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  • As escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, em 2011, do programa Mais Educação podem aderir ao programa e apresentar planos de trabalho até 26 de abril. Em todo o país, foram pré-selecionadas 16 mil escolas para receber recursos do programa, e a proposta do Ministério da Educação é atender 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de 3 milhões de alunos neste ano. Até o momento, em torno de 14,3 mil estabelecimentos públicos de ensino aderiram.

    O principal objetivo do Mais Educação é garantir às crianças da educação básica outros espaços e oportunidades de aprendizado. Para que seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, a escola precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral.

    Os dados devem ser registrados no sistema de informações integradas de planejamento, orçamento e finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.

    Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.

    Assessoria de Imprensa da SEB

    Confira a relação dos municípios e escolas que podem incluir estudantes no programa.

  • Até 2014, o MEC vai investir R$ 4 bilhões na construção e cobertura de quadras para atividades desportivas (foto: Arquivo da Escola Municipal Vinícius de Morais/Maracanaú (CE)  O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem liberado recursos para a construção de 6.116 quadras esportivas e cobertura de outras 4 mil em escolas públicas de todo o Brasil. Os gestores da rede estadual de educação têm até 29 de setembro para indicar, pela internet, as escolas públicas de educação básica que terão prioridade no repasse para as obras.

    A partir de agora, podem ser indicadas escolas com menor número de alunos — mínimo de 100 matrículas. Até o primeiro semestre deste ano, somente instituições com até 500 alunos atendiam o critério de seleção para o recebimento dos recursos. Dos R$ 4 bilhões a serem investidos até 2014 na construção e cobertura de quadras, o FNDE já liberou R$ 1,14 bilhão.

    A meta para este ano é liberar recursos para a construção de 1,5 mil quadras e cobertura de outras mil. O FNDE já aprovou 445 projetos de construção e outros 877 de cobertura.

    A indicação das escolas deve ser feita no Sistema de Informações Integradas de Planejamento (Simec) do Ministério da Educação.

    O valor médio para construir uma quadra varia de R$ 240 mil a R$ 500 mil; para a cobertura, de R$ 120 mil a R$ 240 mil. Embora o FNDE tenha um projeto-padrão, as escolas podem apresentar projetos próprios, que serão avaliados pela área técnica do órgão. “As quadras passaram a incorporar, em 2011, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2”, explica Renilda Lima, diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE. “Já temos mais de mil municípios atendidos em todos os estados.”

    Os recursos são repassados a prefeituras e a secretarias estaduais de educação por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR).  “Até hoje, liberamos recursos para a construção e cobertura de 2.862 quadras esportivas”, diz Renilda.

    Os alunos da escola pública Vinícius de Morais, no município cearense de Maracanaú, a cerca de 10 quilômetros de Fortaleza, já têm aulas na quadra, inaugurada em 16 de março último. Antes, eles praticavam esportes no espaço de lazer público ao lado da escola. “Muitas vezes, quando chegávamos lá, a quadra de vôlei de areia estava ocupada”, conta Marcos Martins, 32, estudante de letras na Universidade Federal do Ceará. De segunda a sexta-feira, ele trabalha na escola como monitor do programa Mais Educação.

    “Essa quadra foi um presente para a escola e para a comunidade”, comemora a diretora Socorro Lima da Silva. Segundo ela, duas vezes por semana alunos da Escola Municipal Walmik Sampaio de Albuquerque utilizam a quadra da escola Vinícius de Morais para as aulas de educação física. “Durante a semana, de 17h às 20h, a quadra é utilizada pela comunidade, em jogos de futsal. E, nos fins de semana, é utilizada em atividades do programa Escola Aberta, como eventos religiosos”, explica.

    Além das atividades esportivas, os alunos deixam as salas de aula para usar a quadra coberta em atividades de letramento e de matemática. “Temos um palco, na quadra, usado para representar leituras” diz Marcos. “Nas atividades de matemática, as crianças sentam-se no chão da quadra para aprender multiplicação em jogos de dados.”

    O secretário de educação básica do Ministério da Educação, César Callegari, afirma que o MEC vem apoiando a construção de espaços de atividades físicas nas escolas públicas. “É um componente obrigatório para os anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, inclusive com profissionais qualificados”, diz. “Mas, mesmo nos anos iniciais, as vivências esportivas devem ser desenvolvidas pelas escolas para que todos os alunos participem dessas práticas.”

    Assessoria de Comunicação Social


    Ouça a diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE, Renilda Lima

    Ouça o secretário de educação básica do MEC, César Callegari
  • Em Roraima, alunos matriculados nas 13 escolas indígenas têm quatro horas de aula e em outras três horas reforçam os conhecimentos da língua materna e desenvolvem atividades esportivas e culturais (foto: escolaaberta.com.br)Das 268 escolas indígenas da educação básica pública de Roraima, 13 unidades do ensino fundamental ingressaram este ano no programa Mais Educação. Desde março, participam das atividades da jornada ampliada 1.364 estudantes de diversos povos, como os macuxis, uapixanas, ianomâmis, uai-uais e iecuanas. Escolas urbanas e rurais aderiram ao programa em 2010.

    As escolas indígenas estão localizadas em áreas isoladas e de difícil acesso. De acordo com a coordenadora do Mais Educação no estado, Silvane Maciel, o processo de mobilização e informação das comunidades sobre a educação integral exigiu tempo em razão dessa dificuldade. Outros desafios que antecederam a implantação foram a definição das atividades complementares e a busca, nas comunidades, de professores e monitores para a jornada ampliada.

    Em Roraima, alunos das 13 escolas indígenas têm quatro horas de aula. Em outras três horas, são fortalecidos os conhecimentos da língua materna e desenvolvidas atividades esportivas e culturais. Nos esportes, as comunidades e professores escolheram atletismo, especialmente salto e corrida, e futebol. Na parte cultural, danças tribais e criação e confecção de brinquedos.

