Região Norte: incentivo para pós-graduação
Deputados, reitores e pró-reitores de pós-graduação e pesquisa de instituições do Norte do país, além de representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia, participaram de reunião nesta terça-feira, 25, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em Brasília. O encontro definiu formas de apoio institucional para o desenvolvimento da ciência e tecnologia na região amazônica.
A reunião foi proposta pela presidente da Comissão Amazônia, Desenvolvimento Regional e Integração Nacional, da Câmara Federal, deputada Vanessa Graziotin (PCdoB/Amazonas). “Formamos um grupo executivo e de trabalho a fim de propor uma plataforma na área de ciência e tecnologia e, principalmente, na formação de recursos humanos”, afirma. “Isso será feito em todos os outros setores, como saúde e infra-estrutura.”
A deputada salienta que a comissão pretende estabelecer quais as prioridades da região, para fazer uma plataforma de ações refletida no Plano Plurianual (PPA). “Queremos que isso seja um movimento conjunto com setores do governo e da sociedade para dar maior agilidade ao processo de desenvolvimento regional, principalmente da Amazônia.”
A reitora da Universidade Estadual do Amazonas, Marilene Corrêa da Silva Freitas, explica que a meta do grupo é propor a criação de 69 mestrados e 42 doutorados distribuídos nas instituições da região. Atualmente, os estados do Norte têm um total de 141 cursos de pós-graduação, sendo 100 de mestrado e 35 de doutorado. Segundo a reitora, outras metas são aumentar o número de bolsas e os recursos de investimento para cursos novos. “Essas metas compõem uma estratégia que passa pela formação, capacitação, e atração e fixação de doutores.”
De acordo com o diretor de programas da Capes, Emídio Cantídio de Oliveira Filho, “a idéia é pensar quais são os principais investimentos em ciência e tecnologia existentes na Amazônia e que rumos devem ser seguidos para que eles cresçam”.
A Capes já desenvolve um programa específico para a região, o Acelera Amazônia. Por meio do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica e do Projeto de Doutorado Interinstitucional, pretende-se ampliar o número de doutores, destinar recursos para a concessão de bolsas de apoio a recém-doutores, desenvolvimento de laboratórios e mobilidade de docentes.
Fátima Schenini