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  • O Profmat registrou, nas três edições realizadas, que as notas mais elevadas são dos professores com menos de dez anos de graduação e que o melhor desempenho é dos educadores na faixa etária de 23 a 27 anos (foto: cmc-usp.blogspot.com)Nas três primeiras edições, de 2011 a 2013, o programa Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat) registrou maior procura de professores jovens, com menos de dez anos de graduação, e de aprovados, de modo majoritário, das regiões Sudeste e Nordeste. A maioria do sexo masculino. Esses dados fazem parte do estudo Uma Análise Qualiquantitativa de Perfis de Candidatos do Profmat, agora divulgada no portal do programa.

    O documento, de 198 páginas, foi elaborado a partir de dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e de questionário digital desenvolvido e aplicado por pesquisadores. O Profmat é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que oferece bolsas de estudo para mestrado a professores de matemática das redes públicas. Os cursos, semipresenciais, têm duração de 24 meses, em instituições de educação superior do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a SBM.

    De 2011 a 2013, conforme o documento, o Profmat ofereceu 4.337 vagas em seleções anuais e registrou 75,1 mil professores interessados no mestrado. Fizeram as provas de seleção 40,6 mil educadores. Nas três edições, diz o estudo, as regiões Sudeste e Nordeste tiveram destaque quanto à procura de candidatos. Em 2011, o Nordeste registrou 33%; o Sudeste, 32%. Em 2012, o Nordeste teve 31%; o Sudeste, 32%. Em 2013, o Nordeste aparece com 34%; o Sudeste, 33%.

    Perfil — Ao se deter sobre o perfil dos classificados, o estudo aponta em todos os anos que o maior contingente de professores tem formação em matemática — cerca de 90%. A segunda posição é de graduados em outras áreas, seguidos por físicos e engenheiros.

    No que se refere ao tempo decorrido entre a graduação e a candidatura ao mestrado, a maior parte dos classificados tem de cinco a nove anos. Do mesmo modo, as notas mais elevadas estão entre os professores com menos de dez anos de graduação. Em todos os anos da série pesquisada, o estudo constata que o melhor desempenho é dos educadores na faixa etária de 23 a 27 anos, mas que o desempenho considerado excepcional, com notas maiores ou iguais a 80 pontos, é dos classificados na faixa de 28 a 32 anos de idade.

    Com relação ao gênero, nas três edições do Profmat, a maioria dos candidatos é do sexo masculino, que também obteve as melhores notas. Em 2011, 2012 e 2013, as mulheres representaram cerca de 20% dos classificados.

    Na parte final da análise, há a constatação de que o mestrado, embora oferecido em todas as regiões do país, ainda não chegou a localidades com grande carência de capacitação de professores de matemática, uma vez que os polos estão concentrados nas capitais. Na região Norte, são oito universidades e oito polos; no Nordeste, 18 instituições e 25 polos; no Centro-Oeste, seis universidades e 11 polos; no Sudeste, 18 instituições e 25 polos; no Sul, oito universidades e nove polos.

    Autoestima — O programa, segundo o estudo, aponta um cenário marcado em todo o país por histórias de superação pessoal e profissional, de enfrentamento de dificuldades diversas e de elevação da autoestima de centenas de educadores. A análise é concluída com a sugestão de um estudo microssociológico sobre casos de professores que tiveram histórias positivamente afetadas pelo programa. “Professores que se apoiam na formação promovida pelo Profmat para reinventar sua prática docente, reavaliar seu papel social e para se recolocar como profissionais fundamentais que são”, ressalta a análise em suas considerações finais.

    Para a edição de 2014, o Profmat recebeu 16.431 inscrições ao exame de acesso. A oferta é de 1,5 mil vagas. A seleção foi realizada no segundo semestre do ano passado.

    Ionice Lorenzoni

  • Professores de matemática em salas de aula de escolas públicas podem se inscrever, até 2 de julho, no Programa de Mestrado Profissional em Matemática (Profmat). Estão em disputa 1.570 vagas em 59 instituições de educação superior nas cinco regiões do país, num total de 74 polos presenciais.