    Silvane explica que para a alimentação de estudantes, monitores e professores das 13 escolas, o estado transfere recursos à Associação de Pais e Mestres, que providencia a compra de produtos locais. A medida foi tomada em respeito aos hábitos alimentares indígenas e ao fortalecimento das tradições.

    Crescimento— Na avaliação da coordenadora do Mais Educação, passados seis meses do início das atividades da educação integral indígena, as comunidades demonstram aceitação do programa e pediram a inclusão de mais estudantes em 2014. As redes públicas de Roraima têm 14.668 estudantes indígenas — 11.908 no ensino fundamental e 2.760 no médio. Eles estudam em 268 escolas existentes nas aldeias.

    Em 2010, o programa Mais Educação teve a adesão de escolas públicas urbanas e rurais de Roraima. Hoje, segundo Silvane Maciel, 12,5 mil estudantes estão matriculados em 38 unidades urbanas de educação integral e 2.020 alunos frequentam 21 escolas rurais.

    Criado em 2008, o Mais Educação conta hoje com a participação de 49,4 mil escolas públicas urbanas, rurais, quilombolas e indígenas nas 27 unidades da Federação. Nesse conjunto de escolas estudam cerca de 6 milhões de alunos.

    Ionice Lorenzoni
  • As 34 mil escolas públicas pré-selecionadas para participar este ano do programa Mais Educação poderão aderir até 31 de março. A meta do Ministério da Educação é que a ampliação da jornada diária escolar para sete horas seja uma realidade em 45 mil escolas até o final de 2013.

    As escolas que integram o Mais Educação têm a maioria dos alunos atendida pelo programa Bolsa-Família e baixo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “O Mais Educação induz as redes municipais e estaduais de educação a ampliar a jornada escolar para dar mais tempo para os conteúdos escolares, além de incluir atividades formadoras no campo das artes, do esporte, da saúde, dos direitos humanos", explica Jaqueline Moll, diretora de currículos e educação integral do MEC.

    O Mais Educação teve início em 2008, com a adesão de 1.380 escolas públicas. Atualmente já está presente em 32 mil unidades de ensino, incluindo quase 10 mil escolas do campo. O programa garante aos estudantes do primeiro ao nono ano das escolas públicas participar de atividades orientadas no contraturno, além de reforço escolar.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça a diretora Jaqueline Moll sobre o programa Mais Educação

    Consulte a lista de escolas pré-selecionadas e instruções para adesão
  • Jogos, esportes e artes são algumas das atividades dos alunos nas escolas que aderem ao Mais Educação (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) A adesão ao programa Mais Educação está aberta até 30 de abril. Este é o prazo para que as escolas pré-selecionadas para oferecer atividades em tempo integral se cadastrem, e possam receber recursos para aquisição de material e despesas com alimentação. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas em 2013 e 60 mil em 2014.

    As 32 mil escolas já participantes também devem se recadastrar até essa data. Em 2012, dessas 32 mil escolas, nove mil ficavam no campo. Estima-se que, das 13 mil novas escolas que aderirão este ano, cinco mil serão no campo.

    O Ministério da Educação selecionou no final do ano passado as novas escolas para aderir ao programa, com base em critérios como: unidades que nos anos iniciais do ensino fundamental ficaram com o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) abaixo de 3.5 pontos e nos anos finais abaixo de 3.9; escolas que têm entre seus estudantes, em sua maioria, filhos de famílias do Bolsa Família e escolas em regiões de vulnerabilidade social.

    A previsão orçamentária do Mais Educação para 2013 é de R$ 1,5 bilhão. A liberação de recursos financeiros é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com coordenação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As escolas que aderem ao programa recebem recursos, de acordo com o número de alunos, para despesas com alimentação, aquisição de material, entre outros.

    “A partir do momento que a escola opta pela adesão do Mais Educação ocorre uma transição, porque as escolas passam a ser de sete horas para todas as crianças”, salienta Jaqueline Moll, diretora de Currículos e Educação Integral do MEC. “A escola é convidada a participar dessa grande rede nacional de escolas que começam a repensar o seu tempo cotidiano”, completa.

    Criação– O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão ao Programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

    Paula Filizola

    Ouça a diretora de Currículos e Educação Integral do MEC, Jaqueline Moll

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  • A música é uma das principais atividades do programa Mais Educação. (Foto: João Bittar)Mais de 1.800 escolas públicas do ensino fundamental que oferecem educação integral, nas cinco regiões do país, começaram receber esta semana equipamentos e instrumentos musicais para o aprendizado dos estudantes. As escolas fazem parte do programa Mais Educação, desenvolvido pelo MEC em parceria com estados e municípios.

    Das 1.813 escolas atendidas nesta remessa, 1.239 receberão a banda fanfarra, composta por 22 instrumentos, e 574 escolas, o conjunto de hip hop, que tem oito peças. Os conjuntos foram escolhidos pelas escolas em 2009. A entrega é feita pelas empresas vencedoras do pregão eletrônico realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    A Escola Municipal Machado de Assis, do município de Novo Gama, em Goiás, já recebeu a banda fanfarra. Nessa escola, participam do programa 219 alunos do segundo ao quinto ano do ensino fundamental. A coordenadora do Mais Educação no município, Antônia Niece, diz que a escola busca um voluntário que ensine os alunos. A parceria, explica, deve ser feita com a Polícia Militar da cidade de Luziânia (GO), que fica próxima do Novo Gama.

    As 1.239 escolas que pediram a banda fanfarra estão distribuídas nas 27 unidades da Federação. Outras 574 escolas vão receber o conjunto de instrumentos hip hop.

    Pedidos de 2010
    – Este ano, além da ampliação do número de escolas do Mais Educação – de 5 mil para 10 mil unidades – e o ingresso do ensino médio no programa, o Ministério da Educação ofereceu para as escolas cinco tipos de conjuntos de instrumentos musicais e de equipamentos. Cada escola pode escolher um conjunto. A banda fanfarra foi pedida por 1.700 escolas, o radio escolar por 1.616, hip hop (426), cineclube (372) e vídeo (134). A compra dos conjuntos será feita por pregão eletrônico.

