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  • Uma delegação do governo de Moçambique estará em Brasília a partir desta segunda-feira, 20, até o dia 24, para conhecer ações do Brasil no campo da segurança alimentar e nutricional. O ponto de partida da visita será o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), referência internacional na área, coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    O grupo terá acesso a detalhes da execução do Pnae, programa com 55 anos de existência e orçamento atual de R$ 3 bilhões por ano para atender 47 milhões de estudantes da educação básica pública diariamente.

    Para mostrar na prática como a merenda chega aos alunos, a equipe técnica do FNDE levará os visitantes a duas escolas do Plano Piloto de Brasília. Outra ação ligada ao programa, o cultivo de hortas escolares será apresentado em instituições de ensino do município goiano de Formosa.

    A missão moçambicana conhecerá também experiências do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O Ministério da Educação abre em Moçambique os quatro primeiros cursos de graduação a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) a serem oferecidos na África. A parceria entre os governos brasileiro e moçambicano compreende a formação de até 5,5 mil professores da educação básica e 1,5 mil servidores da administração pública, entre 2011 e 2017.

    A aula inaugural será proferida nesta terça-feira, 9, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no polo da UAB, em Maputo, capital do país. A primeira turma de 600 alunos ingressa, em março de 2011, nos cursos de licenciatura em matemática e biologia, pedagogia e administração pública. As aulas de educação a distância terão polos de apoio da Universidade Aberta do Brasil nas cidades de Maputo, Beira e Lichinga.

    Em Moçambique, a graduação de professores e de servidores do governo federal será ministrada pelas universidades federais de Goiás (UFG), Juiz de Fora (UFJF), Fluminense (UFF) e do Rio de Janeiro (Unirio), filiadas à Universidade Aberta do Brasil.

    Os conteúdos dos cursos foram desenvolvidos pelas quatro instituições federais, que também produziram materiais didáticos impressos e recursos multimídias. No conjunto, 40 professores vão atuar na formação, sendo 50% brasileiros e 50% moçambicanos. Os tutores que darão apoio presencial aos alunos nos polos são de Moçambique.

    A parte da parceria no Brasil envolve o MEC, universidades federais do sistema UAB, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia que cuida do programa nacional de formação de professores, e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores; e, de Moçambique, o Ministério da Educação.

    Na divisão dos recursos financeiros para a oferta dos quatro cursos, cabe ao Brasil custear as bolsas para professores e tutores e equipar os laboratórios dos polos e o governo de Moçambique fica responsável pela administração dos pólos, distribuição dos materiais didáticos e pagamento dos salários dos professores cursistas. De acordo com o chefe da assessoria de assuntos internacionais do MEC, Leonardo Barchini, o custo anual de cada cursista é de R$ 1,5 mil.

    Cursos de letras – Na reunião semestral dos ministros da Educação do Mercosul, que ocorre em 26 deste mês, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, vai apresentar um projeto de curso de graduação de letras para os países da América Latina. Letras/português para as nações de língua espanhola e letras/espanhol para brasileiros.

    Para os países da África, Haddad prepara um projeto de oferta de graduação em letras/português a distância a ser oferecido pela Universidade Aberta do Brasil. Esse projeto pode atender dois grupos de países: para nações que precisam de reforço para consolidar a língua portuguesa, entre as quais se encontra o Timor Leste, país asiático que esteve de 1975 a 1999 sob o domínio da Indonésia, que lhe impôs a língua inglesa. Esse modelo também será oferecido a Moçambique e Angola, nações que recebem forte influência da língua inglesa que entra pelos sinais de televisão da África do Sul. A outra vertente do curso é para países não lusófonos que desejam oferecer a seus cidadãos a língua portuguesa como segundo ou terceiro idioma.

    Ionice Lorenzoni
  • Uma comitiva de Moçambique está no Brasil para conhecer e analisar programas brasileiros de levantamento de dados estatístico-educacionais e de avaliação educacional superior, desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O objetivo é aplicar métodos semelhantes no país africano. O grupo representa o Conselho Nacional de Acreditação e Garantia da Qualidade do Ministério da Educação de Moçambique, e está no Brasil pela primeira vez.

    Moçambique vai criar um novo sistema de avaliação e pretende aprender com o Inep os modelos de coleta de dados e aplicação de exames que melhorem a avaliação do ensino superior moçambicano.

