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  • O Colégio JK, em Brasília, desenvolve atividades sociais para estimular o protagonismo juvenil e o voluntariado educativo entre os estudantes do sexto ano do ensino fundamental ao segundo do ensino médio. Elas foram iniciadas há cinco anos pela coordenadora pedagógica Maria das Graças de Castro Gírio, diretora do Centro de Cultura, Educação e Cidadania JK.

    “O voluntariado é uma opção para a transformação do jovem protagonista, capaz de escolher, decidir, agir e assumir responsabilidades”, afirma Graça, que atua no magistério há 39 anos, 20 dos quais no Colégio JK. A participação dos alunos é voluntária. “Não vale nota nem conta pontos. Para nós, isso é um dos aspectos positivos”, ressalta a professora.

    Os estudantes são convidados a participar de uma reunião inicial sobre voluntariado. Ali, tomam conhecimento dos programas e assistem a vídeos de ações já realizadas. “A partir daí, fazem a escolha”, diz Graça. Na opinião da professora, a escola é um local privilegiado, no qual são criados espaços para o jovem descobrir motivações a partir da atividade. “Não podemos esquecer que a solidariedade está ligada à educação”, destaca.

    Em 2009, a instituição desenvolveu atividades na Creche Anjo da Guarda, que acolhe filhos de detentos do presídio da Papuda, também no Distrito Federal. Este ano, desenvolve os programas de voluntariado Portas Abertas: Cidadania em Ação e Jovens Voluntários nas Trilhas da Cidadania. O Portas Abertas, voltado para escolas da rede pública de São Sebastião, é realizado na Escola-Classe 104 daquela cidade-satélite. “O foco é a realização de trabalhos em prol de comunidades carentes, com projetos e ações para a diminuição da desigualdade social”, explica a professora.

    O programa é formado por quatro projetos. O Maria Maria atende mães e avós de estudantes com aulas de ginástica e dança, palestras sobre planejamento familiar e relacionamento entre pais e filhos, além de oficinas diversas, como culinária, tricô, crochê e cabeleireiro; o Cidadãos do Presente, para jovens da faixa etária de 14 a 19 anos, oferece atividades como dança, teatro e pintura, oficinas e cursos de capacitação para o mercado de trabalho, como informática e etiqueta; o Janela Cultural leva a cultura a alunos de nove a 13 anos por meio de música, teatro e outras linguagens artísticas; o Abracadabra pretende familiarizar crianças de quatro a oito anos com práticas educativas, como ouvir e contar histórias, dançar, cantar e dramatizar.

    A cada encontro, realizado duas vezes por mês, sempre em sábados, é montado um cronograma das atividades e dos responsáveis por elas. Os voluntários saem da escola às 7h20 e retornam às 12h, em ônibus pago pela própria instituição de ensino, que também colabora com o lanche dos participantes.

    O programa Jovens Voluntários nas Trilhas da Cidadania é integrado pelos projetos Rádio Escolar, SOS Planeta Terra, Abracadabra e Janela Cultural. O objetivo é preparar os jovens para o exercício da cidadania e para uma atuação positiva na comunidade. “Desde que comecei a participar dos projetos sociais, muita coisa mudou em minha vida. Passei a olhar para as crianças e suas necessidades de uma forma melhor”, diz a estudante Júlia Gonçalves, do nono ano. Na opinião de Eliza Maria Queiroz Oliveira, do oitavo ano, todo jovem deveria participar desse tipo de experiência. “É uma oportunidade de conhecer outra realidade”, destaca.

    Para Isabela Lima Dourado, do primeiro ano do ensino médio, é importante participar de projetos sociais. “Aprender, ensinar e receber sorrisos é indescritível, não há nada melhor”, afirma. Willian Malaguti, do segundo ano do ensino médio, diz se sentir gratificado. “Mudou minha visão sobre os grupos mais necessitados. Consigo ver agora que as crianças atendidas precisam muito de ajuda, de carinho.”

    Fátima Schenini



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  • O trabalho voluntário nas escolas virou tendência. Hoje, muitas instituições de ensino desenvolvem projetos nas mais diversas áreas. Em benefício do meio ambiente, da comunidade ou para a promoção da saúde, estudantes descobrem como colocar em prática o que aprendem na escola. Os professores encontram uma melhor forma de trabalhar e obtêm mais retorno dos alunos.

