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  • Guilherme Pera e Luciano Marques, do Portal MEC

    Com o intuito de debater a formulação de políticas públicas para a formação de professores bilíngues para surdos, representantes das secretarias estaduais e municipais de Educação dos 26 estados e do Distrito Federal participam do Seminário de Gestores Estaduais sobre Educação de Surdos, Surdocegos e Deficientes Auditivos, promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O evento ocorre na sede da pasta nesta quinta-feira, 22 de agosto, e na sexta, 23. Na ocasião, será abordada a Nova Política Nacional de Educação Especial.

    A abertura, no auditório do Anexo I do MEC, contou com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ambos destacaram a importância do trabalho inclusivo realizado pela Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação do MEC.

    "Estamos vivendo um novo momento para a educação de surdos no Brasil. E a prova disso é que vemos pessoas surdas ocupando cargos proeminentes no governo. Uma grande vitória alcançada foi a criação da Diretoria de Política Bilíngue para Surdos, aqui no MEC, trabalho que acompanho com muito interesse. Desejo que nossos programas, políticas e estratégias sejam para uma sociedade mais justa", afirmou a primeira-dama, em discurso feito na Lingua Brasileira de Sinais (Libras).

    Abraham Weintraub destacou o papel de Michelle Bolsonaro na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. "Conheci a primeira-dama na transição, uma guerreira. E quando ela aparecia era uma leoa para brigar pelas pessoas com deficiência. A primeira-dama brigou de forma muito suave e habilidosa para que esse governo fosse um pouco melhor a cada dia que passasse. A educação para mim é como um alicerce muito grande para o sucesso do Brasil no mundo. São os resultados que fazem a diferença lá na ponta para que as crianças tenham a melhor assistência e sejam o mais livre possível dentro de suas limitações", disse.

    Nova secretária de Modalidades Especializadas de Educação, Ilda Peliz relatou suas experiências à frente da Abrace, instituição de Brasília destinada ao combate ao câncer infantil, e da construção do Hospital da Criança de Brasília. "Passei 21 anos na instituição Abrace, de crianças com câncer. Foi ali que conheci as crianças com deficiência, que por conta do câncer tinham que amputar as pernas, perdiam parte da visão. Senti na pele uma dificuldade, perdi uma filha com câncer. Levantei a bandeira de criar um hospital do câncer aqui em Brasília. Fomos à luta e levantamos R$ 30 mihões. Doamos ao Estado", afirmou.

    Já a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Priscilla Gaspar, ressaltou ser necessário dar atenção aos surdos. "[É o que fazemos] Nós, em parceria com a primeira-dama, que defende a causa, e essa nova equipe de trabalho do MEC. É um novo momento, é um novo começo", disse.

    À tarde, o evento se divide em dois. No mesmo auditório, ocorre a Reunião Técnica de Dirigentes de Educação Especial dos Estados e do Distrito Federal. O debate será sobre os novos rumos para a Política Nacional de Educação Especial, implementada em 2008. No auditório do Anexo II ao MEC, ocorre o Seminário. A equipe da Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue para Surdos, unidade da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), será apresentada.

    Na sexta-feira, o Seminário continua com apresentação de marcos políticos legais linguísticos dos surdos, orientação para implementação da Educação Bilíngue de Surdos com base no Plano Nacional de Educação e apresentação da proposta de material didático bilíngue de surdos.

    A reunião, por sua vez, prossegue com grupos de trabalho para levantamento de sugestões. Ao final do dia, as contribuições serão compiladas em um documento que poderá subsidiar a formulação de políticas públicas.

    22/08/2019 - Abertura da Reunião Técnica dos Dirigentes Estaduais e do Distrito Federal da Educação Especial - Fotos: Luis Fortes/MEC

  • Protocolo de intenções assinado nesta terça-feira, 29, contou com a presença da primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro

    Cinemas acessíveis para pessoas cegas, surdas e autistas em todas as regiões do país. É isso que o Ministério da Educação (MEC) quer incentivar por meio de uma parceria assinada com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) nesta terça-feira, 29 de outubro. O evento contou com a presença da primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro.