    Ionice Lorenzoni
  • Ao aderir ao Mais Educação, as escolas podem escolher até cinco atividades nos macrocampos do programa, entre elas as de esporte e lazer (foto: João Bittar/MEC – 2/6/2010)O programa Mais Educação, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, receberá adesões de escolas públicas até o dia 30 próximo. Atualmente, 49 mil escolas de todo o país adotam a jornada ampliada de sete horas. A meta do programa é atingir 60 mil até o fim do ano.

    A proposta do Mais Educação é contribuir para a melhoria da aprendizagem, com o estímulo à ampliação do tempo de permanência na escola pública de crianças, adolescentes e jovens. O programa amplia a jornada nas escolas públicas para no mínimo sete horas diárias e garante aos estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental a participação em atividades orientadas no contraturno, além de reforço escolar.

    A diversificação de atividades inclui esporte e cultura. As instituições de ensino integrantes do programa oferecem orientação de estudos e leitura, com acompanhamento pedagógico, obrigatória para todas as escolas. As atividades no contraturno são monitoradas, preferencialmente, por estudante de licenciaturas vinculadas ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) ou estudantes de graduação com estágio supervisionado.

    Além do acompanhamento, os participantes podem optar por ações nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

    O cadastramento das unidades de ensino deve ser feito pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo, de acordo com os procedimentos  passo a passo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O prazo para cadastramento de escolas públicas que pretendam integrar o programa Mais Educação foi prorrogado até o dia 31 próximo. O procedimento deve ser feito on-line, no sistema do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo.

    Ao oferecer educação integral ou jornada ampliada, as redes públicas de ensino contribuem para qualificar a aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, reduzir a repetência e a evasão escolar. Escolas que ingressam no programa oferecem, no mínimo, sete horas diárias de atividades, que compreendem aula das disciplinas do currículo, orientação de leitura e estudo, acompanhamento pedagógico e atividades orientadas nos campos da cultura e dos esportes.

    Para facilitar a escolha de diretores e coordenadores pedagógicos, o Ministério da Educação oferece às escolas uma relação de atividades nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza; e educação econômica. O acompanhamento pedagógico é obrigatório.

    A meta do programa para este ano é a adesão de 60 mil escolas. Aquelas que apresentam 50% ou mais de estudantes participantes do programa Bolsa-Família têm prioridade de atendimento, considerada a intersetorialidade do programa com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome por meio do programa Brasil sem Miséria.

    Para participar do Mais Educação, as escolas devem preencher o cadastro no PDDE Interativo, informar dados como os número de estudantes e escolher as atividades.

    Assessoria de Comunicação Social

    Republicada com alteração de informações

  • Diretores de 5.244 escolas públicas do ensino fundamental, de 129 municípios, têm prazo de 20 dias para apresentar o plano de trabalho do Mais Educação a ser executado neste ano. As escolas que participam do Mais Educação recebem apoio técnico e financeiro do ministério para desenvolver atividades culturais e esportivas no contraturno das aulas. Em 2009, a transferência de recursos prevista é de R$ 70 milhões.


    Neste salão, estudantes do ensino fundamental da rede municipal de Santos (SP) aprendem as técnicas do caratê. (Foto: Júlio César Paes)As escolas já foram pré-selecionadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), mas precisam preencher o plano de trabalho. Segundo Leandro Fialho, coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, o plano é que dará a dimensão do que a escola fará e quantos alunos vão participar.


    Um programa auto-explicativo desenvolvido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) oferece o roteiro a ser preenchido pela direção da escola. Ali estão relacionados, entre outros itens, cerca de 80 atividades extraclasses, das quais a escola vai escolher dez; traz um espaço para o cadastro de todos os alunos e para informar quantos serão atendidos no contraturno. Uma escola com mil alunos, por exemplo, deve prever o atendimento de, no mínimo, 100.


    Fialho explica que será com base nesse conjunto de informações da escola que o ministério vai calcular o número de monitores necessários para as oficinas (o monitor recebe um auxílio mensal de R$ 300) e o repasse de recursos anual por escola, que será em cota única. O dinheiro sai do cofre do governo federal diretamente para a caixa de cada escola.


    Uma das atividades do contraturno na rede municipal de Santos (SP) é o espaço da história. Um voluntário da comunidade tem encontro semanal com alunos. (Foto: Júlio César Paes)Abrangência – Em 2009, o Mais Educação atenderá estudantes de 129 municípios situados em todas as unidades da Federação. Esses alunos vivem num conjunto de cidades com mais de 100 mil habitantes e naquelas que se enquadram numa destas situações: cidades com mais de 50 mil habitantes situadas no entorno das áreas metropolitanas; municípios atendidos pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça; e escolas que, em 2007, registraram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de até 3,5 pontos. O Ideb mede a qualidade da educação pública e trabalha com uma escala que vai de zero a dez pontos.


    Para o coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secad, a oferta de atividades de cultura, esportes, lazer, línguas estrangeiras, reforço escolar no contraturno é muitas vezes a única oportunidade que tem o estudante da periferia e de áreas de risco social de ter uma formação completa e cidadã. O programa complementa a educação formal, explica.


    O Mais Educação integra as ações do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A adesão, a execução das atividades e a prestação de contas dos recursos recebidos pela escola estão descritos na Resolução nº 4/2009, de 17 de março.


    Além de ampliar o número de municípios e de escolas do ensino fundamental que participam do Mais Educação (em 2008 foram 54 municípios e 1.409 escolas), o programa abre espaço em 2009 para o ingresso de escolas do ensino médio público de dez estados. Foram pré-selecionadas 150 escolas, mas sua participação ainda depende de adesão, diz Leandro Fialho.

