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  • Trazer de volta para a escola jovens que não concluíram a educação básica é um desafio que o Ministério da Educação abraça por meio do Pró-Jovem. Adotado pelo MEC desde 2012 e tocado em parceria com as secretarias municipais e estaduais de educação, o programa oferece ensino fundamental, qualificação técnico-profissional e ações de participação cidadã e vem transformando as vidas de milhares de estudantes de 18 a 29 anos. Somente na edição atual, são quase 100 mil matriculados. 

    Lucas Andrade, de 22 anos, é um exemplo de como é possível alterar a ordem das coisas pela educação. Após passar pelo Pró-Jovem Urbano como aluno na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, hoje é professor do Pró-Jovem Campo, destinado a comunidades rurais próximas do município. Depois de interromper os estudos, ele viu no programa um atrativo para regressar à escola.

    “Terminei o ensino médio, mudei de cidade, consegui participar de um curso pré-vestibular comunitário e passei no vestibular numa universidade pública, onde me formei em história”, diz, orgulhoso, ao descrever a trajetória reiniciada no Pró-Jovem. Quando a seleção para professor foi aberta, Lucas não teve dúvidas de que devia tentar. “Pra mim foi uma felicidade muito grande poder contribuir dessa forma com o programa, agora num outro papel, de professor”, conta.

    Um dos incentivos do Pró-Jovem que ajudou Lucas a permanecer estudando na segunda tentativa foi o auxílio financeiro mensal dado aos alunos com maior frequência. Hoje, esse valor é de R$ 100. Os jovens contam ainda com material didático-pedagógico, alimentação escolar e as salas de acolhimento, onde mães e pais que querem voltar a estudar podem deixar os filhos enquanto assistem as aulas.

    A técnica de enfermagem Adriana Barbosa Libarino, também de Vitória da Conquista, viu sua vida mudar a partir do momento em que decidiu se inscrever no programa. “Hoje eu sou o que sou graças ao Pró-Jovem”, resume a baiana, que vive em São Paulo e batalha para fazer um curso superior em enfermagem.

    Segundo ela, que deixou a escola na quinta série do ensino fundamental porque engravidou, o desejo de estudar nunca foi deixado de lado, mas era difícil conciliar trabalho, criação do filho e ensino regular. Com o Pró-Jovem foi possível recuperar o tempo perdido e Adriana não parou mais. Emendou num curso técnico de enfermagem, fez estágio num hospital da cidade e, quando pôde, mudou-se para São Paulo, atrás de mais desafios.

    “Sem o estudo a gente não é ninguém. Eu não conseguia boa qualificação, não conseguia emprego nenhum, tinha de voltar a estudar pra conseguir alguma coisa, então fui em busca do que eu queria. O Pró-Jovem me abriu uma porta, eu abracei e agora tô aqui”, conta ela.

    Juventude– O Pró-Jovem tem um diferencial: é focado no público em situação de vulnerabilidade social. Essa característica acompanha o programa desde o início, já que ele se articula com o Plano Juventude Viva (iniciativa do governo federal para reduzir a vulnerabilidade da juventude negra) e dá prioridade aos estados e municípios que carregam os maiores índices de violência no país, conforme o Ministério da Justiça. Quem explica é a diretora de políticas de educação para a juventude do MEC, Cláudia Veloso.

    “Para fomentar a adesão, o valor per capita que se repassa para o estado ou município na implementação das ações do programa é maior quando o estado ou município faz parte dos 142 que tem os maiores índices de violência no Brasil, conforme o Mapa da Violência”, diz Veloso. De acordo com ela, estar no ranking não é um critério para garantir a adesão ao Pró-Jovem, mas é um dos fatores levados em conta pelo MEC na hora da transferência da verba.

    O programa oferece ainda formações constantes aos professores, formadores e gestores nas secretarias para que possam atender melhor esses alunos. “São jovens moradores das regiões periféricas das cidades, das regiões mais pobres e já foram excluídos do sistema escolar muitas vezes. Então, é preciso haver uma sensibilização dessa juventude, uma mobilização para que essa juventude volte para a escola”, explica a diretora, lembrando que a busca desses estudantes também é um momento importante da implementação do programa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Na última semana, as manchetes do Brasil e do mundo divulgaram as mortes da estilista Kate Spade e do chef Anthony Bourdain por suicídio. Logo em seguida, um estudo lançado pelo governo dos Estados Unidos revelou que a taxa de mortes desse tipo no país aumentou 30% em mais da metade dos estados. Nesta quarta,13, às 20h, Salto para o Futuro debate esse tema, abordando a importância de levar a discussão e a prevenção aos meios escolares. O programa é produzido pela TV Escola, emissora vinculada ao Ministério da Educação.

    Durante muito tempo, havia um receio de que a divulgação de casos de suicídio pudesse incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Era praticamente um consenso na imprensa.  Hoje, organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), trabalham em outra frente e garantem que é preciso falar muito sobre o assunto.

    Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro conduzem o debate com a participação de Dayse Miranda, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP), da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), e Fabiana Albino, coordenadora de pós-graduação do Instituto G.A.T.E (Gestão, Assessoria e Treinamento em Educação). Afinal, é possível prever a situação limite do suicídio? Como ficar atento aos sinais dados por adolescentes e jovens quando eles estão sofrendo?

    Acompanhamento – Para Dayse Miranda, as características individuais de cada jovem se revelam também na sinalização do sofrimento. “Os jovens são diferentes, têm trajetórias e crenças diversas”, diz. “Logo, os motivos que os levam a adoecer são diferentes. O resultado é que é o mesmo. ” Já Fabiana Albino lembra da relevância do acompanhamento médico aos primeiros sinais depressivos. “A adolescência é um momento de mudanças física e química”, atenta. “A dificuldade de lidar com a vida e seus problemas, muito além do amadurecimento, é também uma questão de desequilíbrio neuroquímico”.

    Segundo a OMS, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre adolescentes e jovens em todo o mundo. Os resultados do mapa da violência no Brasil, elaborado a partir de dados do Ministério da Saúde, mostraram que no período de 2002 a 2014 o índice de suicídio cresceu 10% entre jovens de 15 a 29 anos. E mais: entre os anos de 1980 e 2014, esse aumento foi de 27,2%. São números assustadores, mas ainda aquém de traduzir a dimensão da dor que esses jovens vivenciaram, bem como o sofrimento das famílias e dos amigos que perderam alguém nessa condição.

    Salto para o Futuro debate sobre a importância de pais e educadores ficarem alertas sobre os sinais que muitos jovens apresentam antes de atentarem contra a própria vida. Além de ser exibido todas as quartas-feiras, às 20h, o programa também pode ser assistido em tempo real no portal da TV Escola e no canal da emissora no YouTube, bem como pelo aplicativo.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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