    Com tais objetivos, o Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo, incluiu o trabalho voluntário no currículo. No início da década de 1990, a escola implantou o Projeto Considere, de ações de comprometimento com cidadania e direitos humanos voltadas para estudantes, família e comunidade. Depois, decidiu tornar os alunos protagonistas das iniciativas. Para isso, foi criado o Núcleo de Educação e Direitos Humanos (EDH), que insere o voluntariado no currículo como atividade eletiva. As atividades têm caráter multidisciplinar — alunos e professores desenvolvem consciência solidária. “Temos a convicção de que cidadania e direitos humanos não devem ser encarados como disciplina ou conteúdo escolar, mas como práticas cotidianas de todas as disciplinas”, afirma a diretora da escola, Eliana Baptista Pereira Aun.

    A instituição tem 1.280 alunos no ensino infantil, fundamental e médio. Participam das atividades voluntárias 264 estudantes, do oitavo ano do ensino fundamental ao terceiro do ensino médio. A diretora explica que a consciência voluntária é trabalhada desde o ensino infantil. Estudantes do primeiro ao sétimo ano participam de ações na escola, como produção de material de limpeza e de cobertores, entre outros itens, que são doados a instituições. “É um trabalho conjunto. O aluno que desenvolve esse tipo de ação desenvolve o senso crítico-construtivo”, destaca Eliana.

    Transformação— Para um dos coordenadores do programa, professor Marcelo Cintra de Souza, o voluntariado na escola possibilita tanto a alunos quanto a professores entrar em contato com outras realidades sociais e tomar consciência de que têm um papel na transformação da sociedade. De acordo com Marcelo, a dinâmica do aprendizado passa a ter novo sentido. “Várias disciplinas ganham a possibilidade de ampliação do conhecimento ao oferecer ao estudante uma situação concreta”, diz. Como exemplo, cita projeto na área de química, de fabricação de material de limpeza: “No laboratório da escola, os alunos aprendem mais sobre as reações químicas. Depois da fabricação, esses produtos são levados para instituições”.

    Há outros projetos, como o de prevenção do câncer de mama, além de oficinas de artes para crianças e idosos. “Todos partem da ideia de que aquilo que o aluno aprende é o que ele tem a oferecer à comunidade, e isso com o envolvimento de professores das mais diversas áreas”, ressalta Souza.

    Os estudantes participantes ganham certificado de voluntariado. Não há pressão ou obrigatoriedade para o cumprimento das atividades. “Eles aprendem o significado e a essência da palavra e doam o que julgam necessário. E não é pouco”, afirma o professor. De acordo com Marcelo, os alunos descobrem a importância do voluntariado na vida de quem precisa e em suas próprias vidas. “É uma atividade importante para a carreira futura. Eles descobrem a profissão que querem exercer e ganham credibilidade no mercado de trabalho. Acaba sendo um ciclo virtuoso.”

    Rafania Almeida

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  • Estão abertas desde terça-feira, 25, as inscrições de voluntários dispostos a trabalhar no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica. O período se estenderá até 6 de novembro. O candidato deve ter idade superior a 18 anos.


    No momento da inscrição, o voluntário escolherá a área na qual prefere atuar. Todos receberão treinamento específico, alimentação e certificação pela participação no fórum. O treinamento terá uma fase de orientações gerais sobre o evento, em 12 e 13 de novembro, e outra de informações específicas sobre a área escolhida pelo voluntário, de 16 a 20 do mesmo mês.


    Pelas expectativas dos organizadores do fórum, devem se apresentar mais de cem voluntários. “Todos são bem-vindos. Estudantes, aposentados, professores, trabalhadores. Enfim, qualquer pessoa com idade superior a 18 anos pode participar do evento, que será um marco da educação profissional no país”, disse o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.


    O formulário de inscrição está disponível na página eletrônica do fórum


    Assessoria de Imprensa da Setec


     

  • Mãe de Rafael Back, de 19 anos, Léa Silva inspirou-se na própria história de vida ao decidir apoiar outras jovens mães (foto: Luís Fortes/MEC)Criar um filho sem poder contar com o apoio do pai ou a ajuda da família é uma realidade que muitas mães brasileiras enfrentam diariamente. De acordo com o estudo Síntese de Indicadores Sociais de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de todas as jovens entre 15 e 19 anos de idade que têm pelo menos uma criança, 59,7% não estudam e não trabalham, enquanto apenas 15,1% se dedicam exclusivamente aos estudos.