    A Fundaj vai disponibilizar 20 filmes nacionais com produção de acessibilidade comunicacional, o que inclui fone com audiodescrição para cegos e pessoas com baixa visão, além de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e legenda para surdos e ensurdecidos.

    O projeto é voltado para unidades da Federação que queiram implementar a iniciativa em seus cinemas e outros tipos de espaços públicos. As produções, inclusive em formatos de desenho, atendem públicos de todas as idades.

    Outro ponto do projeto prevê a adaptação de salas de cinema para o público autista. A ideia é que o ambiente tenha som e luzes reduzidos.

    Já para os cegos, a proposta é possuir entradas com maquetes em braille. Isso facilitaria a identificação dos lugares e das saídas de emergência.

    Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a iniciativa é importante e a sociedade precisa estar sensibilizada. “A ideia é trazer a tecnologia da Fundaj para todo o Brasil. [...] Desejo que essa seja a primeira de muitas realizações do cinema inclusivo”, afirmou.

    O protocolo de intenções para o cinema acessível foi assinado pela secretária de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp) do MEC, Ilda Peliz, e pelo presidente da Fundaj, Antônio Campos, na Sala de Atos do MEC, em Brasília.

    Experiência de sucesso - A ideia do cinema acessível é baseada na experiência de sucesso da Fundaj em Pernambuco. Desde 2017, a sala de cinema da fundação oferece sessões inclusivas para pessoas com deficiências sensoriais. Mais de 3,5 mil pessoas já assistiram produções nacionais com acessibilidades.

    Campos lembrou que mais de 40 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência vivem no Brasil, o que demonstra a relevância desse trabalho e da causa em questão. “Com a assinatura desse protocolo de intenções, o MEC dá um significativo passo para tornar os cinemas acessíveis para todas as regiões do Brasil”, disse.

    Interesse - O Governo do Distrito Federal já sinalizou interesse em implementar a medida. A primeira-dama do DF, Mayara Noronha, e o secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz, estiveram presentes na solenidade.

    29/10/2019 - MEC vai incentivar cinemas acessíveis nos Estados - Gabriel Jabur/MEC

    Assessoria de Comunicação Social

  • Primeira-dama esteve em simpósio sobre alfabetização de surdos

    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    A primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, marcou presença no terceiro dia da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), organizada pelo Ministério da Educação (MEC). Michelle participou de painel que mostrou estudos sobre a alfabetização de surdos, nesta quinta-feira, 24 de outubro.

    Acompanhada pelo secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, a primeira-dama esteve no simpósio “Dificuldades e Distúrbios da Leitura e da Escrita e Desafios na Alfabetização em Diferentes Contextos”. O principal palestrante foi o professor Fernando Capovilla, uma das maiores autoridades em alfabetização do país.

    Capovilla falou sobre a alfabetização de crianças com deficiência auditiva e surdez. O professor explicou que alunos surdos possuem como língua materna a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e adquirem o português como segunda língua. Já a língua materna dos deficientes auditivos é o português.

    Na apresentação que realizou durante o simpósio, o especialista destacou a realização do maior estudo já feito no mundo sobre o desenvolvimento de cognição e linguagem de estudantes surdos, com 9,4 mil avaliados, o Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo Brasileiro . O levantamento recebeu apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    O resultado do trabalho mostrou diferenças na estratégia de alfabetização que tem melhores resultados para surdos e para pessoas com deficiência auditiva. “A inclusão em escola comum com aulas no contraturno é muito boa para crianças com deficiência auditiva. Para os surdos, o melhor arranjo é ensino-aprendizagem em escola bilíngue até pelo menos o 5.º ano do ensino fundamental”, afirmou.

    Também participaram do simpósio Janice Marques, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Antonielli Martins, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). A Conabe segue até amanhã, 25, na sede da Capes, em Brasília.

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