    Os candidatos farão prova de seleção, com 35 questões de múltipla escolha e três discursivas, em 25 de agosto. Os classificados vão iniciar o curso, na modalidade semipresencial, em instituições públicas de ensino superior no primeiro semestre letivo de 2013.

    O Profmat é o único programa de pós-graduação stricto sensu semi-presencial em matemática reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. O objetivo do programa é qualificar professores de matemática em exercício na educação básica. O curso de mestrado tem duração de dois anos.

    O Profmat teve início no primeiro semestre de 2011. Atualmente, 2,5 mil professores da rede pública cursam mestrado pelo programa. Todos os professores recebem bolsa da Capes de R$ 1,2 mil, valor que será reajustado para R$ 1,35 mil em julho.

    A Capes registra 423 mestrados profissionais no país. Na modalidade semipresencial, o Profmat, coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), é o único. Ele é oferecido por instituições que integram o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Hilário Alencar, presidente da SBM, explica que o programa reserva 80% das vagas a professores de matemática em exercício nas redes públicas de educação básica.

    As inscrições devem ser feitas na página do Profmat na internet, onde também é encontrado o edital do programa. A taxa de inscrição é de R$ 43, a ser paga em agências do Banco do Brasil.

    Rovênia Amorim

    Confira o  áudio com Hilário Alencar, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática
  • O mestrado profissional em matemática combina aulas a distância com aulas presenciais (Foto: José Bittar/Arquivo MEC) Chegar ao professor de matemática que ensina nas pequenas cidades do interior do país é um dos desafios do programa Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), segundo o relatório Quem é o Professor de Matemática da Escola Básica?, realizado pela Sociedade Brasileira de Matemática. O estudo traça um perfil quantitativo desses profissionais, utilizando dados dos exames de acesso de educadores ao programa de 2011 a 2013, e qualitativo, por meio de questionários digitais por amostragem.

    De acordo com o presidente do conselho gestor do Profmat, Marcelo Viana, o relatório indica a necessidade de interiorizar a oferta do mestrado profissional, para atingir o educador distante das capitais e regiões metropolitanas. Para que essa oferta seja garantida, explica, é preciso ter um corpo docente capacitado nas instituições de ensino superior participantes da rede do Profmat e um polo o mais próximo possível, para que o professor possa frequentar as aulas presenciais.

     

    Marcelo Viana lembra que o mestrado profissional em matemática tem duração de dois anos e é semipresencial, o que significa que o educador combina a pós-graduação com as atividades na escola de educação básica onde trabalha. Viana fala sobre um professor de Parintins, cidade que está a 369 quilômetros de Manaus, para ilustrar esse tipo de dificuldade. Esse professor, diz, nem barco tinha para ir ao polo de Manaus para as aulas presenciais. “Ele gastou quase todo o valor da bolsa do mestrado com passagens de avião para estar nas aulas, mas concluiu o mestrado com louvor”.

     

    Análise – O estudo sobre o Mestrado Profissional em Matemática em Rede, o Profmat, mostra que o programa de pós-graduação é oferecido nas cinco regiões do país desde 2011. Em 2013, teve a participação de 60 instituições de ensino superior, sendo 58 públicas, e 79 polos, todos vinculados à Universidade Aberta do Brasil (UAB). Mesmo que a abrangência seja significativa, o relatório aponta concentração nas capitais e grandes carências nas regiões Norte e Nordeste.

     

    A distribuição das instituições e dos polos é assim: região Norte, oito instituições e oito polos; Nordeste, 18 instituições e 25 polos; Centro-Oeste, seis instituições e 11 polos; Sudeste, 18 instituições e 25 polos; e Sul, oito instituições e nove polos. Quando olha o número de ingressos na pós-graduação nos processos seletivos de 2011 a 2013, o estudo mostra que o Sudeste aparece com 33% e o Nordeste com 32%.

