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  • Ao lado da ministra Luiza Bairros, Paim destacou a importância das políticas afirmativas na área educacional: “Pela educação é que podemos mudar este país e inverter essa situação de desigualdade” (foto: João Neto/MEC) O ministro da Educação, Henrique Paim, disse nesta quarta-feira, 10, que somente pela educação será possível promover mudanças no país e inverter a situação de desigualdade. Ao lado da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, Paim participou da abertura do 1º Simpósio de Avaliação da Lei de Cotas.

    Os resultados qualitativos e quantitativos da aplicação da Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, estão em debate no simpósio, que se estenderá até a tarde de quinta-feira, 11, no Ministério da Educação, em Brasília.

    O ministro destacou a política afirmativa na área educacional como uma necessidade para o país. “Pela educação é que podemos mudar este país e inverter essa situação de desigualdade”, disse. “A desigualdade educacional deve ser combatida.” Paim reconheceu que existe no país uma dívida educacional. “Não implica um atendimento diferenciado para quem tem o registro da desigualdade, mas garantir o acesso nas mesmas condições daqueles que não passam por esse processo.”

    De acordo com o ministro, essa dívida precisa ser combatida com ações afirmativas. “O Plano Nacional de Educação estabelece metas de acesso à educação superior, de equidade e qualidade”, disse. “Essas metas são acompanhadas pela determinação, em lei, da destinação de 75% dos royalties do petróleo e 50% dos recursos do fundo social do pré-sal para a educação.”

    Para a ministra Luiza Bairros, o simpósio representa uma oportunidade de avaliar o alcance da política afirmativa nas possibilidades de inclusão e democratização do acesso à educação superior no Brasil por estudante de escola pública, negros e indígenas. “Procuramos fazer das ações afirmativas um instrumento de política pública capaz de provocar as mudanças”, disse.

    Reserva— A Lei de Cotas trata da reserva de vagas em universidades federais e em instituições federais de ensino técnico e profissionalizante. Ela estabelece que no mínimo 50% das vagas nessas instituições serão destinadas a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio na rede pública, com implementação progressiva no prazo de quatro anos, 25% a cada ano. Determina ainda que no mínimo 50% das vagas do ensino médio técnico federal destinam-se a estudantes que cursaram integralmente o ensino fundamental na rede pública, também com implementação progressiva no prazo de quatro anos, 25% a cada ano. Por fim, as vagas reservadas serão preenchidas, por curso e turno, no mínimo na proporção de pretos, pardos e indígenas do último censo demográfico.

    Assessoria de Comunicação Social

  • As 176 vagas que não tiveram candidatos inscritos na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação estavam reservadas para a política afirmativa, que beneficia candidatos com deficiência, indígenas e professores da rede pública de educação básica. Elas podem ser ocupadas ao fim das três chamadas.

    Os estudantes podem manifestar interesse em participar da lista de espera do Sisu entre os dias 13e 17 de fevereiro. Após esse período, as instituições devem convocar os candidatos para ocupação das vagas ainda não preenchidas. Nessa lista, a ser entregue pelo sistema às instituições, não será mais considerada a reserva de vagas para políticas afirmativas — todas passam a ser de ampla concorrência.

    As oportunidades são oferecidas em cursos de licenciatura, bacharelado e técnico superior, em turno integral ou somente no período da manhã, tarde ou noite. São 84 cursos de sete instituições em diversas áreas, com vagas são nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a lista de cursos das vagas reservadas
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