    Ionice Lorenzoni

  • A coordenadora do Mais Educação no Novo Gama (GO), Antônia Niece, diz que a comunidade quer a educação integral em todas as escolas da rede. (Foto: Fabiana Carvalho)Evasão zero, fila de espera para conseguir matrícula, índice mínimo de transferências. Essas são conquistas registradas pela Escola Municipal Machado de Assis, da cidade do Novo Gama (GO), próximo a Brasília, que entrou no programa Mais Educação em 2009. O programa é desenvolvido pelo MEC em parceria com estados e municípios.

    A educação integral na Machado de Assis, que compreende uma jornada escolar das 8 horas às 17 horas, de segunda a sexta-feira, é motivo de orgulho da comunidade, diz a coordenadora do programa no município, Antônia Niece. Na avaliação de Antônia, o aumento da procura por matrículas e o fim da evasão são provas da importância que a comunidade atribui ao projeto.

    Estão na educação integral 219 alunos do segundo ao quinto ano do ensino fundamental. Atendem os estudantes sete professores com jornada de 40 horas semanais, sete voluntários e cinco monitores. Todas as crianças têm aulas regulares no turno da manhã, almoço na escola e oficinas das 13h às 17h.

    Dificuldades– A falta de uma quadra de esportes na escola e no bairro é uma das dificuldades que a Machado de Assis precisa vencer. Desde 2009, os monitores e voluntários utilizam o pátio para atividades de recreação e capoeira, mas quando chove os alunos não podem ficar no pátio.

    A escola recebeu do Ministério da Educação, este mês, os instrumentos da banda fanfarra e agora precisa encontrar um voluntário que ensine os alunos. Como o Novo Gama não tem Corpo de Bombeiros e nem universidade, a coordenação municipal do Mais Educação foi a Luziânia, cidade vizinha, pedir a colaboração da Polícia Militar.

    Ao mesmo tempo em que trabalha para vencer desafios em algumas áreas, a Escola Machado de Assis também tem do que se orgulhar. Segundo Antônia, um aluno da escola, de 16 anos, é faixa amarela e campeão brasiliense de karatê. Esse mesmo estudante é voluntário das atividades de inclusão digital.

    O Novo Gama é uma cidade com cerca de 100 mil habitantes. A Escola Machado de Assis está localizada num bairro onde é forte a violência doméstica, o abandono de crianças, além de alcoolismo, uso de drogas e pedofilia. É por causa desse contexto, diz a coordenadora, que a escola integral é “tão querida” pela comunidade.

    Catanduva– Cidade com 120 mil habitantes, no interior de São Paulo, Catanduva foi selecionada para o Mais Educação no começo deste ano. De acordo com o coordenador do programa no município, Luciano Marcos da Silva, as atividades começam em duas escolas e com 600 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

    Uma das escolas está na periferia, numa das áreas mais violentas da cidade onde, em 2009, foram denunciados 50 casos de pedofilia. Tráfico de drogas, violência doméstica e pouca infraestrutura foram as razões da seleção.

    Duas escolas de Catanduva (SP) terão 600 alunos na educação integral a partir de junho, segundo o coordenador do programa no município, Luciano Marcos da Silva (Foto: Fabiana Carvalho)O projeto de educação integral de Catanduva terá nove horas e meia diárias, de segunda a sexta-feira, almoço e dois lanches. Futsal, atletismo e dança são as atividades já definidas. As duas escolas também escolheram os equipamentos de cineclube que serão enviados pelo MEC. As atividades de educação integral devem começar em junho, quando está prevista a chegada dos recursos do Ministério da Educação.

    Abreu e Lima – Música, judô, percussão, arte do grafite, estão entre as atividades que serão desenvolvidas por duas escolas públicas do município de Abreu e Lima, na região metropolitana de Recife. É dessa forma que a cidade pretende reverter a situação de violência contra crianças, comum na região.

    “Filhos abandonados pelos pais, drogas, assassinatos estão do cotidiano das crianças”, diz a coordenadora do Mais Educação no município, Lindiane Nascimento Vélez. A educação integral vai atender este ano 200 dos 600 estudantes de duas escolas. Os alunos ficarão na escola das sete horas da manhã até as 17 horas, com almoço, atividades de reforço escolar, esportes, artes e cultura.

    Lindiane participa do seminário do Mais Educação em Brasília para conhecer as experiências desenvolvidas no país e como podem contribuir para as atividades em Abreu e Lima. As aulas integrais estão previstas para junho próximo.

    Seminário– Cerca de 800 profissionais, entre coordenadores do programa Mais Educação de municípios, estados e Distrito Federal, representantes de universidades públicas e parceiros do MEC participam em Brasília do seminário nacional do Mais Educação. Avaliação, troca de experiências e debates fazem parte das atividades. O evento vai até sexta-feira, 21.

    Ionice Lorenzoni

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  • Escolas da educação básica pública, municipais e estaduais, podem aderir ao Programa Mais Educação até 4 de agosto. Em 2013, o programa atendeu estudantes de 49 mil escolas das 27 unidades da Federação e, neste ano, a meta é atingir 60 mil escolas.

    Ao oferecer educação integral ou jornada ampliada, as redes públicas contribuem para qualificar a aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, reduzir a repetência e a evasão escolar. Escolas que ingressam no programa oferecem, no mínimo, sete horas diárias de atividades, que compreendem aula das disciplinas do currículo, orientação de leitura e estudo, acompanhamento pedagógico e atividades orientadas nos campos da cultura e dos esportes.

    Para facilitar a escolha de diretores e coordenadores pedagógicos, o Ministério da Educação oferece às escolas uma relação de atividades nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza; e educação econômica. O acompanhamento pedagógico é obrigatório.

    Para participar do Mais Educação, as escolas devem preencher o cadastro no PDDE Interativo, informar dados como os número de estudantes e escolher as atividades.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A música é uma das atividades preferidas dos estudantes no programa Mais Educação. (Foto: João Bittar)Até o dia 26 de abril, as escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, este ano, do programa Mais Educação podem aderir ao programa e apresentar planos de trabalho. O prazo venceria nesta segunda-feira, 28, mas foi ampliado para garantir que mais escolas manifestem o interesse em oferecer educação integral.

