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  • 17/3/2009 - O aluno Marcel Faria Mugica, 24 anos, do curso de tecnologia em automação industrial do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, campus Pelotas, é destaque na França. Ele mostrou aos franceses toda a qualidade do ensino profissionalizante oferecido pela instituição em apenas um ano entre estudos e estágio na Universidade Tecnológica de Compiègne (UTC).

    De volta ao Rio Grande do Sul, o estudante prepara a defesa de sua monografia e aguarda uma oportunidade no concorrido mercado de trabalho brasileiro. Se depender do próprio currículo, a vaga está bem próxima. Na UTC, cujo ensino é direcionado a diferentes áreas da engenharia, Mugica mesclou os conhecimentos adquiridos no instituto federal com a metodologia adotada pela instituição francesa.

    O aluno conta que ficou um pouco surpreso com o sistema de avaliação de Compiègne (lá se avalia a turma e não individualmente), que é totalmente diferente do meio utilizado no Brasil. Apesar do baque inicial, o rapaz sobrou em talento e não poupou os franceses de comparações.

    “O curso de automação industrial do instituto é mais dinâmico e as disciplinas mais condensadas, enquanto que na UTC o foco predominante é na teoria e com mais espaço de tempo entre uma disciplina e outra. O aluno assiste à aula e vai para casa para estudar o conteúdo visto naquele dia”, diz Mugica. O estudante estagiou em uma empresa do ramo da siderurgia na cidade de Marseille, localizada a 800 quilômetros ao sul de Paris, e trabalhou diretamente com indicadores de manutenção mecânica. Durante sua estada na Europa, conheceu diversos países, alguns em detalhes, como Espanha, Portugal e Suíça.

    A experiência vivenciada por Mugica foi proporcionada por um acordo firmado entre o instituto federal sul-rio-grandense e a UTC em 2005. De lá para cá, sete alunos já foram beneficiados pela parceria, inclusive com seus estágios reconhecidos pelo próprio instituto federal, responsável pela certificação.

    “Além da França, temos acordos com os Estados Unidos, o Uruguai e o México. Os critérios básicos para a seleção de alunos são a fluência em língua estrangeira e o bom desempenho acadêmico”, informa a assessora de relações internacionais e institucionais do instituto federal do Rio Grande do Sul, Lia Pachalski.

    A assessora adianta que a meta agora é mobilizar coordenadores de cursos superiores para a indicação de alunos. Ela diz que, apesar de ainda não ter bolsas para financiar o intercâmbio, o instituto federal tem ofertado gratuitamente o ensino de língua estrangeira aos estudantes e oferecido apoio por meio da assessoria. Lia ressalta que é importante que o aluno saiba que precisa se organizar com antecedência para estudar no exterior, pois sempre há custos.

    “Estamos trabalhando para buscar aporte financeiro a fim de auxiliar o aluno com as despesas de um intercâmbio. Com verba destinada para mobilidade discente, faremos chamadas ou editais específicos para os programas”, comenta Lia, lembrando que convênios formais assinados entre as instituições facilitam a obtenção da dupla diplomação e a inserção do aluno em estágios.

    Para o reitor Antônio Carlos Barum Brod, o trabalho intermediado pela Assessoria de Relações Internacionais e Institucionais tem ratificado a importância do instituto federal em escala internacional, servindo de referência e aproximação entre países.

    Assessoria de Comunicação Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

  • O programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 26, vai contar como o amor à música reuniu alunos de mais de 60 escolas públicas de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de formar uma orquestra dentro de um colégio estadual da cidade, a professora de música Lys Ferreira deu mais um passo e partiu para o ensino da música na rede municipal de ensino.

    Quatro anos depois, o projeto deu origem à Orquestra Estudantil Municipal, criada pela Secretaria de Educação e Desporto de Pelotas, em 2018. “A princípio, formamos turmas que somam, em todos os instrumentos, 100 alunos que estão tendo aula do projeto e 40 que participam da orquestra. Tem violino, viola, violão, violoncelo, piano, teclado, violão, trompete, clarinete, flauta e percussão”, conta a professora.

    Desde o ano passado, o número de interessados não parou de crescer: o projeto recebeu 150 inscrições em 2019. Para a adesão, os estudantes passaram por uma seletiva. Com todas as vagas preenchidas, os selecionados que acabaram não sendo chamados foram para uma lista de espera.

    Espaço – No dia a dia, para atender aos alunos, a professora organizou um cronograma de ensino. As aulas e os ensaios também ganharam um espaço maior, a sala de música da antiga Estação Férrea de Pelotas. O ambiente foi cedido pela administração municipal, uma das parceiras da orquestra.

    Nas segundas-feiras, os estudantes têm encontros com o ensaio da orquestra, e no decorrer da semana, quarta e sexta, os alunos são atendidos em turmas. “Não são aulas individuais, é um ensino coletivo do instrumento”, explica Lys Ferreira. “As aulas são de uma hora, uma hora e meia, dependendo do tamanho da turma, e o ensaio é de duas horas e meia de duração”, completa.

    Para a professora, as aulas de música e a participação na orquestra são benéficas para o desempenho escolar dos alunos, mas não somente para isso. Ela observa que, além das lições em sala, os laços criados entre eles, a partir da convivência em grupo, são os grandes valores aprendidos.

    “Esse exercício do convívio acaba sendo prazeroso. Os estudantes aprendem muito sobre diferenças, sobre tolerância, sobre entender o próximo. São coisas que a música facilita pela alegria que ela nos traz”, acredita.

    Gabriel Ávila, de 14 anos, é aluno da 9ª série do ensino fundamental e entrou na orquestra, no ano passado. “Decidi entrar [na orquestra] porque eu já tocava violão sozinho. Nunca tive professor e violino. Queria aprender, tinha vontade de participar de uma orquestra, então, entrei para ver como era”, conta o estudante.

    A Orquestra Estudantil Municipal de Pelotas já fez várias apresentações em escolas e festivais de música. Para Gabriel, a mais marcante foi a que ocorreu no 9° Festival Internacional Sesc de Música, em janeiro deste ano. “Já tinha me apresentado em outros lugares, mas acho que a maior apresentação que a gente tinha feito foi lá. Então, foi bem legal, bem interessante, bem diferente”, relata Gabriel.

    O repertório do grupo é bem variado, assim como o público. “Tem todo tipo de música. Tem concerto, mas a gente toca para a ‘gurizada’ da idade deles”, destaca a professora.

    Os instrumentos utilizados pelo grupo foram doados pela prefeitura da cidade. O projeto conta ainda com ajuda da comunidade para gastos pontuais como troca de cordas para os materiais e de cabos eletrônicos. Demais parcerias, como o Projeto AfinaSul, do Conservatório de Música, e do Programa de Extensão em Percussão – ambos da Universidade Federal de Pelotas –, também têm sido fundamentais para o andamento do trabalho com os estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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