     

    Quando trata de gênero, os dados mostram que os candidatos ao Profmat são prioritariamente homens (58%), com idades entre 29 e 33 anos (23%), formados em matemática há no mínimo cinco anos e no máximo nove anos (33%). Já a maior porcentagem dos aprovados no programa é das regiões Sudeste e Nordeste (69% em 2011, 68% em 2012, 71% em 2013).

     

    Sobre as notas médias obtidas nas três edições do exame, a das mulheres é inferior à dos homens. As mulheres obtiveram médias de 37,5 pontos em 2011, 33 em 2012, e 31 em 2013. Já os homens alcançaram 46,5 pontos em 2011, 41 em 2012, e 37 em 2013.

     

    Sugestões – A conclusão do relatório, que tem 200 páginas e uma série de gráficos e tabelas, sugere a realização de um estudo qualitativo, microssociológico, de aproximação de casos de professores de matemática que tiveram suas histórias positivamente afetadas pelo programa em todo o país. Professores, diz o estudo, que se apoiam na formação do Profmat para reinventar sua prática docente, reavaliar seu papel social e para se recolocar como profissionais.

     

    E para colher subsídios para futuros estudos, o relatório sugere um aperfeiçoamento do questionário que o educador preenche ao fazer a inscrição. A coleta de dados poderá solicitar informações sobre a etapa de ensino em que atua, tempo de exercício profissional, localização urbana ou rural da escola, tipo de formação inicial que teve, tipo de instituição onde fez a graduação (se pública ou privada).

     

    Outra sugestão diz respeito aos editais de convocação. Como o Profmat é um programa para aprofundar conhecimento no campo da matemática para professores que lecionam nas séries finais do ensino fundamental e do ensino médio, ele deve atender especialmente os educadores que atuam nessas etapas da educação. Para os professores da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, entre os quais predomina a formação em pedagogia, o relatório sugere a construção de um mestrado profissional específico, com foco nos processos de início da escolarização e de letramento em diversas linguagens.

     

    Procura – Desde a primeira seleção, em 2011, o Profmat recebe cerca de 20 mil inscrições por ano e abre 1,5 mil vagas por processo seletivo. Durante a formação, que é semipresencial e gratuita, o educador vinculado a um sistema público da educação básica pode solicitar bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A bolsa de mestrado para formação no Brasil é de R$ 1,5 mil por mês.


    Ionice Lorenzoni

     

    Conheça a íntegra do Relatório de Análise no portal do Profmat

     

  • Pioneiro entre os cursos de mestrado profissional no país, o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), obteve nota cinco na avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 2013, correspondente ao período 2010–2012. “É um resultado extraordinário”, diz o professor Hilário Alencar, um dos criadores e atual coordenador do Profmat.

    A nota máxima para um programa de mestrado na primeira avaliação, segundo Alencar, evidencia a excelente qualidade acadêmica e científica do Profmat. “E mostra que é possível ter um programa de pós-graduação de excelência em rede nacional para atender professores da educação básica, especialmente aqueles que estão trabalhando nas escolas públicas”, afirmou.

    Criado em 2011, o Profmat hoje está presente nas 27 unidades da Federação. A rede compreende 66 instituições de educação superior públicas e uma confessional, que ministram o curso em 84 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). É um mestrado profissional semipresencial, que destina 80% das vagas a professores que lecionam matemática nas redes públicas da educação básica.

    De 2011 a 2014, ingressaram no mestrado 7.411 professores, dos quais 1.426 já concluíram e formação. Outros 2.880 continuam estudando. Em fevereiro próximo, uma nova turma, de 1.575 educadores, selecionados em 2014, começa a fazer o curso. Alencar explica que a evasão é baixa — cerca de 10% —, mas a maior perda de alunos ocorre no exame de qualificação, prova nacional escrita, com oito questões. O mestrando pode fazer a prova nacional duas vezes, num intervalo de quatro meses. A outra opção é fazer a inscrição para a seleção do ano seguinte e, em caso de classificação, repetir o mestrado.