    O principal objetivo do programa é garantir às crianças da educação básica outros espaços e oportunidades de aprendizado. Em todo o país, foram 16 mil escolas pré-selecionadas para receber recursos do Mais Educação. Dessas, cerca de 13,5 mil já apresentaram planos de trabalho.

    Para que seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, a escola precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral.

    Os dados devem ser registrados no sistema de informações integradas de planejamento, orçamento e finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.

    Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.

    Assessoria de Comunicação Social
  • As aulas de capoeira, maculelê e samba de roda são as mais procuradas pelos alunos das escolas do município baiano de Santo Amaro (foto: arquivo da Secretaria de Educação de Santo Amaro)Aulas de arte, esportes, matemática, português. O Programa Mais Educação amplia o ensino nas escolas públicas brasileiras e já é uma realidade para 2,8 milhões de estudantes da educação básica.  Até 27 de abril, escolas, secretarias municipais e estaduais de educação podem fazer a adesão ao programa, no portal do Ministério da Educação.

    São 29.308 escolas na lista de pré-selecionadas pelo MEC, mas a adesão deve ser feita pelos gestores. A meta é ampliar o programa para 30 mil escolas em 2012, inclusive unidades situadas em áreas rurais. O Mais Educação aumenta a jornada diária para o mínimo de sete horas. Além de atividades artísticas e esportivas, é obrigatório reservar uma hora para acompanhamento pedagógico.

     

    A Escola Professora Rilza Maria Daniel do Nascimento já fez a adesão e espera iniciar o projeto ainda em 2012. A escola, que atende crianças até o quinto ano do ensino fundamental, fica em Tarauacá (AC), cidade de 38 mil habitantes a 450 quilômetros de Rio Branco. Aulas de pintura, canto coral, rádio escola e banda fanfarra compõem o plano escolar do Mais Educação. “É uma oportunidade para os nossos alunos em dificuldade desenvolverem mais habilidades, aprenderem mais”, diz a diretora Maria Elmira Daniel.

     

    A redução da evasão escolar e da repetência já é observada em escolas que aderiram ao Mais Educação há mais tempo. Em Santo Amaro (BA), a uma hora de Salvador, o programa já é realidade em 14 escolas municipais e duas estaduais. “É gratificante ver o melhor rendimento dos alunos na escola e o entusiasmo deles para participar de novas atividades. As famílias também se aproximaram da escola”, conta Tânia Regina Santos, coordenadora do Mais Educação no município.

     

    As aulas de capoeira, maculelê e samba de roda são as mais procuradas e as apresentações extrapolam o pátio da escola. “Os meninos se apresentam na praça central de Santo Amaro e em cidades vizinhas”, diz a coordenadora. Segundo ela, todas as 25 escolas rurais do município pré-selecionadas para o Mais Educação farão a adesão ao programa.

     

    Clarissa Jenifer, 14 anos, é aluna do sétimo ano do Centro de Ensino Municipal São José, em Santo Amaro. A menina, que tinha dúvidas em matemática e acabou sendo reprovada há dois anos, atualmente é aluna dedicada do Mais Educação e descobriu que adora o teatro, uma das atividades oferecidas pelo programa na escola. “As aulas ajudam no desempenho da leitura, na interpretação do texto. É preciso entender o que se leu para interpretar”, diz a menina, que sonha em ser atriz.

     

    Para as escolas pré-selecionadas, o acesso ao Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) ocorre por meio de senha, fornecida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ao aderir, além de informar quantos estudantes serão atendidos, o gestor escolar pode relacionar até seis atividades, escolhidas em uma lista disponível na página eletrônica do programa.

     

    Os dirigentes escolares que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Simec podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181.


    Rovênia Amorim

     

    Ouça o depoimento de Tânia Regina Santos, coordenadora do Mais Educação em Santo Amaro

     

    Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas

    Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas

     

     

     

  • O Ministério da Educação oferece este ano recursos extras para que escolas do programa Mais Educação mantenham seus espaços abertos para a participação das comunidades aos sábados ou aos domingos. A unidade que optar pela ação denominada escola-comunidade deve informar o dia escolhido e os temas que serão tratados nas oficinas.

    Existem vagas para oito mil escolas, segundo Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC. Ao aderir à escola-comunidade, o gestor deve comunicar ao Ministério da Educação que oficinas serão desenvolvidas, entre quatro áreas – cultura e artes, esporte e lazer, formação educacional complementar, geração de renda e qualificação para o trabalho.

    A informação deve ser prestada, explica a consultora do Mais Educação, Carla Maria de Medeiros Borges, durante a adesão ao programa, prazo que termina em 31deste mês. Os recursos serão transferidos para a escola de acordo com o número de estudantes matriculados: unidades com até 850 alunos recebem R$ 10,8 mil; de 851 a 1.700 alunos, R$ 12,1 mil, e acima de 1.701, R$ 13,4 mil. Esses recursos são para dez meses, o que corresponde ao período letivo.

    Ao trazer a família para participar de atividades dentro das escolas, o Ministério da Educação quer aproximar a comunidade desses espaços e aumentar a integração de pais, filhos, educadores, diz Carla Borges. Pais que frequentam a escola, explica a consultora, se sentem donos dos espaços, preservam, cuidam, além de se tornarem mais ativos na educação de crianças e adolescentes.

    Dados da diretoria de currículos e educação integral da SEB mostram que, em 2012, das 32 mil escolas públicas do programa Mais Educação, 2.826 participaram da escola-comunidade, ação que substituiu o programa Escola Aberta, criado em 2005. Em 2013, o governo federal quer estender a educação integral a 45 mil estabelecimentos do ensino básico urbano e do campo. Das 45 mil escolas, oito mil podem aderir à escola-comunidade.