    A delegação participou na manhã desta quarta-feira, 12, de apresentações da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes) sobre métodos de aplicação de exames para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de ensino superior. Além disso, a Diretoria de Estudos Estatísticos (Deed) mostrou os instrumentos de diagnóstico e de coleta de informações sob o aspecto qualitativo da educação superior.

    O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), foi um dos pontos que mais chamaram a atenção dos representantes do conselho.

    O professor e representante da delegação, Eduardo Júlio Sitoe, considera o Brasil bastante avançado na avaliação de alunos e instituições de ensino superior. “Nós não conseguimos aplicar o exame nacional por cursos a todos os estudantes e todas as universidades públicas e privadas. Esse é o grande problema que viemos ver como o Brasil está resolvendo.”

    Outro ponto que despertou interesse na delegação foi o Censo da Educação Superior, que coleta dados sobre a educação superior do país e tem o objetivo de oferecer à comunidade acadêmica e à sociedade informações detalhadas sobre instituições, cursos, vagas oferecidas, matrículas e docentes. Desde 2009, o Inep começou a coleta de dados por aluno no ensino superior.

    “Existe um conjunto de coisas que estamos aprendendo. Ainda vamos analisar o que será aplicado nas nossas circunstâncias em Moçambique”, ressaltou o professor africano.

    A delegação de Moçambique permanecerá no Brasil por uma semana. Neste período, também visitará instituições de ensino superior em São Paulo e no Rio de Janeiro.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • Cerimônia de encerramento da capacitação de 30 professores moçambicanos ocorreu nesta quinta-feira, 14, na sede do MEC (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Uma parceria entre Brasil e Moçambique resultou em capacitação na área agrícola de 30 professores moçambicanos, que vão atuar em seu país replicando os conhecimentos adquiridos nas instituições de ensino da rede federal de educação profissional e tecnológica brasileira. A cerimônia de encerramento ocorreu nesta quinta-feira, 14, na sede do Ministério da Educação em Brasília, e teve a participação de representantes do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do governo de Moçambique.

    Durante a cerimônia, o diretor de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Valdecir Carlos Tadei, lembrou que o Brasil faz esse tipo de intercâmbio com diversos países e considera o projeto positivo. “Essa ação de multiplicação de conhecimento tem valor imensurável para nós, porque também enviamos nossos professores para treinamento em outros países, para multiplicar o que foi aprendido”, explicou.

    Chamada de Bramotec – Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica de Moçambique, a ação é pioneira entre os países. É coordenada no Brasil pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC e em Moçambique pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional. O objetivo é a melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica em Moçambique nas áreas da agricultura, gestão escolar, construção civil, turismo e hospitalidade.

    Na opinião do vice-presidente do Conif, Roberto Gil Almeida, a parceria entre os países fortalece a internacionalização da rede federal. “É um grande passo dado, o da internacionalização das ações que realizamos no nosso país: atender países com necessidade de formação de mão-de-obra, de qualificação do trabalho no campo e de formação de pessoas que possam gerir riquezas por meio da agropecuária”, destacou.

    A turma recém-formada chegou ao Brasil com a missão de ampliar as competências técnicas do quadro de formadores das instituições de educação profissional e tecnológica moçambicanas na área da agricultura. Durante quatro meses, esses professores foram acompanhados por formadores brasileiros e visitaram os institutos federais e os centros federais de educação tecnológica de todas as regiões do Brasil, para aprender sobre técnicas de agro-processamento, extensão agrária, irrigação, mecanização agrícola, sanidade animal, sanidade vegetal, sistemas de produção e solos.

    O secretário permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique, Celso Aldenis Laice, ressaltou que os professores formados no Brasil vão cooperar com os projetos já existentes no país. “A agricultura faz parte da nossa Constituição da República, é uma base de desenvolvimento. Com estes [professores] formados, vamos iniciar ou alavancar aquilo que já iniciamos na agricultura de Moçambique”, frisou.

    Nos próximos seis meses, professores orientadores brasileiros vão acompanhar, a distância, os educadores formados no Brasil. Cada um será responsável pela criação de um projeto que possa ser aplicado em cada localidade do país africano, com o intuito de desenvolver a agricultura local.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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