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  • Cada uma das quatro iniciativas vencedoras receberá prêmio de R$ 25 mil (arte: ACS/MEC) Escolas, bibliotecas, entidades e cidadãos, crianças e jovens incluídos, que desenvolvam projetos de formação de leitores em todo o Brasil têm até 13 de março para se inscrever gratuitamente no 8º Prêmio Viva Leitura. Nesta edição, quatro iniciativas dividirão R$ 100 mil.

    A ação conjunta dos ministérios da Educação e da Cultura busca reconhecer as melhores experiências de promoção da leitura no país. Este ano, a novidade é o interesse por projetos que tenham crianças e jovens como protagonistas. Além da possibilidade de fazer a inscrição individualmente, com autorização dos responsáveis, eles também podem aparecer no público-alvo das iniciativas. 

    “Tem os dois vieses: os projetos em que a criança e o jovem são beneficiários, mas também — e principalmente — estamos tentando mapear e incentivar projetos em que as crianças sejam protagonistas da ação”, diz o titular da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca do Ministério da Cultura, Volnei Canônica. “Não só a criança que montou uma biblioteca, mas também aquela que está desenvolvendo ações de leitura na escola, que faz diferentes ações envolvendo sua família e as famílias da comunidade.”

    Este ano, as inscrições para o prêmio tiveram início no último dia 29 de janeiro. Serão escolhidos projetos em quatro categorias:

    • Biblioteca Viva, para bibliotecas comunitárias e públicas.
    • Escola Promotora de Leitura, para instituições públicas.
    • Território da Leitura, para entidades que promovam o hábito da leitura em espaços diversos.
    • Cidadão Promotor de Leitura, para ações individuais.

    Cada iniciativa vencedora receberá R$ 25 mil.

    “O prêmio tem um potencial multiplicador incrível porque vai compartilhar com o país a riqueza de várias experiências a serem inscritas e que até então eram desconhecidas”, diz a coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, Tassiana Cunha Carvalho. “Essas ações têm de ser reconhecidas, recompensadas e divulgadas porque assim incentivamos o brasileiro a ser mais leitor.”

    Além do incentivo em dinheiro aos projetos vencedores, o prêmio distingue, com a menção honrosa José Mindlin, iniciativas que se destaquem pelo impacto e abrangência.

    Incentivo — Criado em 2006, após o Ano Ibero-Americano da Leitura, o Viva Leitura integra as ações do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) como uma forma de incentivar a sociedade e mapear as ações desenvolvidas fora do âmbito governamental. “O país tem um déficit muito grande de leitura, um número muito alto de analfabetismo funcional, e essas práticas desenvolvidas em todo o território brasileiro são importantes para contribuir com as políticas públicas e com a redução do analfabetismo funcional”, considera Volnei Canônica. Segundo ele, desde a primeira edição, o prêmio teve mais de 13 mil projetos inscritos, um número expressivo, que precisa ser conhecido para gerar novos frutos. Por isso, de acordo com o diretor, mesmo aquelas iniciativas que não receberam a comenda vão compor um banco de boas práticas de leitura, com previsão de estar disponível ainda neste primeiro semestre.

    Conforme Tassiana Carvalho, a disseminação das ações gera um hábito que acaba repercutindo diretamente na escola. “A leitura é um instrumento muito importante no processo de aprendizagem; não adianta ela estar só ali dentro do componente curricular na escola”, afirma. “Quando o aluno adquire o hábito de fazer a leitura fora desse ambiente, acaba diversificando os atributos que tem para desenvolver esse conhecimento; ele se aprofunda.”

    O prêmio conta também com a parceria da Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). Além disso, tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Fundação Santillana, da Espanha.

    As inscrições devem ser feitas na página do Prêmio Viva Leitura de 2016 na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • Especialistas do Brasil, México, Colômbia e Espanha estarão reunidos a partir da próxima quinta-feira, 19, em São Paulo, para apresentar experiências de incentivo à leitura e de bibliotecas públicas e comunitárias. Encontros acontecerão durante o III Fórum do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e o III Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, que farão parte da programação da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

    O evento acontece no Anfiteatro Elis Regina, no Palácio das Convenções do Anhembi. Cerca de 500 pessoas deverão compartilhar nesses encontros suas experiências de incentivo à leitura. Na abertura, dia 19, às 11h, Maria Luisa Torán apresentará o Pacto Andaluz para o Livro. Ela coordenou a implantação do plano integral para a promoção da leitura, entre 2005 e 2010.

    Emília Pacheco, diretora geral de publicações do Conselho Nacional de Cultura e Artes do México, e Socorro Venegas, diretora adjunta de fomento à leitura e ao livro do mesmo conselho, apresentarão, dia 20, às 16h, as políticas públicas de livro e leitura naquele país. A experiência colombiana é tema da mesa do dia 21, a partir das 10h, sob o comando de Gloria Palomino, diretora da biblioteca piloto de Medellín, que coordena todas as ações dessa área naquela cidade.

    Os dois eventos, que ocorrem de forma conjunta, terão ainda a apresentação de painéis de ações de livro e leitura de todo o país, sempre às 13h30 e às 18h. São experiências tanto da sociedade civil quanto de governos municipais e da iniciativa privada de incentivo ao livro e à leitura.

    No programa consta também debate sobre escritores e o desenvolvimento da leitura, com a presença de Moacir Scliar, Ronaldo Corrêa Brito, Ademir Assumpção e Joaquim Maria Botelho, sempre às 14h30.