    Ionice Lorenzoni

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  • Taekwondo, judô, capoeira e caratê são as artes marciais escolhidas pelas escolas do programa Mais Educação. Para atender mais de 800 mil alunos em todo o país, professores, contramestres e mestres em artes marciais, indicados por suas federações, se distribuem entre 4 mil escolas.

    De acordo com o coordenador de educação da Confederação Brasileira de Taekwondo, Rubilar Carvalho, a prática desse esporte ajuda o estudante a melhorar a concentração e o rendimento escolar, qualifica a convivência familiar e o círculo de amizades, atua na prevenção do uso de drogas e de agressões. Na prática, explica, a criança aprende que as técnicas são de defesa, nunca de agressão.

    Presente nas escolas do Mais Educação desde junho de 2009, o taekwondo já é praticado por 80,2 mil estudantes em 373 escolas públicas. Segundo Rubilar, apesar de pouco tempo, o taekwondo já tem estudantes campeões em escolas de vários estados, como Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O crescimento dessa arte nas escolas públicas também se deve ao papel da confederação, que estimula o trabalho voluntário de seus filiados. Podem ser monitores os praticantes com mais de 18 anos de idade e faixa preta.

    O taekwondo, que significa uso dos pés e das mãos, surgiu na Coréia como arte marcial e hoje é esporte olímpico. Está presente em 197 países.  No Brasil, a prática é oficial desde 1970, com estrutura de federações nos 26 estados e Distrito Federal.

    Judô– A Escola Municipal Etelvina Pereira Braga, entre os bairros Ouro Verde e Coroado, em Manaus, escolheu o judô como uma das atividades da escola integral. Com idade entre dez e 15 anos, 70 crianças e adolescentes fazem judô com orientação do monitor Janderson do Carmo Santos. No grupo, 30% são meninas e 70% são meninos. Alongamento, aquecimento, técnicas e a história da modalidade fazem parte das aulas.

    Segundo Janderson, os estudantes preferem a prática, mas os princípios são importantes para a formação. “A arte é para defesa pessoal, nunca para outros fins.” Na avaliação do professor, a prática do judô nesta escola teve um forte impacto entre os alunos. Ele explica: no começo das aulas estavam matriculados no judô 100 estudantes, mas alguns desistiram. Hoje, cerca de 20 deles já pediram para voltar. Janderson pratica judô há 13 anos e é faixa preta.

    Capoeira– Com 65 estudantes no programa de educação integral, a Escola Carneiro Ribeiro Classe II, no bairro Pero Vaz, em Salvador, escolheu a capoeira para as aulas complementares. De acordo com o professor Sandro Alex Dias Oliveira, 38 anos, a aula de capoeira tem duração de uma hora e 30 minutos e é muito esperada pelas turmas.

    Na avaliação de Sandro, a socialização das crianças e as atitudes de respeito com colegas, professores e pais são evidentes no grupo da capoeira. “Acontece uma transformação que é vista por nós e relatada pelos pais.” Na capoeira, o estudante aprende a história dessa arte e dança, a ginga, o samba de roda, a música e a tocar os instrumentos, mas o comportamento dentro e fora da escola é o principal ganho, segundo o professor. A escola Carneiro Ribeiro já tem os instrumentos para ensinar capoeira, mas os alunos ainda não receberam os uniformes.

    Sandro ensina capoeira há 18 anos e há dois anos é filiado ao Grupo Arco 3 Capoeira, criado pelos contramestres Quiabo, Jócaraseca e Gilbumba.

    Em Vitória da Conquista (BA), a Escola Estadual São João Batista escolheu a capoeira em 2010 e continua com aulas este ano. O professor Adriano Rodrigues Brito tem 75 alunos divididos em cinco turmas.

    Adriano está satisfeito com o interesse dos estudantes pelas aulas e também com a melhora observada no comportamento. “Alunos que eram agressivos, hoje cumprimentam professores e colegas e quando nos encontramos na rua, observo a alegria de me reconhecerem como seu professor.” Sandro tem 31 anos, pratica capoeira há 17 anos e é professor há 11.

    Taekwondo– No Distrito Federal, o Centro de Ensino Fundamental 113, da cidade de Recanto das Emas, adotou o taekwondo nas atividades da educação integral. Deisyane Marques de Jesus ensina 40 alunos com idade de seis a 14 anos. Mesmo tendo aula no auditório da escola, que tem pouca ventilação e faz muito calor, ela se surpreende com a assiduidade deles. “Estão presentes em todas as aulas”, diz.

    Os estudantes fazem aulas práticas, mas também estudam a teoria e a história do taekwondo. “Eu explico que eles são atletas, que devem ter disciplina e dou o exemplo.” Deisyane tem 18 anos, é faixa preta e leciona há dois anos.

    Números– Entre as 15 mil escolas que participam do programa Mais Educação, 4.017 escolheram um tipo de arte marcial para oferecer a seus alunos. Os praticantes somam 828,7 mil. O judô é praticado por 280,9 mil alunos em 1.355 escolas; o karatê, por 128,5 mil alunos em 597 escolas; o taekwondo, por 80,2 mil estudantes em 373 escolas; e a capoeira tem 338,9 mil alunos em 1.692 escolas. (Ionice Lorenzoni)

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    Artes marciais ocupam 800 mil estudantes em 4 mil escolas
  • A conquista de uma medalha de bronze numa competição de judô da região Sul, em 2012, e o segundo lugar no campeonato escolar de dança de rua e jazz da cidade são as maiores motivações de 150 estudantes da educação integral pública de Canoas (RS). Eles estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, no bairro Nossa Senhora das Graças.

    De acordo com Miriam Souza Batista, diretora da escola, o entusiasmo pelas atividades complementares é grande, mas a escola se orgulha ainda mais pelos ganhos na qualidade da educação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede o desempenho escolar a cada dois anos, já superou a meta de 2015. Na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental, passou de 4,3 pontos em 2009 para 5 pontos em 2011. O Ideb previsto para 2015 era de 4,9 pontos.

