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  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participa da  abertura da 82ª Reunião Plenária do Crub. Ao centro, o presidente da Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), Paulo Cardim, e à direita o secretário de Educação Superior do MEC, Amaro Lins (foto: João Neto)A dificuldade de acesso à educação superior é um dos sintomas da desigualdade social do Brasil, avaliou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante a abertura da 82ª Reunião Ordinária do Conselho de Reitores de Universidades Brasileiras (Crub), na manhã desta quarta-feira, 24. Participam da reunião reitores de instituições públicas, privadas e comunitárias.

    Ele observou que a população negra representava 4% das matrículas em 1997, passando a 19,8% em 2011. Ações como o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que já ofereceu mais de 1 milhão de bolsas a estudantes de baixa renda, e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que expandiu e interiorizou a educação pública, contribuíram para aumentar o acesso dessa população ao ensino superior, disse Mercadante.

     

    Para o ministro, as políticas de acesso foram fundamentais para o crescimento da educação superior no Brasil, que passou de 2 milhões de matrículas em 1998 para mais de 6,7 milhões no ano passado. “O crescimento na última década foi induzido por políticas muito consistentes, como o ProUni, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o aumento das vagas nas universidades públicas”, afirmou.

     

    Mercadante defendeu a Lei de Cotas, recentemente aprovada, que garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia para alunos oriundos do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. A lei será implantada progressivamente e deverá vigorar integralmente em quatro anos.

     

    Ele também alertou os reitores para a necessidade de que as universidades se preparem para receber estudantes provenientes de escolas públicas, conforme determina a Lei de Cotas, recentemente aprovada. Ele lembrou ainda que o orçamento do MEC para assistência estudantil passou de R$ 25 milhões em 2008 para R$ 520 milhões em 2012. Para o próximo ano o valor destinado ao acolhimento dos estudantes chegará a R$ 600 milhões.

     

    O Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras reúne 152 universidades públicas, privadas e comunitárias de todas as regiões do país. A superação dos desafios na educação superior brasileira frente às atuais políticas públicas e programas em desenvolvimento é o tema desta 82ª reunião ordinária da entidade, nesta quarta e quinta-feira, 24 e 25 de outubro. 


    Assessoria de Comunicação Social

     

     

  • As universidades federais devem ter maior participação em ações para superar o desafio da educação básica, na visão do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele fez essa afirmação durante a solenidade de abertura do seminário Qualidade do Ensino Médio, promovido pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), nesta quarta-feira, 10.

    Para o ministro, há uma necessidade de repactuar a relação entre a universidade e o ensino médio brasileiro. A proposta do ministro estimula a criação de núcleos de estudos sobre o ensino médio e formação de professores dentro das instituições. “As universidades públicas precisam se debruçar sobre as necessidades da formação dos docentes para uma nova realidade de ensino, desde a formação inicial”, afirmou.

     

    Além da formação e valorização dos docentes, o desafio do ensino médio, segundo Mercadante, deve ser abordado em diferentes campos, como a ampliação da capacitação dos gestores escolares, fomentando cursos de especialização para diretores de escola, o desenvolvimento de novas práticas e o redesenho do currículo escolar, com o ensino médio inovador.

     

    Mercadante defendeu que a utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como mecanismo de entrada na universidade gera uma demanda para o redesenho do currículo. “Precisamos sair de uma estrutura enciclopédica, como temos hoje, para um modelo que articule e integre as disciplinas e construir um processo mais orgânico na formação”, defendeu.

     

    Para o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, o Enem é um meio de democratizar o acesso à educação superior. Costa, que palestrou sobre a importância da avaliação para formulação de políticas públicas para o ensino médio, ressaltou que a qualidade da educação brasileira está avançando. “A pergunta que nos cabe hoje é se a velocidade do avanço é suficiente para acompanhar as questões sociais e econômicas que o mundo nos impõe”, disse.

     

    Cotas – O ministro Aloizio Mercadante esclareceu questões sobre a implementação da Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, conhecida como Lei de Cotas. A lei determina a reserva de 50% das vagas, em quatro anos, em instituições federais de educação superior a estudantes de escolas públicas, com base no perfil racial de cada unidade da Federação, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estabelece também vagas para alunos com renda de até 1,5 salário mínimo familiar per capita.

     

    Para Mercadante, as cotas são uma política social de impacto de médio e longo prazo. “Muitos alunos que ingressaram pelas cotas são os primeiros de suas famílias que chegam à universidade”, concluiu.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Conheça mais sobre a Lei das Cotas

     

     

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