    Mas há outras causas para a evasão. Segundo coordenador, professores que lecionam em mais de duas escolas não têm tempo para se dedicar à formação exigida no mestrado, que traz o selo de qualidade da SBM. “Eles precisam assistir às aulas presenciais às sextas-feiras, dar conta das tarefas na Plataforma Moodle e fazer as provas presenciais, aos sábados”. Na avaliação de Alencar, a trajetória do Profmat mostra que os melhores desempenhos são de docentes de escolas que adotam o tempo integral.

    Exemplos —Alencar elogia o empenho dos mestrandos, especialmente daqueles que residem ou lecionam em cidades fora do polo e precisam fazer deslocamentos semanais em função do curso. Ele cita os exemplos de um professor do Amazonas, que viajava dois dias de barco para fazer a parte presencial do curso em Manaus, e de outro profissional, do município de Cocal dos Alves (PI), que ia até Teresina com o mesmo objetivo. Ambos concluíram o curso e foram certificados.

    A grande procura de professores de matemática pelo mestrado profissional — a cada processo seletivo anual o Profmat recebe de 16 mil a 20 mil inscrições — e o desempenho, confirmado pela nota cinco na avaliação da Capes, despertaram o interesse dos ministérios da Educação do México e da Argentina. Alencar explica que dirigentes da educação desses dois países conheceram o programa e estudam como implantá-lo.

    Também no Brasil, o Profmat faz escola. A pedido de diversas carreiras do magistério, a Capes autorizou, em 2013, a criação dos programas de mestrado profissional em letras (ProfLetras), coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e em ensino de física  (MPEF), pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). Em 2014, a Capes autorizou os programas de mestrado profissional em artes (ProfArtes), coordenado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); em história (ProfHistória), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e em administração pública (ProfiAp), destinado à formação de gestores públicos de qualquer área do conhecimento. O ProfiAp é coordenado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

    Mais informações na página do Profmat na internet.

    Ionice Lorenzoni

    Matéria republicada com correção de informações.

  • A concorrência pelas vagas do Profmat envolveu 16.662 professores em atividade na educação básica em municípios de todo o país (foto: ifsul.edu.br)Os 1,5 mil professores de matemática da educação básica pública selecionados para a quarta edição do Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat) devem fazer a matrícula até 15de novembro próximo. Caso haja desistências, os pré-selecionados que integram a lista de espera farão a matrícula de 16de novembro a 15de dezembro. As aulas terão início em 22de fevereiro de 2014.

    Concorreram às vagas do Profmat 16.662 professores em atividade na educação básica em municípios de todo o país. Dados da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), entidade que coordena o Profmat, mostram que na distribuição das vagas a região Sudeste aparece com o maior número (565), seguida pela região Nordeste (415). As regiões Sul e Centro-Oeste têm 190 vagas cada uma. A Norte, 140.

    Entre as 59 instituições de educação superior públicas encarregadas da pós-graduação dos professores, duas do Nordeste destacam-se pelo número de inscritos. A Universidade Federal do Ceará (UFC) teve 924 candidatos a 30 vagas; a do Piauí, 657 concorrentes a 40 vagas. No Sudeste, a Universidade Federal do ABC (UFABC), com sede em Santo André, São Paulo, recebeu o maior número de inscritos — 434 para 40 vagas. Na região Norte, o destaque foi a Universidade Federal do Pará (UFPA), com 549 concorrentes a 20 vagas, conforme a tabela.

    Em todo o país, o curso de mestrado profissional será ministrado em 79 polos de instituições de educação superior públicas, filiadas à Universidade Aberta do Brasil (UAB).

    O Profmat é um programa de mestrado semipresencial, gratuito, de 24 meses de duração, desenvolvido em três períodos letivos por ano e um período intensivo nas férias de verão. A adoção desse formato visa a facilitar a vida dos cursistas, uma vez que a maioria combina o exercício da atividade docente com a pós-graduação.