    Miriam Batista está satisfeita com os avanços obtidos, quer aumentar em cem o número de alunos na educação integral, mas ela tem um desafio difícil pela frente: conseguir mais professores de matemática. A escola Duque de Caxias tem 660 alunos, dos quais 248 estão na educação de jovens e adultos no turno da noite, mas trabalha com apenas três professores de matemática. Neste ano, explica, não conseguiu professor de matemática para as oficinas da educação integral e ela teme que isso prejudique o desempenho escolar.

    Difícil com a matemática, mas com ganhos muito além do esperado em língua portuguesa. Miriam Batista relata que os estudantes da educação integral estão plenamente integrados com as mídias da escola, em que entrevistam, escrevem, produzem vídeos, editam um jornal. Para motivá-los mais, a diretora conta que criou as saídas pedagógicas onde os estudantes coletam informações, fotografam, fazem gravações com pessoas e autoridades de diversos campos do conhecimento.

    “Na nossa escola, a língua portuguesa está indo muito bem”, diz. Outras atividades são oferecidas aos 150 alunos, entre elas, a banda da escola, da qual todos participam, sob a direção do maestro Maikon, e as aulas de taekwondo.

    Adesão– Está aberta até 31 de maio a adesão das escolas ao programa Mais Educação. As escolas pré-selecionadas pelo Ministério da Educação devem preencher o cadastro informando o número de estudantes a serem atendidos e as atividades que serão oferecidas. O número de alunos é que determina o repasse de recursos federais para a compra de material e cobertura de despesas como a alimentação e oficinas.

    Também as 32 mil escolas públicas que já estão no programa devem se recadastrar. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas neste ano.

    Ionice Lorenzoni
  • Conhecimentos adquiridos na horta levaram os estudantes a melhorar a alimentação (Foto: Arquivo da Escola Guilherme Hildebrand)Santa Cruz do Sul– No município gaúcho de Santa Cruz do Sul, a cerca de 150 quilômetros de Porto Alegre, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Guilherme Alfredo Oscar Hildebrand aprendem a participar de todas as atividades de uma horta. As ações incluem itens como a construção dos canteiros, técnicas e época de plantio, técnicas de conservação do solo e maneiras de preparar as hortaliças colhidas.

    De acordo com o professor Eduardo Soares, responsável pelas atividades na horta, nesse local os alunos têm a oportunidade de entrar em contato com algo diferente, além de confrontar informações de diferentes áreas do conhecimento, obtidas na sala de aula. “Tivemos alunos que não sabiam os nomes das plantas e nunca tinham visto uma hortaliça numa horta. Só conheciam aquelas que viam nos supermercados”, revela.

    Sempre que possível, o professor faz uma relação entre as atividades práticas e os conhecimentos dados em aula. Sua intenção é fazer com que os alunos aprendam, de maneira prática, sobre as diversas fases de desenvolvimento das plantas, como a germinação e a floração, o uso dos nutrientes necessários, a qualidade do solo e a reciclagem de material orgânico. “Todas essas questões abordadas em sala de aula podem ser revistas no ambiente da horta escolar”, destaca Eduardo, que é técnico agrícola com licenciatura em ciências biológicas.

    Nas aulas de informática, os estudantes realizam pesquisas sobre uma determinada cultura. Buscam dados como épocas e técnicas de plantio, tratos culturais, fotos das plantas, variedades disponíveis e modos de preparo e, por fim, apresentam as informações obtidas aos demais colegas de turma.

    O professor tem a preocupação de plantar todas as culturas da época, a fim de obter uma grande variedade de plantas. Também procura diversificar as atividades desenvolvidas pelos alunos. Assim, enquanto alguns alunos ficam encarregados de molhar as plantas, outros limpam os canteiros e assim por diante. “No momento do plantio, todos participam, pois é uma atividade que todos gostam de fazer”, salienta.

    Juntamente com a horta, há uma composteira. Com isso, os alunos aprendem a transformar os materiais orgânicos provenientes da própria horta e da cozinha da escola em adubo orgânico para as plantas. “Também temos uma grande variedade de ervas medicinais, para que os alunos tenham uma aproximação com essas plantas e conheçam os benefícios que a natureza oferece para a saúde”, ressalta Eduardo.

    O projeto da horta é complementado por uma oficina de conservas, onde os estudantes aprendem todo o processo para a fabricação desses produtos. ”É uma forma de agregar valor aos produtos colhidos e uma maneira de conservar os alimentos, repassadas aos alunos”, diz o professor.

    Segundo Eduardo, uma grande parte dos alunos que possuem espaço disponível em casa começou a cultivar, pelo menos, um pequeno canteiro com suas hortaliças preferidas. Eles usam os conhecimentos adquiridos na horta da escola e trazem as dúvidas surgidas. “Houve melhoras no consumo de verduras por esses alunos”, avalia o professor. Ele atribui isso ao fato deles serem incentivados e acompanharem o desenvolvimento das plantas pelas quais são responsáveis.

    O projeto da horta é oferecido a estudantes do terceiro ao oitavo ano do ensino fundamental, participantes do programa Mais Educação. As atividades ocorrem no turno contrário ao das aulas. Da produção obtida, parte é destinada à merenda escolar, parte é vendida a professores, funcionários e comunidade. O restante é doado aos alunos.

    Fátima Schenini


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  • A ênfase do esporte na escola catarinense está, principalmente, na parte lúdica e recreativa para que os estudantes possam interagir e construir atitudes de respeito, companheirismo e solidariedade (foto: catracalivre.com.br)No município catarinense de Videira, a Escola de Educação Básica Municipal Joaquim Amarante estimula as práticas esportivas entre os alunos. Os mais de 500 estudantes matriculados têm oportunidade de praticar basquete, vôlei, futsal, capoeira e tênis de mesa.

