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  • Os principais pontos do Pnae foram apresentados, em Moscou, aos representantes dos países integrantes do Brics (foto: divulgação)O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que completa 60 anos, foi um dos destaques do Global Forum on Nutrition-Sensitive Social Protection Program [fórum global de programas de proteção social à nutrição], evento internacional de programas sociais realizado nos dias 10 e 11 últimos, em Moscou. Organizado pelo Banco Mundial e pelo Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o evento contou com representantes de países de todos os continentes para o compartilhamento de experiências em políticas públicas relacionadas à nutrição.

    Considerado modelo de sustentabilidade, o Pnae foi apresentado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Criado em 1955, o programa conta com recursos oriundos do Tesouro Nacional, assegurados no Orçamento da União. Cabe ao FNDE realizar a transferência financeira a estados e municípios, responsáveis pela execução do programa. Segundo a representante do FNDE no fórum, Jaana Flávia Nogueira, o Pnae tem um histórico de evolução. Hoje, é totalmente sustentável. “Aos 60 anos, o Pnae é uma experiência de aperfeiçoamento ao longo do tempo”, disse. “Em 2009, foi institucionalizado a partir de lei.”

    Na apresentação ao fórum global, Jaana destacou os elementos principais do plano. O primeiro deles, a execução descentralizada. “Não é o governo federal que compra os alimentos e manda a estados e municípios, mas estes adquirem os alimentos fornecidos aos estudantes”, afirmou. “O procedimento respeita os hábitos, a cultura e a economia regionais.”

    Outra característica apontada por Jaana é a destinação de 30% dos recursos transferidos à agricultura familiar, o que contribui para o desenvolvimento local. No aspecto estritamente alimentar, a gestora salientou que o Pnae é executado sob a responsabilidade de nutricionistas, desde o menu, que inclui o mínimo de calorias necessárias à nutrição, até a chamada pública de compras e a supervisão do programa.

    Comprometimento — A estratégia integrada, desenvolvida intersetorialmente, da qual participam os ministérios da Educação, da Saúde, da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, garante o funcionamento e a operacionalidade do plano. “Os recursos federais são complementados por verbas regionais, o que significa envolvimento e comprometimento dos entes da Federação”, disse Jaana.

    Durante a apresentação das experiências de outros países, foi inevitável a comparação entre elas. Jaana observou que alguns programas simplesmente arrecadam alimentos, via doações, e os distribuem, sem prever falhas nessa arrecadação; outros distribuem suplementos alimentares, muitas vezes por interesses econômicos da grande indústria, em prejuízo da alimentação. O resultado é um alto grau de desnutrição infantil.

    No Brasil, o Pnae, em atuação com os programas Bolsa-Família e Fome Zero, do governo federal, contribui para tirar o país do mapa mundial da fome. “Recebemos visitas técnicas de vários países, e temos contribuído com políticas desenvolvidas em muitos deles, principalmente na África. O Pnae, hoje, é objeto do interesse e atenção mundiais.”

    Ana Cláudia Salomão

     

  • Para incentivar o debate e a prática das ações de educação alimentar no espaço escolar, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, lança a primeira Jornada da Educação Alimentar e Nutricional. O concurso vai premiar as melhores ações desenvolvidas nas escolas públicas de educação infantil, tendo em vista a promoção da alimentação saudável e a prevenção da obesidade infantil. As inscrições estão abertas no site de educação corporativa do FNDE, e os diretores de escolas têm até o dia 16 e maio para cadastrar as ações executadas em suas regiões.

    A jornada é mais uma das ações em comemoração aos 62 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Para o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, esta é uma forma não só de incentivar boas práticas de alimentação nas escolas, mas também de dar visibilidade às experiências de sucesso já consolidadas em várias regiões do país.

    “São mais de 150 mil escolas espalhadas pelo Brasil e muitas delas já realizam um trabalho de excelência no que diz respeito à alimentação das crianças”, destaca. “É necessário que essas práticas se tornem conhecidas e que haja troca de experiência para que nossos estudantes tenham, cada vez mais, acesso a um atendimento de qualidade.”

    Etapas – A jornada do concurso será composta por seis etapas, com os temas Alimentação complementar e prevenção da obesidade infantil; Alimentos regionais brasileiros; Prevenção e redução de perdas e desperdícios de alimentos; Horta escolar pedagógica; Agricultura familiar na escola; e Atividades lúdicas para o desenvolvimento social e relacionado ao ato de comer.

    Cada fase deverá ter uma breve descrição da ação executada, conforme roteiro prévio, além da inserção de uma fotografia que comprove a realização das atividades e um pequeno vídeo demonstrando o que foi realizado em cada etapa.

    A cada etapa cumprida no prazo, será liberada na plataforma e-FNDE, para download, uma peça do selo de participação da Jornada de EAN com a descrição do tema executado. Após a conclusão das seis etapas, o participante terá recebido as seis peças e completado o selo.

    Todos que completarem a jornada no prazo estipulado receberão, ainda, certificado de menção honrosa nominal para nutricionista, diretor da escolar e o coordenador da jornada; conjunto com publicações sobre alimentação saudável; divulgação da ação em publicação do FNDE produzida em formato digital, além da participação em uma mostra de educação alimentar e nutricional no Congresso Brasileiro de Alimentação e Nutrição (Conbran), evento a ser realizado em Brasília, em 2018.