    Mais informações sobre o programa na página da SBM na internet.

    Ionice Lorenzoni
  • O professor Antonio do Amaral, de Cocal dos Alves (PI), vai aproveitar a oportunidade para fazer o sonhado mestrado (Foto: Efrem Ribeiro)Professores de matemática que lecionam em escolas públicas poderão se inscrever em maio deste ano no único mestrado profissional semipresencial recomendado pelo Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O edital do exame de ingresso para a turma de 2013 tem previsão de 1.575 vagas.

    Os professores precisarão fazer uma prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1.200. Atualmente 2.500 professores da rede pública estão no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num total de 74 polos presenciais.

    O mestrado tem duração de dois anos e a tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula. “É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação básica. Não dá para termos no Brasil alunos analfabetos em números”, diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores inscritos em 2011, na primeira chamada do programa.

    Murilo Sérgio Roballo, 43 anos, inscreveu-se em 2012 e foi o único dos candidatos a gabaritar a prova. “Sou professor há 25 anos, dou aula em dois colégios de ensino médio em Brasília, e foi uma prova tranquila”, afirma o professor, que faz as aulas presenciais na Universidade de Brasília (UnB).  “Esse mestrado é importante. Além de aperfeiçoar conhecimento vai repercutir em melhoria salarial”, comenta.

    Antonio Cardoso do Amaral, 32 anos, é professor há uma década na rede pública em Cocal dos Alves (PI), cidade a 300 km de Teresina que ganhou destaque pela conquista de medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “Pelas condições de vida e geográficas, estava difícil cursar um mestrado. Mas era um sonho meu e essa oportunidade surgiu como uma luva”, conta o professor.  

    As aulas presenciais são na sexta-feira e o professor vai de ônibus ou de carona até a Universidade Federal do Piauí. Segundo ele, o conteúdo caiu bem para as necessidades em sala de aula. “Com a conclusão desse curso, eu já vejo que é possível ir mais longe com meu trabalho de matemática na olimpíada. Vou me sentir bem mais embasado para uma melhor orientação aos meus alunos”, acrescentou.  “Quando o aluno tem talento, o professor tem de estar preparado, porque senão ele ultrapassa quem ensina.”

    Em contrapartida ao investimento do governo federal, os professores bolsistas devem atuar na escola pública nos cinco anos seguintes após a conclusão do mestrado. A prioridade do Profmat é para professores de escolas públicas, mas 20% das vagas poderão ser preenchidas por docentes da rede privada.

    Hoje a Capes tem 380 mestrados profissionais no país, com 13 mil alunos matriculados. No entanto, na modalidade semipresencial, o Profmat é o único. O diretor de educação a distância da Capes, João Carlos Teatini, acredita que a expansão dessa modalidade será acelerada no país. Programas de mestrado profissional semipresencial, em outras áreas de ensino, como letras e química, estão em estudo na Capes.

    Rovênia Amorim

    Ouça o diretor de educação a distância da Capes, João Carlos Teatini, sobre o Profmat

    Professores interessados em participar da chamada de propostas de material didático para o Profmat podem se informar na página do programa na internet
  • O exame nacional de acesso ao programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat) selecionará candidatos para 1152 vagas. A prova consiste de 35 questões de múltipla escolha e três discursivas e está marcada para dia 19 de fevereiro, das 13 às 17 horas. O mestrado profissional é oferecido prioritariamente para professores das redes públicas de educação básica da área de matemática.

    O Profmat é o primeiro mestrado profissional a distância dentro do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e será realizado por uma rede de 54 instituições de ensino superior em todas as regiões do país. O programa será coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que fornecerá uma bolsa de estudos aos mestrandos.