    Durante o evento será apresentado ainda o 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Ministério da Cultura. De acordo com o representante da FGV e um dos coordenadores da pesquisa, Carlos Augusto Costa, as bibliotecas são o caminho para o desenvolvimento social, e o mapeamento delas permitirá o aperfeiçoamento das políticas para o setor.

    O PNLL foi instituído em 2006 pelos ministérios da Cultura e da Educação e é responsável pelas diretrizes das políticas para o setor. Desde então, todos os anos, o plano tem um estande na bienal, onde apresenta as ações desenvolvidas tanto pelo governo quanto pela sociedade civil.  No estande haverá contação de histórias, a exposição Monteiro Lobato – a origem do seu mundo mágico, entre outras atrações.

    Assessoria de Comunicação Social

    A programação completa do encontro está na página do PNLL.









  • Quatro projetos de incentivo à leitura venceram o 8º Prêmio Viva Leitura, que nesta edição recebeu 1.467 inscrições. Voltados a pessoas em situação de rua, pais de alunos, detentas, além de crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, as iniciativas têm em comum o objetivo de estímulo ao ato de ler.

    Promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, o Viva Leitura busca reconhecer o trabalho de entidades, escolas, cidadãos e bibliotecas. Na cerimônia de premiação, que acontece em Brasília neste mês de abril, cada projeto vencedor receberá R$ 25 mil em incentivo.

    Na categoria Biblioteca Viva, venceu a disputa o projeto Tornar visíveis os invisíveis, um desafio instigante: experiência da Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha e do Centro Pop, da Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha, no distrito de Icoaraci, em Belém, no estado do Pará. Por meio de oficinas, exibição de filmes, saraus literários e empréstimo de livros e CDs, a população em situação de rua passou a frequentar o espaço de leitura.

    “Nós temos critérios para empréstimo, as pessoas têm de apresentar comprovante de residência, documento, um contato de telefone, e nada disso eles têm. Então a gente usou o endereço do Centro Pop e foi uma grata surpresa”, explica a bibliotecária Terezinha Lima, responsável pelo projeto. “Eles pegam o livro e têm o maior cuidado, pedem pra assistente social guardar no armário deles. Um dos livros foi extraviado e a pessoa procurou pagar com outro exemplar”, conta ela, orgulhosa dos novos leitores, que têm entre 20 e 60 anos e é de maioria masculina.

    A Escola Municipal de Ensino Fundamental Leocádia Felizardo Prestes, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi a escolhida da categoria Escola Promotora de Leitura. A instituição de ensino, que compõe a rede pública municipal, desenvolve desde agosto de 2014 o projeto Pacto pela Leitura – Formação de Pais Leitores, que envolveu pais de alunos moradores de uma área de grande vulnerabilidade social da capital gaúcha.

    Percebendo que os alunos da educação infantil chegavam à fase da alfabetização sem qualquer intimidade com a leitura – muitas vezes sem saber abrir um livro –, as professoras Cláudia Sepé e Sandra Holleben chamaram os pais para a sala de aula e propuseram o desafio: criar o hábito da leitura com os filhos, em casa. Para isso, as docentes passaram a se reunir com os responsáveis.

    “O objetivo desses encontros era justamente dar uma orientação para os pais acerca de como usar os livros com os filhos. Como preparar uma leitura para ser feita em casa, que demanda uma série de coisas como, por exemplo, ler antes o livro, apresentar a capa para a criança se interessar”, diz Cláudia Sepé.  Muitos desses pais, relata a professora, já não costumavam ler, tanto pela falta de costume quanto pela dificuldade de adquirir os livros.

    O projeto acabou criando nos responsáveis pelas crianças o desejo individual pela leitura, além de envolvê-los muito mais no ambiente escolar. “Os pais do projeto já fizeram leituras de histórias nas salas de aula da escola. O projeto se expande. O objetivo é que se trabalhe em casa, com as famílias, mas esses pais entraram de uma forma tão intensa na rotina da escola que eles começaram a ler para outras crianças dentro do espaço escolar”, conta Cláudia. “É uma rede que se retroalimenta, sai da escola, mas volta para a escola.”  

    A categoria Territórios da Leitura premiou o projeto Literatura Cura, desenvolvido pelo Instituto Chamaeleon, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de Brasília. A instituição recorre à leitura para trabalhar a cura de traumas de crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, bem como em mulheres vítimas de agressão moral e psicológica. Oficinas de contação de histórias, produção de textos, criação de poesia e leitura dramática são algumas das atividades realizadas com o acompanhamento de psicólogos e pedagogos.

    O projeto À flor da pele foi o escolhido na categoria Cidadão Promotor de Leitura. Coordenado por Marli Silveira, a intenção da iniciativa é resgatar a criatividade e promover humanização e desenvolvimento intelectual de detentas do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Por meio de oficinas de textos, poesias, rodas cantadas, saraus poéticos e tardes de leitura com as mulheres em privação de liberdade, resultam revistas e filmes.

    Menção –Além dos quatro projetos premiados, outros cinco tiveram o trabalho reconhecido.      “xposições Literárias Itinerantes” de Minas Gerais; Brinquedoteca Pública Municipal, do Ceará; Verdade Aberta, de São Paulo; Tear de Histórias, do Rio de Janeiro, e Kombina, do Rio Grande do Sul, ganharam a menção honrosa José Mindlin.

    Outras 16 iniciativas finalistas das quatro categorias serão apresentadas no catálogo do prêmio, criado em 2006 como desdobramento do Ano Ibero-Americano da Leitura. Desde então, o Prêmio Viva Leitura integra o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL).

    Confira o resultado do Prêmio Viva Leitura, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 31

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     

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