    Confira o regulamento do concurso no site do FNDE.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

  • Estudantes da Escola Classe 410 de Samambaia, no Distrito Federal, participam de diversos projetos ambientais: coleta seletiva, horta, viveiro e minhocário (foto: Rafael Carvalho/MEC)A conscientização sobre alimentação saudável pode ser uma das funções da escola, e as hortas escolares mostram como esse é um caminho com excelentes resultados. Além de estimularem o contato dos alunos com a terra e com a natureza, chamam a atenção para o consumo de alimentos frescos.

    “É muito comum ouvirmos relatos de familiares dos estudantes que passaram a ter uma alimentação mais balanceada por influência do que os filhos aprenderam na escola”, afirma a coordenadora do projeto Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia, Ana Rosa Santos. O projeto é uma parceria da Universidade de Brasília (UnB) com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Além dos benefícios à saúde, Ana Rosa, também professora do centro de excelência em turismo da UnB, destaca o valor pedagógico desse processo de aprendizagem. “Essas atividades permitem a prática da interdisciplinaridade e um aprendizado dinâmico, ancorado nas experiências vividas. Além disso, as hortas escolares possibilitam discutir outros temas como a sustentabilidade, por exemplo.”

    No caso da Escola Classe 410 de Samambaia, no Distrito Federal, um projeto ambiental puxou o outro. “A ideia de começar a horta veio da necessidade. Primeiro, implantamos a coleta seletiva e, então, fizemos um trabalho de conscientização das crianças a respeito do resíduo orgânico que poderia ser aproveitado. Então, veio a horta, o viveiro e o minhocário”, lembra Paulo Gileno Ribeiro Bosco, diretor da instituição.

    O espaço da horta criada por Paulo e pela professora Hermínia Maria Campos era um descampado que servia de depósito de cadeiras e outros móveis quebrados. A revitalização do local e o engajamento dos professores e alunos levaram à completa renovação da terra e tornaram possível a interdisciplinaridade. “No projeto ambiental, tem a parte de matemática, em que eles calculam quantas mudas devem plantar em uma área. Recentemente, no projeto de literatura, eles trabalharam o conto ‘João e o pé de feijão’ em conjunto com o crescimento de uma semente de feijão que eles mesmos plantaram”, conta o diretor.

    Parte da produção da horta – que inclui alface, coentro, cebolinha e couve – é destinada ao consumo na cantina da escola, mas os alunos também podem levar a produção para casa. Nesse trabalho de envolver a comunidade, a escola promove eventos para levar as famílias ao ambiente da horta. “Teremos a 1ª Ciranda de Oficinas Ambientais, onde receberemos a comunidade no nosso quintal. Vamos dividir as funções entre crianças e responsáveis, em que os adultos vão entender, por exemplo, a função do viveiro ou do terrário no projeto. E a comunidade vai entender o que as crianças fazem no dia a dia”, comenta o professor Paulo.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • No dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cada movimento importa. E, nesse planejamento, as refeições podem ter um papel importante para a manutenção da concentração do candidato. “A alimentação tem efeito crônico no organismo. Isso depende de como o candidato se alimentou na semana, até mesmo no mês do exame: pode ter um efeito positivo ou negativo. Quem consome muita comida industrializada, por exemplo, pode ter prejuízo no rendimento”, comenta o nutricionista André Heibel.

    O especialista recomenda cortar todo tipo de corante, adoçante e edulcorante. “Esses alimentos prejudicam a concentração. Por outro lado, o suco de uva, por exemplo, é rico em resveratrol, que auxilia na memória. O chá verde tem bastante catequina, ajuda na concentração e no foco”, cita André. Outra dica é usar temperos como açafrão e pimenta do reino nos alimentos, que são antioxidantes e, segundo o nutricionista, protegem o cérebro de lesões por estresse.

    No dia da prova, a recomendação para o almoço é pegar leve. “Sugiro consumir uma quantidade menor de carboidratos, comer mais tubérculos, arroz integral e uma boa fonte de proteína, como o salmão, que é rico em Ômega 3”, enumera André. Para o lanche, embora muitos prefiram refrigerantes e salgados processados, a sugestão é levar um chá gelado, castanhas e chocolate 60%.

    Para quem não dispensa um sabor adocicado, é melhor levar frutas. “De forma geral, o açúcar influencia nas bactérias do intestino, que podem produzir serotonina no cérebro, o que pode gerar sono durante a prova”, explica o nutricionista. A recomendação para os estudantes sabatistas, que começam a prova às 18h do sábado, é associar a alimentação saudável com uma dose de café com leite, para disfarçar o amargor.

    Esportes– Não faltam controvérsias a respeito da prática de atividades físicas nos dias do Enem. Para o nutricionista André Heibel, o exercício não deve ser cortado, desde que feito em ritmo razoável. “Acho que atividade física é muito positiva, libera endorfinas, alivia o estresse. Mas acredito que deve ser algo que o candidato esteja acostumado a fazer rotineiramente, que não interfira na hora da prova”, recomenda.

    Assessoria de Comunicação Social

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