    O curso é composto de períodos semipresenciais, nos quais as disciplinas têm duração de 12 semanas. As atividades presenciais de cada disciplina semipresencial ocorrem todas as semanas, em todos os polos de atendimento designados pelas instituições associadas. Tais atividades têm duração de três horas por semana, na sexta-feira, sábado ou domingo.

    As atividades a distância podem ser realizadas pelo discente nos polos de atendimento ou na sua própria residência, com o apoio das instituições e de material didático elaborado e distribuído gratuitamente, e são fundamentais para o bom desempenho do discente na disciplina. A duração estimada é de quatro a seis horas por semana para cada disciplina.  

    Em janeiro e fevereiro as atividades serão ministradas apenas em regime presencial, nos polos das instituições associadas participantes do Profmat. O calendário será definido pelas instituições associadas, para adaptação ao período de férias escolares em sua região. Devem durar quatro semanas e para cada disciplina haverá uma aula por dia, em todos os dias úteis, com três horas de duração.

    O mestrado profissional enfatiza estudos e técnicas diretamente voltadas para uma qualificação profissional de alto nível, mas garante as mesmas prerrogativas do mestrado acadêmico. Pretende promover a formação continuada de professores das redes públicas de educação, no nível de pós-graduação, com uso de tecnologias de educação a distância, e está em consonância com o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020.

    Acesse outras informações sobre o Profmat na página da Sociedade Brasileira de Matemática.

    Conheça as instituições associadas ao Profmat.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Como estágio para aprimoramento docente, 26 professores da primeira turma do Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat) embarcaram no dia 14 para a França, onde passarão um mês fazendo estágio no Centre International d'Études Pédagogiques (Ciep), em Paris. O período de estudos é parte do Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Matemática na França (PDPM) desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    O Profmat é um curso semipresencial realizado por uma rede de instituições de ensino superior, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), e coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática. O programa atende professores de matemática em exercício no ensino básico, especialmente na escola pública, para aprimorar a formação do docente.

    O mestrado tem impacto na carreira dos professores, como avalia Aucenei da Fonseca, de Porto Velho, Rondônia. “Minha participação no Profmat foi proveitosa em todos os sentidos, em conhecimento, financeiro e realização profissional”, disse o professor. “Vale salientar que jamais sairia de minha cidade para fazer um mestrado, mas o programa, nos moldes em que foi feito, propiciou a realização deste sonho. A idéia agora é continuar o aperfeiçoamento buscando um doutorado”, concluiu.

    De norte a sul, o mestrado profissional tem aberto novos horizontes para os professores. De acordo com Alessandro da Silva Saadi, de Rio Grande (RS), o curso permite que os docentes repensem a prática e articulem novos projetos. “No meu caso, estava formado há 10 anos e tinha uma esperança de fazer um mestrado, o Profmat veio a calhar, pois tive autonomia para gerir os meus estudos”, afirmou.

    Para o professor mineiro Neilon de Oliveira, de Patrocínio, o programa oferece uma oportunidade de “estudar e revisar disciplinas importantes que nos ajudam na nossa prática pedagógica”. Foram dois anos de dedicação e luta para conseguir chegar a esta etapa final. “Como professor, minha visão e atuação em sala mudou muito”, disse.

    A experiência na França é outro ponto de destaque para os professores, e gera muita expectativa. “Eu espero trazer para a minha cidade novidades pedagógicas que possam melhorar significativamente o aprendizado dos alunos nesta matéria tão intrigante para a grande maioria dos estudantes”, explicou Aucenei. Para Neilon, conhecer outra cultura educacional permite trazer o que há de positivo para o Brasil. “Espero que possamos entender a dinâmica do sistema educacional francês, como professores atuam em sala de aulas, quais as metodologias e que tipo de material didático utilizam”, disse. Neilon acredita que o estágio permite trazer o que há de positivo para o Brasil. “Qual é a estrutura oferecida pelas escolas francesas, a importância do professor na sociedade, nível de aceitação da escola na sociedade francesa”, finalizou.

    Diego Rocha
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