportamento dos estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Engrácio da Silva, no município de Serra, Espírito Santo. Nesta-quarta-feira, 30, eles lançaram o Jornal Escola, impresso.


    “A melhora dos alunos foi extraordinária no que se refere a resultados e a comportamento, pois eram alunos muito conversadores, que gostavam de passear pela sala”, conta a professora Ilcileni Vaillant França, que leciona língua portuguesa na instituição desde o início do ano letivo de 2009. Agora, segundo ela, eles entendem a questão de valores como respeito, espaço e direitos dos outros.


    O exemplo da escola capixaba mostra que o envolvimento de estudantes com a tarefa de criar e produzir um jornal escolar traz inúmeros benefícios ao processo de ensino-aprendizagem. O trabalho de escolher temas, buscar fatos, redigir e revisar textos, entre outras atividades, incentiva a leitura e a escrita, estimula a pesquisa, possibilita o acesso a informações e a opiniões diferentes e contribui para a maior interação do aluno com a realidade.


    Graduada em letras (português e inglês), com pós-graduação na modalidade educação de jovens e adultos, 14 anos de experiência no magistério, Ilcileni foi figura-chave na produção do jornal, um desejo antigo da turma. Ao saber que os alunos tinham produzido um exemplar, à mão, em 2008, e vendo o entusiasmo e a euforia com que falavam da obra, a professora procurou a direção da escola, que deu total apoio ao projeto.


    “Dividimos os grupos e suas tarefas. Um deles saiu às ruas, em busca de patrocínio. Outros, atrás de notas, entrevistas. Assim, fomos juntando material”, lembra Ilcileni.


    Os estudantes conseguiram arrecadar R$ 38 no comércio local e 150 folhas de papel-ofício. A diretora, Ledimar Correa Ramos de Souza, pensou em editar o jornal em uma gráfica, mas desistiu, diante do alto preço cobrado. Nada, porém, impediu a realização do sonho de publicar o jornal, que foi impresso na própria escola. “A autoestima da turma e também a minha, enquanto professora, está elevada. Vimos que, quando se quer, se faz”, garante Ilceleni. (Fátima Schenini)


    Saiba mais sobre ensino-aprendizagem no Jornal do Professor

  • O projeto de edição do jornal escolar teve reflexo entre os estudantes, como a disposição para trabalhar em equipe, e ajudou a despertar os alunos para o exercício da cidadania (arte: ACS/MEC)A reunião de pauta, momento em que se decidem as notícias para a edição semanal do jornal da escola, ocorre nas tardes de quarta-feira, no período oposto ao das aulas. As crianças do quarto ano do ensino fundamental chegam animadas, com sugestões de matérias. Após o processo de definição dos assuntos que sairão no próximo número, os estudantes-repórteres fazem pesquisas na internet e entrevistas, fotografam outros alunos, professores, pais, gestores e funcionários da escola. Depois, sentam-se diante do computador para escrever as notícias.

    A ideia de criar um jornal escolar na Escola Municipal Aquilino da Mota Duarte, em Boa Vista, Roraima, foi da professora Anna Carolina de Oliveira Brito. Ela queria melhorar a qualidade de ensino por meio de práticas de leitura e produção textual. O projeto Jornalistas da Liberdade, iniciado em maio último, deu nova dinâmica aos 25 alunos da turma. “Até mesmo aqueles que geralmente não se envolviam com as atividades de sala de aula sentiram-se motivados a desenvolver o jornal”, diz a professora, que percebia a dificuldade das crianças com a escrita.

    Na função de editora-chefe do jornal, Anna Carolina, que leciona há sete anos na escola, explica as regras ortográficas e gramaticais para a correção dos erros cometidos pelos alunos e os ajuda a criar os títulos, de forma coerente com as notícias. Uma vez pronto o jornal, os alunos cuidam da distribuição de 335 exemplares nas salas de aula e na portaria da escola. Nos murais e nas portas das salas é afixada uma cópia em tamanho maior, para que todos possam ler.

    Os resultados, segundo a professora, foram percebidos em várias etapas do processo: no aprendizado de trabalhar em equipe; na criação de textos; no uso do dicionário para tirar as dúvidas com a língua portuguesa; na habilidade oral, com o exercício da argumentação na defesa de pautas, e no despertar dos alunos para o exercício da cidadania e de valores humanos. Dessa forma, as notícias também serviram para a discussão de problemáticas correlatas e recorrentes ao ambiente escolar, como o bullying e a violência.

    Reconhecimento — A amplitude pedagógica do projeto teve o reconhecimento do Ministério da Educação, na nona edição do Prêmio Professores do Brasil. “Essa premiação foi muito importante; percebo que vale a pena pagar o preço para oferecer uma educação diferenciada e com qualidade a nossos alunos”, diz Anna Carolina. “Nós, educadores, temos de acreditar nos projetos desenvolvidos em sala de aula, pois, cooperam no processo de ensino e aprendizagem.”

    A diretora Mônica Motta Felício, formada em pedagogia e gestora educacional, há dois anos na escola, diz que o sentimento é de motivação pela conquista do prêmio. A escola tem, no total, 368 alunos do ensino fundamental. “Saber que um projeto desenvolvido dentro do nosso espaço escolar obteve esse reconhecimento só nos traz a certeza de que, quando promovemos ações com objetivos direcionados, a melhoria com as práticas pedagógicas fica evidente nos resultados da aprendizagem”, afirma.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Rovênia Amorim

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