    “O esporte ajuda na interação e na sociabilidade entre os alunos e permite que conheçam e respeitem as diferenças e aprendam a importância do trabalho em equipe”, salienta a pedagoga Maria Lúcia Deluque Altenhofen, que dirige a escola há seis anos. “Os benefícios são físicos e psicológicos. Além de fortalecer ossos e músculos, a prática de esportes ajuda na concentração e na coordenação motora.”

    Maria Lúcia acredita que o esporte amplia o conceito de coletivo e, consequentemente, auxilia na realização de trabalhos em equipe, estimula a competitividade e ensina o respeito às regras. Na visão da diretora, que está há 24 anos no magistério, a participação em competições e em outros eventos é essencial para que os estudantes, além de representar a instituição, interajam com outros grupos e, assim, ampliem a ideia de socialização e fortaleçam a de cooperação. “Com a participação dos alunos em competições, a escola visa sempre ao trabalho em equipe e ao desenvolvimento físico e psicológico”, explica.

    De acordo com Maria Lúcia, até 2013, eram oferecidas atividades esportivas somente durante as aulas de educação física, com a realização, por voluntários, de projetos de basquete e de futsal, no contraturno. Com a adesão ao programa Mais Educação, a partir deste ano, a escola passou a oferecer oficinas que incluem atividades esportivas, pedagógicas e de lazer. A instituição aderiu também ao programa Atleta na Escola, com opção pelo vôlei.

    Solidariedade — “O oferecimento de atividades esportivas pela escola possibilita aos alunos experimentar diferentes modalidades”, diz Sabrina do Amaral, professora de educação física. Segundo ela, a ênfase do esporte na escola não está no rendimento profissional, mas na parte lúdica e recreativa. Isso possibilita a crianças e adolescentes interagir, compartilhar momentos de socialização e cooperação e construir atitudes de respeito, companheirismo e solidariedade.

    Para a professora Dulcilene Araújo Marinho, que também leciona educação física, os alunos, com a prática de esportes, aprendem não apenas a competir: “Aprendem ainda que para ser o primeiro, continuar nas competições e ter um bom rendimento é preciso ter metas, responsabilidade, força de vontade e interesse”, destaca.

    Este ano, a escola conquistou o primeiro lugar na competição de vôlei dos Jogos Intercolegiais e obteve o quarto lugar entre as escolas participantes dos Jogos Estaduais.

    Os resultados observados com a prática de esportes pelos estudantes têm sido positivos. “É visível a mudança de comportamento e de atitudes, pois eles aprendem a respeitar regras e a trabalhar em equipe”, justifica Dulcilene.

    Fátima Schenini

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  • Foto: Wanderley PessoaO presidente da Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo, grão-mestre Yeo Jun Kim, ofereceu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, a elaboração de um currículo de taekwondo para crianças e adolescentes das escolas públicas de educação integral. A entidade também se dispôs a atuar na formação de instrutores para essas escolas.

    Yeo Jun Kim foi recebido por Fernando Haddad, nesta sexta-feira, 5. Ele veio acompanhado dos atletas olímpicos e instrutores, Yong-Jin-Cho e Go-Hun-Park, da Federação Mundial de Taekwondo, e pelo grão-mestre Wilson Carvalho, de Brasília.

    Para Yeo Jun Kim, como o taekwondo é uma arte que forma cidadãos, ter currículo adequado para cada faixa etária e instrutores qualificados são passos fundamentais. A Federação, que é filiada à Confederação Brasileira de Taekwondo, se propõe a trabalhar nesse sentido. O grão-mestre Yeo aceitou o convite do Ministério da Educação para participar de uma vídeo-conferência do programa Mais Educação, que acontecerá em março.

    Arte marcial que nasceu na Coréia há mais dois mil anos, o taekwondo é esporte olímpico desde os jogos de Seul, realizados em 1988. Chegou ao Brasil em 1970, trazida pelo grão-mestre Sang Min Cho, que instalou a primeira academia em São Paulo.

    Mesmo tendo chegado ao Brasil há menos de 40 anos, o taekwondo está entre as atividades solicitadas pelas escolas públicas de educação integral que participam do programa Mais Educação, que apóia a criação de atividades extracurriculares no contraturno do período escolar. Em 2009, 470 escolas públicas pediram a modalidade, e este ano já houve 814 pedidos, informa Jaqueline Moll, diretora de educação integral, direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Mas atender os pedidos, explica, depende de ter monitores qualificados para ensinar os alunos.

    A possibilidade de parceria com a Federação de Taekwondo de São Paulo, diz, é uma oportunidade concreta de atender a solicitação das escolas. No Mais Educação, os monitores não recebem salário, mas um auxílio mensal. Este ano, o programa terá dez mil escolas públicas, sendo 126 de ensino médio, 110 escolas rurais e as outras de ensino fundamental.

    Ionice Lorenzoni
  • Começa nesta terça-feira, 18, em Brasília, o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O encontro, que se estenderá até sexta-feira, 21, será aberto às 19h30, na Academia de Tênis, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad. Aprofundar e fortalecer a política pública de educação integral está entre os objetivos do Ministério da Educação ao promover o encontro. Hoje, 2,1 milhões de estudantes estão matriculados em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal.

    Participarão do seminário 405 coordenadores municipais e 27 estaduais do programa Mais Educação, representantes de universidades públicas parceiras do programa, de centros de formação de professores, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante os debates, serão abordados temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento. Os participantes falarão também sobre educação no campo, direitos humanos e pessoas com deficiência.

    A programação do seminário prevê relatos de experiências desenvolvidas nas escolas e exibição de documentário de 26 minutos sobre atividades em tempo integral de unidades de ensino em diferentes cidades. Alunos, professores, pais, monitores e agentes culturais contam o que fazem e o que isso representa na vida da escola e da comunidade.

    O programa Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. É desenvolvido em áreas de risco social e em regiões metropolitanas. Este ano, já foram habilitadas 9.907 escolas do ensino fundamental e 135 do médio. Elas devem atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Ionice Lorenzoni
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