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  • Foz do Iguaçu (PR) — O ministro da Educação, Fernando Haddad, fez na manhã desta sexta-feira, em Foz do Iguaçu, um apelo em defesa de um pacto entre os governos do bloco comercial para a manutenção dos investimentos em educação, mesmo diante da crise internacional e de seus eventuais efeitos nas economias sul-americanas. O ministro participou da abertura da 35ª Reunião de Ministros da Educação do Mercosul.

    Haddad, na reunião de ministros do Mercosul, destacou que a educação é elemento fundamental para enfrentar a crise financeira mundial (Foto: Caio Coronel/Itaipu)“Somos todos testemunhas do esforço que nossos governos estão fazendo para aumentar os investimentos em educação. Diante da crise, não só o papel do Estado é mais significativo, como a educação se torna um elemento fundamental no seu enfrentamento”, disse o ministro.

    Ao abrir o encontro, Haddad propôs uma discussão ampla sobre a questão da obrigatoriedade da matrícula dos quatro aos 17 anos de idade. Ou seja, da educação infantil ao ensino médio, nos termos propostos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em El Salvador, no mês passado. “O Brasil se alinha neste sentido, e o Mercosul não pode ficar fora desse processo. Entendemos que os avanços podem ser reforçados em passos mais ousados”, afirmou o ministro. “A chance de um brasileiro que cursou a educação infantil concluir o ensino médio cresce em 32%.”

    Em resposta a seu colega brasileiro, o ministro da Educação da Argentina, Juan Carlos Tedesco, confirmou a importância de se discutir o momento da crise e a preservação dos mecanismos de financiamento da educação. “Não cairemos no mesmo erro de 1990, quando a política de ajustes derrubou os investimentos em educação e atingiu sobretudo o poder real dos salários dos professores”, lembrou.

    Tedesco conclamou seus colegas de bloco a participarem ativamente na elaboração das políticas econômicas de seus países. “No caso da Argentina, por exemplo, já atingimos o patamar de 6% do PIB em investimentos em educação. Mas, se a economia não crescer, de nada adiantará esse patamar. Temos de ficar muito atentos aos desdobramentos da crise internacional.”

    Nunzio Briguglio

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