    Entre as jovens mães, 14,2% conseguem concluir o ensino médio e seguir em etapas mais avançadas. A média de tempo de estudo dessas garotas é de 7,7 anos, enquanto o dado referente às mulheres da mesma faixa etária sem filhos é de 8,9 anos. Quem consegue concluir a educação básica pode se deparar com um desafio na hora de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): com quem deixar a criança durante a prova?

    O Ministério da Educação destinará, nos dias do exames – 5 e 6 de novembro –, salas exclusivas para candidatas que estão na fase de amamentar, mas um problema enfrentado por jovens mães é encarar o Enem quando a criança é um pouco mais velha. A jornalista Fernanda Vicente, 36 anos, deparou-se com o dilema por meio de uma corrente em redes sociais, que propunha que mulheres se dispusessem a ajudar as mães moradoras da mesma região, ao cuidar das crianças durante o exame. Mãe de um menino pequeno, ela tratou de fazer uma postagem na rede como voluntária para ajudar e para reunir contatos de outras mulheres que quisessem participar.

    Movimento – O que Fernanda não esperava é que um simples texto se tornasse um movimento na internet. “Novas voluntárias não paravam de aparecer. Decidi criar uma lista on-line, por estado, onde a mãe pode verificar diretamente se tem alguém na região dela”, explica a jornalista, que vive em Santos (SP). O projeto, chamado de Mães no Enem, tem o objetivo de ajudar mulheres que não têm ajuda do pai dos filhos ou da própria família, que são viúvas ou que moram longe de parentes. “Sei como é difícil conciliar a maternidade com estudo e vida profissional. Mesmo eu, que tenho estrutura e conto com a ajuda da minha mãe, já deixei de pegar trabalhos porque não teria ninguém para ficar com meu filho”, lembra.

    Com o crescimento da lista de voluntárias – são mais de 170 confirmadas –, advogadas da organização não governamental Feminaria procuraram Fernanda para oferecer assessoria jurídica ao programa. “Sabemos que a mãe estará entregando a pessoa mais importante da vida dela a outra mulher. São crianças, precisamos ter um cuidado maior”, afirma a jornalista.

    As voluntárias, ao se cadastrarem, devem preencher uma ficha detalhada e sigilosa, que ficará com as advogadas. Elas devem apresentar dados de RG, CPF, comprovante de endereço, referência pessoal, além de declarar quem mora com elas. Quando a mãe encontrar aquela que cuidará de seus filhos durante a prova, ambas assinarão um termo de responsabilidade; cada uma ficará com uma cópia, e uma terceira versão vai para as mãos das advogadas.

    Solidariedade – Assim que soube do projeto, a artesã Léa Back Silva, 43 anos, prontificou-se a apoiar. Moradora de Brasília, ela tem três filhos. O mais velho, Rafael Back, 19 anos, foi diagnosticado com autismo enquanto a jovem mãe ainda sonhava em cursar a educação superior. “Isso foi há 20 anos, ninguém sabia lidar. A maioria das pessoas à minha volta virou as costas para mim, e eu enfrentei essa situação sozinha”, lembra. Ao ver que poderia auxiliar uma jovem com uma história semelhante, ela nem titubeou e ofereceu ajuda.

    Léa dedica seus dias a cuidar do filho especial e ao artesanato. Antes do diagnóstico, ainda estudava e sonhava com uma graduação em música e ir para o exterior. Mas a falta de ajuda limitou suas opções. “Existe essa ideia de que a mãe tem de aguentar tudo sozinha, que quem tem filho jovem acaba com a própria vida. Essas moças não conseguem estudar, algumas são expulsas de casa”, lamenta. “Eu fico muito feliz por elas [que recebem apoio por meio do projeto] porque na minha época não existia nada disso. É só o começo, quero ajudar essas mulheres no que eu puder.”

    Segundo as regras do projeto, para se voluntariar é preciso ser mulher, morar no Brasil e ser maior de 18 anos. Não é necessário ser mãe ou ter experiência em cuidar de crianças, mas é ideal gostar dos pequenos. As voluntárias podem optar por cuidar apenas de bebês ou de crianças mais velhas.

    Tanto as mães quanto as cuidadoras podem se candidatar ao projeto no e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Comunicação Social

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